Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 8
Capítulo 8 - Vai ficar tudo bem


Notas iniciais do capítulo

Olá Nyah Fanfiction!
Aqui está mais um capítulo de "Asas Douradas"! Espero que gostem!
Boa leitura ♥



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Capítulo 8 – Vai ficar tudo bem.

—“Leo!” – Hermione abraçou a criança. Dessa vez eles estavam em uma praia deserta. - “Senti sua falta.”

—“Eu também senti, Mione.” – o garotinho sorriu. – “Acredito que tenha perguntas para mim, hun?”

— “Sim” – ela afirmou um pouco envergonhada. – “Um pouco mais cedo, eu senti que Harry corria perigo. Senti todas as suas emoções e por serem fortes demais, eu tive um surto.” – Os dois se sentaram na areia branca da praia. - “Você me explicou uma vez que eu podia sentir o que o anjo sentia porque foi ele quem me deu a marca, ou seja, estávamos ligados um ao outro. Então por que com Harry também?”

— “É um de seus poderes, Mione.” – o pequeno começou a explicar enquanto tentava montar um castelo de areia. – “Os anjo caídos podem meio que se conectar com uma outra pessoa. Não é qualquer um que faz isso, na verdade.”

— “Por que não? Achei que os poderes dos anjos caídos fossem iguais.”

— “E são, mas são poucos que conseguem desenvolver totalmente suas habilidades. Além de que não há muitos hoje em dia.” – Leo explicou. – “Para poder se conectar com alguém, você precisa de muita concentração, além de que todos os seus sentido e pensamentos precisam estar focados nesse alguém.”

— “Eu estava preocupada com Harry por conta do Torneio.” – ela murmurou.

“Você é especial, Mione.”— ele sorriu. “ Não falo de poderes ou coisa do tipo, mas sim, que você tem uma facilidade enorme de envolver todos ao seu redor em uma onda de carinho e amor.” – ela corou.

— “Eu não acho isso.” – comentou mais para si.

— “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” – ele citou e sumiu quando uma onda calma chegou aos seus pés.

*****

O mundo mágico estava um caos. Desde que Harry Potter voltou do labirinto com o corpo de Cedrico e a informação de que Voldemort estava de volta, todo mundo entrou em choque. O ministério, obviamente, tentou abafar o caso e fez parecer que Harry juntamente com Dumbledore eram mentirosos.

Hermione chorou ao encontrar seu amigo após a prova. Os olhos verdes dele transmitiam uma dor profunda por tudo o que aconteceu e Hermione passou horas abraçada a seu amigo (no chão do salão comunal mesmo) fazendo carinho em seus cabelos negros rebeldes em silêncio. Ás vezes, o silêncio era o melhor conforto que pode se dar a alguém.

Ron respeitou esse momento entre os dois. Mesmo que esteja triste por seu amigo, nunca foi bom na arte de consolar alguém e tinha medo de falar algo totalmente desnecessário.

— Acho que precisamos conversar. – ele falou ao se aproximar dos gêmeos. Eles concordaram e os três se sentaram em um canto do salão comunal, longe de todos. –Eu quero pedir desculpas pelo modo infantil que eu agi no dia do final do torneio. Vocês sabiam o que fazer de melhor para ela enquanto fiquei cego pelo ciúme. De qualquer forma, eu não teria ajudado nem um pouco Hermione. – ele passou as mãos nervoso no cabelo.

— Não esperávamos essa atitude. – Fred começou.

— Sinceramente, estávamos preparados para uma boa briga. – George completou e Rony riu. – É bom ver que você está crescendo, irmãozinho.

— Oras, quieto! – Ron falou rindo. – Não sou tão ruim assim! – os três riram. Depois de alguns segundos, Ron voltou a ficar um pouco mais sério. – Como sabiam que a água iria acalmá-la? – os gêmeos trocaram olhares.

— Não sabíamos se daria certo. – disseram juntos sinceros.

— Hermione nos contou uma vez sobre algumas curiosidades dos elementos. – George mentiu. Afinal, não podia simplesmente dizer a verdade.

— Só nos lembramos que ela comentou que a água era usada muitas vezes como forma de terapia no mundo dos trouxas e resolvemos testar. – Fred continuou a mentira do irmão.

— Ah sim. – Rony soltou. Os gêmeos agradeceram mentalmente que era o Rony, caso contrário, desconfiariam da história. (Principalmente se fosse Ginny ou sua mãe)

*****

— Ele está melhor? – Ginny perguntou a Hermione que observava seu amigo de longe desta vez.

— Não, ele se culpa pela morte de Cedrico. – ela respondeu. – Os comentários e olhares dos outros não estão ajudando nem um pouco. – falou com raiva.

— E-eu não sei se é uma boa hora para se aproximar dele. – a ruiva comentou cabisbaixa. – É que eu tenho uma vontade enorme de abraça-lo, sabe?

— Vai lá, ele precisa de conforto. – a castanha incentivou. A ruiva então lançou um último olhar a sua amiga antes de se aproximar lentamente do moreno. Em silêncio, sentou-se ao lado dele e Harry automaticamente apoiou sua cabeça no ombro da ruiva.

Vai ficar tudo bem, precisamos acreditar nisso. – Rony falou baixo enquanto abraçava por trás sua namorada.

— Sim, se deixarmos de acreditar nisso não nos restará mais nada. – Hermione suspirou.

*****

A semana da lua cheia chegou e as energias de Hermione se esgotaram. Ela andava sempre cansada, mesmo que tenha tomado as poções e as olheiras abaixo de seus olhos se tornaram frequentes. Estava cansada mais emocionalmente do que fisicamente na verdade, mas não tinha mais paciência para explicar isso toda vez que questionavam sua aparência cansada. Apenas dizia “Provas” ou então “Estudos”. Os gêmeos nada diziam já que entendiam o desgaste emocional que Hermione estava passando. Afinal, Harry Potter estava de mal a pior.

A cabeça de Fred estava bagunçada e seus sentimentos mais ainda. Seu ano estava sendo perfeito e agora estava um caos. Não havia mais aquele sentimento de paz e harmonia; o medo estava presente a todo momento mesmo que muitos tentassem disfarçar dizendo que Harry Potter era um mentiroso. No fundo, tudo era muito óbvio: Sem menos esperar, entrariam em guerra. Para acrescentar a lista de coisas que não estava indo bem para Fred, havia também seu namoro. Ou quase isso.

— Eu sinto muito, Fred. – Hermione de pronunciou ao encontrar Fred sentado sozinho no jardim.

— Eu nunca vou entender como consegue nos diferenciar tão rápida. – ele sorriu. – Não sinta, Mia, porque eu não sinto. – ele indicou o lugar vago ao seu lado e Hermione prontamente se sentou. – Angie é uma garota legal, eu realmente desejo do fundo do coração que ela seja feliz. Porém, ela era muito ciumenta e insegura. Com o tempo, ela se tornou possessiva também.

— Fiquei sabendo que romperam depois que me ajudou com meu surto. – ela falou envergonhada.

— Ela surtou por eu ter te levado no colo. – ele suspirou. – Não se sinta mal, Mia. Ela não te culpa pelo nosso rompimento se quer saber. – ele falou sincero. – Ela viu o quão mal você estava só que o ciúme dela a cegou. Discutimos, de fato, depois que a prova acabou, mas ambos chegamos a conclusão de que esse relacionamento estava sendo tóxico para nós dois. Ainda existe o sentimento, mas nosso namoro surgiu em um momento em que nenhum dos dois estava pronto para se relacionar.

— Eu admiro a forma madura que terminaram, Fred. Hoje em dia, as pessoas vivem tudo com muita intensidade, o que nem sempre é ruim. – ela comentou olhando para o nada. – Vivem com intensidade, amam com intensidade e também se destroem com intensidade. Realmente admiro muito vocês.

— Obrigado, eu acho. – ele sorriu. – Ano turbulento, não?

— Nem me fale. – ela soltou uma risada fraca. – Às vezes dá vontade de fugir para os braços de minha mãe e nunca mais sair de lá. – Fred gargalhou.

— Se quiser, pode fugir para os meus também. – ele falou e abriu os braços. Hermione riu ao abraçar o ruivo.

— Desse jeito eu troco Ron por você e fugimos juntos para bem longe daqui, que tal?

— Nada mal, Mione. – ele falou. – Só espero que saiba cozinhar ou passaremos fome porque sou um péssimo cozinheiro. – ela gargalhou com isso.

Ambos ficariam bem.

*****

A cabine de Harry, Ginny, Hermione e Rony voltou a ser cheio de vida e risadas assim como na ida para Hogwarts. Harry não estava totalmente bem, mas se permitia rir de vez em quando. Antes de partir, encontrara os pais de Cedrico que o agradeceram por ter trazido o corpo de seu menino de volta. A sra. Diggory abraçou Harry fortemente e disse que jamais deveria se culpar porque Cedrico partiu em paz após realizar seu sonho de vencer o torneio.  Durante o tempo que estava de luto também, Harry Potter encontrou conforto em Ginny Weasley que se mostrou uma ótima amiga e companheira. Ele a agradeceu várias vezes assim como fez com Hermione e a ruiva apenas o abraçou dizendo “É para isso que servem os amigos, não?” e ele sorriu fraco.

Hermione estava nervosa por dentro e fazia de tudo para não demonstrar isso a ninguém com exceção dos gêmeos que já sabiam o motivo. Estava nervosa porque encontraria seus pais e segundo o anjo aprisionado, eles teriam as respostas de como ela teria recebido sua marca.

Ron percebeu que sua namorada estava um pouco tensa e pensando que era sobre os últimos acontecimentos, ele apertou forte a mão dela antes de sussurrar um “Vai ficar tudo bem”, recebendo um sorriso como resposta.

A estação King Cross estava cheia de pais, parentes e irmãos ansiosos para rever seus amados. De longe, Hermione já conseguia identificar seus pais que estavam ao lado de Molly e Arthur que acenavam exageradamente para o expresso. Assim que pisaram na estação, foram bombardeados por abraços, beijos e lágrimas (estes por parte da Sra. Weasley.)

— Boa sorte, Mia. – os gêmeos sussurram ao abraçar a castanha. Ela os olhou agradecida. Despediu-se rapidamente de todos prometendo responder todas as cartas que mandassem. Deu um selinho em Ron (ato que foi notado com muita alegria pelas mães e o Sr. Weasley. Já o Sr. Granger fechou a cara antes de estreitar os olhos na direção do ruivo que engoliu um seco.) e virou-se na direção de seus pais.

— Vamos? – seus pais perguntaram oferecendo suas mãos a garota.

— Vamos. – ela sorriu.

Era bom estar de volta.


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