Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 23
Capítulo 23 - Rumo ao desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Heeey!

Quero muito agradecer ao carinho de todos vocês! O apoio de vocês significa muito para mim! Obrigada de coração ♥

Preparados para fortes emoções? Não se preocupem, é só o começo!
Beijos e boa leitura!



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Capítulo 23 – Rumo ao desconhecido

— Você deveria parar de chorar, sabia. – Malfoy comentou enquanto andavam até o vilarejo de Hogsmeade onde encontrariam os gêmeos.

— Cala a boca, loiro azedo. – ela retrucou enquanto limpava suas lágrimas que insistiam em cair. – Não sei porque raios você tinha que aparecer ali e me chamar.

— Um Malfoy sempre vai viver pelo drama. – ele sorriu sarcástico – Você estava atrasada, fui atrás para ter certeza de que não me deixaria na mão.

— O “eles estão planejando algo grande” era sobre Sirius?

— Não sei para ser sincero. Eu só sabia que uma grande quantidade de comensais não estaria presente hoje. – ele andava na frente de Hermione quando ele parou bruscamente e se virou na direção dela.

— Por que parou? Já não estou mais chorando. – a castanha cruzou os braços.

— Como escolheu tão rápido? Digo, é entre minha mãe e Sirius Black. Por que veio?

— Não me entenda mal, Malfoy. – Hermione colocou as mãos no bolso. – Não pense que eu deixei meus amigos para trás por você. Eu tenho uma pessoa para resgatar na mansão também, além de confiar plenamente em Lea.

— Lea? – o loiro arqueou a sobrancelha.

— A Hope. – a castanha suspirou. – Tenho certeza de que eles terão sucesso.

— Fala sério, ela é uma criança! – protestou.

— Uma criança que você desconhece a força. – Hermione finalizou e passou Malfoy, andando na frente. – Além de que eu tenho dívidas a serem pagas com você, hun? Vamos logo, doninha, estamos atrasados.

— Calada, rata. – ele resmungou.

*****

— Harry, por favor, não fique bravo com Hermione. – Hope Lovegood pediu enquanto o grupo andava de Trestálios que pegaram “emprestados” da escola. A loira andava junto com Harry que permaneceu calado o tempo todo. – Vamos conseguiu salvar seu padrinho e quando voltamos, tenho certeza de que Hermione vai te explicar o que está acontecendo.

— Ela o escolheu, Hope. – ele falou com a voz rouca.

— Não, ela não escolheu o Malfoy. Eu não posso te dar os detalhes agora, mas vidas estão correndo risco em ambas as partes. – a pequena suspirou cansada. – Eu sei que, aos seus olhos, eu não sou nada comparada a Mia, mas posso substitui-la nessa missão. – Hope abraçou o moreno com um pouco mais de força. – Ela é a bruxa mais brilhante dessa geração, eu sei. Quanto a isso eu não posso competir, mas confie em mim, darei o meu melhor.

— Valeu, Hope. Só o seu apoio vale muito. – ele respondeu. – Não quero pensar em Hermione agora, meu foco está em Sirius e somente nele.

— Que os anjos nos protejam. – ela sussurrou de olhos fechados

*****

— Até poderíamos dizer que estão atrasados...

—.... Mas também estávamos então não diremos nada. – os gêmeos falaram assim que avistaram os outros dois.

— Freddie! – Hermione exclamou e pulou nos braços do namorado.

— É bom saber que sentiu minha falta, Mia. – George fingiu limpar uma lágrima e logo recebeu um abraço de Hermione que revirou os olhos.

— Com licença que a namorada é minha. – Fred puxou a castanha de volta e a beijou. – Senti sua falta.

— Eu também, você não tem nem ideia. – ela sorriu.

— Venha cá, Malfoy, tenho um abraço especial reservado para você também. – George brincou e abriu os braços na direção do loiro que se limitou em fazer uma careta e mostrar o dedo do meio. – Quanto amor, hein.

— Vamos logo com isso. – Draco revirou os olhos. – Vamos aparatar próximos da mansão e de lá andaremos.

— Se vamos aparatar, significa que você vai ter que finalmente me tocar, caro Malfoy. – George sorriu sarcástico.

— Cuidado para não cair no charme Malfoy, Weasley. – ele se aproximou e segurou o braço do ruivo enquanto Hermione fazia o mesmo com Fred. – É bom que faça isso direito ou acabo com você.

— Essa frase não soou legal. – Fred brincou.

— Nem um pouco. – George gargalhou e os quatro aparataram.

O grupo foi parar em uma floresta onde um rio cortava o lugar. Era uma paisagem muito bonita e tranquila.

— A mansão não fica muito longe. – Draco se manifestou e foi guiando o caminho. – Não quero falhas nesse plano, portanto não façam besteiras.

— Digamos o mesmo, Malfoy. – Hermione respondeu e então, caminharam em silêncio.

Conforme andavam, Hermione notava que o ar ficava mais frio, assim como tudo ao seu redor. A floresta parecia perder a cor e a vida; já não conseguiam mais ouvir o barulho da água ou dos pássaros e a terra deixou de ser fofa.

— Não se assustem. – o loiro falou de repente como se pudesse ouvir os pensamentos da castanha. – É o que a energia de minha mansão faz nesse lugar.

Caminharam por cerca de vinte minutos até avistarem os portões da mansão Malfoy. Através de gestos, Malfoy indicou um lugar para os outros três se esconderem enquanto ele verificava se o caminho estava livre. Depois de confirmar que o lugar estava limpo, ele chamou os três para perto dos portões.

— Somente um Malfoy atravessa os portões da mansão. Eu poderia dar a permissão também, mas meu pai descobriria facilmente. – ele falou enquanto fazia um corte na palma da mão com sua varinha. Com a mão ferida, ele pingou as gotas de sangue nas mãos de Hermione, Fred e George. – Vocês agora carregam o sangue Malfoy.

— Assim que entrarmos, você procura a sua mãe enquanto procuro Nick. – Hermione se pronunciou. – Fred e George irão nos dar cobertura. Não temos muito tempo, então seja breve.

— É a minha casa, tempo eu não irei perder nela. – ele deu um sorriso sarcástico e tocou os portões que abriram de forma automática na presença do herdeiro Malfoy. – Não morram, não quero problemas para mim depois.

— Prontos? – A castanha questionou.

— Sempre. – os gêmeos responderam juntos e assim que os portões se abriram por completo, os quatro avançaram em direção ao “covil” das cobras. Era agora ou nunca.

~*~

— Mia, à sua esquerda! – Fred gritou enquanto derrubava mais um comensal. Não haviam muitos e os quatro adolescentes lutavam muito bem.

— Oras, Draquinho, resolveu nos trair e se aliar a uma sangue ruim? – um deles questionou.

— Cale a boca. – ele o estuporou. – Minha mãe provavelmente está presa no segundo andar, vocês vão por aquela escada. – o loiro indicou o caminho com a varinha. – Ela vai levar até o porão da mansão.

— Eu vou com você para te dar cobertura. – George falou para Draco. – E convenhamos, eu sou melhor que você em duelos.

— Eu não preciso de proteção, aqui é a minha casa. – resmundou.

— Vamos logo com isso, doninha. – Hermione falou e os quatro se separaram: Draco e George foram para o segundo andar enquanto Fred e Hermione desceram as escadas.

O caminho era escuro e silencioso, apenas os passos e as respirações do casal eram ouvidos.

— Não acha que está muito fácil? – Fred comentou. – Estamos na sede dos comensais.

— Também acho. – a castanha resmungou. – Ou eles realmente estão aprontando algo ruim ou fomos enganados e te digo que ambas as opções são ruins.

— Realmente. – Fred segurou a mão da namorada. – Mas já que estamos aqui, enfrentaremos o que tiver que ser. – ele sorriu e com apenas um pé, derrubou a porta que estava ali.

— Você sabe que poderia ter usado magia, certo? – ela comentou enquanto verificava se o lugar estava limpo.

— E perder a oportunidade de derrubar uma porta no estilo trouxa? – o ruivo riu.

— É por isso que te amo. – ela sorriu e invadiu o local, reconhecendo de imediato o lugar que tantas vezes visitou em sonhos. – Nick! – ela gritou sem respostas. Não havia sinal algum do anjo, apenas um par de correntes em um canto escuro do ambiente assim como penas brancas e uma poça de sangue dourado. – Merda, ele não está aqui.

— Isso é sangue de anjo? – Fred franziu a testa com aquela visão.

— C-Como conseguiram entrar aqui? – uma voz trêmula chamou a atenção do casal e Pettigrew surgiu das sombras. – Vocês não vão encontrar o que procuram. Meu mestre o levou.

— Para onde seu rato imundo? – os olhos de Hermione brilharam de forma perigosa e Peter engoliu um seco.

— N-não é da conta de vocês. – ele respondeu coma a varinha em punho, apesar de sua mão tremer bastante. – Vão embora! Vocês não são páreos a meu mestre.

— E por acaso ele está aqui? – a castanha deu alguns passos em direção ao outro homem. – Você está sozinho. – ela fez gestos com a mão para que apenas Fred percebesse. O ruivo logo entendeu a mensagem e foi vigiar a porta e o corredor. – Voldermort é um fracasso. Foi derrotado por um bebê de um ano, sabia?

— Quieta! Ele é supremo, o mais forte e poderoso! – O homem baixo tremia.

— Um fracasso completo. – ela gargalhou. – Poderoso? Ele está atrás do poder dos anjos porque não tem capacidade própria de derrotar um garoto de quinze anos. Ridículo isso. – ela voltou a gargalhar e Pettigrew ficava cada vez mais vermelho.

— Vocês vão ver o poder de meu mestre! – ele apontou a varinha na direção da castanha. – Meu lorde vai quebrar cada um de vocês aos poucos! Há um anjo caído entre vocês, não é? Recebemos essa informação de nosso espião!

— Tolos, isso que vocês são. – Hermione respirou fundo com a intenção de controlar sua raiva. – Você acha mesmo que vão conseguir realizar o ritual? Nem informações vocês têm!

— Você que acha, idiota. – o homem baixo riu. – Conseguimos até mesmo a adaga necessária para o ritual!

— Mas falta o coração de um anjo caído, não é mesmo? – Hermione sorriu sarcástica tentando esconder a surpresa ao ouvir sobre tal adaga. – Vocês conseguiram uma vez e ainda assim falharam. – ela voltou a gargalhar.

— A primeira vez não tínhamos todas as coisas necessárias, mas dessa vez temos! E se quer saber, estamos muito perto de conseguir um coração! Afinal, um de vocês é, não é? Por isso meu lorde levou o anjo até  o Ministério da Magia onde seus amiguinhos foram atraídos e... – Pettigrew que até então falava de forma entusiasmada percebeu o jogo de Hermione e ficou vermelho novamente. – Sua maldita!

— Oh, finalmente percebeu foi? – Hermione sorriu satisfeita. – Graças a você, consegui mais informações do que esperava. – a castanha respirou fundo e deixou que seus poderes tomassem o controle de seu corpo. Seus olhos brilharam no tom dourado e Pettigrew engoliu um seco.

— V-v-você! — ele ficou de joelhos no chão.

— Sim sim, eu mesma. – ela se aproximou lentamente. – Sabe, rato, em forma de agradecimento pelas informações, eu vou te dar duas informações sobre mim. – ela pegou uma cadeira velha e se sentou de frente ao homem. – A primeira é que eu sou um anjo caído sim. A segunda é que meu patrono é uma coruja e adivinha qual é a comida favorita da coruja? Isso mesmo, rato. – Hermione sorriu de inocente. – Mas é claro que tudo isso é segredo então não posso deixar você espalhar por aí. Chegou a sua hora, Pettigrew. Não ache que eu me esqueci de tudo que fez Nick e Harry passar, seu imundo.

— Seja rápida, querida, estamos meio que sem tempo. – a voz de Fred invadiu o porão.

— Pode deixar, querido, esse rato é pequeno demais para mim. – ela respondeu. – Não é mesmo, Pettigrew?

~*~

— Weasley, até quando pretende continuar aí? – Malfoy apareceu no início da escada com sua mãe e George. – Apesar de termos derrotados os comensais restantes, nada garante que meu pai já não esteja a caminho.

— Hermione está se divertindo. – Fred simplesmente respondeu. – Se quiser, podem ir na frente.

— Menino Weasley. – Narcisa desceu as escadas com cuidado. Ela parecia estar fraca e sem muita energia. – Não tenho palavras o suficiente para te agradecer pelo o que está fazendo por mim. – Fred se assustou com tais palavras. Nunca que imaginaria Narcisa Malfoy sendo gentil. – Sei que não é somente por mim, mas mesmo assim, vocês têm minha gratidão.

— Surpreendente, não? – George se aproximou e sussurrou no ouvido do irmão. – Ela também me agradeceu quando eu a resgatei.

— Acharam o anjo? – Malfou perguntou.

— Não. – a fisionomia de Fred endureceu. – Voldemort o levou para algum outro lugar. Não havia sinal dele, somente Pettigrew estava ali. – ele apontou para a pequena sala.

— Ele o levou para o Ministério da Magia. Consegui informações muito úteis dele, mas resumindo a parte mais importante, Riddle levou Nick para onde Harry deve estar lutando no momento. – Hermione saiu da sala com os cabelos bagunçados e limpando um filete de sangue do rosto.

— Você está machucada? – Fred se aproximou e pegou o rosto dela com delicadeza.

— Não se preocupe, o sangue não é meu. – ela falou e seus olhos brilharam no tom dourado.

— Que história é essa de Harry lutando? – George questionou.

— Resumindo, Harry entrou na mente de Voldemort e viu Sirius sendo torturado no Ministério da Magia. Ele e alguns membros da AD, inclusive Lea, foram até lá. – ela falou cabisbaixa.

— Ela foi forçada a escolher entre ir com eles ou vir comigo. – Malfoy se pronunciou.

— E no final, nem Nick eu consegui salvar. – a voz dela falhou e Hermione se aproximou do lugar onde Nick deveria estar. Ela correu os olhos por aquele lugar antes de tocar o par de correntes que começaram a brilhar com o toque dela. – Mas que merda...?

— Mia! — Fred e George gritaram juntos e se jogaram na direção dela.

E então, o brilho das correntes levou os três para o desconhecido.


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