Auror do Mal: Desejos do Passado escrita por LumosPotter


Capítulo 2
De volta a Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Olá! Capítulo 2 chegou. Boa leitura!



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Era um dia normal na casa da família Underwood. Mary, a mãe de Xavier, estava fazendo o café e servindo panquecas em formato de ursinhos para a pequena Meghan, de 5 anos. O pai de Xavier, Alexander, estava lendo seu jornal enquanto degustava do seu suco. Xavier abriu a porta de seu quarto e foi para a sala, onde tinha uma grande mesa para servir o café. Mary “passeava” entre a cozinha e a sala e os outros estavam sentados à mesa. O sol já entrava forte pelas janelas da casa. Aquele seria mais um dia quente.

Xavier foi recebido com um grande “Bom dia!” por seus pais e sua irmã e depois foi ao banheiro. Após alguns minutos, saiu e voltou à sala, quando foi surpreendido.

— SURPRESA! – gritaram todos ao mesmo tempo.

Xavier abriu um grande sorriso. O café da manhã tinha dado lugar a um bolo com velinhas de 14 anos enfeitando seu centro. Ele abraçou cada um, agradecendo os parabéns.

— Muito obrigado, gente, de verdade! – disse Xavier.

— Não é todo dia que um rapaz faz 14 anos, não é mesmo? – disse Alexander. – Família, preciso sair, até mais tarde! – despediu-se.

— Bom trabalho, querido – disse Mary.

— Tchau pai! – disse Meghan.

— Até logo, pai! – disse Xavier.

Xavier amava sua família e se considerava uma pessoa de sorte por tê-los em sua vida. Mesmo assim, ele sempre teve em mente que eles eram muito diferentes dele. Eles eram trouxas. Moravam numa cidade pequena da Inglaterra. Em menos de dois meses, ele estaria se encaminhando para seu 4º ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde pertence à casa Corvinal. Os pais dele não compreendiam exatamente o que acontecia no mundo da magia, mas sempre souberam que o filho é um bruxo e precisava viajar quilômetros para estudar numa escola de magia, sempre no dia 1º de setembro, e que ele voltaria no próximo verão.

O bicho de estimação de Xavier era uma coruja, que foi batizada de Blue pelo garoto. O nome se deve à cor rara da ave: a coruja tinha um penacho azul escuro, lembrando muito um céu noturno estrelado, com grandes olhos dourados e um bico amarelado, mais claro que os olhos. Com chuva ou sol, Blue adorava ficar sempre na varanda da casa, mas ainda assim, Xavier sabia que a coruja preferia o corujal de Hogwarts.

O almoço passou e Xavier foi dar uma volta pelas redondezas. Sentia que precisava sair e relaxar um pouco, já que a última noite não tinha sido uma das melhores. Às 4 horas da tarde, em ponto, estava em casa novamente para se preparar para sua aula de música. Xavier fazia aula de flauta doce durante as férias. Ele sempre adorou música.

— Tenha uma boa aula, filho. E volte antes do anoitecer. – disse Mary.

— Pode deixar, mãe. Até mais tarde!

Voltando para casa, Xavier parou para admirar o lindo pôr do sol da cidade. Depois, entrou em casa, encontrou seu pai, tomou um banho e jantou junto com a família. Mais tarde, sentou-se na varanda da casa para apreciar o ar fresco. Xavier escutou sua mãe abrir a porta e ela sentou numa cadeira ao seu lado.

— Você pareceu preocupado com algo o dia todo hoje. Está tudo bem? – perguntou Mary, num tom acolhedor.

— Não aconteceu nada. Estou bem – disse Xavier, sabendo que não convenceu muito.

— Sabe... Às vezes nem acredito que você já tem 14 anos. Parece que foi ontem que você nasceu – disse Mary, olhando para o pequeno jardim em frente à varanda.

— Pois é... Hoje na volta pra casa me dei conta de que estou indo pro meu quarto ano...

A mãe olhou para ele e olhou de volta para o jardim.

— Você sabe não é, mãe? Vou precisar voltar em menos de dois meses.

— Sim, filho, eu sei – disse Mary, parecendo preocupada.

— Eu sei que é complicado o fato de eu ficar longe de casa...

— Não se preocupe – interrompeu Mary. – Eu confio em você. Sei que vai dar tudo certo.

Xavier sorriu. Passaram-se alguns momentos de silêncio até que Xavier decidiu levantar e ir dormir. Olhou para os céus relampejando e concluiu que a noite seria tempestuosa dessa vez. Lá no fundo ele realmente desejou que dessa vez ele não estivesse perseguindo ninguém debaixo de chuva e raios em seus sonhos.

***

O verão continuou espalhando ar quente e alguma chuva pelas redondezas. O dia 1º de setembro finalmente havia chegado e lá estava Xavier na estação King’s Cross, conduzindo um grande carrinho de mão contendo seu malão e a gaiola de Blue, por volta das 10 e meia da manhã. Quando ele estava pronto para atravessar a pilastra entre as plataformas 9 e 10, um garoto o chamou atrás dele.

— Com licença, moço? – perguntou ele, tímido.

— O que houve, amigo? – perguntou Xavier.

— Eu queria saber como eu faço para chegar à plataforma 9 1/2 – perguntou o garoto, olhando confuso para o bilhete em sua mão.

Xavier se surpreendeu um pouco por ter encontrado outro bruxo chamando-o. E por um momento se lembrou dele mesmo na primeira vez que foi à Hogwarts. Ele quase perdeu o Expresso Hogwarts por estar perdido na estação (e isso explica porque ele chegou 10h30 na estação... Xavier não gostava nem de pensar em se atrasar).

— Então cara, você tem que se concentrar nessa pilastra, entre as plataformas 9 e 10, e ir correndo direto para ela. Pode ficar tranquilo, nada vai te acontecer – explicou Xavier, calmamente.

— Você pode ir primeiro para eu ver como é? – perguntou o garoto, ainda tímido.

— É claro. Eu vou ficar te esperando do outro lado.

Xavier atravessou a plataforma e passou para o outro lado. Cerca de dois minutos depois o garoto aparece, meio desajeitado. E então ele viu Xavier.

— Eu consegui! Muito obrigado – disse o menino, alegre.

— De nada! Eu disse que era fácil. Você tem 11 anos? É a sua primeira vez aqui?

— É sim. Meu nome é Oliver. E o seu?

— Xavier.

— Xavier, o que você sabe sobre o chapéu seletor? Eu fico meio nervoso de pensar na cerimônia de seleção...

— Ah, ele pode ter cara de rabugento, mas ele é legal. Às vezes ele fala bastante, fala mais que a boca...

O garoto riu.

— E o mais importante: ele leva sua opinião em consideração. A cerimônia em si pode te deixar um pouco nervoso. Você vai estar diante de vários outros alunos e a professora vai chamar um por um – completou Xavier.

O garoto olhou um pouco nervoso para ele.

— Não se preocupe – disse Xavier, sorrindo – Você vai gostar da Professora McGonagall. Ela é um pouco severa, mas é boazinha.

O garoto sorriu e levantou sua mão para cumprimentar Xavier. Ele retribuiu.

— Obrigado, Xavier! Vejo você na escola!

— Você não quer ir comigo no trem? – perguntou Xavier.

— Eu posso?

— Sim! Venha comigo, podemos conversar a viagem toda.

— Obrigado!

Choveu muito durante toda a viagem. A água escorria forte pela janela do trem e por vezes batia forte nela por causa do vento. Havia muitos raios também. Xavier e Oliver conversaram sobre várias coisas e o garoto parecia estar se divertindo muito. Passado um bom tempo de viagem, um rapaz da mesma idade de Xavier apareceu à porta. Era um rapaz alto, magro, de cabelos escuros e olhos verdes. Já estava com seu uniforme da Sonserina.

— Com licença? Vocês se importam se eu ficar aqui o resto da viagem? O resto do trem está cheio – disse o rapaz.

— Claro que não, pode se sentar – respondeu Xavier.

— Meu nome é Christopher. E o de vocês?

— Xavier.

— Oliver.

— Primeiro ano, Oliver?

— Sim – respondeu ele, tímido.

— Tenho saudades do primeiro ano... Conhecer o castelo... Além do mais, as provas eram mais fáceis.

Xavier não se conteve e deu risada, pois ele concordava com Christopher. Passaram-se alguns minutos de silêncio, a não ser pela chuva, até que então os garotos perceberam que o trem estava parando. Eles tinham chegado.

— É, chegamos... Esse aqui vai ser um ano e tanto – disse Christopher, olhando para a janela. – Vejo vocês na escola.

— Até logo, Christopher – respondeu Xavier.

— Até mais – disse Oliver.

Xavier e Oliver desceram do trem. Já era possível ouvir a voz de Hagrid chamando os alunos novos.

— Oliver, vamos ter que nos separar agora. Você precisa seguir os outros calouros. Estarei assistindo sua cerimônia lá no Grande Salão.

— Muito obrigado, Xavier! Até mais!

— Até.

E então Oliver seguiu a fila dos calouros que saíam dos outros vagões.

***

No Grande Salão, Xavier reencontrou seus amigos da Corvinal. Enquanto estavam em uma animada conversa, a cerimônia de seleção começou. Passaram-se alguns minutos até que a professora McGonagall chamou:

— Oliver Bratt!

Xavier viu o garoto andando até o Chapéu Seletor. Ele falou por quase um minuto até que Xavier percebeu que o garoto estava de olhos fechados, como se estivesse pensando em algo. E então o Chapéu disse, em voz alta:

— Pois bem... Nesse caso, então é melhor que seja... CORVINAL!


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo só ano que vem...

... Na terça-feira (kkkk)

Até lá! Feliz Ano Novo!



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