Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 6
Capítulo 6 - Verdades


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura ♥



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Capítulo 6 – Verdades.

Hermione despertou na enfermaria e aos poucos foi se lembrando dos últimos acontecimentos. Raiva, injustiça e medo eram o que ela sentia ao visitar novamente aquele anjo. Como eles eram capazes de torturar uma figura tão pura quanto aquela? Todos esses sentimentos sumiram por um tempo quando sentiu sua mão esquerda ser firmemente segurada. Abriu seus olhos e seu coração disparou ao encontrar Ron ao seu lado com um olhar preocupado.

—Olá, Mione. – o ruivo sorriu – Ultimamente você anda a nos deixar bastante preocupados, hun? – ele questionou e Hermione não pode deixar de sorrir amarelo.

— Está se sentindo bem? – Harry perguntou e só aí a castanha percebeu a presença do amigo.

— Estou bem. – simplesmente respondeu e seu olhar encontrou o da prof. McGonagall que a olhava com um pedido de desculpas silencioso. Pedido este que prontamente foi aceito.

— Fico mais tranquila ao saber que a senhorita está bem. – a professora falou. – Irei chamar madame Pomfrey. – e se retirou.

— Desse jeito vou achar que está querendo competir comigo para ver quem entra mais em problemas, Mione. – Harry diz brincalhão e recebe um soco de leve com a mão disponível da amiga.

— Nunca que irei tirar esse posto de você, querido. – ela sorriu – Você nasceu para isso. – ela brincou e os três riram.

— Herm-on-nini...? – Krum pergunta baixo ao se aproximar de sua cama. A garota sente o ruivo apertar sua mão mais firme e encarar feio o búlgaro.

— O que faz aqui? Não vê que é um momento entre amigos? – o ruivo questiona.

— Rony, não. – ela diz olhando nos olhos e Rony bufa. – Não ligue para ele, Viktor. Vamos, aproxime-se. – falou gentil.

— E-eu sinto muito por ter falhado. – ele solta depois de um tempo. – Não tive forças o suficiente para te resgatar e se não fosse Harry Potter... – ele fecha os olhos e coloca as mãos no bolso cabisbaixo. – E-eu nunca me perdoaria se algo acontecesse a ti. – ele fiz sem encarar os olhos castanhos.

— Viktor, olhe para mim por favor. – ela diz suave e o búlgaro levanta a cabeça devagar. – Quero que saiba que eu não te culpo e jamais culpei você pelo ocorrido. As criaturas ali eram terríveis, de fato. Tenho certeza também que você deu o seu melhor. Então não se culpe, okay? – ela diz e o búlgaro dá um sorriso triste.

— Obrigado e sinto muito novamente. – ele diz antes de se afastar de seu leito sem antes, claro, receber olhares feios do ruivo.

— Ron, não o culpe. – ela diz.

— Certo, certo. – ele diz balançando os ombros. – Vou avisar a todos que você está bem. Todos os seus amigos estavam preocupados, sabe. Não mais que nós dois, claro. – ele aponta para si e Harry que permanecia calado. – Aliás, quando que você e os gêmeos se tornaram tão próximos?

O que? – ela quase engasga com a própria saliva.

— Eles quase mataram o Krum quando ele se aproximou da enfermaria e surtaram também quando foram impedidos de entrar aqui.

— Oras, Ron, sempre fomos amigos. – ela sorri nervosa, detalhe que o ruivo não percebeu. – Pode não parecer aos olhos de outros, mas conversamos bastante uns com os outros.

— Hum... certo. – ele diz conformado e dá um beijo na testa de Hermione que fica surpresa com esse gesto. O mais alto então se afasta, mesmo não querendo soltar a mão de sua amiga e Hermione acompanha com o olhar os movimentos dele antes de se deparar com um par de olhos verdes a encarando curioso.

— Você pode ter conseguido enganar Ron com essa resposta, mas eu não. – o moreno diz e a grifinória abaixa o olhar. Harry suspira e segura gentilmente a mão direita de sua amiga olhando no fundo dos olhos dela. – Eu sei que você está escondendo algo, Mi. Não sei o que é, mas sei também que os gêmeos estão com você nessa.

— Harry, eu...

— Não, deixa eu continuar. – ele interrompe. – Eu vi seus olhos mudarem de cor, Mione. Eles estavam dourados. Eu posso ser um garoto problema e míope, mas não sou louco. Não o suficiente pelo menos para imaginar coisas. – ele diz com um sorriso no rosto. Hermione dá um longo suspiro.

— E-eu não posso falar ainda. Não estou pronta. – ela diz baixo. – É pela segurança de vocês. Sabe como eu odeio omitir coisas de vocês dois, não sabe?

— Sei, Mi. É por isso que não vou te pressionar. – ele se aproximou e abraçou forte a castanha que já tinha algumas lágrimas nos olhos. – Eu confio em você e tenho certeza que você sabe o que faz. Desde que você esteja bem, eu ficarei tranquilo. – ele a tranquiliza.

— Obrigada, Harry. – ela o abraça mais forte. Harry já tinha problemas demais em suas costas, não podia dar mais um a ele. – Amo você.

Também amo você, irmã.

*****

O tempo passou rápido desde então. Foi bombardeada de perguntas de seus amigos e colegas quando saiu da enfermaria e tudo que fazia era sorrir e responder que estava bem. Os gêmeos, tendo convivido com ela o tempo suficiente, sabiam que algo não estava bem, mas esperaram que ela resolvesse contar antes que perguntassem. Afinal, Hermione Granger precisava de um tempo para colocar os pensamentos em ordem.

Era noite de lua cheia. A primeira do mês, para ser mais específica. A terceira e última tarefa estava se aproximando deixando todos mais tensos no castelo. Harry estudava e treinava como nunca e Hermione temia pela vida de seu amigo. Ron se tornou mais gentil e carinhoso, mudança que surpreendeu a castanha. Gina parecia estar disposta a esquecer a paixonite que sentia pelo menino que sobreviveu e seguir em frente com sua vida, tendo o apoio de Hermione, visto que até então, Harry continuava apaixonado por uma certa oriental.

— Preparada para mais uma noite especial com os gêmeos mais gatos do mundo mágico? – Fred falou com um sorriso maroto no rosto. Os três estavam na sala precisa esperando que a lua cheia atingisse seu ápice.

— Os gêmeos mais gatos do mundo mágico? – ela arqueou uma sobrancelha. – Oras, Weasleys, não me disseram que teríamos companhia! Gostaria muito de conhecer esses tais gêmeos!

— Você viu, Feorge? – um deles perguntou. – Depois de meses em um relacionamento tão sério como esse ela diz isso.

— Pois é, meu caro Gred. – o outro abraça o irmão. – Sinto-me usado. Oh, quão sozinho me sinto! – diz dramaticamente e Hermione revira os olhos rindo.

— Vocês quem têm sorte de estarem sob a presença de uma figura tão pura, linda, inteligente e modesta como eu. – ela empina o nariz e logo solta uma risada fraca.

— Acho que ela está andando muito com a gente, mano. – George diz antes de apertar o nariz empinado de Granger.

— Fazer o que, ne? – Fred dá de ombros – Somos os melhores. – ele sorri.

— Agora vão para o cantinho do castigo. – Hermione diz com um tom de brincadeira. – Está quase na hora. – sua fisionomia se torna séria e os gêmeos se afastam. – Hora do show.

E novamente, a tão costumeira dor e agonia a invadem ao mesmo tempo que o luar a ilumina. Tudo a sua volta escurece por alguns segundos e Hermione se concentra o máximo que pode em suas lembranças mais felizes e especiais. O ritual para sua transformação acontece como sempre: dores, agonias, olhares tensos dos gêmeos e alguns gritos vindo da castanha.

*****

— Dessa vez durou um pouco a menos e seus gritos foram mais baixos também. – Fred dizia enquanto anotava em um pequeno bloco. Toda transformação os gêmeos anotavam os detalhes para ver se havia alguma mudança. Os três se encontravam no quarto de Hermione onde a mesma estava deitada na cama após tomar a poção de Snape.

— Acho que aos poucos, meu corpo está começando a suportar mais a dor. – a castanha diz com a voz ainda um pouco fraca. Ela suspira antes de continuar. – Tem algo acontecendo que eu ainda não falei a vocês.

— Nós sabemos, Mia. – George diz e ela sorri com o apelido carinhoso que recebera dos gêmeos. – Digo, sabemos que há algo de errado, não o que.

— Eu entendi, George. – ela ri e então conta sobre os sonhos que teve com Leo e o anjo aprisonado (esta parte os gêmeos a interromperam para poder xingar Voldemort) e também o fato de que seus olhos ficaram dourados fora da lua cheia. – Uma de minhas teorias é que os olhos dourados têm o poder de mandar nos outros. Como se fosse um imperius, sabe? Mas acredito que só funciona se olharem nos meus olhos.

— Isso explica o dia que você nos mandou voando na sala precisa. – Fred diz e Hermione sorri envergonhada. – Não tem porque ficar envergonhada, Mia.

— Foi a melhor viagem sem vassoura que fizemos. – George completa e pisca para a castanha que gargalha.

— Voldemort está atrás do poder dos anjos. – ela continua.

— Segundo o anjo, algo tão impuro jamais poderia tocar algo tão puro como um ser angelical, certo? – Fred questionou e ela confirmou.

— Faz sentindo ele estar atrás dos anjos caídos então. Já que estes não são tão puros quanto os anjos, mas possuem poderes parecidos. – George completou a linha de raciocínio.

— Não sei como ele vai obter esses poderes sem ter a marca. Apesar de ter certeza de que não vai ser nem um pouco agradável para nós, anjos caídos. – Hermione fez uma careta.

— Não vai acontecer nada a você. – os gêmeos falaram juntos com os rostos sérios.

— Sei que posso confiar minha vida a vocês. – ela sorriu.

— Precisamos descobrir também quem é a pessoa que você precisa encontrar para ter respostas.

— Sim, mas algo me diz que eu vou saber quem é na hora certa. – ela diz pensativa. – Aliás, a frase “voltar às origens para salvar quem amamos” faz sentido a vocês?

— Não que eu tenha percebido. – George diz. – E você, Freddie?

— Nada, Georgie.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada aos leitores (as) que comentaram nos capítulos ♥ A opinião de vocês é importante para mim. Até o próximo capítulo!
Beijos ♥



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