Uma Noite Apenas escrita por GiullieneChan


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Esse fanfic é um singelo presente de amigo secreto para a minha capricorniana sem coração preferida, Calls.
Callsita, espero que goste dessa história simples, mas feita com todo carinho. A demora em postar foi culpa da Aisha.
Bjs!!!



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Afrodite olhou mais uma vez para o bilhete em sua mão, enquanto aguardava a chegada do trem na estação Praha Hlavini Nadraze que o levaria de Praga até a estação de Wien Hauptbahnhof, no centro da cidade de Viena. Era a primeira vez em anos que saía do Santuário em férias, e mesmo assim foi praticamente empurrado por seus amigos para que acatasse as ordens do Grande Mestre para descansar.

Ora, não que se importasse com isso de férias, apenas achava que era desnecessário sair e deixar seu Templo sem um guardião. Desde que retornara ao mundo dos vivos, por graça da deusa da Sabedoria, Afrodite fez de tudo para honrar sua deusa e mostrar-se digno dela, uma vez que chegou a duvidar que a jovem Kido fosse realmente Atena.

O remorso de um dia ter levantado sua mão contra ela e contra os cavaleiros de bronze que a protegiam ainda o incomodava, apesar de constantemente dizer a si mesmo que não deveria ter arrependimentos de suas escolhas. Certas ou erradas.

Mas mesmo assim, ela o recebeu de volta com um sorriso. Sentiu o calor de seu cosmo e seu perdão. Desde então, prometeu a si mesmo que jamais a deixaria desprotegida e que sempre seria seu mais fiel protetor.

E o que ela faz então? Há duas semanas o enviara para bem longe do Santuário numa viagem de trem pela Europa, apesar de seus protestos, alegando que eram tempos de paz e que ele precisava se distrair.

—Eu ainda não consigo entender aquela deusa menina.

Suspirou, analisando o folheto de sua última viagem, marcando os locais que iria conhecer quando chegasse ao seu destino. Lembrou-se que havia estado naquela cidade apenas uma vez quando mais jovem, com os pais. Sorriu. Seria interessante refazer os passeios que realizou quando ainda era menino.

Olhou para seu relógio de pulso, o trem partiria às 17:39 horas e faltava ainda meia hora para saírem. E seriam quase cinco horas de viagem até chegar em Viena. Pensou em entrar e comprar um chá enquanto esperava, e virou-se ainda analisando o folheto, não percebendo que outra pessoa estava passando próxima demais dele.

O Cavaleiro de Peixes esbarrou em uma jovem de cabelos escuros na altura dos ombros, derrubando o livro e a mochila que ela carregava, esparramando seu conteúdo pelo chão.

—Me desculpe, eu a ajudo. –disse no idioma local, do qual era profundo conhecedor.

—Não precisa, está tudo bem. –ela respondeu com forte sotaque, que Afrodite não conseguiu identificar de onde era.

Ambos se abaixaram ao mesmo tempo para pegar os objetos espalhados, batendo assim suas cabeças. E esfregando as testas agora doloridas, fitaram-se. O sueco notou os belos e vivazes olhos castanhos-escuros da jovem de tez morena destacada pelo vestido branco e pela maquiagem leve. Demorou um pouco admirando seus traços e o contorno dos lábios rubros.

—Desculpe, sou um desastre! –ele logo se desculpou, pegando o livro e entregando a ela assim que se levantaram. –É brasileira?

—Como sabe? Ah, meu sotaque me denunciou? Não consigo disfarçar ele. -Ela o fitou surpresa, pegando o livro de volta.

—O livro a denunciou. –ele sorriu e a jovem imaginou se já havia visto alguém tão bonito quanto ele na sua vida antes. – “A garota no trem”.

—Hã?

—O nome do livro. –ele apontou para a capa. –Está em português. Sei porque tenho um amigo brasileiro e ele me ensinou a falar português.

—Ah, isso. –ela riu guardando o livro na bolsa. –Por que não deduziu Portugal? Seria uma opção lógica por ser um país mais próximo daqui.

—Porque se o livro fosse uma edição portuguesa certamente estaria escrito “A rapariga no comboio. “–ele respondeu com muita simplicidade.

A jovem riu, achando engraçado o título e o jeito do rapaz. Já Afrodite considerou aquela risada um som agradável. Pensou em convidá-la para tomarem um chá juntos, quando ouviram a primeira chamada para embarcar.

Vários passageiros que estavam espalhados pela estação logo se movimentaram na mesma direção, incluindo a jovem brasileira, fazendo o cavaleiro perdê-la momentaneamente de vista, até que a vislumbrou embarcando no mesmo trem que ele.

Afrodite imediatamente tratou de fazer o mesmo, esperando que todos os passageiros se acomodassem antes de começar a explorar os vagões em busca da morena do livro.

Viu-a sentada em um canto, observando o movimento da estação pela janela e sorriu. Estava sentada sozinha. Aproximou-se, atraindo sua atenção, e perguntou:

—Posso lhe fazer companhia?

—Ah, claro. –ela apontou para o assento diante dela e imediatamente o cavaleiro se acomodou.

—Não me apresentei como devia. –ele estende a mão para cumprimentá-la. –Meu nome é Bengt Olsson.

— Bengt? Nome curioso.

—Ainda acho que fui sortudo. Minha mãe deu o nome de Birgitta para minha irmã mais nova. Saí premiado, se repararmos. –ele começou a rir.

—Coitadinha da sua irmã. –a brasileira riu e depois se apresentou. –Meu nome é Morena. Morena Vargas, muito prazer em te conhecer.

—O prazer é meu. Morena? Que nome incomum! Bonito, mas diferente...

—Até que tem bastante moças chamadas assim em meu país. –ela riu.

—Sabe, estava pensando em ir ao restaurante. Você quer me acompanhar?

—Claro. –a jovem aceitou prontamente.

No vagão restaurante ficaram horas conversando, tomando chá e falando sobre todos os assuntos possíveis. Afrodite ficou absolutamente encantado pela jovem brasileira, tanto pela beleza quanto pela sua inteligência. Descobriu que era a primeira vez que viajava pela Europa, que estava indo para Paris. Que falava francês, inglês e espanhol por insistência da mãe, que acreditava que ela seguiria a carreira diplomática quando chegasse à faculdade, entretanto a garota preferiu a área da saúde.

Depois que ela terminou de falar, ficou fitando-o esperando que o rapaz contasse mais sobre si mesmo. Afrodite pensou direito, não poderia ficar falando quem realmente era, pois ela o acharia mentiroso ou um lunático. E a última coisa que desejava era afastar a morena de si agora.

—Bem, já disse que sou sueco. –ele começou a falar.

—E que fala muito bem o português. –ela completou.

—Outros idiomas também. Faz parte do meu trabalho ter esse conhecimento.

—Trabalha em quê? É modelo? –ela estreitou o olhar. –Não, acho que não é. Acho que eu me lembraria de ter visto seu rosto em alguma campanha por aí.

—Digamos que trabalho com segurança. –respondeu, sabendo que não era totalmente uma mentira. –Segurança particular de uma milionária. E agora, estou de férias, realizando uma antiga vontade de voltar a Viena e rever os lugares que passeava com minha família quando era menino.

—Nunca mais tinha viajado à Viena? –ela parecia não acreditar.

—Só a trabalho, umas duas vezes. Coisas rápidas... fazia o que tinha que fazer e voltava para Atenas. Ah, é onde moro atualmente.

—Gosta do que faz? Do seu trabalho?

—Digamos que é mais uma vocação do que gostar.

—Se não fosse o que é hoje, trabalharia em quê?

—Talvez... –ele parou de repente de falar, como se procurasse as palavras certas. –Eu nunca pensei nisso. Engraçado, sempre achei que iria morrer trabalhando no que faço agora.

—Mas tem tempo para pensar nisso. Onde está sua família?

—Meus pais morreram há muitos anos em um acidente de carro. Eu tinha seis anos e minha irmã pouco mais de um. –ele respondeu com um tom de tristeza na voz.

—Eu sinto muito.

—Tudo bem... Minha irmã foi criada por uma madrinha em Praga e eu fui para a Groenlândia.

—Groenlândia?

—Longa história. Bem, antes de pegar esse trem estava voltando de Praga onde visitei minha irmã, depois que um amigo meu descobriu seu paradeiro atual. Birgitta casou-se com um engenheiro e tem uma filha de dois anos, que é linda! E estudou dança e está ensinando balé para crianças. Ela está feliz! Sua madrinha a criou com muito amor. Foi muito bom revê-la!

—Fico contente que sua irmã esteja bem. –olhou para fora, percebendo que estavam chegando à estação em Viena. -Acho que é a sua parada.

—Tem razão. –Afrodite hesitou em se levantar, depois fitou Morena. –Olha, não vá me achar um maluco nem nada. Mas... que tal descer comigo aqui em Viena?

—Como é? –ela parecia não acreditar no que ele propôs.

—Olha, é só um passeio. Eu tenho que ir embora para a Grécia amanhã de manhã. Nem reservei hotel porque pensava em passear e depois ir para o Aeroporto. Então... quer conhecer a cidade comigo? –perguntou um pouco receoso dela recusar. –Poderá pegar o primeiro trem para Paris depois disso.

—Bengt... eu...

—Afrodite.

—Hã? –ela o fitou sem entender bem.

—Eu confesso que não gosto desse nome. Acho ele bem feio e não combina comigo. Então, eu adotei o nome de Afrodite há muitos anos atrás e é assim que meus amigos me conhecem. –tratou de explicar logo ao notar a confusão no olhar da morena.

—Meio diferente, mas não sei por que, combina com você. –ela sorri, pegando sua bolsa. –Vamos. Mas, temos que pegar minha mala.

—Assim? Vai aceitar mesmo?

—Sim. –respondeu séria. –Até porque se você der uma de doido eu tenho um spray de pimenta e um taser comigo.

Desceram na estação e antes de caminharem para fora e conhecerem a cidade, deixaram suas malas em um guarda-volumes. Caminharam um pouco em silêncio, pareciam não saber o que falar um para o outro, até que Morena foi a primeira a sugerir:

—Que lugares você se lembra de ter passeado com sua família em Viena?

Afrodite pensou um pouco:

—O Palácio de Schönbrunn, a Catedral de Stephansdom, o Palácio Imperial de Hofburg...-o cavaleiro fechou os olhos, tentando estimular sua memória. -O Parque Stadtpark... e lembro da minha mãe fazendo compras na rua Kärntner Straße.

—Acho que não vamos poder visitar tudo, logo anoitecerá.

—Vamos ao Palácio de Schönbrunn. –ele determinou, a puxando pela mão.

Andaram um bom tempo, antes de encontrarem um táxi que os levou até o destino pretendido. Ainda estavam com as portas abertas aos visitantes e trataram de entrar logo, acompanhando o último fluxo de turistas que ali estavam. Morena pegou um panfleto informativo sobre o local e lia em voz alta:

—Como obra de arte integral de estilo barroco, o palácio de Schönbrunn e seu amplo parque fazem parte dos monumentos artístico-arquitetônicos mais importantes do patrimônio cultural da Áustria. Foi construído em 1713 e... –dizia caminhando pelos corredores. –Eita, mainha! Esse lugar tem 1141 quartos!

Afrodite acabou rindo da maneira espontânea de Morena em se comunicar, embora não estivesse familiarizado com a expressão que ela usou, deduziu que estava admirada com as informações sobre o Palácio e a beleza exposta em cada canto de sua arquitetura.

—Vamos aos jardins?

Andaram pelos belos jardins floridos, conversando sobre as flores. Afrodite demonstrou enorme conhecimento em botânica e parou de falar ao perceber o sorrido admirado da jovem.

—O que foi? –perguntou sem graça ao atravessarem um túnel de árvores verdejantes dos jardins.

—Se um dia largar essa vida de segurança, poderia fazer algo relacionado à botânica. Parece que ama muito as flores.

—Tenho preferência por rosas. –sorri.

Saíram do Palácio ao ouvirem o aviso de que seria logo fechado para a visitação. Do lado de fora de seus portões, os dois se indagaram sobre o que deveriam fazer.

—Não sei você, mas estou com fome. –ela comentou, olhando o panfleto. –Podemos ir a algum café e lanchar.

—Pensava em te levar a um bom restaurante. Te mostraria que não conheço apenas flores, mas também vinhos e queijos.

—Não estou vestida para um jantar fino em um restaurante chique. –ela apontou para si mesma. Seu vestido de algodão branco, rasteirinhas e a mochila que usava como bolsa.

—Hmm... um café então, mas... nada de lanches! –ele enfatizou erguendo o dedo indicador e oferecendo o braço a Morena.

Chegaram ao Café Sacher, que ficava atrás da Ópera, por indicação de alguns moradores. É um lugar bem aconchegante e procuraram uma mesa na calçada, para apreciarem a vista enquanto jantavam.

—Vir a Viena e não provar um Wiener schnitzel e depois Sachertorte de sobremesa seria um crime. –disse Afrodite fazendo o pedido.

—O que é Sachertorte? –perguntou desconfiada.

—Já vai saber.

Esperaram pelo prato durante alguns minutos, conversando e ouvindo um músico de rua tocando seu violão do outro lado da calçada, até que o garçom trouxe o famoso prato. O schnitzel era uma fina fatia de carne de vitela, empanada em farinha de trigo, ovo e pão esfarelado e frito na manteiga. Para Morena, lembrava o bife à milanesa preparado por sua mãe. Provou acompanhada pela cerveja que Afrodite pediu e achou tudo delicioso. Em seguida foi a sobremesa.

O famoso Sachertorte, que era uma torta de chocolate recheada com compota de alperce e acompanhada de chantilly. Mas notou que Morena não tocava no prato e parecia sem graça.

—Algo errado?

—Eu não gosto de chocolate. –respondeu sem jeito.

—Como? –Afrodite a olhou surpreso. Era a primeira vez que conhecia uma garota que não gostava de chocolate.

—Não gosto. –ela fez uma cara de “fazer o quê”? –E não como nada que tenha abacaxi. Sou alérgica.

—Oh, pela deusa... –ele estava visivelmente sem graça. –Eu devia ter perguntado. Desculpe.

—Não, eu devia ter falado algo antes de você fazer o pedido. –ela segurou em sua mão tentando acalmá-lo.

—Bem, gostaria de comer o que de sobremesa? –Afrodite perguntou com um sorriso. -Strudel de Maçã?

—Adoraria.

Após o jantar e sobremesa, o casal levantou-se para continuar seu passeio pela histórica cidade, quando o músico, em seu violão, estava cantando um sucesso de uma banda famosa nos Anos 80, Bronski Beat.

 — “Smalltown Boy”. –Afrodite comentou, sorrindo. –Não escutava essa música faz tempo.

—Conhece?

—Foi um sucesso em 1984. Embora ele esteja cantando uma versão mais lenta. –Afrodite começou a cantarolar baixinho, acompanhando o músico. —“ You leave in the morning with everything you own in a little black case … Alone on a platform, the wind and the rain on a sad and lonely face…”

Em um gesto inesperado, pegou na mão de Morena e começou a dançar, atraindo olhares de outros turistas, empolgando até mesmo o músico. De repente ele parou, fitando o rosto da jovem.

—Queria beijá-la. -Morena arregalou os olhos diante da confissão espontânea. –Mas acho que se eu fizer isso vou querer ir além e eu não quero estragar o que está acontecendo aqui.

—Também acho que não devemos ir além. Ainda mais porque provavelmente não nos veremos mais depois de hoje. –ela concordou.

—Seria uma lembrança incrível se ficássemos juntos essa noite. –ele sorri. –Mas, não quero que seja algo leviano... ou que ache que só quero me aproveitar ou que encare isso como uma aventura.

—Nem eu. Mas... é apenas um beijo. Não acho que fará mal se apenas nos beijarmos.

—Também acho…

Afrodite inclinou-se tocando os lábios de Morena quase timidamente, ele afastou-se e voltou a beijar os lábios dela lentamente, sendo correspondido pela brasileira. Foram momentos de troca de carinhos apenas pelo toque de seus lábios, entre beijos e selinhos, até que se afastaram e se encararam. O rapaz mantinha um sorriso nos lábios, olhando para a jovem como se fosse algo precioso, e a garota tinha as faces ruborizadas, colocando a mão sobre os lábios em um gesto intuitivo e sorri.

Sem falar mais nada, deram as mãos e voltaram a caminhar para continuarem seu passeio pela cidade, parando vez ou outra para trocarem novos beijos e abraços, como se fossem dois adolescentes em início de namoro.

Horas se passaram com grande velocidade e quando perceberam já estava amanhecendo e a tristeza de que estariam de volta à realidade se instaurou entre eles. Logo ela partiria para Paris, e de lá de volta para o Brasil. Ele voltaria à Grécia e ao seu posto de Guardião da Décima Segunda Casa, e sabe-se lá quando se veriam novamente. Provavelmente nunca mais.

E essa perspectiva era algo que estava angustiando o cavaleiro de peixes.

Estavam de volta à estação de Wien Hauptbahnhof, onde Afrodite a acompanhava até a plataforma onde Morena embarcaria para continuar sua viagem.

—É aqui que embarco. –ela comentou com um tom entristecido.

—Aqui? –ele lhe entregou a mala que buscara há pouco e suspirou. –Olha, sobre o que me disse ontem. Sobre não nos voltarmos a nos ver nunca mais.

—Sim?

—Não quero que isso aconteça! Eu não tinha perspectivas de vida, para mim sempre tanto faz como tanto fez viver mais um dia ou morrer no meu trabalho. Eu morreria feliz fazendo o que deveria ter feito sempre, que é proteger aquela menina para quem trabalho... mas agora... Agora, você me deu motivos para não morrer de maneira estúpida, tentando ser heroico e te reencontrar.

—Sério? –ela sorri nervosa. –Eu quero te ver novamente, Afrodite.

—Temos que dar um jeito de nos ver novamente. Aqui. –ele vasculhou os bolsos procurando algum papel e como não achou entregou a ela seu celular. –Fica.

—Como? –sem acreditar, olhando para o aparelho.

—Eu sei meu número e vou te ligar assim que comprar um novo. –ele riu. –Vamos manter contato e marcar um reencontro. Tipo...

—Daqui cinco anos?

—Não! É uma vida inteira cinco anos! Um ano!

—Muito longe ainda... seis meses?

—Onde?

—Aqui.

—Aqui? –Afrodite olhou ao redor. –Daqui seis meses... será 20 de dezembro.

—Vai estar frio.

—Às...  –olhou o relógio. –Seis e meia da manhã, plataforma nove!

—Certo. Eu vou estar aqui!

—Promete? –ele segurou seu rosto entre as mãos e a beijou.

—Prometo.

Ouviram o chamado de embarque e Morena subiu no vagão, a máquina começou a andar e o trem a se afastar devagar. Afrodite colocou as mãos nos bolsos, vendo a jovem lhe acenar de longe, sentiu algo em seu bolso e retirou de lá um aparelho de celular, que logo identificou ser dela pelo fato de ter uma foto de dois gatos no papel de parede.

Sorriu. Seriam longos seis meses... mas a espera iria valer a pena. Tinha um bom motivo para continuar sorrindo e vivendo até lá.

Fim...


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