—Olá Senhor Cullen. Oi amor. – Emily abriu a porta para eles e deu um beijo rápido no namorado. – Entrem. São para a mamãe? – ela perguntou apontando para o buquê de flores vermelhas.

—São sim. Exagerei? – ele estava se sentindo um pouco nervoso.

—Não. São lindas. Vocês vão sair? – ele estava muito formal para ficarem apenas em casa. Ele usava calça e sapato social e uma camisa de manga longa.

—Não sei. Resolvi me arrumar um pouco, porque a sua mãe é toda chique e não queria passar vergonha vindo de calção e chinelo. – ela riu dele.

—Ah, relaxa. A mamãe não liga para isso não. Manhê! O Sr. Cullen chegou. – ela gritou e arrastou o namorado para sala, onde Maia estava deitada em um sofá vendo filme.

—Oi. – Bella o cumprimentou do andar de cima. – Vamos sair?  - Edward a encarou e começou a rir. Ela usava shorts e chinelos. Ele estava se sentindo ridículo, agora, naquelas roupas formais.

—Já que me arrumei todo, poderíamos sair para comer algo. – eles pararam de frente um para o outro sem jeito.

Ele não conseguia entender o motivo de estar tão nervoso. Os dois já foram namorados e ele não era de se deixar intimidar por causa de uma mulher, mas ele sabia que Bella não era uma mulher qualquer. Ela fora seu primeiro amor e ele arriscaria a dizer que ela ainda era o grande amor da vida dele.

Bella também estava nervosa e não era só pelo fato dela não ter nenhum envolvimento amoroso nos últimos anos. Edward trazia a tona, sentimentos que ela julgava não ser mais capaz de sentir. Ela gostava muito do marido, mas ele nunca tinha a feito sentir metade do que Edward era capaz de fazer com apenas um olhar. Lembrando-se do que as filhas haviam dito, ela se aproximou dele e o beijou. As mãos dele a agarraram e a puxaram para junto dele. Corpos colados e corações batendo forte, os dois pareciam estar numa luta para ver quem conseguia se expressar melhor e mostrar todo amor e desejo que um sentia pelo outro.

Eles se separaram ofegantes e Bella teve que se apoiar nos ombros de Edward para não cair.

—Amo esse efeito que causo em você. – ele manteve as mãos firmes em volta da cintura dela. – Lembro que desmaiou na primeira vez que nos beijamos.

—Eu não desmaiei por causa do beijo. – ela retrucou se defendendo. – Minha pressão que estava baixa.

—Sei. – ele a abraçou sentindo o cheiro dela. – Confessa que eu te deixo de pernas bambas.

—Você se acha demais, Cullen. – ela se afastou dele rindo. – Vou me trocar. Chame as crianças para irem conosco. – pediu subindo as escadas.

[...]

—Passeio em família. Sempre quis um momento assim. – Luke comentou enquanto eles se acomodavam na mesa do pequeno restaurante.

—Nós sempre saímos juntos. – Edward puxou a cadeira para que Bella sentasse.

—Mas era com a vovó e o vovô. Não com uma mãe e uma irmã. – apontou para Bella e Maia. E deu um beijo na mão da namorada.

—Sempre quis ter um irmão. – Maia sorriu para ele. – E de quebra, vou ganhar uma sobrinha também.

—Também sempre quis ter um, mas a mamãe nunca mais se envolveu sério com alguém. – Emily lançou um olhar enigmático para a mãe. – Que bom que agora ela tem você, Edward.

—E por falar nisso. – Maia pigarreou chamando a atenção deles. – Quais são as suas intenções com a nossa mãe?

—Meninas. – Bella grunhiu. – Isso lá são modos? E Edward e eu não temos nada.

—Então é só sexo sem compromisso? – Emily sorriu para a mãe. – Nunca imaginei que fosse assim.

—E não sou. – ela se defendeu. – Mas acabou acontecendo e não devem me julgar por isso.

—Garanto que minhas intenções são as melhores possíveis. – Edward ignorou o que ela estava falando e se virou para as meninas. – Se a mãe de vocês quiser ter algo sério, teremos. Sou um homem fiel e de muito caráter. Jamais magoaria a Bella ou vocês. Não sei o que nós temos. – deu de ombros. – Tem muita coisa acontecendo e acabamos de nos reencontrar. Vamos deixar as coisas fluírem e ver no que vai dar. A prioridade agora é a nossa garotinha. – ele sorriu para a nora/enteada.

—Também quero saber quais são as suas intenções com o meu pai, Sra. Swan. – Luke cruzou os braços a encarando. – Meu pai é um homem muito gentil e que já sofreu muito.

—Como seu pai disse, não sei o que nós temos, mas garanto que não estou o usando e nem vou magoa-lo.

 -Que família mais linda. – Maia bateu palmas. – Podemos pedir agora? Estou com muita fome.

—Eu também estou. E todo mundo sabe que preciso comer por duas. – apontou para a barriga para enfatizar a situação.

Os jovens começaram a falar ao mesmo tempo e Edward e Bella deram as mãos e sorriram um para o outro, aproveitando o momento. Eles se sentiam completos, como se os sonhos deles, finalmente estivessem se realizando. Os dois sempre quiserem ter uma família grande, e agora poderiam vivenciar isso e o melhor de tudo, é que estariam juntos. Como deveria ter sido desde o começo.

—Boa noite. – eles foram interrompidos pela garçonete. – Edward? – ela gaguejou ficando pálida.

—Jessica? – Edward levantou sem acreditar que ela estava ali.

—Mãe? – Luke tinha visto apenas uma foto da mãe. Era dela ainda jovem, mas ela tinha traços marcantes e ele estava certo que a mulher em frente a eles, era a mãe biológica dele.

—Espera. – Bella também levantou da cadeira e ergueu as mãos. – O Luke é filho da Jessica Stanley?

—A mesma da traição de quando eles eram adolescentes? – Maia perguntou se virando para a irmã. Emily olhava para o trio a sua frente sem entender o que se passava.

—Acho que sim. – Luke sempre sonhou com o momento em que ele veria a mãe novamente. Ele não se lembrava dela, tinha apenas alguns meses quando ela o abandonou. E em todos os cenários que ele já tinha imaginado para o reencontro deles, em nenhum deles, ele era ignorado pela mãe. Ela só deu uma olhada de relance nele.

—Você voltou com a Bella? Não posso acreditar nisso. – Jessica se apoiou na cadeira. – Está criando o meu filho com ela?

—Ele não é seu filho. É apenas meu filho. Você perdeu o direito de ser mãe dele no dia em que saiu de casa sem nem olhar para trás.

—E foi só eu sair que você arrumou uma mãe para ele. E pelo visto, tiveram uma filha. – apontou para Emily.

—Eu disse que ela parecia ser minha filha. – Edward sussurrou para Bella que o fuzilou com os olhos.

—Ela é minha namorada. – Luke também levantou e encarou a mãe.

—Isso só pode ser alguma piada. – ela riu sem olhar para o filho. – Elas têm o que? Mel?

—A única piada aqui é você. – Bella deu um passo à frente. – Não sei como teve coragem de abandonar o seu filho e o pior de tudo, é que ele está bem na sua frente e você não tem coragem de olhar para ele. Mas quer saber de uma coisa? Você é quem perdeu com tudo isso. Edward e Luke seguiram em frente e estão bem. E o seu filho é um homem incrível. E seria uma honra para mim ser mãe dele. – Bella estendeu a mão e segurou na de Luke.

—Bella está certa. Nós seguimos em frente e estamos bem melhor sem você. Nunca deixei nada faltar ao meu filho e você não tem nenhum direito sobre ele.

—Ele também é meu. Você querendo ou não.

—Só não me arrependo de ter ficado com você, porque a nossa relação gerou o Luke e ele é tudo para mim.

—Você diz isso agora, mas você amava quando estava comigo. – ela retrucou.

—Eu te suportava. – ele parou em frente a ela. - Só fiquei com você para tentar esquecer a Bella. Não me orgulho disso, mas é a verdade. – confidenciou se afastando. – Vamos pessoal? – as meninas também se levantaram e Edward os guiou até a saída. Quando chegaram ao carro, Bella começou a bater no peito de Edward.

—Tinha mesmo que ter tido um filho com Jessica Stanley? Não bastava me trair, teve que se casar com ela?

—Eu não me casei com ela. – Edward segurou o braço dela. – Nós nos envolvemos quando estávamos na faculdade e acabou acontecendo dela engravidar, mas eu sempre pensei em você Bella.

—Você é um idiota, Edward. Como eu te odeio. – ela gritou e os três jovens se encolheram em um canto, sem saber se entravam no meio da briga dos dois. – De todas as mulheres dessa terra, teve que fica justo com ela? – guinchou apontando para a lanchonete. – Você sabe como eu sempre a odiei e você me traiu com ela.

—Eu não te traí, Bella. – tentou se defender.

—É claro que não. Esqueci que você foi atacado. Ela também te forçou a dormir com ela? – perguntou se desvencilhando dele e ele passou as mãos no cabelo, exasperado.

—Não sei o motivo de estar tão brava. Isso é passado. Estamos juntos agora.

—Não estamos juntos. – ela rebateu gritando. – Foi só calor do momento.

—Sabemos que é bem mais do que isso. Eu gosto de você e você gosta de mim. Vamos continuar de onde paramos.

—Não posso continuar de onde paramos. – ela balançou a cabeça para enfatizar.

—E por que não?

—Porque você teve um filho com a Jessica. – ela estava a ponto de chorar.

—E o que tem demais nisso? Eu não tenho mais nada com ela. Não consigo enxergar o problema.

—Não era para você ter tido um filho com ela. Era para ter tido um filho comigo. – choramingou.

—Se é esse o problema. Vamos ter um filho então. – sorriu fazendo os quatro o encararem de boca aberta.