Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 31
Capítulo 31 - Memórias




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Capítulo 31 – Memórias.

A ida até a casa de Hermione foi repleta de risadas principalmente pelo o fato de ser a primeira vez que Fred andava de carro. O ruivo segurava fortemente a mão de Hermione assim como a lateral do carro. Ele estava pálido e toda vez que o Sr. Granger fazia uma curva brusca (muitas vezes de propósito), ele dava um grito.

— Eu nunca mais ando nisso. – o ruivo saiu do carro trêmulo e a Sra. Granger deu risada.

— Entende o que eu sinto toda vez que eu ando de vassoura? – Hermione levantou a sobrancelha.

— Venham crianças entrem! – a Sra. Granger abriu a porta de casa. – Fred, querido, sinta-se em casa!

— Vem, Freddie. Vou te apresentar toda a minha casa! – Hermione abriu um sorriso e puxou o namorado para dentro do móvel. Ela mostrava animada cada canto de seu lar e explicava como funcionava as coisas trouxas que Fred via pela primeira vez.

Os pais de Hermione ficaram sentados no sofá da sala observando o casal andar para lá e para cá.

— Ele não é tão ruim. – O Sr. Granger cruzou os braços. – Ainda não é perfeito para a minha menininha, mas...

— Você só está dizendo isso porque deixou de ser o homem da vida dela. – a Sra. Granger riu. – Não se preocupe, querido, sabe que Hermione vai continuar te amando mesmo quando você estiver bem gagá e rabugento.

Mais tarde, os pais de Hermione colocaram o jantar na mesa e Fred se deliciou com a comida trouxa. Não parava de admirar tudo ao seu redor e isso arrancava diversos risos de sua namorada.

— Foi assim que eu me senti também quando eu fui ao mundo bruxo pela primeira vez. – Hermione comentou após o jantar com um sorriso.

— Mione, meu amor, vamos subir um pouco para o seu quarto? Seu pai quer conversar com Fred. – sua mãe a puxou delicadamente e a castanha deu um beijo na bochecha avermelhada do namorado, sussurrando em seu ouvido um “boa sorte”. Sr. Granger esperou sua esposa e filha fecharem a porta do quarto para que finalmente encarasse seu “genro”. Fred engoliu um seco e se ajeitou no sofá da sala.

— Eu quero que você entenda uma coisa, rapaz. Uma? Não, talvez várias coisas. – o Sr. Granger começou. – Hermione é o meu bem mais precioso. Dizem que os pais devem criar seus filhos para o mundo e não para si próprio e eu sempre acreditei nisso. Porém, ver Hermione voar sozinha em um mundo totalmente diferente do meu, me causou angústia e nervosismo. – ele suspirou. – Eu sentia que ela não estava preparada ainda para o mundo e sinceramente? Até hoje eu acho que ela não está preparada e eu preciso protege-la de tudo e todos. – ele fuzilou o ruivo com olhar. – Mas vendo minha menininha tão forte e madura me fez perceber que quem não estava preparado para deixa-la voar era eu. Não deve saber o que eu sinto toda vez que uma coruja aparece em nossa janela. Os primeiros pensamentos que vêm a minha mente são que algo de terrível aconteceu a ela. – ele passou a mão pelos cabelos um pouco frustrado. - Eu quase morri quando a carta sobre a batalha no ministério chegou. O pior foi não poder vê-la e não poder ajudar. Me senti inútil e incapaz. – o Sr. Granger suspirou. – Fred Weasley, certo?

— Sim senhor. – o ruivo respondeu. Sentiu medo no começo, mas o seu desabafo o fez perceber o quanto aquele homem a sua frente amava sua filha.

— Eu tenho um pedido a te fazer. Um pedido que se você descumprir, eu irei te caçar até no inferno. – Fred engoliu seco. – Eu quero que você proteja Hermione com sua vida. Quero que a faça feliz e a ame de forma incondicional. Eu sei que há uma guerra chegando e que minha menina tem um papel importante nela. Me dói saber que eu não consigo fazer absolutamente nada para ajudá-la ou protegê-la. Portanto, rapaz, eu estou depositando em suas mãos o meu bem mais precioso. Cuide bem dela.

— Eu a amo verdadeiramente, Sr. Granger. – Fred sorriu. – Ela é o meu lar, meu ser e minha alma. Não consigo pensar em um mundo sem ela e eu prometo como homem, bruxo, namorado e principalmente como pessoa que eu irei dar o meu melhor e ultrapassar meus próprios limites para protegê-la. – o ruivo estendeu sua mão que foi prontamente apertada pelo o Sr. Granger.

*****

Fred ficou na casa de Hermione por mais ou menos seis dias. Aprendeu mais sobre o cotidiano trouxa e também pôde se aproximar cada vez mais dos pais de Hermione.

— Seus pais são ótimos, Mia. – Fred a abraçou. Os dois estavam sentados no quintal da casa sentindo a brisa leve do fim da tarde.

— Eles são realmente os melhores. – os olhos castanhos de Hermione se encheram de lágrimas, lágrimas estas que ela não deixou cair. – Freddie, eu tenho um favor a te pedir.

— Claro, meu anjo. – o ruivo acariciou os cabelos de Hermione já sabendo o que viria em seguida.

— Eu quero que você altere a memória de meus pais. – a castanha falou com os olhos fixados no chão.

— Você ainda não pode fazer magia fora da escola, certo? – Fred sorriu triste e a abraçou mais forte. – Eu já esperava por isso, meu amor. Vai ser melhor se for eu.

— Obrigada, Fred. – ela segurou o rosto do namorado com delicadeza e distribuiu beijos leves pelo rosto dele. – Eu só não estou conseguindo ter coragem de fazer isso ainda. Meu coração ainda não está preparado para deixá-los. – ela deixou finalmente suas lágrimas caírem, mas rapidamente os enxugou. – Mas se eu continuar assim, nunca vou estar preparada. – ela tentou manter seu olhar firme. – Hoje à noite faremos isso.

— Você tem certeza? – ele a olhou preocupado.

— Sim. Eu já deveria ter feito isso antes, estou colocando eles em risco.

*****

— Pai, mãe? – Hermione chamou seus pais da sala de estar. – Podem vir aqui um pouquinho?

— O que foi, Mione? – seus pais desceram as escadas calmamente e encontraram sua filha sozinha no sofá segurando um álbum. Eles procuraram por sinal de Fred, sem sucesso.

— Eu só queria conversar com vocês mesmo. – ela sorriu. – Eu estava vendo esse álbum e me lembrei de muitos momentos bons da minha infância. – ela esticou o álbum para sua mãe e se sentou no chão aos pés de seus pais.

— Olha como você era tão pequenina. – Sr. Granger abriu um sorriso orgulhoso e Hermione sentiu seu coração se apertar.

— Mãe, você lembra que você me carregava no colo e acariciava meus cabelos toda vez que eu me sentia diferente dos outros por conta das coisas “esquisitas” que eu fazia? – Hermione fez aspas com os dedos e sentiu seus olhos se encherem aos poucos de lágrimas. – Mais tarde eu descobri que era magia, mas até então, você me abraçava e me fazia sentir segura.

— Mione... – sua mãe já chorava.

— Pai, você toda noite me contava histórias e dizia como os meninos são criaturas horríveis e que eu não podia ter um namorado até você ter cabelos branquinho? – Hermione riu e seu pai sorriu envergonhado. – E você fazia questão de pintar seu cabelo todos os anos.

— Isso era segredo da sua mãe, menina! – seu pai riu.

— Então era por isso que você ficava tão obcecado quando eu encontrava um fio de cabelo branco, hun? – Sra. Granger levantou uma sobrancelha.

— São tantas memórias boas que tenho a absoluta certeza de que eu carregarei comigo para sempre e as contarei para meus filhos e netos. – Hermione sorriu não podendo mais segurar suas lágrimas. Ela se levantou do chão e abraçou seus pais firmemente. – Obrigada por sempre darem o melhor de vocês para mim. Por sempre me protegerem, por me amarem, por me darem forças e principalmente por sempre acreditar em mim. – ela se separou dos pais e olhou no fundo dos olhos deles. – Eu amo eternamente vocês.— ela sorriu e olhou para Fred que se aproximou deles silenciosamente. – Obrigada. – e Fred Weasley realizou o feitiço.

Obliviate. – ele sussurrou. Hermione segurou a mão de seus pais até o último segundo e com lágrimas escorrendo sem parar, ela deu um beijo no rosto de cada um.

Hermione Granger observou sua existência ser apagada daquela casa e da vida de seus pais, sussurrando sempre que eles iriam ficar bem. Assim que Fred terminou de alterar a memória do casal Granger, ele abraçou sua amada e aparatou para longe dali.

Hermione sentiu seu coração se quebrar e olhou uma última vez para seus pais prometendo que um dia iria reencontrá-los.


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