Asas douradas - Fremione escrita por Lumos4869


Capítulo 10
Capítulo 10 - Sentimento desconhecido




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Capítulo 10 – Sentimento desconhecido

As semanas passaram rapidamente e Hermione Granger não via a hora de voltar para Hogwarts. Amava seus pais e amava estar em casa, mas não conseguia amar a vida trouxa tanto quanto a bruxa. Durante a semana de Lua Cheia, a prof. McGonagall a levou de volta para Hogwarts durante as noites para que ela pudesse usar a sala precisa. Os gêmeos ficaram indignadíssimos que não puderem ir juntos, mas Hermione os tranquilizou dizendo que ficaria bem.

— Querida, você está pronta? – sua mãe perguntou do primeiro andar enquanto Hermione terminava de arrumar sua mala.

— Sim, mama, já estou indo! – ela respondeu e respirou fundo. Iria para o Largo Grimmaund esse ano ao invés da Toca, já que todos estariam lá (algo como reunião entre os membros da Ordem). Hermione pegou sua mala pesada e desceu as escadas praguejando o fato de não poder usar magia fora de Hogwarts ainda.

— Ajuda? – uma voz a surpreendeu.

— Professor Lupin! – ela exclamou feliz e largou sua mala no caminho para abraçar seu professor. Ele correspondeu sem jeito e sorriu.

— Como está grande, menina! – falou ao de afastar dela. – Ou seria eu quem está ficando velho demais?

— Oras, o senhor ainda é um pedaço de mal caminho, professor. – ela falou marota e piscou antes de gargalhar.

— Você está andando muito com os gêmeos, isso sim. – ele falou e riu. – Vamos?

— Sim sim, só deixe me despedir de meus pais. – falou e foi em direção aos seus pais (que por sinal, não havia escutado a conversa entre os dois). – Não se preocupem comigo, okay?

— Como não? Toda vez que volta para casa, você volta com aventuras cada vez mais perigosas na mala! – o Sr. Granger exclamou. – O coração desse velho não aguenta não, viu?

— Oh, pai. – a castanha riu e o abraçou. Em seguida, abraçou sua mãe chorona. – Vou sentir muito a falta de vocês.

— Nós também, minha menina. Amamos você. – sua mãe falou.

— Amo vocês também. – ela acenou antes de aparatar com seu professor.

*****

A notícia do ataque do dementador e a possível expulsão de Harry deixou Hermione maluca quando esta chegou no Largo. Queria matar seu amigo e ao mesmo tempo abraça-lo. “Será possível que esse menino não pode ficar um segundo sem se meter em encrenca?” pensou ela. É claro que sabia que não era culpa dele, mas não deixava de ter vontade de dar uns bons tapas nele pela preocupação. Depois, com a notícia de que Harry não seria expulso, Hermione se acalmou um pouco.

 Harry. James. Potter! – ela deu um tapa a cada pausa no braço do amigo quando este chegou. – Quer me matar de preocupação?

— Não tenho culpa se os problemas me seguem, Mi. – ele falou sem graça.

— Você ainda me mata do coração, isso sim. – ela suspirou antes de abraçar o moreno. Rony apenas riu da sorte do amigo, levando uns tapas de Hermione também.

— Ai, por que estou apanhando também? – Ele questionou massageando o local onde recebeu os tapas.

— Porque riu, obviamente! – ela exclamou e os dois amigos riram.

— Roubaremos Mia por uns dias, talvez meses, cavalheiros. – os gêmeos disseram juntos aparatando ali e dando um susto no trio. Os dois estavam adorando exibir o fato de que podiam fazer magia fora de Hogwarts. Cada um ficou de um lado da castanha e aparatam para o quarto deles.

— É duro ter que dividir a atenção da minha namorada com tanto marmanjo. – Rony lamentou e foi a vez de Harry rir.

*****

— Queremos saber todos os detalhes sobre a conversa entre você e seus pais. – ambos disseram e Hermione se sentou em uma das camas que havia ali.

— Não queremos ser enxeridos, claro. – Fred falou sorrindo

— Ou invasores de privacidade. – George completou.

— Tudo bem com vocês também? Eu estou bem, obrigada por perguntar. – ela falou irônica e os gêmeos reviraram os olhos. Ela riu de leve antes de contar o que soube sobre sua infância.

— Quer dizer que nossa querida Mia é corajosa desde pirralha. – George brincou e recebeu um tapa de leve pelo “pirralha”.

— Nasci grifinória, amores. – ela piscou. – Tenho coragem de sobra para dar e vender! Talvez vocês queiram comprar um pouco? – ela arqueou a sobrancelha para os ruivos.

— Ela nos chamou de covardes? – Fred questionou o irmão com um falso tom de seriedade.

— Na maior cara dura. – George falou. – Acho que alguém precisa de uma punição, certo Feorge?

— Com certeza, meu caro Gred! – os ruivos trocaram olhares cúmplices.

— Ó não, cócegas não! – Hermione se levantou rapidamente da cama e tentou escapar dos gêmeos, sem sucesso.

Os dois a atacaram com cócegas fazendo com que ela se contorcesse e pedisse (talvez suplicasse?) por trégua.

— Mi...? – Rony apareceu na porta a chamando e parou ao ver a cena. Não gostara da cena que havia visto, mesmo que confiasse em seus irmãos e em sua namorada.

— Oh, Rony! – Hermione falou e se ajeitou na cama empurrando os gêmeos no chão. – Acredito que sua mãe deve estar nos chamando para jantar, certo?

—Hã.. É. Certo. – ele falou lançando um olhar torto para seus irmãos antes de passar o braço pela cintura da castanha e a levar para o andar de baixo.

— Acho que Roniquito está com ciúmes. – Fred comentou rindo.

— E ele teria motivos para sentir? – George arqueou a sobrancelha e Fred revirou os olhos.

— Não, ele não tem. – ele respondeu não muito certo.

*****

Após o jantar, Dumbledore convocou os adultos para que pudessem ter a reunião da Ordem da Fênix e os mais jovens reclamaram por não poderem participar. Após os beijos e abraços de Molly, os adolescentes foram para seus respectivos quartos, com a exceção de Hermione que foi chamada pelos marotos originais: Remus Lupin e Sirius Black.

— Menina Granger, ficamos sabendo sobre a sua situação. – Sirius falou. – Confesso que fiquei com inveja, sempre quis ter um par de asas.

— Almofadinhas! Não é hora de brincadeiras. – Remus ralhou um pouco e Hermione sorriu.

— Não me sinto muito à vontade de falar sobre o meu segredo ainda, mas confio em vocês... – ela fez uma pausa. – Okay, confio mais no professor Lupin. – falou em um tom de brincadeira e Remus riu. – Só espero que mais ninguém esteja sabendo.

— Dumbledore confidenciou a mim porque eu passo por quase o mesmo problema que você. – Remus explicou e sorriu amarelo.

— Eu imaginei. – ela falou. – E você, Sirius?

— Eu acho que fiquei sabendo porque sou eu quem acompanho Aluado durantes as suas transformações. Tenho experiência com isso, sabe?. – ele falou pomposo e a castanha riu.

— Entendo... Talvez você pudesse ajudar os gêmeos com isso.

— Fred e George, hun? – Remus questionou. – Sempre achei que Harry e Ron que eram seus fiéis escudeiros.

— Eles descobriram por acaso. – ela explicou meio sem graça. – Por mim, eu enfrentaria tudo sozinha, mas não dá para negar que os dois são como a luz na escuridão. – ela sorriu sincera e logo fez uma careta. – Eca, não acredito que falei algo tão clichê. Se vocês contarem isso aos gêmeos, eu mato, okay? – ela sorriu inocente e os mais velhos engoliram um seco. – Não sou chamada de a bruxa mais inteligente da minha geração à toa. Além de que o ego daqueles dois me sufocariam. – ela revirou os olhos e riu, sendo acompanhada. – Quanto ao Harry e ao Ron, eu não acho que seja a hora certa ainda. Harry passa por tanta coisa... Não quero dar mais um problema a ele.

— Entendo seu ponto de vista, Mione. – Siriu se pronunciou. – Não sei se podemos te ajudar, mas estamos aqui para tudo, okay? – ele falou e puxou a mais nova para um abraço.

— Obrigada, Sirus. Obrigada, Remus. – ela os agradeceu. – Agora eu preciso ir antes que Ginny decida me interrogar – ela falou e saiu da sala deixando os dois mais velhos rindo para trás.

*****

Eram quatro da manhã quando Hermione foi até a cozinha em busca de um copo de água. Lá, ela encontrou um certo ruivo comendo um pedaço de bolo.

— Roubando comida durante a madrugada, Freddie? – perguntou e ele quase engasgou com a presença dela.

— Aposto que não conseguiu dormir porque pensava em mim, hun? – ele falou depois de se recuperar.

— Gostaria. – ela sorriu e ele sentiu o coração acelerar um pouco. – Tem tanta coisa acontecendo e tanta coisa para acontecer...

— Vem cá, senta aqui. – ele a puxou com delicadeza para que pudessem se sentar nas cadeiras ao redor da mesa. – Esse último ano foi uma loucura, não?

— Sim. – ela confirmou. – E-eu sinto muito medo, Fred. – ela confessou de olhos fechados. Seu peito doía e envolveu seus braços envolta de si mesma. – Medo da morte. Não da minha, mas daqueles quem eu amo.

— Todos nós sentimos, Mia. – ele segurou a mão fria da castanha. – Estamos encaminhando para uma guerra que vai trazer muitas consequências.

— É pedir demais para viver como uma adolescente normal? Somos obrigados a amadurecer tão rápido... Temos que agir e pensar como adultos sendo que ainda somos crianças. – Hermione suspirou.

— É surreal viver com a sensação de que tudo e todos que amamos podem ser tirados de nós. – Fred falou sério.

— É viver um dia de cada vez, não? – Hermione falou.

— É viver um dia de cada vez. – ele falou e a puxou para um abraço.

Hermione sentiu os braços de Fred a envolver e tudo que pode sentir foi proteção. Ele havia se tornado um de seus portos seguros e com certeza estaria perdida sem a amizade dele.

— Vai dar tudo certo, você vai ver. – ele sussurrou e inspirou o perfume da castanha. Hermione permaneceu em silêncio apenas sentindo o calor do outro. Eles ficaram assim por um tempo. Dessa forma, estavam protegidos, estavam seguros.

 Fred, posso sentir suas batidas.

— Eu sei. – ele falou com o queixo apoiado no topo da cabeça dela.

— Seu coração está acelerado.

— Eu sei.

Eles se afastaram e Fred beijou a testa da castanha que tinha algumas lágrimas escorrendo pelo rosto. Eles se afastam novamente e seus olhares se encontraram. Foi uma explosão de cores, sentimentos e emoções. Nenhum deles queria se separar, mas alguém precisava dar o primeiro passo.

— Obrigada, Freddie. – Hermione desviou o olhar e se separou do ruivo que suspirou.

— Sempre estarei aqui, Mia. – o ruivo falou e observou a castanha sair da cozinha.

O perfume de Hermione ainda estava no ar, ele ainda podia sentir o calor dela e também seu próprio coração que batia em um ritmo desconhecido até então. Fred não sabia (ainda) que sentimento era aquele, mas era algo bom e desejava sentir novamente.

 


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