Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 19
Capítulo 19 - Trato entre inimigos




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Capítulo 19 – Trato entre inimigos.

O dia a dia em Hogwarts estava um verdadeiro inferno. Haviam sidos traídos por Marietta, o que levou ao fim da Armada Dumbledore. Por conta disso, o próprio diretor fugiu fazendo com que Dolores Umbrigde assumisse o papel de “diretora”.

— Merda, está cada vez mais difícil de nos encontrar. – Fred falou ao abraçar Hemione. Estavam em seu quarto sozinhos. Quase que os quartos individuais foram tirados também, mas McGonagall impediu.

— Nem me fale, eu não aguento mais aquela sapa velha. – Hermione bufou. – Quero só ver quando for semana de lua cheia.

— Vai dar tudo certo, afinal, você tem os melhores parceiros de crime. – Fred abriu um sorriso enorme.

— Não, Fred. – ela negou séria. – Harry e Ron ainda não sabem do meu segredo. – tentou manter sua expressão séria, mas não resistiu de dar um pequeno sorriso maroto.

— E ainda se diz minha namorada. – ele revirou os olhos antes de beijá-la. Hermione riu por entre o beijo e se sentou na cama, ainda beijando o ruivo.

— Senhorita.... Ó céus! – uma voz surpreendeu o casal que se separaram bruscamente. – Dobby não viu nada, Dobby jura! – o pequeno elfo pulava de uma lado para o outro com os olhos cobertos pelas mãos.

— Tudo bem, Dobby. – a grifinória riu. – Aconteceu alguma coisa?

— O menino Fred precisa se esonder! A bruxa sapa vem aí! – ele disse rapidamente e aparatou.

— Fodeu. – Fred soltou antes de procurar um lugar para se esconder.

— Olha a boca, Fredinho. – Hermione zombou. – O que raios ela quer aqui?

— Impossível olhar minha própria boca, querida. – ele fez uma tentiva e ela riu.

— Eu sinto muito por isso, mas é uma situação de emergência. – ela sorriu meio culpada e empurrou o namorado na direção da pequena sacada que tinha. – Fica aí. – fechou as portas e cortinas o deixando no frio.

— É bom saber que se importa comigo, amor. – ele disse sarcástico para si mesmo e riu baixo.

Hermione rapidamente abriu diversos livros em sua cama e fingiu estar estudando quando ouviu uma batida na porta de seu quarto.

— Posso ajuda-la? – abriu seu sorriso mais cínico possível ao abrir a porta e dar de cara com a “diretora”.

— Apenas vendo se tudo está em ordem, senhorita. – a pequena mulher cor de rosa tentava ver por cima dos ombros de Hermione.

— Como pode ver, eu estava estudando quando a senhora me interrompeu. – disse grossa e cruzou os braços.

— Oh, eu sinto muito por isso, querida. – ela frisou falsamente a última palavra. Mesmo com Hermione na porta, a bruxa passou por ela e foi invadindo o quarto da castanha.

— Hey, o que está fazendo? Não pode invadir meu quarto desse jeito! – ela protestou. – Isso é invasão de privacidade e a senhora não me apresentou nenhuma razão plausível de estar fazendo isso!

— Apenas averiguando algumas coisas, menina. – ela disse e andava pelo quarto como se estivesse procurando algo (ou talvez alguém).

— O que está procurando? Não tem nada que te interesse aqui. – Hermione estava furiosa com essa invasão.

— Eu deveria te punir por desacato à autoridade! – a bruxa cor de rosa falou enquanto abria bruscamente as portas da pequena sacada de Hermione, fazendo com que a castanha sentisse seu coração acelerar. Porém, para a surpresa dela e a infelicidade de Umbridge, não havia ninguém lá. – Anda, me diga! Onde está aquele ruivinho?

— A senhora está se referindo aos Weasleys, senhora? – usou um tom inocente falso. – Creio que estejam no salão comunal estudando, coisa que eu estaria fazendo agora se não tivesse essa agradável surpresa. – sorriu falso.

— Você não escapa de mim, menina. – a pequena bruxa apontou o dedo na direção da aluna antes de sair bufando do quarto. Hermione esperou Umbridge estar bem longe para correr na direção da sacada.

 Fred...? – ela chamou.

— Ela já foi embora? – uma voz veio da parte de baixo da sacada. Hermione rapidamente se aproximou da borda e reprimiu um grito ao ver Fred pendurado na parte de baixo.

— Você é louco? – ela perguntou quando o ruivo pisou em terra firme novamente.

— Não, eu sou Fred. Não se lembra mais do nome do amor da sua vida? – ele brincou e recebeu um tapa dela.

— Eu não sei porque estou com você, sinceramente. – ela revirou os olhos antes de abrir um sorriso e beijá-lo. – Agora vá, Umbridge está nos marcando. – ela o expulsou.

— Primeiro ela me deixa no frio, depois eu apanho e ainda me expulsa do quarto! – ele falou sozinho. – Ai ai. – ele suspirou e abriu um sorriso.

*****

Se a vida em Hogwarts estava um inferno, nada se comparava a vida de Umbridge já que os gêmeos Weasley faziam questão de “colorir” a vida dela todos os dias (e cada vez pior). Mesmo Hermione os ajudavam algumas vezes. Logo, esses tipos de brincadeiras se tornaram uma forma dos alunos protestarem quanto ao regime da sapa cor de rosa.

Hermione caminhava sozinha e rindo enquanto ouvia os gritos de Umbridge e de Flitch. Provavelmente alguém tinha aprontado de novo.

 Olá, anjo caído. — Hermione congelou ao ser chamada dessa forma e se virou lentamente até se deparar com um par de olhos cinzas que a encarava de forma curiosa.

— Que brincadeira é essa, Malfoy? – ela tentou parecer normal.

— Não é uma brincadeira, Granger, nós dois sabemos disso. – ele disse encostado na parede. – Ou seria melhor dizer, nós dois e os gêmeos?

— Vamos conversar em outro lugar. – ela falou e saiu arrastando Malfoy sob os protestos dele até chegarem a sala precisa. Ela mentalizou uma sala para que pudessem conversar em paz e logo uma porta apareceu. Draco fez uma careta ao notar que a sala estava decorada com símbolos grifinórios. – Seja bem-vindo ao salão comunal da Grifinória. – Hermione sorriu nervosa.

— Eu não vou te ameaçar ou coisa do tipo. – ele colocou as mãos no bolso da calça e se recusou a se sentar no sofá vermelho e dourado.

— Então por que veio até mim? E como ficou sabendo disso? – ela cruzou os braços e revirou os olhos ao ver a recusa dele em se acomodar no território “inimigo”.

— Porque você está me devendo um favor e eu vim te cobrar, simples. – ele falou.

— E qual seria esse favor? – ela arqueou a sobrancelha.

 Eu quero que salve minha mãe. – ele falou direto e sério. Hermione ficou surpresa com a resposta. – Olha, eu tive que engolir meu orgulho e pensar três mil vezes antes de vir aqui porque sinceramente, eu prefiro morrer do que pedir a sua ajuda, mas eu não tenho mais saída.

— Preciso que me explique do começo, Malfoy. E senta-se logo de uma vez! Não é como se você fosse pegar uma doença contagiosa, por Merlin! – ela ralhou e puxou o loiro pelo braço que foi obrigado a se sentar.

— Não é segredo para você que é amiguinha do testa rachada que o cara da cobra voltou. – ele manteve sua postura arrogante. – E obviamente, não é surpresa alguma que a família Malfoy esteja relacionada a ele. Pode não parecer, Granger, mas eu não me interesso nem um pouco em me juntar a ele. O problema é que se eu não o fizer, a vida de minha mãe corre perigo. – ele admitiu e suspirou.

— Por que está me contando essas coisas? – ela fez a pergunta que queria ter feito desde o começo.

— Porque não consigo encontrar uma solução – ele falou meio cansado. – E porque você não tem noção da merda que está acontecendo em casa. Minha mãe não merece passar por isso, só que eu não tenho forças o suficiente para salvá-la.

— Onde eu entro nisso tudo? E você ainda não me respondeu como sabe de meu segredo?

— Por Merlin, você não consegue ficar um minuto sem fazer perguntas? – ele questionou e a castanha bufou. – As suas respostas estão aí. – ele tirou um caderno de suas vestes e jogou na direção dela. – Eu recebi isso como parte da herança de meu avô.

— Isso.. Isso é... – Hermione se encontrava sem palavras. O caderno estava repleto de informações sobre os anjos caídos. Pesquisas, artigos, páginas arrancadas de livros e várias outras coisas.

 Minha avó paterna era um anjo caído, Granger. – ele contou – Por conta disso, meu avô passou sua vida pesquisando mais sobre o assunto e o resultado do trabalho dele está aí. – ele apontou para o caderno velho. – Foi por conta das características como olhos dourados e cansaço durante as luas cheias que eu passei a desconfiar de você. E se quer saber, eu desconfio que Voldemort ficou obcecado com esse assunto por casa de meu avô.  

— Ele leu o que está aqui? – ela perguntou temerosa.

— Não. Ninguém sabia até então do caderno. – ele explicou e Hermione pôde relaxar. —Pode ficar com ele, Granger.

— Um Malfoy sendo gentil com uma nascida trouxa? – ela questionou.

— Não somos tão ruins assim. – ele revirou os olhos. – Está certo que eu não tive a melhor das criações, mas ainda sim, eu tenho meus próprios princípios, Granger. É claro que não vai ser de graça.

 O preço Malfoy. — ela bufou.

— Essa parte interessa a nós dois, pode ter certeza. – ele falou. – A mansão Malfoy se tornou a sede principal dos comensais. Isso significa que Voldemort está constantemente no lugar que um dia eu chamei de casa. – ele parecia cansado e Hermione notou. – Nas férias que tivemos, eu tive de participar de algumas reuniões e sem querer, ouvi uma conversa entre meu pai e minha tia.

— Bellatrix. – Hermione sibilou com raiva.

— Exato. Eles estão com um anjo aprisionado no porão de minha casa, porra. – ele passou suas mãos em seu cabelo frustrado. – Eu não sei até onde pode chegar a crueldade deles. Eu sou um grande filho da mãe, pode ter certeza disso, mas a ponto de machucar um ser angelical...

— Nick. – a castanha sussurrou o nome e fechou os olhos.

— Pelo visto você o conhece.

— Ele é o anjo que me marcou. – ela falou sem pensar e logo se repreendeu. Afinal, nem sabia se ele era confiável ou não.

— O trato é esse, Granger. – o loiro se levantou do sofá. – Eu te dou o caderno e você me ajuda a salvar minha mãe daquele inferno.

— Como posso confiar no que diz? - ela o questionou.

— Não tenho provas, Granger, mas eu faço de tudo pela minha mãe. A decisão de confiar em mim ou não fica ao seu critério.

— Okay, Malfoy. – ela respondeu depois de um tempo analisando a situação e se levantou. – Eu tenho que salvar Nick também.

 Erros podem significar a vida de alguém, Granger. – ele a encarou sério e ela sustentou o olhar confiante.

— Eu sei o preço de uma vida, doninha.

— Eu espero mesmo, rata. – ele respondeu e se retirou da sala, deixando Hermione pensativa para trás.

Precisava do abraço de Fred e de um bom plano.

 


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