Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 37
Capítulo 37 - Keep holding on




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Capítulo 37 – Keep holding on

Nicholas assim que viu o ferimento de Fred, rapidamente o tratou. Ordenou que o ruivo ficasse de repouso por alguns dias e que não fizesse nenhum movimento brusco.

— Se você descumprir uma de minhas ordens, eu te amarrarei em uma cama e te deixarei isolado por um mês. – ele lançou um olhar sério na direção do ruivo que engoliu um seco.

— Pode deixar que se ele fizer algo, eu mesma faço isso e ainda trago Molly para cá. – Hermione falou.

— Hey, eu ainda sou um paciente necessitado de carinho e vocês só sabem falar em me punir? – Fred fez um biquinho. – Assim vocês me magoam. – ele falou em um tom falso de tristeza.

— Em todo caso, obrigada Nick. – a castanha agradeceu antes de ir se sentar na ponta da cama. Estavam no quarto de Hermione mesmo.

— Sobre o que você me contou, criança. – Nicholas começou e ela torceu levemente o nariz ao ser chamada assim. – A marca de vocês representa o amor eterno. Não sei muito bem como ou quando aparece, mas analisando o histórico dela, está relacionado a intensidade do sentimento de vocês. Em todos os casais que carregam a marca, pelo menos um deles tinha no sangue a descendência de anjos ou era um anjo caído. Não há grandes mudanças para aqueles que carregam a marca, o casal apenas passa a ouvir o coração do outro, como se o coração deles batesse como um só. É uma marca angelical, o que pode explicar o fato de Hermione ter conseguido fazer isso apenas durante a sua transformação.

— Mas e quanto à batalha no Ministério? – Fred questionou – Ela estava em forma de anjo e não notei nenhuma diferença.

— Isso talvez seja porque vocês já estavam compartilhando dos mesmos sentimentos e emoções.

— E quando Leo... – Hermione deu uma pequena pausa e os outros dois entenderam o que ela queria dizer. – Você estava desacordado e quando despertou, eu estava praticamente sem vida e fora de minha forma.

— Essa seria a teoria mais adequada, de fato. – o ex-anjo concordou. – Bom, eu vou indo então. Qualquer coisa, sabem onde podem me encontrar.

— Valeu, Nick. – Fred agradeceu e o rapaz saiu do quarto, deixando o casal sozinhos.

— Mia... – o ruivo a chamou com uma voz manhosa.

— Nada de Mia, senhor Weasley. Saiba que realmente tenho a intenção de te amarrar na cama e trazer Molly para cá se não obedecer às ordens de Nick.

— Não sabia que você fazia do tipo selvagem na cama, Mione. – ele abriu um sorriso malicioso e por alguns segundos, ela corou. – Só nunca imaginei isso com minha mãe assistindo.

— Fred! — ela exclamou vermelha e jogou uma almofada na direção do namorado.

— Eu ainda sou um paciente, amor.- a voz dele saiu abafada por conta da almofada. – Agora venha para cá, estive muito tempo longe de você. Estava a ponto de deixar George insano com o meu excelente humor. – ele puxou sua namorada pelo braço e Hermione deitou-se ao lado do ruivo.

— Achei que você não tivesse tempo ruim. – ela brincou.

— Para você ver o efeito que você tem em mim. – ele a abraçou de lado e a beijou.

*****

O curto período de tranquilidade de Hermione acabou quando Ginny veio correndo até seu quarto (ela tampou os olhos antes de entrar dizendo que tinha medo de que sua inocência fosse corrompida) dizendo que Rony estava na enfermaria. Segundo ela, ele tomou acidentalmente uma poção de amor que era para Harry e em seguida, bebeu um hidromel envenenado. O casal deu um pulo ao ouvir a notícia e logo encheu a ruiva de perguntas.

— Eu sou só uma, casal. – Ginny levantou ambas as mãos. – Rony está bem agora. Harry o salvou do envenenamento usando um benzoar e eu estava a caminho de matar a vadia que decidiu mandar a porra da poção do amor para o meu Harry quando eu decidi vir avisá-los. Afinal, se não fosse essa desesperada, nada disso tinha acontecido. – ela bufou irritada.

— Mas como raios ele foi beber um hidromel envenenado? – Fred perguntou.

— Não tenho certeza. Os professores estão investigando a origem da garrafa.

— Flitch não reconhece poções. – Hermione falou. – Foi por isso que Romilda Vane conseguiu trazer uma poção de amor da sua loja para cá. – ela falou para Fred.

— Romilda Vane? – Ginny levantou uma sobrancelha. – Acho que teremos um corpo para enterrar esta noite, Mione. – ela estalou os dedos antes de fechar a porta.

— Sabe que ela é capaz mesma de matar a menina, né? – Fred olhou para sua namorada.

— Sim, e eu seria a pessoa que ela pediria ajuda para se livrar do corpo e das evidências. – ela deu de ombros.

— Amigos é para isso né. – Fred concluiu dando risada e envolveu a castanha com os braços, apoiando seu queixo no topo da cabeça dela. Os dois ficaram em seus próprios pensamentos antes de se afastarem levemente e encontrarem o olhar do outro. Um sinal de entendimento passou pelos dois e sem dizerem nada, desataram a correr na direção da porta.

— Não senhor. – Hermione o barrou. – Você precisa ficar de repouso e ficará aqui. – ela o empurrou de volta para cama depois de beijá-lo. – Enquanto isso, eu tenho um assassinato para evitar. – ela riu e saiu do quarto.

*****

Alguns dias após o envenenamento de Rony, houve mais um acidente. Desta vez foi com Harry que havia sido acertado por um balaço em um jogo de Quadribol e precisou ficar um tempo na enfermaria. Ginny quase castrou McLaggen por ter acertado o balaço no próprio capitão de time e claro, em seu namorado. Aliás, Romilda ainda continuava viva, talvez um pouco traumatizada.

Os gêmeos haviam partido logo após a recuperação dos meninos, deixando Hermione com um ótimo humor. Outra coisa que contribuía para seu mau-humor constante era o livro de poções que Harry carregava. O moreno agora era um dos melhores alunos de poções, superando muitas vezes Hermione, o que a deixava mais irritada ainda. Ela tentava alertá-lo de várias formas sobre aquele livro, mas Harry sempre a ignorava.

— Eu consegui! Eu consegui! – o moreno entrou no quarto de Hermione de forma afobada.

— O que foi menino? – ela colocou a mão no peito devido ao susto.

— Eu consegui arrancar uma informação importante de Slughorn. – ele explicou um pouco menos afobado. Rony também havia sido arrastado por Harry. – Isso graças á Felix Felicis.

— E o que você conseguiu descobrir? – Rony ajeitou sua blusa e se sentou ao lado de Hermione.

— Eu fui ao velório / enterro de Aragog... – Rony estremeceu ao ouvir o nome da aranha que o aterrorizou durante seu segundo ano. - ... E consegui conversar com Slughorn que também estava lá. – o moreno continuou explicando. – Ele me contou sobre como Tom Riddle era um de seus melhores alunos e blá blá blá... – ele revirou os olhos.

— Vá direto ao ponto, Harry. – a castanha pediu gentilmente.

— Certo. – ele se ajeitou na cadeira. – Slughorn confessou que uma vez teve uma conversa com Riddle sobre Horcruxes. Horcrux é um artefato de magia negra que esconde um fragmento de sua alma no objeto, conseguindo assim, a imortalidade. – ele explicou ao ver a cara de Rony.

— E seria esse o motivo dele não ter morrido quando foi derrotado por você ainda bebê? – Rony questionou.

— Bem provável. – Hermione concluiu pensativa. – Você já conversou com Dumbledore?

— Ainda não. Vou agora mesmo. – Harry se levantou bruscamente da cadeira e saiu correndo afobado. Rony e Hermione se olharam e desataram a rir.

*****

Nicholas estava sozinho na enfermaria. Aquela noite estava sendo tranquilo: não havia nenhum aluno e Madame Pomfrey já havia se recolhido. Como não conseguia adormecer, decidiu terminar alguns relatórios de suas pesquisas. Tinha um vasto conhecimento de medicina alternativa, de fato, mas conhecimento nunca era demais. A verdade era que não sabia o que era um boa noite de sono há tempos. Toda vez que tentava dormir, os olhos sem vida de Leo o assombrava. Não era justo que alguém tão novo e cheio de vida como Leo fosse levado daqui tão brutalmente. Seu coração estava afundado em um mar de sentimentos negativos e Nicholas ainda se culpava imensamente.

— Nicholas? – uma voz o surpreendeu e ele derrubou a pena que usava. – Não foi minha intenção te assustar.

— Tudo bem, Parkinson. – ele pegou a pena caída. – Entre, os corredores estão frios. – ele fez um gesto com a mão e Nina se aproximou um pouco hesitante. – Está tudo bem...?

— Ah, Adams não fez nada. – ela rapidamente se explicou. – Não estava conseguindo dormir e decidi dar uma volta. Quando fui ver, eu já estava na porta da enfermaria.

— Aceita um pouco de chá? – ele ofereceu uma cadeira para que ela se sentasse enquanto foi preparar o chá.

— Por favor. – ela pediu. – O que faz até tarde aqui? Não há nenhum paciente hoje.

— Também não conseguia dormir. – ele explicou e entregou uma xícara a ela.

— Pesadelos? – ela questionou e o agradeceu com gestos.

— Algo parecido. – ele voltou a escrever os relatórios. – Você?

— Preocupações. – ela respondeu e os dois ficaram em silêncio por um tempo. – Você é um anjo, certo?

— Eu era um anjo. – ele falou sem levantar os olhos dos papéis. – Como soube?

— Liguei os pontos. – Nina respondeu. – Por que você não é mais um anjo? Está relacionado a seus pesadelos?

— Se você me dizer sua história, eu conto a minha. – o anjo falou e finalmente a olhou. Nina olhava fixamente para sua xícara enquanto brincava com a pequena corda do chá. Era de fato uma garota bonita, apesar de orgulhosa e muitas vezes arrogante.

— Talvez um outro dia? – ela arqueou sua sobrancelha. – Obrigada pelo chá. – ela rapidamente se levantou deixando a xícara na mesinha. Nicholas apenas acenou com a cabeça e a sonserina foi para seu dormitório.

Enquanto andava até o salão comunal da Sonserina, Nina se repreendia mentalmente por ter abaixado sua guarda perto do anjo, mas algo nele fazia com que ela se sentisse confortável.

Nicholas ficou um tempo encarando a entrada da enfermaria. Ela estava diferente do usual. Mesmo que curta, ambos haviam conseguido manter uma conversa normal. Ele balançou a cabeça levemente e estava para voltar a atenção a seus relatórios quando notou algo caído no chão. Ele pegou com cuidado e observou a foto. Era uma fotografia de Nina e sua irmã abraçadas a um rapaz alto com o nome Noah escrito em baixo. Nick guardou a foto com cuidado no bolso da camisa e voltou a escrever em seus relatórios.


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Notas finais do capítulo

Preparem-se! Logo mais vem uma surpresa para vocês!
Beijos ♥



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