Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 32
Capítulo 32 - Em pedaços.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Capítulo 32 – Em pedaços.

— Onde estamos? – Hermione questionou enquanto enxugava algumas lágrimas restantes.

— Seja bem-vinda à Geminialidades Weasley. – ele sorriu e abriu a porta daquele lugar mágico. Hermione olhou ao seu redor encantada com a quantidade de produtos e cores que haviam ali. – Vem, eu quero te mostrar um lugar especial. – o ruivo ofereceu sua mão que ela prontamente aceitou. Fred a conduziu até o segundo andar e parou em frente à última porta “discreta”. – Aqui é minha sala. – ele abriu a porta. – Mas não é exatamente isso que eu quero te mostrar.

— Não? – ela inclinou a cabeça levemente.

— Consegue subir? – ele perguntou ao mostrar uma escada pequena no canto da sala. Hermione confirmou com a cabeça. Quando chegaram ao andar de cima, os olhos dela brilharam. Havia uma pequena biblioteca ali com livros tanto trouxas quanto bruxos. O teto era de vidro, de tal forma que ela conseguia ver o céu.

— Wow. – ela soltou e Fred a observou com um sorriso no rosto.

— Eu fiz esse lugar para você. – ele a puxou levemente pelo pulso. – É praticamente um miniapartamento. – ele mostrou ao redor. – O vidro do teto foi feito de tal forma que nós podemos ver o lado de fora, mas quem estiver de fora não consegue ver nada dentro.

— É lindo aqui. – ela falou ainda surpresa. – Obrigada Freddie. – ela o abraçou e escondeu seu rosto no peito dele.

— É simples, na verdade. – ele falou corado. – Você merece muito mais.

— Eu quem não mereço você. – ela o apertou mais forte.

— Vem, você precisa descansar. – Fred a puxou até a cama. – Hoje o dia foi doloroso e amanhã é noite de lua cheia.

— Eu não sei o que seria de mim sem você. – ela sussurrou enquanto apoiava sua cabeça no peito dele. – Eu te amo.

— Eu te amo, meu anjo. – ele beijou a testa dela antes que ambos fechassem seus olhos. Dormiram tranquilos e sem terem pesadelos. O contato trazia segurança e seus corações batiam como se fossem um só.

Naquela noite, suas marcas brilharam intensamente.

*****

O nascer do sol veio em um piscar de olhos. Os primeiros raios de sol entraram pelo teto de vidro e a claridade passou a incomodar Hermione. A castanha abriu seus olhos lentamente e levou alguns segundos para processar tudo que havia acontecido no dia anterior e também onde estava. Deu um sorriso triste e se sentou na cama. Fred não estava lá e o vazio daquele lado da cama a incomodava.

— Eu esqueci desse pequeno detalhes quando eu pensei no teto de vidro. – a voz dele a assustou. Fred terminava de subir as escadas com uma bandeja flutuando atrás de si. – Como está se sentindo?

— Melhor agora. – ela respondeu e esticou os braços na direção do namorado que prontamente a abraçou. – O que é isso atrás de você?

— Eu não sou um bom cozinheiro, mas tentei preparar o café da manhã para nós dois. – ele falou envergonhado, colocando um ramo de girassol no colo de Hermione e em seguida pousou a bandeja na cama. – Eu sei que aí dentro deve estar uma confusão de sentimentos. – ele colocou um mecha de cabelo atrás da orelha dela. – Eu farei de tudo para aliviar a sua dor, nem que eu tenha que trazer a lua até você. – Fred sorriu.

— Obrigada, Freddie. Eu não sei o que faria sem você em minha vida. – com os olhos marejados, Hermione puxou Fred para perto de si e o beijou.

— Mn. – ele falou no meio do beijo. – Dona Molly está nos esperando para o almoço e ela irá nos matar se não formos. – ele engoliu um seco já imaginando a cena e Hermione riu.

*****

—Mãe, Fred e Mia voltam hoje para à Toca, né? – George desceu as escadas estreitas de sua casa e encontrou sua mãe aflita na cozinha. – Aconteceu alguma coisa?

— Não, meu filho. – ela sorriu falso. – Só estou preocupada com seu irmão. – Molly logo se levantou e ajeitou seu vestido. – Você está com fome, querido? – ela ficou de costas para ele e George a olhou de forma desconfiado. Alguma coisa estava acontecendo.

— Estou bem, dona Molly. – ele se aproximou da mãe e a abraçou por trás. – Eu sei que alguma coisa está acontecendo.

— Oh, meu filho. – Molly deixou escapar e se virou para o ruivo. Ela o analisou com tristeza e passou a mão em seu rosto. – Estou preocupada. Estou com um mau-pressentimento, ainda mais agora com vocês fora de Hogwarts.

— Nada de ruim vai acontecer, pode acreditar. – ele a abraçou novamente. Entendia a preocupação de sua mãe e rezava para que, de fato, nada acontecesse.

— Deve ser besteira, meu filho. – ela se afastou. – Agora vá arrumar seu quarto e acordar seus irmãos. Aproveite e leve Nick para conhecer a região. – ela deu um tapinha de leve em seus ombros.

— Mãe, ele já conhece esse lugar de olhos fechados. – George revirou os olhos e riu. – Aquele anjo não sabe ficar quieto no lugar.

— Então vá chama-los para tomar um bom café da manhã. Ainda continuam magros demais. – ela falou com seu típico tom de mãe e George sorriu ao vê-la voltar ao normal.

Assim que seu filho saiu da cozinha, Molly se apoiou no balcão e retirou um jornal de seu avental. Olhou a notícia de forma tensa e suspirou. Comensais da morte estavam atacando casas de nascidos trouxas e de “traidores” de sangue. Os ataques aumentaram consideravelmente desde a volta das crianças de Hogwarts e Molly temia que um dia, sua própria casa estivesse estampada no Profeta Diário. Arthur já assegurou da segurança de sua casa, mas mesmo assim, Molly tinha um pressentimento ruim.

— Que Merlin nos proteja. – ela sussurrou e queimou o jornal.

*****

Depois de algumas horas, havia chegado o tão esperado almoço. Os garotos da casa tentavam explicar pela décima vez como funcionava o quadribol para Nicholas que continuava sem entender. Ginny apenas ria de longe junto de Luna e Hope. A ruiva esperava o momento em que os meninos viriam até ela para pedir ajuda (o que não tardou a acontecer).

— Fred e Mione ainda não chegaram, sra. Wealsey? – Harry se aproximou de Molly que arrumava a mesa do almoço. – Eu posso ajudar. – ele sorriu e foi distribuindo os pratos.

— Obrigada, querido. – a patriarca sorriu gentil. – Ainda não chegaram, mas eu acredito que logo estejam aqui.

— Mãe, nenhuma coruja chegou ainda? – George surgiu na porta da cozinha. – Mandei uma carta para Angel a convidando para o almoço. Acho que era melhor eu ter ido até ela mesmo. – o ruivo coçou a cabeça.

— Ainda não chegou nada. Talvez ela esteja muito ocupada? – a senhora questionou.

— Hum... Vou esperar mais um tanto e daqui a pouco eu vou até ela. – ele sorriu e se virou para voltar para o jardim quando um patrono entrou pela janela. Era o patrono de seu pai.

“Molly, diversas casas foram atacadas esta manhã. Estamos indo para lá agora, espero que haja sobreviventes. Por favor, segure George. Os Johnsons estão na lista e ainda pode haver perigo.”

— George... – Molly falou com seus olhos arregalados e tentou segurar seu filho que se esquivou. O olhar de George era uma mistura de fúria, medo e culpa. Se ao menos tivesse ido atrás dela antes...

— SEGUREM GEORGE! — Harry gritou da cozinha quando não conseguiu conter o ruivo. – NÃO O DEIXEM ESCAPAR!

 Que? – Rony olhou confuso a figura de seu irmão mais velho sair correndo de casa com uma expressão furiosa e em lágrimas. Nicholas foi o primeiro a mexer de seu lugar e pular em cima do ruivo. Os outros logo fizeram o mesmo enquanto George se debatia (e que força que ele tinha).

— Se acalme! O que aconteceu? – Ginny questionou enquanto desviava de uma cotovelada.

— ME SOLTEM AGORA OU EU NÃO RESPONDO PELOS MEUS ATOS! — George gritava e Molly assistia de longe sem ter uma reação. Suas mãos cobriam sua boca e lágrimas escorriam pelo seu rosto. Harry logo a abraçou gentilmente.

— George, fique quieto. – Hope falou e manifestou seus olhos dourados, fazendo com que o ruivo parasse de se debater.

— Merda. Vão todos se foder. – George sussurrava sem forças enquanto suas lágrimas caíam. – É Angelina. Eu preciso vê-la, por favor. – ele suplicava e mesmo sem saber o que estava acontecendo, Ginny chorava junto de seu irmão. Partia seu coração vê-lo dessa forma.

— O que está acontecendo aqui? – Fred surgiu com Hermione. Os dois haviam acabado de aparatar e o ruivo olhava aquela cena com uma veia saltando em sua testa. Podia sentir de longe a dor de seu irmão.

Aproveitando os segundos de distração, George se desfez do peso dos corpos de seus amigos/irmãos e correu em direção ao seu gêmeo, aparatando em seguida.

— Entrem, por favor. – Molly falou firme apesar da dor em seu peito. – Ele estará com seu pai. – Na pequena sala da Toca estavam Molly, Harry, Ron, Ginny, Luna, Hope, Nicholas e o casal recém-chegado.

— Mãe, aconteceu alguma coisa com Angelina? – Rony foi o primeiro a perguntar e a sra. Weasley respirou fundo antes de responder.

— Um patrono de seu pai chegou agora pouco até a mim. – ela começou e Harry lhe entregou um copo de água. – Obrigada, querido. – ela bebeu rapidamente. – Ele avisou que diversas casas foram atacadas hoje de manhã. Os comensais estão aproveitando que vocês, crianças, estão longe de Hogwarts para deixar um rastro de sangue e destruição. – sua mão começou a tremer levemente e logo Ginny tratou de segura-la. Hermione ouvia em silêncio, porém com seus pensamentos fixos em seus pais. – Arthur pediu para que segurássemos George, pois a família Johnson também havia sido atacada e não conseguia saber se havia algum sobrevivente. George estava o meu lado quando recebi o patrono e então...

— Aconteceu o que aconteceu. – Hope continuou a frase incompleta de Sra. Weasley. Hermione trocou olhares significativos com Fred que tremia o tempo inteiro. Querendo ou não, Angelina foi sua namorada e George é seu irmão. A castanha puxou discretamente o namorado no canto e o fez sentar no sofá. Ela se sentou ao seu lado e puxou o ruivo para um abraço, acariciando seus cabelos.

Todos permaneceram assim, calados e perdidos em seus próprios pensamentos. Quando ouviram um barulho de aparatação, todos se levantaram com sua varinha em punho (com exceção de Nick), mas suas defesas logo foram por água à baixo quando viram George. Porém, o ruivo não estava sozinho.

George Weasley estava em lágrimas e além de carregar um coração eternamente partido, ele carregava em seus braços o corpo ensanguentado de Angelina Johnson.

Ó céus.


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