La bataille finale escrita por shadowhunter


Capítulo 9
Um mundo melhor


Notas iniciais do capítulo

E esse é o fim! Mas não se preocupe que ainda não é o fim da Historia de Lotte e Harry, plenejei alguns capítulos que se passam antes do epilogo e depois. Nos vemos em breve.



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Pov Autora

Harry Potter estava morto.

Morreu em batalha, dando a sua vida para salvar outras. Morreu como o herói que foi a sua vida inteira.

Harry Potter não foi o único a morrer para que o Lorde das Trevas fosse derrotado. James e Lilian Potter morreram para que o seu filho tivesse a chance de salvar o mundo. Sirius Black morreu para salvar o menino que sobreviveu. Remo Lupin morreu lutando por um mundo melhor para o seu filho, Tonks, sua esposa, morreu com o mesmo objetivo. Fred Weasley morreu lutando por sua família. Allison Argent morreu para salvar seus amigos. Maya Benoist sacrificou-se por um mundo melhor. Severo Snape doou sua vida para acabar com Voldemort e no final, estava morto. Todos morreram para derrotar aquele-que-não-deve-ser-nomeado, morreram por um mundo melhor.

— Harry Potter está morto. Foi abatido em plena fuga, tentando se salvar enquanto vocês ofereciam as vidas por ele. Trazemos aqui o seu cadáver como prova de que o seu herói deixou de existir. – a voz de Tom Riddle ecoava na cabeça de todos – A batalha está ganha. Vocês perderam metade dos seus combatentes. Os meus Comensais da Morte são mais numerosos que vocês, e O-Menino-Que-Sobreviveu está liquidado. A guerra deve cessar. Quem continuar a resistir, homem, mulher ou criança, será exterminado, bem como todos os membros de sua família. Saiam do castelo agora, ajoelhem-se diante de mim e serão poupados. Seus pais e filhos, seus irmãos e irmãs viverão e serão perdoados, e vocês se unirão a mim no novo mundo que construiremos juntos.

Aquilo só havia deixado a garota, que antes chorava a perda de seus amigos, furiosa. Ela levantou-se em um pulo, assustando o moreno que a abraçava, e seguiu para a entrada do colégio, sendo capaz de ver a chegada de Lord Voldemort e seus comensais, junto a eles vinha Hagrid, que carregava um Harry desacordado em seus braços. A ruiva nada fez, apenas encarou o corpo do homem que amava, incapaz de chorar, era como já tivesse esgotado todas as suas lagrimas.

Mas Harry estava ali, vivo, ciente de tudo o que estava acontecendo, ciente de que a mulher que ama estava o encarando. Parte dele esperava que ela soubesse que ele estava vivo, que não tivesse sentido a morte dele, que estivesse esperando-o acordar e fazer algo.

— NÃO!

O grito foi terrível porque jamais esperara ou sonhara que a professora McGonagall pudesse emitir tal som. Ouviu uma risada de mulher ali perto, e percebeu que Belatriz exultava com o desespero de McGonagall. Ele tornou a espreitar por um segundo, e viu a entrada começar a se encher de gente, à medida que os sobreviventes da batalha saíam aos degraus, para encarar os seus vencedores, e constatar, com os próprios olhos, a realidade da morte de Harry. Viu Voldemort parado um pouco à frente dele, acariciando a cabeça de Nagini com um dedo branco. Ele fechou os olhos outra vez.

— Não!

 – Não!

 – Harry! HARRY!

 As vozes de Rony, Hermione e Malia foram piores que as de McGonagall; tudo que Harry queria era gritar em resposta, manteve-se, porém, deitado e calado, e os gritos dos amigos tiveram o efeito de um gatilho, a multidão de sobreviventes se uniu a eles, gritando e berrando insultos para os Comensais da Morte até...

— SILÊNCIO! – exclamou Voldemort. Em seguida, um estampido, um forte clarão, e o silêncio se impôs a todos. – Acabou! Ponha-o no chão, Hagrid, aos meus pés, que é o lugar dele!

Harry sentiu que Hagrid o pousava na grama.

— Estão vendo? – disse Voldemort, e Harry sentiu-o andando de um lado para outro, paralelamente ao lugar em que ele jazia. – Harry Potter está morto! Entenderam agora, seus iludidos? Ele não era nada, jamais foi, era apenas um garoto, confiante de que os outros se sacrificariam por ele!

— Ele o derrotou! – berrou Rony, e o feitiço se rompeu, e os defensores de Hogwarts voltaram a gritar e a insultar até que um segundo estampido mais forte tornou a extinguir mais uma vez suas vozes.

— Ele foi morto tentando sair escondido dos terrenos do castelo – disse Voldemort, e, na sua voz, havia prazer com a mentira –, morto tentando se salvar...

Voldemort, no entanto, foi interrompido: Harry ouviu uma movimentação e um grito, em seguida mais um estampido, um clarão e um gemido de dor; ele abriu infinitesimalmente as pálpebras. Alguém se destacara da multidão e investira contra Voldemort: Harry viu o vulto bater no chão, desarmado, Voldemort atirar a varinha do desafiante para o lado e rir.

 – E quem é esse? – perguntou com o seu silvo suave de ofídio. – Quem está se voluntariando para demonstrar o que acontece com os que insistem em lutar quando a batalha está perdida?

Belatriz deu uma gargalhada prazerosa.

— É Neville Longbottom, milorde! O garoto que andou dando tanto trabalho aos Carrow! O filho dos aurores, lembra?

 – Ah, sim, lembro – disse Voldemort, baixando os olhos para Neville, que fazia força para se pôr de pé, sem arma nem proteção, parado na terra de ninguém entre os sobreviventes e os Comensais da Morte. – Mas você tem sangue puro, não tem, meu bravo rapaz? – perguntou Voldemort a Neville, que o encarava, as mãos vazias fechadas em punhos.

— E se tiver? – respondeu Neville em voz alta.

 – Você demonstra vivacidade e coragem, e descende de linhagem nobre... Você dará um valioso Comensal da Morte. Precisamos de gente como você, Neville Longbottom.

 – Me juntarei a você quando o inferno congelar. Armada de Dumbledore! – gritou ele e, da multidão, ouviram-se vivas em resposta, que os Feitiços Silenciadores de Voldemort pareceram incapazes de conter.

— Muito bem – disse Voldemort, e Harry detectou um perigo maior na suavidade de sua voz do que no feitiço mais poderoso. – Se essa é a sua escolha, Longbottom, revertemos ao plano original. A culpa será toda sua – disse ele, calmamente.

Ainda observando por trás das pestanas, Harry viu Voldemort acenar com a varinha. Segundos depois, das janelas estilhaçadas do castelo, algo semelhante a um pássaro disforme voou na semiobscuridade e pousou na mão de Voldemort. Ele sacudiu o objeto mofado pelo bico e deixou-o pender vazio e roto: o Chapéu Seletor.

 – Não haverá mais Seleção na Escola de Hogwarts – disse Voldemort. – Não haverá mais Casas. O emblema, escudo e cores do meu nobre antepassado, Salazar Slytherin, será suficiente para todos, não é mesmo, Neville Longbottom?

 Ele apontou a varinha para Neville, que ficou rígido e calado, então forçou o chapéu a entrar na cabeça do garoto, fazendo-o escorregar abaixo dos seus olhos. A multidão que assistia à porta do castelo se movimentou e, sincronizados, os Comensais da Morte ergueram as varinhas, acuando os combatentes de Hogwarts.

 – Neville agora vai demonstrar o que acontece com quem é suficientemente tolo para continuar a se opor a mim – anunciou Voldemort e, com um aceno da varinha, fez o Chapéu Seletor pegar fogo.

Gritos cortaram o amanhecer, e Neville ardeu em chamas, pregado ao chão, incapaz de se mexer, e Harry não pôde suportar: tinha que agir... Então, muitas coisas aconteceram no mesmo instante. Ouviu-se um clamor nas distantes divisas da escola, dando a impressão de que centenas de pessoas escalavam os muros fora do campo de visão de todos e corriam em direção ao castelo, proferindo retumbantes brados de guerra.

Nessa hora, Grope apareceu contornando a quina do castelo e berrou “HAGGER!”. Seu grito foi respondido por urros dos gigantes de Voldemort: eles avançaram para Grope como elefantes estremecendo a terra. Depois vieram os cascos, a vibração de arcos distendendo e flechas começaram repentinamente a chover entre os Comensais da Morte, que romperam fileiras, gritando, surpresos. Harry tirou a Capa da Invisibilidade de dentro das vestes, cobriu-se e ergueu-se de um salto, ao mesmo tempo que Neville.

 Com um único movimento rápido e fluido, Neville se libertou do Feitiço do Corpo Preso que o imobilizava; o chapéu em chamas caiu de sua cabeça e, do fundo dele, o garoto puxou um objeto prateado com um punho cravejado de rubis. O ruído da espada de prata cortando o ar não pôde ser ouvido acima do vozerio da multidão que se aproximava, ou o estrépito dos gigantes se enfrentando, ou a cavalgada dos centauros, contudo, pareceu atrair todos os olhares. Com um único golpe, Neville decepou a cabeça de Nagini, que girou no alto, reluzindo à luz que vinha do saguão de entrada, e a boca de Voldemort se abriu em um berro de fúria, que ninguém pôde ouvir, e o corpo da cobra bateu com um baque surdo aos seus pés...

***  

Pov Lotte

— Avada Kedavra!

 – Expelliarmus!

O estampido foi o de um tiro de canhão e as chamas douradas que jorraram entre as duas varinhas. Era possível ver o jato verde da maldição de Voldemort ir de encontro ao feitiço lançado por Harry, vimos a Varinha das Varinhas voar para o alto, escura contra o nascente, girar pelo céu encantado como a cabeça de Nagini, girar pelo ar em direção ao senhor que se recusava a matar e que viera, enfim, tomar legitimamente posse dela. E Harry, com a habilidade infalível de um apanhador, agarrou a varinha com a mão livre ao mesmo tempo que Voldemort caía para trás de braços abertos, as pupilas ofídicas dos olhos vermelhos virando para dentro. Tom Riddle bateu no chão com uma finalidade terrena, seu corpo fraco e encolhido, as mãos brancas vazias, o rosto de cobra apático e inconsciente. Voldemort estava morto, atingido pelo ricochete de sua própria maldição, e Harry ficou parado com as duas varinhas na mão, contemplando o invólucro do seu inimigo.

Um segundo arrepiante de silêncio, o choque do momento suspenso no ar: então sobreveio o tumulto em torno de Harry, quando os gritos e vivas e brados dos circunstantes rasgaram o ar. O intenso nascente ofuscou as janelas, e eles correram com estardalhaço para ele, e os primeiros a alcançá-lo foram Rony e Hermione, e foram os seus braços que o envolveram, seus gritos incompreensíveis que o ensurdeceram. Depois Gina, Neville e Luna estavam ali, e todos os Weasley e Hagrid e Kingsley e McGonagall e Flitwick e Sprout, e Harry não conseguia ouvir uma palavra do que cada um deles gritava nem dizer de quem eram as mãos que o agarravam, puxavam, tentavam abraçar alguma parte do seu corpo, centenas de pessoas se empurrando, todas decididas a tocar n’O-Menino-Que-Sobreviveu, a razão de aquilo ter finalmente terminado...

O sol subiu gradualmente sobre Hogwarts, e o Salão Principal resplandecia de vida e luz. Harry era uma parte indispensável da mescla de manifestações de júbilo e luto, de pesar e comemoração. Todos o queriam ali, seu líder e símbolo, seu salvador e guia, e que ele não tivesse dormido, que desejasse a companhia de apenas uns poucos, não parecia ocorrer a ninguém. Ele devia falar aos consternados, apertar suas mãos, testemunhar suas lágrimas, receber seus agradecimentos, ouvir as notícias que agora chegavam aos poucos de todos os lados ao longo da manhã, que os que estavam sob o efeito da Maldição Imperius no país tinham voltado a si, que os Comensais da Morte estavam fugindo ou sendo capturados, que os inocentes de Azkaban estavam sendo libertados naquele exato momento, e que Kingsley Shacklebolt fora nomeado ministro da Magia interino...

Corri em direção aos meus amigos e os abracei com toda força que tinha, ao longe vi Malia abraçar Harry, ambos segurando as lagrimas e pensando em uma única coisa: “Sirius iria amar presenciar este momento”. Então o olhar do moreno encontrou o meu e ele sorriu, teríamos tempo para nos falar depois, agora temos que ficar com nossos amigos e familiares, celebrando a guerra que acabamos de ganhar.

O corpo de Voldemort foi retirado e posto em uma câmara ao lado do Salão Principal, longe dos corpos de Fred, Tonks, Lupin, Colin Creevey e cinquenta outros que tinham morrido, combatendo-o. McGonagall havia reposto as mesas no salão, mas ninguém estava sentado de acordo com as Casas: todos estavam misturados, professores e alunos, fantasmas e pais, centauros e elfos domésticos, e Firenze convalescia deitado a um canto, e Grope espiou para dentro, por uma janela quebrada, e as pessoas estavam atirando comida em sua boca sorridente.

Depois de um tempo, estava sentada ao lado de Rony e Hermione, contando o que havia acontecido enquanto estavam em missão. Então ouvimos uma voz:

— Sou eu – murmurou Harry. – Podem me acompanhar?

Deixei que Rony e Hermione o seguisse, e fiquei ali, admirando o primeiro dia de um novo mundo. Um mundo livre de Voldemort, um mundo onde finalmente teríamos paz. Alguém senta ao meu lado, ocupando o lugar que uma vez fora que Hermione. Lá estava ela Andromeda Black Tonks, carregando em seus braços o seu neto, Teddy. Ela apenas sorri e pede que eu segure o bebe, levantando logo em seguida e indo em direção a irmã, Narcisa, que estava abraçada a família, sorriu com a cena e volto o meu olhar para o pequeno bebe em meus braços.

— Sabe Teddy – sussurro para o pequeno – Você é o amor da minha vida. Tudo o que eu tenho e tudo o que sou é seu. Para sempre. E eu sei que não sou a sua mãe e que tanto ela quanto o seu pai não estão aqui, mas eu te amarei com todo o meu coração e cuidarei de você como se fosse o meu próprio filho. Estarei vendo os seus primeiros passos e suas primeira palavras, levarei você para comprar a sua varinha e o verei embarcando no trem para o seu primeiro ano aqui em Hogwarts. Eu sei que o castelo não está em seu melhor estado no momento, mas você vai ver, ele estará deslumbrante quando você voltar e aqui você fará amizades que durarão a vida inteira e você será feliz, muito feliz.

Teddy apenas sorri e agarra o meu dedo com sua mãozinha. Sorriu e deposito um beijo em sua testa.

O mundo será um lugar melhor para ele e para as futuras crianças a caminho, isso me faz feliz.

(Assista: https://www.youtube.com/watch?v=sySGml5Ezis)


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Querem saber o que acontece depois? Não deixe de comentar
Bjs ♥



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