Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 28
Capítulo bônus - Meu ponto de vista.


Notas iniciais do capítulo

ALERTA: O conteúdo a seguir possui cenas de torturas. Não é uma cena muito explícita, ou cenas muito fortes, porém, não é recomendado para pessoa com sensibilidade para esse tópico!

Obrigada!



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Capítulo bônus – Meu ponto de vista.

*No capítulo 23*

Ela correu os olhos por aquele lugar antes de tocar o par de correntes que começaram a brilhar com o toque dela. – Mas o que...?

— Mia! – Fred e George gritaram juntos e se jogaram na direção dela.

E então, o brilho das correntes levou os três para o desconhecido.

*****

— Mas que merda...? – Draco arregalou os olhos e se aproximou de onde antes os três estavam. Ele tocou a corrente cuidadosamente, mas nada aconteceu.

— Draco, meu filho, fuja! – a mãe dele se aproximou tremendo e o loiro levantou a cabeça para olhar o rosto de sua mãe. Nisso, ele ouviu barulhos de aparatação no andar de cima e sentiu toda a sua cor sumir de seu rosto. Ele começou a tremer e abraçou a mãe de forma protetiva enquanto olhava em volta para tentar achar uma saída daquela situação.

— Eu sei que vocês estão aí. – uma voz fria surgiu no começo das escadas que levam até o porão e Draco sentiu seu coração parar. Era a voz de seu pai. – Tsc. Quanta vergonha vocês dois trouxeram ao nome da família. – Lucius Malfoy surgiu na porta do porão com sua postura elegante e sua bengala. – Ainda sujaram nosso porão com Pettigrew. – ele grunhiu ao ver o corpo de Rabicho no canto.

— Draco não tem ligação nenhuma com isso, Lucius! – Narcissa se soltou de Draco e se ajoelhou aos pés do loiro mais velho. – Não faça nada com ele, por favor!

— Mãe, levanta daí. – ele tentou levantar sua mãe pelo braço, sem sucesso.

— Sabe de quem é a culpa disso tudo? – O patriarca aproximou seu rosto perigosamente perto de sua esposa. – Sua, sua imprestável! — ele puxou os longos cabelos de Narcissa com força e a fez ficar em pé. Ao ver aquilo, Draco avançou com tudo na direção do pai, mas foi mandado para longe com um simples movimento de varinha. – Sempre passando a mão na cabeça do inútil do nosso filho... Ele trouxe traidores de sangue e uma sangue-ruim para dentro da nossa casa! – ele balançou com força a esposa e ela começou a chorar silenciosamente. – Ele traiu minha confiança e muito pior que isso, ele traiu a confiança do Lord! Achavam mesmo que o nosso Lord não ia perceber nada?– o loiro a jogou no chão com força e a acertou com sua bengala. Narcissa gemeu de dor, porém permaneceu de olhos fechados. Lucius Malfoy passou por cima dela e estava indo em direção ao seu filho desacordado quando foi impedido por Narcissa que segurou seus dois pés.

— Não! Draco não! – ela tentou falar firme. – Não vou deixar que você faça nada contra meu filho!

— Quieta. – ele deu um chute na barriga dela. – Não quero ouvir a sua voz. – Narcissa sentiu uma dor aguda em sua barriga e começou a chorar desesperadamente enquanto se abraçava. – NÃO OUVIU O QUE EU FALEI?! — ele a chutou novamente. Narcissa se curvou como se quisesse proteger sua barriga e nessa mesma posição, ela perdeu sua consciência. – Finalmente um pouco de paz. – Lucius tirou um cigarro do bolso e o acendeu. – Levem ela para o quarto e chamem um médico. – ele falou sem olhar uma vez sequer para os três comensais que entraram no porão. – Levem Draco para as masmorras e se livrem do corpo imundo de Pettigrew. – ele ordenou e se retirou daquele lugar.

*****

Dois dias haviam passado sem Draco ter uma notícia sequer de sua mãe e sendo torturado cada minuto que passava. Era fraco e covarde, mas devido a sua infância, ele criou uma resistência muito grande a diversos tipos de torturas. Os comensais não queriam nenhuma informação dele, só queriam tortura-lo pela traição ao mestre deles.

— Ande, saia daí. – Lucius abriu o portão de sua cela no fim do segundo dia de torturas. – E não tente nenhuma gracinha ou quem sofre as consequências é sua mãe. – os olhos do loiro mais velho eram frios e sem nenhum tipo de sentimento neles. – Aliás, saiba que você é responsável pela morte de seu irmão.

— O que...? — ele se levantou com dificuldade e procurou por respostas no rosto de Lucius, mas o mesmo apenas deu as costas e foi embora. Com o restante de sua energia (que não era muito) ele correu. Correu sem uma direção específica, só precisava encontrar sua mãe. Ignorou a dor, os músculos doloridos e suas feridas. Precisava ver sua mãe, ver que ela estava salva. Se perdesse ela, perderia sua vontade de lutar.

— Mãe! – ele gritou ao finalmente a encontrar em um dos quartos de sua mansão. Porém, a imagem dela quebrou o restante do coração de Draco.

Narcisa estava sentada em uma cadeira de balanço próxima das janelas enormes do quarto. Havia uma corrente que prendia seu pé esquerdo ao pé da cama. Sua roupa estava amarrotada e seus cabelos despenteados. Essa definitivamente não era uma imagem a se associar com Narcissa Black Malfoy.

— Mãe? – a voz dele saiu fraca e o loiro se aproximou lentamente dela. – O que fizeram com a senhora? – ele se ajoelhou em frente a ela e acariciou seus cabelos. Porém, os olhos sem vida de Narcissa fizeram com que Draco perdesse força e palavras por alguns segundos. – É verdade que...

— Sim. – ela o cortou. Seu tom de voz era arrastado, diferente do tom gentil que sempre usava. Ela não se movia, seus olhos não focalizavam e seu coração mal batia. Estava mais morta do que viva.

— Eu vou te tirar daqui, okay? – ele a abraçou. – Me perdoe por ter sido fraco e não ter conseguido te proteger. Eu vou te resgatar desse inferno.

Naquele dia, Draco Malfoy deixou de acreditar na humanidade.

*****

— Mãe? – ele entrou no quarto com cuidado e deixou a bandeja com a comida em cima da mesa. Sua mãe continuava na mesma posição. – Eu vou precisar voltar para o castelo, mas saiba que eu amo a senhora, okay? Por favor, lute por mim e não desista! – ele se ajoelhou em frente a ela e começou a chorar. – Eu vou tirar a senhora daqui e me vingar de todos eles, eu prometo. – ele beijou a testa de sua mãe que não reagiu.

Sem seu filho perceber, Narcissa Malfoy deixou uma lágrima cair assim que este fechou a porta de seu quarto.

Draco havia sido convocado na noite anterior para uma reunião com Lord Voldemort e seu pai. Mesmo não sabendo se sairia vivo, ele compareceu, temendo principalmente pela vida de sua mãe. Não havia sido torturado fisicamente, mas a vida de sua mãe estava em suas mãos. Não podia falhar de forma alguma.

E então, Draco Malfoy deixou a mansão carregando consigo a promessa de que daria um fim ao inferno que era a Mansão Malfoy.


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