Um namorado para o meu pai escrita por Dama Magno


Capítulo 10
Capítulo 10: That's all folks


Notas iniciais do capítulo

Gente, primeiro deixa eu pedir desculpar por não ter postado na semana passada, foi um fim de semana corrido com compromissos e aniversário da minha mãe. Foi mal :/

Mas aqui estou com o último capítulo, não esqueçam de olhar as notas finais!

Obrigada a todos que acompanharam, aos que comentaram e aos que recomendaram, eu amei todos vcs e espero nos ver outra vez! Vcs são ótimos! ❤



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Claire abriu a torneira prateada e lavou as mãos sem pressa, um sorriso se estendeu nos lábios pintados quando uma música pop começou a tocar. Olhou o próprio reflexo no espelho do banheiro e arrumou a alça do vestido preto que usava. Duas batidas na porta a alertaram que deveria sair logo, então abriu a porta e o sorriso ampliou ao se deparar com Alexy em um vestido verde que a deixava ainda mais bonita.

 

— Vamos, pedi para tocarem nossa música e já vão colocar. — A morena falou enquanto puxava a namorada pelo braço, a arrastando pelo corredor cujo chão de madeira rangia a cada passo que davam.

 

Passaram por algumas fotos durante o trajeto até os fundos da casa, imagens que a fizeram rir quando as viu pela primeira vez - como uma em que Dean fingia dirigir o Impala vestindo apenas uma fralda de pano e um óculos escuro grande demais para a pequena cabeça loira. Mary disse, ao mostrar a foto, que a primeira paixão do filho foi o bendito carro e ninguém pode discordar, nem mesmo o próprio Dean.

 

Ao saírem, as duas se depararem com o grande quintal completamente decorado com luzes, flores e mesas brancas espalhadas por ele. Um pequeno palanque elevava o DJ, o local onde em breve os noivos fariam seu discurso. Os convidados conversavam e dançavam, eram poucos, mas extremamente importantes para o casal e ela não podia deixar de sentir orgulho de agora fazer parte da família deles.

 

— Já começou! — A voz de Alex mais uma vez a tirou dos próprios pensamentos, os primeiros acordes de You belong with me em uma versão lenta tocaram e logo as duas dançavam juntas.

 

Com os braço envolta da namorada, a jovem Novak apenas se deixou guiar pelo sentimento de felicidade que aquecia seu peito. Diziam que amor de colegial não durava, no entanto seu coração afirmava o contrário e deixava afirmar que o amor que tinha por Alex duraria pela eternidade. Mesmo que um dia se separassem, Claire sabia que o destino as colocaria lado a lado novamente, como fez com seu pai e Dean. Ela era muito nova para casar, as duas eram, contudo tinha certeza que envelheceriam juntas.

 

Quando a música acabou, Mary Winchester subiu no palanque e pegou o microfone. A mulher era incrível e agradecia a tudo no universo por ter tido a oportunidade de tê-la conhecido, era como a avó que sempre quis ter apesar dela aparentar ser nova demais para ter netos. A mãe de Sam e Dean fez um breve discurso, dizendo como estava orgulhosa do seu menino e o quão contente estava por ele ter se casado com uma pessoa tão maravilhosa; ela deixou algumas lágrimas escaparem ao falar de John, honrado sua memória e garantindo que ele estaria muito feliz com essa união. Por um momento os olhos azuis de Claire caíram sobre os irmãos, que estavam próximos ao palanque junto de seus respectivos parceiros. Eileen beijou Sam, o fazendo sorrir e seu pai apertou a mão de Dean, que também sorriu segurando as lágrimas.

 

— Bem, eu sei que vocês já devem estar cansados após tantos discursos, — Mary brincou secando os olhos com delicadeza usando um lenço — mas o padrinho gostaria de dizer algumas coisinhas.

 

E com isso ela desceu do palanque estendendo o microfone para o filho. Claire se aproximou e segurou a mão de Castiel, que sorriu para ela, então os dois se viraram para ver Dean com uma taça de champanhe que aos poucos era servida aos outros convidados.

 

— Antes de mais nada, quero agradecer a todos que se uniram hoje para celebrar o casamento da melhor pessoa que existe e do meu irmãozinho. — Dean brincou arrancando risada de todos. — Eileen, é uma honra ter você oficialmente na família — disse ao mesmo tempo em que fazia os sinais. — Se bem que você está com a gente há tanto tempo, que essa festa só serviu para dar o fim na aposta de quanto tempo Sammy levaria para te pedir em casamento.

 

— E eu ainda quero meu dinheiro! — Bobby gritou ao fundo, fazendo mais risadas ecoar pelo quintal.

 

— Quem diria que o palpite de nove anos seria o vencedor, Eileen admiro muito sua paciência. — Dean tornou a brincar, a mulher ruiva riu e Sam apenas rolou os olhos, incapaz de segurar o riso mesmo assim. — Falando sério agora, acho que nunca fiquei tão feliz em ter errado uma cantada como no dia em que nos conhecemos no mercado. Aquele Ação de Graças onde nossa mãe fez o discurso sobre estranhos, como se tivéssemos quatro anos novamente, sem saber que dez anos depois você estaria se casando com o filho dela.

 

Mary abraçou a nora pelos ombros, oferecendo um lenço para ela também, que aceitou com um grande sorriso no rosto. Dean continuou:

 

— Sammy, durante todos esses anos eu senti que minha missão era te proteger. Impedir que você sofresse e te ajudar a alcançar cada um dos seus sonhos, te apoiando em todas suas decisões, inclusive quando você resolveu largar a carreira de advogado para fazer Literatura e se tornar professor. — Dean pigarreou, controlando a voz que começava a tremular. — Hoje eu tenho a honra de ser o padrinho do seu casamento e vejo com orgulho o homem que se tornou, mas você sempre será o meu irmãozinho e eu sempre estarei aqui para te proteger, mas agora com uma ajudinha extra — disse piscando para a cunhada. — Agora, vamos brindar a felicidade do casal!



***

 

Após o discurso de Dean, que a fez borrar a maquiagem um pouco, Claire mais uma vez se juntou a namorada na pista de dança que foi improvisada no meio do quintal. Com graça ela viu os noivos dançarem próximos às caixas de som, onde Eileen conseguia sentir melhor a vibração. Ela também viu o Winchester mais velho arrastar Castiel para a pista, pois seu pai se recusava a dançar; ele nunca foi muito bom nisso, Claire ainda se lembrava das poucas vezes que sua mãe o convencera e todas eram extremamente engraçadas. Para a sorte e o alívio do homem, Dean também não era muito bom.

 

Quando finalmente as garotas se cansaram, foram para dentro da casa ficar mais perto da comida. Com alguns pratos roubados da cozinha, as duas se sentaram no sofá da sala onde conversaram sobre o que fariam no ano seguinte, após o final do “ano sabático” que tomaram para viajar pelo país antes de finalmente começarem na Universidade. Alex iria para Washington, onde Ben já havia iniciado o curso de design gráfico, e estudaria psicologia.

 

— Quero ajudar crianças como eu, as que estão no sistema e as que acreditam que merecem viver em uma família ruim, pois é a única realidade que conhecem. — Ela respondeu, anos atrás, quando Claire perguntou o motivo de ter escolhido esse curso.

 

Claire continuaria na Califórnia, apesar de ter sonhado tanto em ficar longe de casa quando estivesse na faculdade; em sua defesa a Universidade ficava horas de distância da cidade onde morava, o que permitiria uma verdadeira experiência universitária com direito a compartilhar um quarto nos dormitórios do campus. O curso escolhido não poderia ser outro a não ser Literatura, inspirada por seu professor favorito que a ajudou com a publicação de seu primeiro livro: a história de uma garota que resolve arranjar um namorado para o pai. Sem qualquer ligação com a realidade, ela afirmava.

 

— Achei vocês. — A voz de Mary chamou a atenção das duas. — Eileen vai jogar o buquê.

 

***

 

A reunião de mulheres risonhas, mais por compartilharem um momento tão especial do que pela tradição, se resumia a algumas colegas de Eileen e a família do marido. Claire nunca havia participado dessa parte em casamentos, pois os poucos experienciados pela jovem ocorreram quando ela era apenas uma criança, e sempre achou um pouco ridículo a ideia. No entanto, rir e fingir estar interessada naquele punhado de flores lilás, como se realmente algo maravilhoso fosse acontecer por conta dele, foi um divertimento a parte.

 

Ter pego o bendito buquê foi uma surpresa.

 

Com o pequeno objeto em mãos, Claire se aproximou da mesa onde Dean e seu pai estavam, rodando os olhos e fingindo vomitar ou ver o loiro dar um pedaço de bolo na boca de Castiel, finalizando com um beijo rápido. A garota se sentou após ser parabenizada pelos homens por sua conquista, um olhar rápido para as flores a fez pensar em algo. Talvez as tradições estivessem corretas e ela tinha entre seus dedos um pouco da sorte da noiva, então não custava nada tentar.

 

— Dean — começou chamando a atenção dos dois, que já tinham recomeçado a alimentar um ao outro. — Eu queria te pedir algo.

 

— Claro, baixinha, só dizer que eu faço. — Ele respondeu arrancando sorrisos de ambos os Novaks. A dedicação incondicional dele era um dos motivos que levou Claire a amá-lo da forma que amava e tinha certeza que para seu pai, saber que Dean a tratava com tanto carinho quanto ele mesmo, era o principal motivo para querer ficar com o homem para sempre.

 

Por isso, quando abriu a boca para fazer o pedido, ela sabia que era o certo.

 

— Vem morar com a gente? — soltou de uma vez, arrumando o tom enquanto falava para não dar a entender que ele não tinha escolha.

 

— Claire… — Castiel murmurou frustrado.

 

— Não me digam que é muito cedo, vocês já estão juntos há três anos e Dean quase não fica mais na casa dele! — protestou cruzando os braços. — E outra, nossa casa fica mais próxima da oficina e é muito mais confortável, além de ter uma garagem espaçosa — argumentou.

 

— Bom, vendo por esse ângulo… — Dean começou a dizer com um sorriso no rosto, porém o gemido descontente de Castiel o freirou. — Quero dizer, se você não quiser eu entendo — falou diretamente para o namorado, o rosto ficando pelo menos um tom mais claro.

 

— É claro que eu quero, Dean, não seja idiota. — Castiel respondeu balançando a cabeça, olhou para a filha franzindo o cenho e em um tom infantil de choramingo continuou: — Mas eu queria fazer o pedido, já até tinha preparado meu discurso.

 

Os dois loiros riram da cara desapontada que o outro fez, Dean praticamente implorou para que Castiel o fizesse mesmo assim, quando voltassem para casa.

 

— E sinto muito por tomar a frente, mas eu não quero sofrer mais com a enrolação de vocês. Só não demorem como o Sammy, para o pedido de casamento e eu prometo que é a última vez — brincou.

 

— Isso eu posso garantir que não vai acontecer. — Castiel corou ao ouvir as palavras de Dean, que o beijou enquanto sorria.

 

— Desculpa, meus amores, mas eu gostaria de uma foto dos três. — Mary disse se aproximando com  o fotógrafo.

 

Claire olhou para a mulher e se conteve para não chamá-la de vó, pois sabia que isso a levaria as lágrimas e ela não queria agourar o relacionamento dos dois ao apressar as coisas. A garota se colocou de pé entre os dois, que estavam sentados, e sorriu para a câmera. Depois que a foto foi tirada, a jovem não pode deixar de compartilhar a novidade com Mary, que não conteve a própria felicidade ao parabenizá-los e acabou chamando a atenção dos noivos.

 

Assistindo à troca de abraços e felicidade verdadeiras entre essa que agora era sua família também, Claire mordeu os lábios e olhou para o céu alaranjado. Fechando-os, agradeceu a sua mãe por tê-la ajudado em todos esses anos e por continuar ao lado deles.

 

— Seremos muito felizes — disse e tornou a abrir os olhos.

 

Bem, eles eram muito felizes.


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Notas finais do capítulo

Então, meus amoures, tenho duas coisas para falar antes de dar o final definitivo na fanfic.

A primeira é que antes mesmo de escrever esse capítulo, eu fiz um desenho (sim, faço "fanart" das minhas fanfics) e quem quiser ver, aqui está o link: https://imgur.com/gallery/CL46X

A segunda é que eu gostaria de pedir uma ajudinha de vcs. Como essa história teve algumas lacunas, gostaria de saber se seria interessante fazer uma coleção de one-shots com essas partes que faltaram. E se sim, o que gostariam de ver, sugestões de cenas?

Bem, é isso, a jornada chegou ao seu destino e apenas agradeço a companhia de vcs, bejas! Até~



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