Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 24
Capítulo 24 - O despedaçar de uma flor


Notas iniciais do capítulo

Espero que o coração de vocês esteja preparado!
Beijos e boa leitura ♥



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Capítulo 24 – O despedaçar de uma flor.

Hermione abriu seus olhos lentamente quando sentiu terra firme sob seus pés. Seu coração, que batia de forma descontrolada, parou por um momento quando percebeu que estava no Ministério da Magia. A sua frente estava um Harry machucado prestes a entregar a profecia; no canto de sua visão estavam Hope e Luna cuidando de Neville e Rony que pareciam desacordados.

— Harry! – ela gritou e o moreno se assustou com a presença dela. Ele recolheu sua mão estendida com a profecia e uma nova batalha se iniciou.

— Eu não sei que merda está acontecendo, mas se é para chutar a bunda desses caras, conte comigo. – Fred falou quando se recuperou do choque e foi lutar com George.

Hermione desviou de alguns feitiços e foi em direção a seu melhor amigo que parecia estar na pior no duelo.

— Pensei que estivesse com Malfoy. – ele falou amargo quando ela se aproximou. Hermione rapidamente derrubou o comensal e os dois amigos ficaram de costas um para o outro. Lutariam enquanto protegiam onde o outro não podia enxergar, assim, evitariam um ataque surpresa por trás.

— Eu nunca o escolheria sob você, Harry, não sob circunstâncias normais. – ela respondeu. – Quando tudo isso acabar, eu vou te contar tudo. Esteja preparado porque a história é longa! E o Sirius?

— Não estava aqui, fomos enganados.

— Bom, minha missão também não teve tanto sucesso. – ela respondeu amarga. – Fomos tolos de acreditar que seria um resgate fácil.

— Resgate? – ele questionou, mas Hermione não teve tempo de responder.

— Harry! – a voz de Sirius ecoou pelo salão e os membros da AD respiraram aliviados com a chegada da ordem. – Vamos acabar com isso, cambada!

— Sirius. – o menino sorriu aliviado ao ver seu padrinho bem.

Aproveitando que Harry foi se juntar a Sirius, Hermione foi em direção a Hope que ajudava os feridos.

— Lea! – ela a chamou. – Como estão? - perguntou se referindo a Rony e Neville.

— Os ferimentos não são muito graves, eu fiz tudo que posso para ajuda-los. – a mais nova disse com as mãos trêmulas. – E Nick?

— Sem sucesso. Fomos burros de acreditar que seria fácil esse resgate. Voldemort estava um passo à frente de nós. – a castanha mordeu o lábio inferior. – Basicamente, fomos transportados para cá quando toquei nas correntes que costumavam prender Nick. Voldemort já sabe que há um anjo caído entre nós e ele pretende usar Nick para nos encontrar, eu só não sei como. – ela falou rápido. Hermione abraçou a menor com força e sussurrou em seu ouvido: - Acalme-se Lea. Eu vou te proteger custe o que custar.

— Priminho! – a voz fina de uma mulher chamou a atenção das duas. – Que desprazer te rever!

— Digo o mesmo a você, louca. – Sirius gritou enquanto desviava de um feitiço.

— Acho melhor ir ajudar. – Hermione comentou e se soltou de Hope.

— Eu vou com você. – a criança falou firme. Sabendo que aquela seria uma batalha perdida, Hermione permitiu que Lea a acompanhasse. As duas lutavam com maestria contra os comensais e cada vez mais se aproximavam de Sirius e Harry que lutavam igualmente contra Bellatrix.

E então, foi como uma câmera lenta. Harry cambaleia um pouco para o lado devido a força do feitiço da comensal e a atenção de Sirius se volta para o afilhado. Aproveitando o momento, Bellatrix Lestrange lança o feitiço da morte em direção ao maroto. Sem tempo para reagir, Sirius Black fecha seus olhos e sua feição mostra o quanto estava cansado. Talvez não fosse um cansaço físico, mas mental.

— NÃO! – Harry gritou. O moreno viu o feitiço verde chegar perto de seu padrinho, mas antes que este encostasse nele, Harry viu Sirius ser mandado para longe. – Mas o que...? – ele se virou e viu Hope ofegante com sua varinha erguida.

— Ó céus. – a loira sussurrou. – Espero que não tenha sido tarde demais. – ela falou e correu na direção do maroto.

— Sua vadiazinha... – Bellatrix sibilou com raiva. – Você me paga!

— Não, sua luta é comigo. – Harry chamou sua atenção. Seus olhos mostravam puro ódio apesar da pequena esperança de que o feitiço de Hope tivesse atingido Sirius primeiro.

— Harry! Ele está vivo! – Hope gritou de onde estava e Harry se permitiu suspirar aliviado.

~*~

Depois de algum tempo lutando, as forças dos comensais foram enfraquecendo até que restassem somente os mais fortes de pé.

— E começaram a diversão sem mim? — uma voz arrastada causou arrepios em todo mundo, mesmo os comensais. Hermione se virou lentamente em direção a voz e seu coração parou ao se deparar com o próprio Voldemort no meio do salão. Além dos novos comensais que apareceram ao lado de Riddle, havia uma figura em si que fez com que todo mundo exclamasse ora de surpresa ora de horror. Era Nicholas.

Hermione segurou a vontade de gritar pelo anjo e tentou manter controle sob seus poderes. A castanha procurou Hope com os olhos e correu em sua direção.

— Não, Lea. – Hermione falou e tampou a boca da menina para que ela não gritasse o nome do anjo. – É isso que Voldemort espera de nós.

— Oras, ninguém para lamentar o destino dessa criatura? – Voldemort falou irônico e se voltou para a figura aos seus pés. – Que pena, anjo! Ninguém se importa com você. – Nicholas estava fraco demais, ferido demais para poder reagir então apenas permaneceu de olhos fechados. – Responda-me, criatura! — ele desferiu um chute no anjo e o puxou pelos cabelos. Nicholas gemeu de dor.

— Não! – Hope gritou no impulso e logo arregalou os olhos. Hermione sentiu seu coração acelerar quando Voldemort se virou na direção delas.

— Não se mexam. – os gêmeos sussurram quando se aproximaram das duas e se colocaram em uma posição defensiva. Ninguém no salão ousava dizer algo, todos ainda estavam chocados com a figura do anjo ferido. Até mesmo Dumbledore.

— Finalmente quem eu procuro. – ele deu um sorriso sádico e avançou um passo.

— Deixe-a fora disso. – Hermione se soltou de Hope e passou na frente dos gêmeos. – Sou eu quem você procura. – ela deixou que seus poderes fluíssem e logo seus olhos estavam dourados. Mais exclamações surgiram no salão.

— Uma sangue-ruim? – ele entortou o rosto desfigurado – Que desperdício.

— Fui eu quem invadiu a mansão Malfoy e sou eu quem está a procura de Nicholas também. – ela falou firme e sem desviar os olhos do outro. – Eu sou o anjo caído.

— Mia. –Fred a abraçou de forma protetiva mantendo a varinha firme em sua mão enquanto George protegia Hope.

— Eu já sabia que era vocês três na mansão, mas precisa da certeza de que um de vocês era quem eu procurava. – Voldemort apontou para Hermione e os gêmeos.

— Mas o que merda está acontecendo? Alguém pode explicar? – a voz de Harry pareceu despertar todos do choque.

— Chega de brincadeira. – Voldemort sorriu. – Companheiros, acabem com todos com exceção da sangue-ruim! – ele gritou e os comensais recém chegados avançaram em direção aos membros da Ordem, reiniciando a luta de antes. Com um movimento de sua varinha, Voldemort fez com que Nicholas se contorcesse de dor e soltasse alguns gritos carregados de dor.

— Pare com isso! – Hermione grita e tenta se aproximar, mas os braços de Fred a mantem no lugar. – Solte-o!

— Nicholas. – uma voz muito familiar para Hermione e Hope ecoou pelo salão. O corpo da lufana foi envolvido por uma luz forte e por alguns segundos, todo mundo ali ficou desorientado.

— Leo. – sussurrou Hope antes de desmaiar.

No espaço entre Hermione e Voldemort estava Leo, o pequeno anjo e irmão de Nicholas. Sua forma exalava poder e pureza ao mesmo tempo; suas asas brancas eram de tamanho mediano e seus olhos dourados assustavam qualquer um. Apesar de ser uma criança, as expressões no rosto delicado de Leo mostravam o quanto estava furioso.

— Oras, mais um anjo caído e dessa vez na presença de um anjo? Vocês não cansam de me surpreender. – os olhos de Riddle mostravam excitação e surpresa.

— Chega, humano. Você causou muita dor a meu irmão e eu não te perdoarei por isso. – a voz do anjo menor era dura.

— Você quer seu irmão de volta? Venha pegá-lo, anjo. – Voldemort sorriu e saiu do salão ainda arrastando Nicholas. Leo, mais do que depressa, o seguiu.

— Solte-me! Eu tenho que ir também! – Hermione lutava com força para se soltar dos braços de Fred.

— E deixar que vá para sua própria cova? De forma alguma. – o ruivo falou com dificuldade.

— Você vai me soltar agora. — ela falou lentamente e olhou diretamente nos olhos do namorado. Os olhos dourados brilharam e Fred foi obrigado a soltá-la. – Sinto muito, Freddie. – e saiu correndo.

~*~

Mesmo sendo somente um, Voldemort era poderoso o suficiente para lutar igualmente contra Leo e Hermione.

— Quanta decepção! Eu esperava mais de um anjo caído e de um anjo! – ele riu. Os outros dois permaneceram em silêncio e se concentravam apenas no duelo. – Vocês não são muito de conversar, hun?

— O que está fazendo aqui? – a voz fraca de Nick chamou a atenção deles. – Vá embora. -  havia uma mistura de medo e angústia na voz dele. Hermione lançou um olhar a Leo que fechou os olhos brevemente antes de recomeçar a luta contra Voldemort. – Você não deveria estar aqui.

— Deveria ser mais caloroso com seu irmão, anjo. – Voldemort se pronunciou sarcástico. – Ele fez questão de vir aqui te salvar.

— Hey, menos palavras e mais ação. – Hermione falou furiosa e aumentou a velocidade e o poder de seus feitiços. Ela entrou na frente de Leo e deixou que ele tivesse um momento com seu irmão.

— Nicholas. – o menino chamou. – Eu sei das consequências de meus atos. – ele falou. Nick estava sentado (ou seria largado?) perto de uma parede atrás de Voldemort, longe do alcanço de Hermione e Leo. – Você é meu irmão portanto essa luta é minha também. – o menino sorriu triste.

— Você é tolo, Leo. Um tolo. – o anjo mais velho sussurrou.

— Dessa vez eu irei te salvar, meu irmão. – a criança terminou e se juntou a luta novamente.

— Mia! – os gêmeos Weasley gritaram enquanto corriam em direção a luta.

— Não acham que quatro contra um é covardia? – Riddle ironizou e com uma série de movimentos de sua varinha, ele mandou os dois para longe sem dar tempo para que os mesmos se defendessem.

— Freddie! Georgie! – Hermione gritou.

— Opa, garotinha. Sua luta é comigo. – o bruxo falou. – Sabe que seu truque com os olhos dourados não funciona se eu não os olhar, hun?

— Então vamos ver quem ganha essa luta, Riddle. – a castanha falou e com um gesto de varinha, todos os canos que continham água estouraram e a água invadiu o local onde estavam. A quantidade não era muita, o nível da água chegava mais ou menos até o tornozelo deles.

— E você acha mesmo que a água vai te fortalecer como nos mitos sobre os anjos caídos? – o bruxo riu. – Ainda dizem que você é a mais brilhante dessa geração.

— Fico lisonjeada que saiba quem eu sou. – ela foi sarcástica e fez uma leve reverência.

 A luta entre os três durou por mais alguns minutos. Por mais que se concentrassem ao máximo no duelo, as mentes de Hermione e Leo estavam preenchidas de preocupações: seja com os gêmeos ou Nicholas que parecia cada vez mais fraco. Eles sabiam que não aguentariam por muito tempo e não seriam capazes de derrotar Voldemort através da força ou poder. Por isso, precisavam trabalhar juntos de forma impecável para derrota-lo de outra forma. Os dois trocaram olhares por alguns segundos antes de diminuírem o ritmo do duelo drasticamente.

— Já se cansar...? – ele não conseguiu terminar a sua frase porque Hermione voou (literalmente) em sua direção. A castanha estava com suas asas de fora e graças ao impulso que recebeu de Leo, ela ganhou velocidade para avançar em direção a Riddle, o pegando de surpresa. Os olhos dela estavam castanhos novamente, mas quando seus rostos estavam a pouco mais de trinta centímetros de distância, estes se tornaram dourados. Voldemort desviou rapidamente o olhar para o lado com a intenção de evitar os olhos de Hermione, mas encontrou a figura de Leo próxima de si. No susto, Voldemort desviou novamente seus olhos para baixo tentando evitar o poder do anjo. Para sua surpresa, ele encontrou um outro par de olhos o encarando: o reflexo dos olhos dourados de Hermione Granger na água.

— Você irá soltar imediatamente Nicholas e nos informará o porquê da primeira tentativa do ritual não deu certo. – a voz da castanha era firme e Voldemort sentiu o controle ir embora de seu corpo.

Com um gesto, ele fez com que Nicholas, já bem fraco, flutuasse até Leo que abraçou o irmão de forma calorosa. – Merda. – Riddle estava furioso. – A primeira tentativa não deu certo porque eu não tinha em mãos essa adaga. – ele falou de forma automática e conjurou em sua mão uma adaga azul com diversos cristais o enfeitando. – É algo feito pelos próprios anjos. É necessário que corte o coração do anjo caído com isto.

— Entregue-me. – ela tentou comandar, mas Voldemort já não olhava em sua direção e sim em um ponto fixo atrás de Hermione. Ela virou-se e viu Hope caminhar com dificuldade na direção dos gêmeos. – Vá embora imediatamente! – ela gritou com desespero em direção a Voldemort e este sorriu sádico.

— Como quiser, mas antes... – com o movimento de sua varinha, ele lançou a adaga de sua mão na direção a Hope, mais ou menos na altura de sua cabeça.

O mundo parou por alguns segundos. Hope Lea Lovegood virou-se rapidamente quando ouviu o grito de Hermione e viu um objeto voar em sua direção.

— LEA!

(...)


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