Auror do Mal: Desejos do Passado escrita por LumosPotter


Capítulo 1
O homem misterioso


Notas iniciais do capítulo

Olá, seja muito bem vindo à minha fic! Ela terá 15 capítulos.

Boa leitura! Espero que goste!



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A história que contarei é dedicada especialmente aos bruxos.

O mundo da magia é maravilhoso. Assim como dizia o famoso Harry Potter: “Eu adoro magia!”. Mas, mesmo com tudo de bom que ele possa nos trazer, é extremamente necessário que você tome sempre muito cuidado. Esse mundo pode ser decepcionante e, pior, perigoso para aqueles que não se preparam corretamente para enfrentar sua... “rotina”. Essa história que vou começar a compartilhar nas próximas linhas é um exemplo desse fato (sim, é um fato. Não é “achismo”).

Quem sou eu e como eu sei dessa história? Bom, tudo tem seu tempo, meus caros leitores... Vocês saberão.

Bem, sem mais delongas, nossa história começa com uma noite fria e nublada e um jovem bruxo de 14 anos. Seu nome? Xavier Underwood...


***

Havia muitas pedras naquele caminho. Eram rochas grandes e esverdeadas pelos musgos, que estavam fazendo a caminhada do jovem bruxo Xavier ficar muito difícil e cansativa. Era uma noite fria, nublada e silenciosa e ao longe era possível ouvir o som das árvores balançando ao vento. Não havia mais ninguém ali, já era bem tarde e o caminho estava deserto, mas tudo o que Xavier sabia é que ele devia continuar caminhando. Não sabia o porquê. Mas algo lhe dizia que ele deveria simplesmente continuar.

O cenário mudou um pouco após mais alguns minutos de caminhada. As grandes pedras deram lugar a matos muito finos e altos, tão altos quanto Xavier, e o vento fazia com que vários deles acertassem seus ombros. Ao chão havia muitas folhas secas e, com isso, ele percebeu que agora também estava rodeado de árvores altas. E ele apenas caminhava normalmente. Não sabia onde isso levaria e porque o caminho tinha esses “desafios” naturais. Ele apenas seguiu.

Após mais alguns minutos, ele parou e seu coração quase pulou pela boca: ele começou a ouvir passos fortes e lentos sobre as folhas e galhos secos. O som dos passos ficava cada vez mais intenso e ele simplesmente não sabia de onde os sons vinham. Olhou em volta desesperado, mas não havia ninguém. Em certo momento, ele olhou à sua direita e a única coisa que conseguiu pensar em fazer foi ficar totalmente parado, intacto, com os olhos arregalados. Havia um homem misterioso a poucos metros dele, com a varinha empunhada. Ele vestia um casaco pesado, uma calça jeans, grandes botas e estava encapuzado pelo casaco. O homem parou e olhou em volta lentamente com o rosto bravo, até que, então, ele encontrou os olhos de Xavier. O homem olhou fixamente para ele por alguns segundos. Xavier percebeu que o homem tinha olhos verdes e uma barba grisalha cobrindo um rosto com alguns machucados e rugas. O homem abriu um sorriso malicioso, virou as costas e continuou o caminho como se Xavier não estivesse ali.

Xavier respirou fundo após o susto e decidiu seguir o homem, passando então a caminhar tão lentamente quanto ele, sempre mantendo uma boa distância. Não demorou muito e os matos começaram a baixar, até que nada sobrou além de algumas gramíneas. Xavier deu mais alguns passos e se assustou quando pisou em falso e quase caiu no chão áspero. Ele olhou para os seus pés e percebeu que havia chegado ao alto de uma pequena escada de pedra. Ao final da escada, havia um muro baixo, perpendicular a uma parte da margem de um grande lago. Ele olhou para frente e teve a vista do lago, com algumas rochas na margem, um pouco agitado pelo vento. Após ver o homem pulando o muro e seguindo para perto da margem do lago, Xavier desceu as escadas e ficou atrás do muro. O homem parou por um instante e olhou atentamente à sua volta.

A alguns metros do muro, do outro lado dele, Xavier viu outros matos altos e finos e voltou a observar o homem. E então algo estranho aconteceu. Xavier percebeu uma movimentação nos matos do outro lado do muro e nessa hora o homem correu na direção deles. Xavier, ainda atrás do muro, tentou enxergar algo através dos matos, mas a única coisa que conseguiu foi ouvir um grito seguido de um relampejo verde e um forte barulho. Quando percebeu que o homem estava voltando, se abaixou e se escondeu atrás do muro. Depois de alguns momentos, levantou apenas a cabeça e viu que o homem olhava fixamente para o lago, agora com um rosto mais triste do que bravo, com a varinha ainda empunhada. Xavier decidiu dar um passo à frente e acabou pisando num galho seco e quebrando-o, interrompendo o silêncio. O homem olhou na direção do muro no mesmo momento, com o olhar maligno novamente, e antes que Xavier pudesse se abaixar, disse, em voz alta:

— Você!

— Tenha calma, por favor, eu não fiz nada. – respondeu Xavier, apreensivo.

— Você sabe... Eu sei que você sabe... – disse o homem.

— Eu não sei do que você está falando!

— Você sabe... Você tem que saber... Você pode ver muita coisa – disse o homem, ainda parado e olhando fixamente para Xavier.

— Não, eu definitivamente não sei – respondeu Xavier, no mesmo momento que virou para trás e saiu correndo em direção às escadas.

Ele correu e só pensava em ir pra longe daquele lugar, pra longe daquele homem misterioso. Para sua surpresa, ele não o seguiu. Após correr bastante, Xavier percebeu, ofegante, que estava de novo encoberto por matos e agora havia muitas folhas secas no chão. Ele parou, sentou e descansou as pernas. Sentia-se mal, com medo e estava perdido. Queria que alguém viesse buscá-lo, tirasse-o dali. Mas não havia mais ninguém ali. Olhou em volta, colocou a cabeça entre as pernas e ficou assim por um tempo.

Ele pensava em sua família... Pensava no porque ninguém vinha buscá-lo. Então depois de vagar em mais vários pensamentos, lembrou do homem misterioso e se perguntou o que havia acontecido no lago e o que aquele homem queria. Ele pensava: “Alguém morreu perto daquele lago e eu não pude fazer nada”. Tudo era muito estranho e naquele momento tudo estava estranhamente vazio e silencioso, exceto pelas árvores balançando ao longe com o vento. Não sabia o que estava acontecendo.

Repentinamente, o silêncio foi quebrado novamente por um suave farfalhar das folhas secas logo atrás de onde Xavier estava agachado. Ele olhou para trás e tomou um grande susto. Uma figura encapuzada estava parada em pé diante dele. Não era possível ver se aquilo tinha rosto ou não, mas era possível ver dois braços pálidos e magros embaixo de capas pretas. Aquilo não podia ser um dementador, Xavier simplesmente sabia que eles não são assim. Antes que ele pudesse decidir entre correr ou ficar, a figura levantou lentamente um dos braços apontando diretamente para trás dele. Ele se virou, olhou e não viu nada além de mato. No mesmo momento que virou o rosto novamente para a figura encapuzada, ela começou a soltar um grito estridente e o vento aumentou muito de repente. Xavier conseguiu ver um rosto totalmente pálido, composto de dois olhos negros e uma boca sem dentes. Ele tapou os ouvidos, tentou se proteger do matagal que se agitava loucamente com o vento e agachou, como se tivesse sofrido um impacto. Nesse momento, ele ouviu de forma abafada uma voz gritando:

— Diffindo!

Após isso, uma parte do mato à sua frente estava cortada e caída ao chão e com isso Xavier viu novamente o homem misterioso, enquanto a figura ainda gritava, apontando diretamente pra ele. Quando Xavier estava praticamente caído no chão sem poder ver quase nada, os gritos cessaram. Ele levantou a cabeça lentamente e olhou para a direção da figura encapuzada. Ela não estava mais lá... O silêncio retornara. E então ele decidiu olhar para o outro lado. Nesse momento, um relampejo de luz verde cortou o ar com um estrondo e o local desapareceu aos olhos dele com tanta luz...

Xavier levantou de supetão na sua cama, ofegante e totalmente assustado. Ele suava, suas pernas estavam formigando e sua cabeça doendo. Ele olhou em volta e se deu conta: estava em casa, no seu quarto, sentado na sua cama, numa madrugada abafada de julho. Ele respirou fundo por alguns momentos e percebeu que não havia movimento de sua mãe, seu pai ou sua irmã na casa. Todos estavam dormindo. Xavier esfregou os olhos e ficou pensando por alguns momentos sobre seu pesadelo. Depois de certo tempo, decidiu tentar voltar a dormir. Ele deitou, colocou os braços sob o travesseiro e, ainda atordoado, olhou fixamente para o teto de seu quarto. Demorou, mas ele adormeceu novamente. E não houve mais sonhos.

Na manhã seguinte, Xavier acordou, levantou e se olhou no espelho. Seus cabelos castanhos, ondulados e rebeldes estavam despenteados. Ele não era muito alto, tinha olhos verdes e era relativamente forte fisicamente para um rapaz da idade dele. Ele se vestiu, sentou na beira da cama e lembrou-se novamente da noite passada, sabendo que não teria coragem de contar o sonho para praticamente ninguém. Então, seus olhos encontraram um pequeno calendário que ficava na sua mesa de cabeceira ao lado de um abajur. Era 15 de julho de 2005. Xavier estava cheio de perguntas, mas conseguiu sorrir olhando para o calendário e murmurar a si mesmo:

— Bom, pelo menos isso... Hoje é meu aniversário.


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Notas finais do capítulo

Postarei o capítulo 2 após o Natal.

Por isso, desejo a todos um Feliz Natal!

Até a próxima.



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