Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 26
Capítulo 26 - Consequências


Notas iniciais do capítulo

Muito Obrigada mesmo por esperarem o capítulo 26!
Peço desculpas pela demora e espero que gostem do capítulo!

Se caso tiverem alguma curiosidade sobre Leo ou então qualquer outra pergunta, podem perguntar! Tentarei responder da melhor forma possível! hehe'
Beijos!



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Capítulo 26 – Consequências

O mundo mágico ficou um caos após a batalha no Ministério. Além da confirmação da volta de Voldemort, um artigo sobre os anjos caídos foi publicado no Profeta Diário. Obviamente, não continha muitos detalhes, mas os nomes de Hermione e Hope foram citados e isso foi o suficiente para que as pessoas temessem o poder e a intenção das duas. Sirius Black sobreviveu graças a Hope e foi também inocentando de todas as acusações que estavam em seu nome.

Hogwarts também estava em uma confusão. Com o afastamento de Umbridge do cargo de diretora, Dumbledore voltou a seu posto original para a alegria dos alunos. Porém, os comentários e rumores dos anjos caídos ainda circulavam fortemente os corredores do castelo. Os gêmeos Weasley receberam uma autorização especial de Dumbledore para que pudessem entrar e sair de Hogwarts quando quisessem.

Hermione Granger despertou somente cinco dias após a batalha no Ministério. Ela abriu seus olhos lentamente até se acostumar com a claridade repentina e quando o fez, ela reconheceu a enfermaria de Hogwarts.

“Eu estarei te protegendo das estrelas, Mione.”

A imagem sorrindo de Leo surgiu em sua mente e mesmo sem saber o porquê, Hermione sentiu lágrimas escorrerem pelo seu rosto assim como um vazio enorme no peito.

— Mia. – seu nome foi chamado e ela foi envolvida por um par de braços familiares. – Você está viva.— a última frase saiu carregada de sentimentos e seu corpo estava trêmulo.

— Freddie. – ela o reconheceu de imediato e fechou os olhos sentindo o batimento cardíaco de seu namorado.

— Tem tanta coisa acontecendo... – ele se afastou um pouco para analisar melhor o rosto da castanha. Ela abriu os olhos e reparou nas olheiras e a aparência de cansaço do ruivo. – Eu quase te perdi. – ele sussurrou com medo de tal frase. – Eu te amo, okay? Me perdoa por não ter conseguido te proteger como deveria.

— Oh, Fred. – ela abraçou forte o gêmeo que já se encontrava em lágrimas. – Eu estou aqui e não pretendo sair do seu lado nunca mais. – sussurrou no ouvido dele. – Não se culpe desse jeito, todos nós demos o nosso melhor para proteger e lutar pelo o que acreditamos. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. – a cada frase repetida ela apertava mais e mais o ruivo. Haviam enfrentado mais do que o esperado e estavam acabados emocionalmente. Estar tão próximos da morte não é uma experiência fácil para ninguém. – Me diga, Freddie. – ela se separou e olhos nos olhos dele. – Leo...?

— Ele cumpriu sua missão aqui, meu anjo. – ele falou gentilmente e colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha. Os olhos de Hermione se arregalaram levemente e ela respirou fundo. Era por isso que havia uma vazio em seu peito.

— Lea! – ela exclamou de repente. – E Nicholas? Onde estão? Estão bem? Vivos?

— Calma, Mia. Você ainda não pode se agitar muito. – ele a segurou de forma gentil pelos ombros. – Os dois estão vivos.

— Mas não estão bem, certo? – ela tentava manter a calma. – E-E os outros? Harry, Ron... Até mesmo o Malfoy. O que mais aconteceu?

— Meu amor, descansa mais um pouco e depois conversamos com mais calma, okay? – ele ajudou a castanha a se deitar na cama. – Eu não sei sobre o Malfoy, mas Harry e Ron estão bem, só um pouquinho confusos. Agora durma que eu vou chamar alguém para te examinar, okay? – ele beijou a testa dela e observou Hermione fechar os olhos.

*****

Mais tarde naquele mesmo dia, Hermione Granger recebeu sua alta e andava com a ajuda dos gêmeos Weasley em direção a seu quarto.

— Por que eles estão me olhando tanto? Eu estou horrível, não? – ela questionou ao notar os olhares que recebia dos alunos.

— Você está tão acabada que se Voldemort te visse agora, ele corria de você. – George soltou e riu quando recebeu um tapa da amiga.

— Tem muita coisa acontecendo, meu anjo. – Fred explicou com calma. – Iremos te falar tudo, não se preocupe.

— Certo. – ela respondeu, mas já desconfiava o motivo de receber tantos olhares. Eles andaram por mais algum tempo antes de pararem em frente a uma estante. – Esse não é meu quarto.

— Esse é seu novo quarto. – os gêmeos responderam juntos e George colocou os livros da estante em uma certa sequência. A estante deu o lugar para uma porta de madeira simples. – Seja bem-vinda ao seu novo lar. – George falou e abriu a porta.

O lugar era definitivamente maior do que o anterior. Para falar a verdade, era uma réplica do salão comunal da Grifinória, porém, um pouco menor. Havia uma escada que levava ao segundo andar.

— E-esse lugar é meu? – ela questionou surpresa.

— Sim, meu anjo. – Fred sorriu gentilmente e pegou a namorada no colo. – Agora vamos te apresentar o segundo andar.

— Eu posso andar, sabia? – ela olhou para o namorado que riu.

— Aproveita que hoje eu estou bem bonzinho. – ele beijou a ponta do nariz da castanha.

— Eu estou aqui ainda, casal, e quero manter minha sanidade! – George falou rindo e tampando os olhos.

— Bobo. – Hermione riu de leve e deixou ser carregada por Fred até o fim da escada. O segundo andar era basicamente um corredor com três portas. A castanha sentiu o corpo de Fred endurecer e ela suspirou. – A Lea está aqui, não é?

— Não só ela. – Fred a colocou com cuidado no chão. – Aqui também é o novo lar de Nicholas.

— Nick? – ela ficou levemente pálida. – Como assim...?

— Olá criança. – a primeira porta de abriu lentamente e das sombras surgiu Nicholas sem suas asas. – Vejo que está melhor. – ele tentou sorrir, mas seus olhos estavam vazios. Cambaleando levemente, Hermione deixou os braços de Fred e abraçou o anjo. Os gêmeos desceram novamente com a intenção de dar um tempo a eles.

— Você está sem...

— Minhas asas? – ele riu fraco. – Eu deixei de ser um anjo, Hermione, porque eu tenho sentimentos humanos demais. – ele suspirou cansado. – Eles deram as costas a uma criança no momento em que ela mais precisava deles. Como eu poderia continuar sendo parte de uma sociedade tão suja como essa? – ele cerrou os olhos levemente e Hermione pode perceber toda mágoa e raiva que havia no coração dele.

— O Leo nos deixou com um vazio enorme no peito. – ela falou com pesar e colocou sua mão no peito de Nick. – Vazio este que eu tenho certeza que nunca será preenchido por completo. Porém, devemos guardar as boas lembranças dele com carinho e carregar com a gente a certeza de que ele está bem e um lugar melhor.

— Eu não puder fazer nada. – ele falou com raiva. – Se eu fosse mais forte... – deu um soco na parede.

— Para com isso, Nicholas. – Hermione deixou algumas lágrimas caírem. – Demos o nosso melhor e às vezes, nem mesmo o nosso melhor é o suficiente. – ela enxugou suas próprias lágrimas e respirou fundo. – O que nos resta agora, é juntar cada pedaço de nossos corações e seguir vivendo sempre com as memórias dele conosco. Não vai ser fácil e nunca foi, mas devemos nos fortalecer todos os dias para lutar por aqueles que amamos. – ela colocou a mão gentilmente na lateral do rosto do anjo. – Essa luta ainda não acabou e definitivamente não vamos perde-la. – ela falou firme e puxou Nicholas para baixo para que pudesse encostar sua testa na dele. – Por Leo.

— Por Leo. – ele fechou os olhos e começou a chorar silenciosamente. Ficaram assim nessa posição por um tempo até que o anjo, agora humano, se acalmasse. – Lea está na última porta. Ela não sai dali por nada e não fala com ninguém a dias. – ele falou e se afastou da castanha. – Eu vou ficar bem. – ele falou e Hermione, com um olhar, o agradeceu e foi em direção ao quarto de Lea.

A castanha entrou com cuidado no quarto da menor e assim que a encontrou, Hermione começou a chorar silenciosamente. Hope Lea Lovegood estava sentada na sacada de sua janela com o olhar perdido. Seus cabelos, antes tão bem cuidados, estavam com as pontas cortadas por uma tesoura que estava caída ao seu lado. Ela estava com a aparência de que não dormia a dias e também parecia não ter se alimentado. Por céus... Ela era só uma criança.

Hope cantava baixinho “Cry” e Hermione sentia que cada palavra dita por ela era uma facada em seu próprio peito, tamanha dor que a menor transmitia.

— Minha pequena. — ela abraçou com força a lufana.

— ... Mia... – ela sussurrou e agarrou a maior com força enquanto começava a soluçar alto. Era como se estivesse tentando sair de um pesadelo.

— Oh, minha menina. – Hermione sussurrou. – Deixe seu coração falar mais alto.

*****

Depois de algumas horas, Hermione desceu sozinha as escadas de seu mais novo dormitório. No primeiro andar, além dos gêmeos e de Nick, estavam seus amigos reunidos.

— A Lea finalmente dormiu. – ela falou chamando a atenção de todos e por algum tempo, um silêncio se instalou no ambiente.

— Hermione. – Harry suspirou e se levantou indo abraçar a amiga, sendo seguido pelo restante de seus amigos.

— Eu sinto muito por tudo. – ela falou baixo. – Eu sei que vocês todos tem muitas perguntas e dúvidas e eu estou disposta a responder todas elas. – ela explicou assim que se separaram.

— Deixem ela respirar, galera. – Fred abraçou a cintura da namorada e a puxou para que sentasse no chão entre suas pernas. Hermione Granger olhou nos olhos de cada um de seus amigos e suspirou.

— Podem me perguntar. – ela sorriu gentilmente.

— Mione... – Ginny começou. – Quem é você realmente? – e a sala ficou em silêncio novamente. Essa era a pergunta que todos queriam a resposta no momento.

A castanha sorriu fraco e suspirou. Já esperava essa pergunta, sem dúvidas, mas então por que não conseguia encontrar uma resposta certa?

— Eu sou Hermione Jean Granger. – ela fechou os olhos e respirou fundo. – Eu sou um anjo caído.


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