Auror do Mal: Desejos do Passado escrita por LumosPotter


Capítulo 7
Aula de Transfiguração


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 7 saindo! Espero que gostem :).



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O dia seguinte começou com uma manhã típica de dezembro: o sol entrava forte pelas janelas, mas o ar estava gelado e ventava bastante, o que diminuía a sensação térmica. Além disso, um pouco de neve se acumulava nas janelas e perto das portas. Aquela manhã parecia normal no castelo, apesar dos recentes acontecimentos. Tudo estava estranhamente calmo. Mesmo assim, todos os alunos estavam sempre sendo acompanhados às suas aulas por um professor, principalmente os alunos mais novos, em razão dos últimos acontecimentos.

Xavier, Frank e os demais alunos da Corvinal estavam esperando na entrada da sala comunal a chegada da professora McGonagall, que iria acompanhá-los até a aula de Transfiguração naquela manhã. Xavier parecia estar pensando alto... E então Frank, perguntou:

— Está tudo bem?

— Está sim. É que eu tive uma ideia... – respondeu Xavier, pensativo.

— Que ideia?

— Você vai ver...

Frank decidiu não insistir no assunto. Passaram-se cerca de cinco minutos quando a professora McGonagall chegou acompanhada do professor Flitwick, que iria levar os alunos do 1º ano para a aula de Feitiços. Eles já estavam acompanhados também por alguns alunos da Grifinória. Frank, Xavier e os outros saíram sem demora e, depois, passaram nas salas comunais da Lufa-Lufa e da Sonserina. Enquanto estava indo para a sala, Xavier viu Christopher e o garoto Oliver conversando e dando altas risadas. Xavier sentia que precisava tentar fazer as pazes com Oliver o mais rápido possível.

Os alunos entraram na sala de aula de Transfiguração. Lá dentro, as lousas já estavam preparadas com os temas da aula. Quando todos já estavam com seus materiais preparados, a professora iniciou a aula:

— Preciso que vocês anotem esses tópicos antes de começarmos a usar as varinhas. Eles são importantes. Aliás, eu sugiro que vocês comecem a se habituar desde já com a ideia dos NOM’s, que são uma importante etapa da carreira acadêmica de vocês. Os exames são no ano que vem.

— Professora, existe um grupo de tópicos que costumam ser cobrados com mais frequência na disciplina de Transfiguração? – perguntou uma garota da Grifinória sentada no fundo da sala.

— Sendo sincera, há vários tópicos muito importantes. Mas, até a próxima aula, eu posso listar alguns temas para vocês e lhes entregar os pergaminhos. Se todos estiverem de acordo, é claro. – respondeu a professora.

A classe concordou, embora alguns tenham permanecido indiferentes.

— Pois bem, então estamos combinados. – disse a professora.

— Obrigada, professora McGonagall! – disse a garota.

— Não há de quê.

A aula seguiu silenciosa enquanto todos anotavam o conteúdo. Quando todos pareciam ter terminado, a professora voltou a falar:

— Bom, então podemos começar a parte prática agora...

E então, nesse momento, Xavier levantou sua mão.

— Sim, Sr. Underwood – atendeu a professora.

— Professora, a senhora poderia, por favor, nos contar um pouco sobre... Baltazar White? – perguntou Xavier.

A sala foi invadida por murmúrios e cochichos. Frank olhou para ele, surpreso. Christopher, do outro lado da sala, olhou para Xavier com uma expressão de: “O que você está fazendo???”. A professora hesitou por um momento, mas disse:

— Pois muito bem...

E agora todos pareciam estar bem mais atentos.

— Baltazar White foi um bruxo que estudou aqui em Hogwarts e frequentou as mesmas aulas que vocês. Porém, ele parecia ser um bruxo diferente dos demais alunos. Depois de alguns anos que se formou, foi trabalhar como auror no Ministério da Magia. Há cerca de cinco anos, ele acabou se envolvendo em uma briga com alguns colegas de trabalho e também com o ministro da magia, o Sr. Shacklebolt, por motivos que até hoje não foram divulgados pelo Ministério... – contou a professora.

A sala prestava bastante atenção enquanto a professora andava pela sala, olhando a todos por meio de seus pequenos óculos.

— Baltazar foi demitido e o que foi contado a todos é que esse fato acabou gerando nele um sentimento de vingança. Ele se tornou um bruxo mau, simpatizante com a arte das trevas. Alguns meses depois da demissão, começou a ser acusado de cometer vários crimes e então passou a ser procurado e perseguido pelos próprios aurores do Ministério. Entre os seus crimes mais famosos, pode-se citar o assassinato de Terence Smith, um colunista do Profeta Diário, cujos escritos estavam enfurecendo White... – continuou ela.

Alguns alunos pareciam surpresos com esse fato.

— Posteriormente, algumas evidências mostraram que na verdade não foi bem assim que as coisas aconteceram. Ao que tudo indica, Baltazar sempre planejou se tornar um Comensal da Morte e agia como um espião infiltrado no Ministério. A questão é que quando Baltazar decidiu agir, já era tarde demais. Ele teve seu desejo destruído com a morte do líder dos Comensais da Morte, Lord Voldemort, derrotado por Harry Potter há mais de sete anos – completou a professora McGonagall.

Mais murmúrios, cochichos e comentários foram espalhados pela sala.

— E o que aconteceu com ele? – perguntou Xavier.

— Ele foi capturado e levado a Azkaban. – disse a professora, parecendo nervosa.

E então Xavier de repente se deu conta de uma coisa... Ele sabia que parecia estar pressionando a professora, mas ele sabia que tinha que perguntar...

— Professora, qual é o real problema no fato de os alunos da Sonserina terem relatado vê-lo no castelo? O que eu quero dizer é: porque os professores, juntos, não podem capturá-lo? Ele fugiu de Azkaban! – disse Xavier, tentando manter a voz baixa, mas estava incrédulo por dentro.

A professora olhou para ele alguns instantes e depois virou as costas, em silêncio, e começou a andar em direção à mesa na frente da sala. Ela foi até lá, parou e se virou de frente para sala. Ela estava um pouco pálida e parecia com medo do que estava prestes a dizer.

— Baltazar White... Ele... Sim, ele tentou fugir de Azkaban. Mas ele não conseguiu e... Quando ele tentou, um feitiço deu errado e ricocheteou... E então ele... – ela respirou fundo – Ele foi encontrado morto na sua cela em Azkaban. Isso ocorreu há dois anos.

A professora parecia estar sentindo uma enorme culpa por contar aquilo aos alunos. O silêncio na sala foi quebrado por mais murmúrios e conversas. Alguns pareciam não acreditar. Xavier inicialmente também não quis acreditar, mas a expressão de Minerva não indicava que ela estava mentindo. Ela parecia muito preocupada.

— Sr. Underwood, por favor, sem mais perguntas – disse ela. – Vamos retomar a aula...

***

E assim um novo boato começou a correr pelos corredores de Hogwarts: havia um fantasma a mais perambulando pelo castelo? E seria justamente o fantasma de um famoso bruxo das trevas? Demorou para que Xavier absorvesse todas as informações daquela aula.

Xavier e Christopher se encontraram ainda naquela tarde para cumprir a detenção. A professora McGonagall ordenou que os garotos arrumassem toda a sala de aula de Transfiguração sem utilização de magia, incluindo uma faxina geral. Também foi solicitado que os garotos trocassem os lençóis de todas as camas da ala hospitalar, ainda sem a utilização de magia. Quando os dois começavam a desejar que a sala de aula não fosse tão grande e que a enfermaria não tivesse tantas camas, eles terminaram o serviço e foram liberados.

Mais tarde, quando Xavier estava se sentando na cama para dormir, Frank apareceu perto da cama e o cutucou. E então ele sentou na parte lateral da cama.

— Cara, preciso te contar uma coisa – disse Frank, iluminado apenas pela luz do abajur.

— O que houve? – perguntou Xavier. – Os dois falavam bem baixo.

— Após a aula de Transfiguração eu fui à biblioteca e consegui achar informações sobre fantasmas em um livro e anotei.

— Prossiga.

— “Não são todas as pessoas que podem se tornar fantasmas. Essa é uma escolha possível apenas para bruxos...” – leu Frank.

— Escolha? – Xavier franziu a testa.

— “Bruxos podem escolher deixar uma mera impressão deles pela terra, deslizando por onde passaram enquanto vivos, de forma pálida e fria.” – continuou Frank.

Xavier escutava o amigo atentamente.

— “Os motivos pelos quais os bruxos podem voltar são inúmeros. Porém, segundo estudos do Departamento de Mistérios do Ministério da Magia, foi constatado que o principal motivo seria o medo da morte. De qualquer forma, assegura-se que essa é uma escolha totalmente incomum. Pouquíssimos bruxos acabam optando por voltar como fantasmas. Parece não ser um desejo muito cogitado, e não é tão complicado assim perceber o porquê...” – leu Frank, terminando as anotações.

Houve alguns segundos de silêncio.

— Isso significa algo para você? – perguntou Frank.

— Por enquanto não. Mas de uma coisa eu tenho certeza: a gente precisa descobrir o que está acontecendo. Primeiro alguém envenena as bebidas do castelo... Agora é essa história do fantasma... Está tudo muito... Estranho.

— Ah cara, sei lá... A gente nem conhece esse tal de Baltazar. Ele me parece um perfeito idiota, isso sim.

— Eu sei... Mas se você não percebeu, tem um mistério nesse castelo... E se mais alguma coisa grave acontecer? A gente tem que impedir. Agora que o caso se tornou mais público, posso conversar com a professora McGonagall com mais segurança. Vou passar na sala dela amanhã – disse Xavier, determinado.

— Você tem certeza que é a melhor opção? – perguntou Frank.

— Não. Mas é o único plano que temos.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo neste sábado. Até lá! :)



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