Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 5
Capítulo 5 - Águas turbulentas


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos (as) leitores (as) ♥
Aqui está mais um capítulo de Asas Douradas ♥ Pensando um pouco sobre a história do Cálice de Fogo, eu decidi não colocar a parte da Skeeter na história, já que não teria muito importância no enredo. Outra coisa também é o sotaque que os franceses e búlgaros têm. Achei um pouco complicado reproduzir isso no português então acabei não colocando. Sem mais enrolação, espero que que gostem do capítulo!
Boa leitura ♥



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Capítulo 5 – Águas turbulentas

Harry sentia o suor escorrer por dentro de suas vestes. Encontrou Dobby mais cedo e descobriu que o “tesouro” tirado de si era na verdade pessoas. Para ser mais específico: Rony Weasley e desconfiava que Hermione Granger também por causa de Krum. Até então, tinha se preparado psicologicamente para não fazer a prova já que não tinha conseguido algo para poder respirar de baixo d’água e agora, marchava silenciosamente em direção às arquibancadas cheias em volta do Lago Negro, onde aconteceria a segunda prova. No caminho, alguns alunos desejaram boa sorte; outros comentavam a falta de seus fiéis companheiros (Hermione e Ron); e os sonserinos, claro, não perdiam a oportunidade para zombar com sua cara.

— Estou aqui. – se pronunciou quando chegou na tenda dos campeões e viu que era o único que faltava.

— Muito bem, então vamos começar. Sabem o que precisam fazer, certo? – Bagman questionou os campeões que confirmaram. – Ótimo. – Bagman apontou a varinha para seu próprio pescoço e lançou o feitiço Sonorus. – Bem, os nossos campeões estão prontos para a segunda tarefa, que começará quando eu apitar. Eles têm exatamente uma hora para recuperar o que foi tirado deles. Então, quando eu contar três. Um.. dois... três! – e apitou.

Harry respirou profundo e comeu a planta guelricho que recebeu de Dobby. O gosto era horrível e teria cuspido fora se não fosse o fato de que os outros campeões já tinham mergulhado no lago. “Guelras” notou quando entrou nas águas frias do lago. Ainda podia ouvir as risadas de alguns alunos. Realmente, Harry deveria estar com uma cara muito tosca quando mergulhou de vez no lago.

*****

Fred e George estavam muito contentes com a quantidade de dinheiro que estavam ganhando por causa das apostas.

— Vai Harry! Apostei em você, cara! – George gritava junto com a torcida. Fazia mais ou menos dez minutos que a prova tinha começado e mesmo tendo certeza de que os campeões não ouviriam, eles continuavam a gritar.

Fred estava no mesmo espírito do irmão e gritava com todas as suas forças o nome de Harry; Angelina ao seu lado revirou os olhos, mas torcia também para o grifinório.

— E parece que aí vem um campeão, senhoras e senhores! – uma voz anunciava levando a arquibancada à loucura. Os alunos gritavam os nomes dos campeões de forma louca, mas logo se calaram ao ver uma... não, duas figuras surgirem na superfície da água: Fleur desacordada e Krum com um machucado feio no rosto.

— Não consegui! Não consegui! – Krum gritava rouco com a francesa nos braços. – Herm-on-nini e a irmã dela ainda estão lá! – ele continuou a gritar enquanto os professores atordoados tentavam ajudar os dois a chegarem à berada.

— Hermione...? – Fred sussurrou e sentiu seu coração disparar. Trocou olhares com George que estava sério. – O que raios ele está dizendo?

— Eu ouvi Harry comentando sobre o que ouviu do ovo. – Angelina falou atordoada com a informação. – Há algo, no caso alguém, precioso que foi tirado deles no fundo do lago. Eles têm exato uma hora para recuperar ou nunca mais veriam seus “tesouros”.

— Puta merda. – ele soltou e desceu da arquibancada com George em seu encalço antes que sua namorada falasse algo. Quando se aproximaram de Krum, que estava tendo suas feridas tratadas na tenda dos campeões, o puxou pela gola da regata que ele usava antes que qualquer professor pudesse interferir. – O que raios você está pensando? Hermione está em perigo e a madame está aqui sentada?

—Tire suas mãos de mim. – o búlgaro se pronunciou e com sua força afastou o ruivo. – Não posso voltar porque não consigo. Vocês não têm noção nenhuma do que há ali em baixo, o que protege os nossos tesouros!

— Foda-se. Ela só está nisso por sua causa. – George se pronunciou enquanto impedia Fred de avançar sob o búlgaro. Por mais que quisesse soltá-lo, havia muitos professores em volta. – Vamos, cara. Ela vai ficar bem, Harry e Cedrico ainda estão lá.

— Temos a permissão de trazer somente um. – Krum soltou baixo e fechou os olhos. – Não irei me perdoar se algo acontecer com ela.

— Eu espero muito que ela volte. – Fred encarou firme o outro. – Caso contrário, você terá que acertar suas contas com a casa Grifinória.

— Peço perdão pelo espetáculo, senhoras e senhores. – George falou com um pouco de ironia, porém, com o costumeiro sorriso no rosto. – Peço também a nossos queridos e amados professores que esqueçam essa cena e não nos deem detenção. Muito gratos. – George se curvou rapidamente e saiu arrastando Fred que ainda xingava o búlgaro. A sorte deles era que a tenda dos campeões era fechada então nenhum aluno presenciou aquela cena. Outro detalhe também é que prof. McGonagall estava em estado de choque pela situação ou teriam levado uma bronca daquelas.

— Ela pode não voltar, cara! – Fred falou preocupado enquanto bagunçava seus cabelos em claro sinal de nervosismo. Os gêmeos estavam próximos às margens do lago. – Você ouviu o que ele disse? Eles só podem trazer um tesouro. Como Harry ou Cedrico poderiam trazer dois ou até três de uma vez?

— Eu não sei, mano. – George falou um pouco mais calmo que o Fred e colocou suas mãos no ombro do outro. – Não há muito o que se fazer, a não ser torcer para que tudo acabe bem. Além de que ela é um anjo caído, água é algo que a faz se sentir bem.

— Quero acreditar nisso. Quero acreditar nisso. – Fred sussurrou sentindo seu peito doer. Por que doía tanto pensar que ela estava em perigo?

*****

Harry estava confuso. Já estava ali esperando os outros por um tempo e nenhum sinal. De fato, chegou primeiro no local dos tesouros, mas decidiu esperar até o final para garantir que todos chegassem bem à superfície. As criaturas ao redor não estavam facilitando isso.

... já se passou meia hora, por isso não tarde

Ou o que você busca apodrecerá aqui...

Seu coração batia de forma descontrolado e pedia silenciosamente que os outros campeões chegassem logo porque segundo os sereianos, quem ficasse para trás, jamais voltaria à superfície. As criaturas ao seu redor começaram a apontar suas lanças em uma direção e Harry viu Cedrico surgir com uma bolha de ar em volta da cabeça.

— Me perdi. – explicou o rapaz. – acredito que Krum e Fleur já estão por vir. – olhou uma última vez Harry antes de cortar as cordas de Cho Chang e a levar embora.

Harry ficou observando o lufano levar embora a garota que gostava e suspirou. “Nunca que vou ter uma chance com ela.” pensou. E então, ele esperou. Esperou. Esperou. “Mas que merda, onde estão os outros dois?!” pensava. Ao observar atentamente o movimento dos sereianos, ele soube que seu tempo estava acabando e consequentemente, o tempo dos reféns. Sem pensar em mais nada, cortou rapidamente as cordas que prendiam Rony e se dirigiu às cordas da criança francesa lutando com os sereianos que tentavam impedir. Com desespero, percebeu que o efeito da guelricho estava passando e se apressou em direção a Hermione. Os sereianos estavam furiosos com o rapaz que quebrara as regras e atacaram sem dó e piedade.

Harry, que não tinha energia (e nem fôlego) o suficiente para lutar com os sereianos, foi empurrado pelas criaturas para a superfície, sem soltar Rony e a criança. Lançando um último olhar a sua amiga e com a promessa de que voltaria, Harry Potter alcançou à superfície.

— ... Aí está o nosso último campeão! – o locutor narrava animadíssimo. – E com ele, dois dos reféns! Isso mesmo, senhoras e senhores! Obviamente, Harry Potter não seria ele mesmo sem quebrar algumas regras e agir como herói. Mas parece que o menino que sobreviveu deixou sua melhor amiga para trás!– e continuou a narrar coisas que  o moreno não se importava. Tudo que sua mente gritava era o nome de sua quase irmã e assim que viu que os professores alcançaram Rony e a francesa, mergulhou novamente nas águas turbulentas do Lago Negro, ouvindo de longe, a voz do diretor o chamando.

*****

Hermione abriu os olhos lentamente e se assustou ao ver que ainda estava no fundo do Lago Negro. Os sereianos riram de sua tentativa falha de tentar se soltar das cordas que a prendiam e isso a deixou irritada.

— Por que raios vocês não me ajudam?!— Hermione tentou falar, mas tudo que saiu foi bolhas. As criaturas riram novamente.

“Não ajudamos, criança.” — um deles respondeu. Hermione logo começou a sentir falta de oxigênio. Fechou seus olhos se concentrando nas cordas que a prendiam. Talvez, talvez conseguisse desfazer aqueles nós. Uma movimentação desconhecida fez com que ela abrisse seus olhos atenta e viu que os sereianos apontavam suas lanças com expressões raivosas em um direção.

“Você de novo, seu insolente.”— um deles falou e Hermione quase soltou todo seu fôlego quando sorriu ao perceber que a figura era Harry. Seu sorriso logo murchou ao ver os sereianos atacarem um Harry Potter machucado que mesmo assim, mantinha um olhar determinado fixado na castanha.

Saiam! Saia de perto dele! — a dona dos cabelos castanhos se debatia e tentava se comunicar ferozmente com as criaturas. Sentiu seu coração pular uma batida ao ver uma lança ser enfiada no ombro do moreno. – Eu disse, SAIAM! — Hermione gritou (tentou gritar) e os sereianos paralisaram ao olhar em sua direção.

“Interessante, criança caída.” — A que parecia ser a líder deles se pronunciou. – “Você tem sorte de que temos um enorme respeito à vocês.” — ela fez um sinal e os sereianos se afastaram depois de cortarem as cordas da grifinória.

Hermione se assustou com a repentina mudança na atitude dos sereianos e com terror, sentiu que seus olhos estavam dourados. “Mas a semana da Lua Cheia já foi.” Pensou enquanto via Harry nadar em sua direção. Soltou o que restava de seu fôlego e fechou seus olhos, apenas sentindo seu amigo a levar para longe dali.

*****

Olá, Hermione.” – o anjo acorrentado tentou sorrir. Estava de novo naquele mesmo porão onde o anjo que lhe deu a marca estava acorrentado e dessa vez, ele estava sozinho. “Veio cedo hoje.”

“Acho que perdi a consciência devido à falta de oxigênio.” – falou sem dar mais nenhuma explicação. Era a primeira vez que conversavam e o anjo parecia entender seus motivos.

“Não se assuste, criança. Seus poderes estão evoluindo lentamente e por isso, não fique surpresa que seus olhos dourados tenham se manifestado devido aos seus instintos.” – o anjo sorriu e Hermione sentiu paz sendo transmitida dele. Pensou em perguntar como ele sabia disso, mas lembrou-se de que foi ele quem a marcou, então obviamente ele sabia de tudo sobre ela.

“Por que me marcou?” – foi direta com sua pergunta e o anjo a observou com curiosidade.

“Para que um anjo possa marcar alguém, ele precisa dar uma parte de si para o futuro anjo caído.” – ele explicou e sua voz suave envolveu Hermione – “ Seus pais podem te ajudar, acredito. Quando os encontrar, diga-lhes que você está pronta e que a hora certa chegou.” – a mais nova ouviu atentamente sem responder. Observou as feições delicadas do anjo e ousou tocar uma ferida na testa dele.

“Dói?” – perguntou

“Sim.” – ele fechou os olhos por um segundo. – “Porém, seres tão impuros como eles, jamais poderão me destruir. O poder e a ambição podem cegar os tolos e causar uma enorme destruição.” – abriu os olhos e o encontro entre o castanho e o dourado aconteceu. – “Ele está atrás de vocês. Tome cuidado. Agora vá, criança.”

Hermione lançou um sorriso triste. Já podia imaginar que Voldemort estraria atrás de anjos caídos já que seu desejo era de ter em mãos o poder dos anjos. Lançou um último olhar ao anjo antes que a porta abrisse e mais uma vez, Pettigrew entrasse.

“Eu vou te tirar daqui. Eu prometo.” – ela sussurrou e recebeu um sorriso.


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Notas finais do capítulo



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