Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 41
Capítulo 41 - Xeque-mate e Adeus


Notas iniciais do capítulo

Heeey guys, tudo bem?
Aqui está mais um capítulo fresquinho para vocês ♥
Preparados para uma pequena (talvez) turbulência?
Espero que gostem!
Boa leitura!
Beijos ♥



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Capítulo 41 - Xeque-mate & Adeus

Draco olhava para o bilhete em sua mão sem saber o que sentir. Lucius Malfoy havia mandando uma carta a seu filho e engana-se quem pensa que se tratava de uma carta normal entre um pai e filho. Lord Voldemort não estava contente com sua demora em realizar sua missão e as palavras de Lucius eram claras: sua mãe era quem sentia na pele as consequências das atitudes (ou talvez da falta disso) do loiro. Não estava explícito o que sua mãe estava passando, mas Draco sentia o que restava de seu coração se estraçalhar só de imaginar. 

— Filho da puta. - xingou baixo e tacou a carta na lareira. Além disso, Lord Voldemort havia alterado sua missão. Aparentemente a missão de matar Dumbledore havia passado para alguém mais capaz que ele (palavras de seu adorável pai) e sua missão agora era trazer aquilo que Voldemort mais desejava no momento: o coração de um anjo caído, mais especificamente Hope Lea Lovegood, já que era o alvo mais fácil. 

Draco socou a parede ao seu lado sem se importar com os olhares que recebia dos outros sonserinos.

— Draco... - uma voz o chamou hesitante.

— Agora não, Pansy. - ele falou firme e endireitou sua postura, passando direto pela morena que mordia o lábio inferior. O loiro saiu do salão comunal da Sonserina com a cabeça cheia, deixando para trás Pansy que olhava seu amigo com preocupação. Talvez se conversasse com Nina, ela conseguisse ajudar o loiro com o que ele estava passando. 

***** 

Pansy já havia procurado sua irmã em todos os lugares e não obteve sucesso. Incrível como Nina conseguia desaparecer no momento em que Pansy mais precisava encontrá-la. A sonserina grunhiu frustrada e decidiu voltar para seu salão comunal.

— Oras oras, o que temos aqui. - uma voz causou arrepios nela. - Se não é minha cunhada favorita?

— Adams. - ela falou entre os dentes. Não gostava dele de forma alguma. Ela podia não ser a pessoa mais sensível do mundo, mas conseguia perceber algo na aura dele que era pura crueldade. Por céus, preferia mil vezes ter um Weasley como cunhado do que ele. - O que quer comigo? O que fez com minha irmã?

— Quanta revolta, querida. - ele sorriu de lado. - Não vejo sua irmã há dias aliás me parece que aquela vadia está fugindo de mim.

— Não fale assim dela! - Pansy fechou os punhos. - Você não a merece.

— Quem disse que eu quero ela também? - ele deu dois passos para frente enquanto ela deu dois para trás - Ela não serve nem para me satisfazer. Agora você, sempre foi especial, Pansy. - os olhos dele brilharam perigosamente e a encurralou na parede.

— Se afaste, Adams. - ela o encarou não querendo mostrar seu medo. - Eu tenho nojo e pena de você. - ela cuspiu as palavras com raiva. 

— Sua vadia. - ele avançou e colocou a mão no pescoço da menor. - Mas você vai me querer, Pansizinha. Seja por bem ou por mal. - ele sussurrou e a sonserina fechou os olhos sentindo seu corpo tremer.

— Fique longe dela, seu desgraçado! - uma voz ecoou pelo corredor e Adams voou para longe com o soco que recebeu em seu ouvido direito. Pansy abriu os olhos e sentiu um alívio ao ver sua irmã ali. - Você está bem, meu amor? 

— Nina. - ela sussurrou e abraçou a mais velha. 

— Vá chamar Dumbledore e se der, traga Nicholas também. - Nina falou com os olhos fixos na figura de Jonathan que ainda se recuperava do golpe. - Chegou a hora de dar um fim nessa palhaçada. 

— Não posso te deixar sozinha com esse monstro. - Pansy apertou o braço de sua irmã.

— Não se preocupe comigo, Pansy. Eu ficarei bem. - Nina sorriu e deu um leve empurrão na outra. - Agora corra. - ela observou sua irmã subir pelo corredor e voltou a sua atenção para o outro sonserino. Aos poucos, outros alunos se juntavam no corredor, atraídos pelo barulho.

— A vadia decidiu reagir, foi? - Adams se levantou com um sorriso sarcástico. 

— Entendo que o tamanho de seu cérebro seja pequeno demais, mas será que você não tem um outro tipo de vocabulário? - ela se encostou na parede enquanto brincava com a varinha. Chega de se fingir de vítima, nada mais a prendia a isso. - Estou começando a ficar cansada das mesmas palavras Adams.

— Oras sua... - ele cerrou os punhos.

— Sua o quê? - ela se aproximou dele ainda com a varinha em punho. - Vadia? Acabei de dizer que precisava mudar o vocabulário. - ela revirou os olhos. - Estou colocando um ponto final em tudo isso e vou deixar que todos saibam quem realmente é Jonathan Adams. - Nina falou alto e abriu os braços. A quantidade de alunos agora era grande e de canto, ela viu Pansy se aproximar com Dumbledore e Nicholas em seu alcance. 

— Você não teria coragem. Sabe o que acontece quando me deixa infeliz. - ele ameaçou.

— Ah, sei muito bem. - ela se desfez de seu casaco ficando apenas com uma regata fina, deixando amostra seus machucados. - Você, como um covarde que é, usa a violência física com arma, mas isso acaba hoje. - ela olhou rapidamente em direção à multidão e encontrou um par de olhos dourados a encarando com uma certa curiosidade. - Você bate, humilha, corta e se utiliza da tortura psicológica a seu favor. - falou alto e ignorou os múrmuros dos alunos. - Eu sofri por muito tempo calada para ter minha vingança, Adams. Não pense que sairá impune dessa. Todas as violências que eu sofri foram documentadas e nesse momento estão sendo enviadas ao Ministério. - os olhos de Adams se arregalaram levemente. - Já que não conseguiu nada comigo, você ainda teve a coragem de tentar violentar minha irmã, porque era isso que você iria fazer. - ela falou com raiva e avançou na direção dele, dando um empurrão. Jonathan estava ainda em choque para reagir ao golpe e bateu com tudo na parede. - Eu sinceramente tive vontade de te matar, mas nem mesmo seu sangue vale a pena, Adams.

— Vocês vão perder tudo. - ele se pronunciou depois do choque. - A sua família depende totalmente da minha e sem isso, vocês estão na miséria!

— Ah, foi bom você tocar nesse assunto. - ela falou com um sorriso sádico em seu rosto e Nick, de longe, sentiu sua curiosidade aumentar ao conhecer o verdadeiro lado de Nina. Com um movimento de sua varinha, uma pasta veio voando até a mão da sonserina. Ela pegou os papéis de dentro e jogou no ar em volta dele. - Está vendo esses documentos? É uma cópia do dossiê completo falando sobre a corrupção em suas empresas e os crimes que sua família cometeu. Tudo nos mínimos detalhes. Achou mesmo que eu aceitaria toda essa merda vinda de você sem reagir? - ela riu sarcástica e viu o rosto de Adams ficar branco. - Nunca subestime o poder de um Parkinson, Adams. Tudo isso também já está no Ministério e eu aposto toda minha fortuna que aurores estejam invadindo sua casa nesse exato momento. Além disso, Adams, todas as suas propriedades, eu disse TODAS, pertencem a família Parkinson. - ela pegou um dos documentos do chão. - Tsc tsc, deveria ler antes de assinar as coisas, pequeno Jonathan. - Nina riu. - Quem que iria ficar na miséria mesmo? Tudo que é seu me pertence. Até mesmo as roupas que está usando me pertence. - ela se aproximou perigosamente dele e deu um soco em seu estômago. - Nunca subestime uma mulher, Jonathan, ainda mais uma Parkinson. - Nina se afastou para dar mais um soco em seu rosto. - Queime no inverno, miserável. - ela falou antes de dar as costas e passar pela multidão. O som de aplausos e gritos de aprovação foram ouvidos pelo castelo todo e teve até mesmo vários alunos revoltados que avançaram em direção a Adams. - Belo xeque-mate, não?. - ela sussurrou para Nick quando passou por ele. 

— Você é uma formidável jogadora e não cansa de me surpreender. - ele sorriu gentilmente na direção dela antes de impedir que ela continuasse andando. - Preciso tratar suas feridas, Parkinson. Aceita uma xícara de chá, talvez? 

— Espero não ser punida por violência, diretor. - ela falou mais calma.

— Oh, senhorita Parkinson. Não vi ou ouvi nada para te punir. - ele a olhou através de seus óculos e sorriu. - Na verdade, eu teria quebrado um nariz e talvez tivesse danificado uma área preciosa a ele, se a senhorita me compreende. - ele falou com humor e Nina se permitiu a rir levemente. - Não se preocupe, Adams será encaminhado ao Ministério e te garanto que não o verá por um longo tempo.

— Obrigada. - ela agradeceu antes de abraçar com força sua irmã que tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. - Acabou, Pansy, acabou.

— Me perdoa por não poder te ajudar. - ela soluçou. 

— Não precisa me pedir desculpas, meu amor. Sabe que para proteger você e nossa família eu faria de tudo. - ela beijou a testa da irmã e sentiu seu braço que estava enfaixado por causa da marca a incomodar. Sim, faria de tudo para protegê-los. - Talvez agora seja uma boa hora para uma xícara de chá, Nicholas. - ela sorriu na direção do anjo que esperava pacientemente pela sua resposta. 

*****

Hope Lea Lovegood estava sentada na ponta da torre de Astronomia sentindo a brisa gelada causar arrepios em sua pele. A lufana se abraçou e esfregou as mãos em sua pele em uma tentativa de se esquentar.

— Leo. - ela sussurrou enquanto olhava para o horizonte. - Como você está? Espero que esteja bem agora. - sorriu triste. - Mesmo que às vezes eu fique com raiva por você ter me deixado sozinha aqui, quero que saiba que eu sinto muita sua falta. É claro que eu sei que você não teve culpa. Eu levei tempo até entender que eu também não podia ter te ajudado. - ela fechou os olhos com força. - Não que isso signifique que eu tenha me perdoado por ter deixado você partir naquele dia. - ela abriu seus olhos que ardiam por causa de algumas lágrimas que tentavam se formar e Hope olhou o alto observando as estrelas. - Eu gosto de pensar que você é a estrela mais brilhante do céu. Ao menos de onde eu estou, nada parece poder te machucar. - ela sussurrou. Era uma adulta presa em corpo de uma criança. Tiraram de si sua inocência e também pessoas que eram importantes. - Você me perdoaria, Leo? Por ter sido fraca e por ter soltado a sua mão? - a loira tirou de seu bolso uma flor branca e a despedaçou, deixando que as pétalas voassem para longe. - Eu sinto sua falta. - ela falou baixo e se levantou de onde estava, finalmente cedendo ao frio que sentia.  Antes de deixar o lugar, Hope sentiu a brisa acariciar levemente seu rosto e sorriu triste. Sentindo sua pele se arrepiar, a pequena se virou com a intenção de sair dali mas deu de cara com o peito de alguém. Franzindo a testa, ela massageou seu nariz antes de encontrar um par de olhos cinzentos que a observava com frieza. 

— Malfoy...? - ela questionou confusa e deu alguns passos para trás. 

— Eu sinto muito Lovegood. - o tom de voz dele era arrastada e ela sentiu os pelos de sua nuca se arrepiarem. 

— O que vai fazer? - ela perguntou sentindo seu coração acelerar.

— O necessário. - ele sussurrou e levantou sua varinha na direção da lufana. Antes que Hope tivesse uma reação, ela sentiu tudo escurecer.

— Adeus, Lovegood. - ela escutou pela última vez.


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Notas finais do capítulo

Estejam preparados.



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