Pequeno Detalhe - Romanogers One-Shot escrita por Lisa Rogers


Capítulo 1
Capitulo único




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— Você tinha mesmo que comprar a maior árvore de Natal da loja? – Pepper estava irritada. Óbvio. Porque não estaria?

— Em minha defesa, olhe para este lugar! Olhe o tamanho dessa sala! Você não queria que eu comprasse um mini chaveiro, queria? – Tony colocou a mão no peito – Estou até me sentindo ofendido. Vocês não? – Ele olhou para Natasha e Steve, que estavam jogados no sofá em meio a bolas e laços.

— Estou com ela, não precisava ser tão grande... – Steve coçou a cabeça e torceu os lábios.

— É, esse negocio é um monstro verde. Podemos apelida-la de Hulk – Natasha encarou a árvore de natal de cima abaixo e esticou as pernas no colo de Steve.

— Você todos vão passar o Natal na rua, em baixo da neve. E eu vou ficar com a Minha árvore – Tony cruzou os braços.

— Ok querido, me responda; como vamos colocar a estrela no topo? A escada de três degraus não é exatamente para colocar uma estrela no topo de uma arvore gigantesca como essa. E por incrível que pareça, não existe uma escada descente no complexo dos Vingadores.

— Tudo bem! Eu sei! Eu sei! Vou buscar minha armadura.

— NÃO! – Pepper gritou, jogando uma das bolinhas de natal em Tony.

— Por quê????

—Você quer quer destruir todo o trabalho que nós fizemos até agora? Aquele trambolho tem a saída de ar mais forte que eu já vi! Vai fazer a árvore voar antes de você colocar a estrela no topo!

— TRAMBOLHO?

— Esqueça Anthony! – Pepper se virou para Steve e Natasha. – Onde Esta Wanda?

— Ela e Visão foram até a cidade. Compras de Natal, eu acho. – Natasha deu de ombros.

— Sam?

— Foi visitar a família em Sydney. - Steve descansou os braços nas pernas de Natasha.

— Deus, isso só pode ser um pesadelo! – Pepper escondeu o rosto com as mãos e se sentou no sofá.

— ALGUÉM OUVIU ELA DIZER QUE MINHA ARMADURA É UM TRAMBOLHO, CERTO? – Tony se posicionou no meio deles, apontando para a namorada.

— Eu não posso acreditar que você ainda esta falando sobre isso. – Pepper revirou os olhos.

— Desculpe, mas quando alguém diz que o Homem de Ferro é um trambolho eu não posso ficar exatamente numa boa, querida.

— A pelo amor de Deus para de ser criança!

—Ok. Agora eu sou criança. Vocês estão ouvindo isso?

— Ok, chega. – Natasha se levantou e pegou a estrela jogada no chão – Vamos logo fazer isso.

Natasha parou por um momento e analisou todas as alternativas. Ela poderia enganchar uma de suas cordas no teto e ser puxada para cima, mas isso daria muito trabalho e seria um desperdício de equipamento. Ela poderia matar Tony, por ter comprado uma árvore tão grande. Mas pobre Pepper. Mesmo com todas as brigas, os dois se amavam. Ela até pensou em colocar fogo na maldita coisa verde.

Natasha nunca entendeu muito bem esse fascínio todo pelo Natal. Não entendia porque Tony e sua namorada compartilhavam suéteres ridículos ou porque Visão e Wanda saiam todas as noites para observar luzinhas piscando na cidade.

Ela não era apegada a datas comemorativas. Nenhuma delas. As vezes ela até esquecia seu próprio aniversário. Nunca foi criada para lembrar-se de datas comemorativas.

 Mas todos os seus amigos simplesmente amavam o Natal, o que fazia Natasha participar de todas as tradições ridículas que eles insistiam em seguir. Como trocar presentes, pendurar meias em frente a lareira, beijar alguém de baixo de um visco,  ou montar uma arvore de natal gigantesca. Ela podia confessar que a única coisa que realmente a agradava eram as comida e bebidas servidas nessa época do ano.

Steve fazia o melhor chocolate quente que já havia provado em sua vida, segundo a historia, era uma das receitas que sua mãe sempre fazia para ele e ela simplesmente amava. Ok, ela também gostava o suficiente dos filmes idiotas e das maratonas inúteis de desenhos natalinos que sempre passavam na TV. E ela guardava secretamente o encanto em olhar as crianças de Clint esperarem ansiosamente pelo Papai Noel.

Ela olhou para a pequena escada de três degraus posicionada ao lado da árvore.

— Quantos quilos essa escada aguenta? – Ela olhou para Tony, que ainda discutia com Pepper.

— Bem, não sei exatamente. Mas é de aço. Uns 160, 170 quilos mais ou menos. Por quê? – Ele respondeu um tanto curioso.

— Steve, quantos quilos você pesa?

— Bem, a última vez que passei pelo check-up estava com 97,5.

— Ual, você é bem pesadinho, né? – Tony se aproximou de Steve e cutucou seu braço - 90 quilos tenho certeza que estão aqui.

— Cale a boca. – Steve bateu na mão de Tony, que saiu rindo para perto de Natasha.

Natasha calculou, recalculou e pensou que o que de pior poderia acontecer, era eles caírem no chão e ela levar alguns machucados para a ceia de Natal.

— Ok Steve, Venha até aqui, vamos fazer isso. – Natasha arrastou a escada para frente da arvore, posicionando-a bem no centro.

— O que vamos fazer exatamente? Steve se colocou ao lado dela, olhando para o topo da árvore.

— Você vai subir na escada, eu vou subir no seu ombro e colocar essa maldita estrela lá em cima. Tudo bem?

Steve pensou, cruzou os braços e olhou para Natasha.

— Você sabe que essa escada pode quebrar e nós irmos direto para o chão, certo?

— Sim, eu sei. Mas vamos lá, o que demais pode acontecer? Você tem um super soro correndo nas veias, eu já cai tombos de alturas bem maiores que isso.  Nada demais – Ela deu de ombros e estendeu a mão em direção à escada – Podemos Capitão?

— Tem certeza disso Nat? Não quero que você se machuque – Pepper se aproximou dos dois, olhando para Natasha.

—Certeza, Pep. Vamos acabar logo com isso.

— Será que vocês podem esperar eu pegar a câmera? Vou jogar isso no YouTube com o titulo “A queda do Capitão America” Quantos milhões vocês acham que vai dar?— Tony pegou o celular no bolso, que logo foi tomado por Pepper – Vocês sempre acabam com a minha Festa! – Derrotado, ele se jogou no sofá – Vou apenas dar apoio moral então. GO TEAM ROMANOGERS!

Steve e Natasha reviram os olhos. Pepper caminhou até Tony e sentou-se ao lado dele, também observando os dois.

— Você acha melhor subir no meu ombro já ou devo subir na escada primeiro?

Steve estava visivelmente desconfortável com a situação. Eles eram parceiros dentro de campos, amigos fora dele. Mas Natasha sabia que ele era extremamente correto e só o fato de Natasha se aproximar tanto, o fazia se sentir como um garoto de 16 anos que nunca havia tirado uma garota para dançar.

— Você sobe primeiro, eu vou depois. Relaxe. Não estou querendo me gabar, mas meu equilíbrio é perfeito. Só cabe a você não me deixar cair.

— Jamais deixaria isso acontecer.

Natasha sorriu e deu sinal para Steve subir. Ele prontamente obedeceu. Parou no ultimo degrau da pequena escada e estendeu as mãos para ela

— Vamos lá.

Natasha prendeu a estrela entre os dentes e segurou suas mãos. Ele a puxou para cima sem esforço algum. Era como se Natasha não pesasse uma grama. Ela envolveu suas pernas em volta de sua cintura, ficando frente a frente com ele.

A proximidade dos dois era tanta que Natasha podia ouvir o coração de Steve disparado. Eles apenas se olharem e um pequeno sorriso surgiu nos lábios dele.

— Vou te ajudar tudo bem? Afrouxe suas pernas.

Natasha assentiu. Ele deslizou as mãos pela cintura dela, segurando-a firmemente. Steve deu um impulso e a levantou. Rapidamente ela apoiou os pés em seus ombros. Tudo era muito fácil para ambos. A sincronia dos dois era perfeita, Steve sabia exatamente como manter seu corpo imóvel e Natasha, como a bela bailarina que era, estava em perfeito equilíbrio.

Ela se inclinou levemente para frente encaixando a estrela no topo da árvore. Quando terminou, pode ouvir o pequeno grito de Pepper.

—TEMOS UMA ÁRVORE DE VERDADE! – Ela abraçou Tony e saiu dando pulinhos pela sala – Vamos ligar os piscas!

Natasha sorriu. Apesar de não ser ligada a datas especiais, era um sentimento bom ver seus amigos felizes. Era melhor ainda saber que ela fazia parte dessa felicidade.

Steve tocou seu tornozelo

— Pronta para descer?

— Sim, espere, vou pular no chão.

— Não! Apenas pule para mim, eu vou pegar você.

— Tudo bem Steve, eu posso ir para o chão.

— Nat, vamos lá. Você confia em mim, certo?

Ela suspirou. Steve era a única pessoa alem de Clint que Natasha confiava sua vida.

—Claro que eu confio em você.

— Então no três, apenas pule para mim, ok? 1.. 2... 3...

E ela fez. Apenas tirou os pés dos seus ombros, como se tivesse pulando em buraco. Natasha sentiu os braços de Steve abraçar fortemente sua cintura, e ela colar seu corpo com o dele. Como se fosse possível eles estavam ainda mais próximos. E Natasha apenas olhou para Steve.

Ela Deixou que seus olhos mergulhassem nos deles. Deixou que o verde fosse engolido pelo azul profundo. Ela podia sentir sua respiração de encontro à dela. Ela sentiu seu coração batendo junto ao dela. Não sabia exatamente o que estava acontecendo. Se era o que eles chamavam de “Magia do Natal”, se era a atmosfera perfeita entre o cheiro de pinho fresco e o perfume inebriante dele... Se era as luzinhas âmbar que piscavam ao seu lado, ou se era uma mistura de tudo isso que a fez sentir que estava exatamente onde precisava estar.

Ela o viu sorrindo, um sorriso que fez suas pernas vacilarem. Tinha certeza que se tocasse o chão agora mesmo, cairia.

 Ela olhou para seus lábios e um arrepio percorreu todo seu corpo. Percebeu cada curva da sua boca, e a pequena covinha que se formava enquanto ele sorria.  

Ela sabia que ele a olhava do mesmo jeito, que estudava cada pequeno detalhe seu. Sentiu ele se aproximando mais e mais e ela não quis para-lo. Steve a beijou, e ela apenas se derreteu em seus braços.

Ela envolveu seus braços em volta do pescoço e respondeu ao beijo tão profundamente que sentiu sua alma o beijando também. Natasha nem se quer sabia que necessitava tanto daquele beijo. E nem que Steve também tinha a mesma necessidade.

Sim, eles já tinham se beijado uma vez, mas não foi assim. Na verdade, Natasha pensou que nunca em toda sua vida sentiu nada como isso. Não era algo apressado, não era algo como um plano de fuga. Era mais que isso, mais do que ela jamais teve. Era como um imã que puxava um para o outro, como se eles sempre tivessem se pertencido de alguma forma. Era um beijo carregado de um sentimento que Natasha jamais havia acreditado que poderia sentir. Era amor.

Steve a apertou em seus braços e Natasha entrelaçou os dedos na bagunça de fios loiros. Ela sentiu todo tempo congelar. Cada detalhe daquele momento se passava em câmera lenta para os dois.  Steve a manteve em cima da pequena escada e ela pensou que nunca havia se sentido tão segura como estava agora.

Quando lentamente eles se separaram, Steve salpicou pequenos beijos por todo rosto de Natasha e pulou no chão com ela ainda segura em seus braços, ambos estavam sorrindo.

— Deus, eu amo o Natal. – Steve sussurrou no ouvido dela, fazendo-a rir.

— Acho que talvez eu também goste. – Ela o abraçou.

Eles permaneceram assim por tanto tempo que nem se quer notaram que do outro lado da sala, seus amigos ainda estavam em choque pelo que acabaram de ver.

— Acho que você me deve dez dólares. – Pepper estendeu a mão ao lado de Tony.

— Depois disso, te dou até mil dólares, baby. Você acha que se eu contar que eu gravei esse beijo eles me matariam?

— Provavelmente, amor.

— Mas vale a pena morrer pelos nossos OTPS, certo?

— Definitivamente, Tony. – Pepper riu. Ela já sabia do sentimento que os dois nutriam um pelo o outro há tempos, mesmo nenhum dos dois admitindo isso.

Agora podia sentir todo o amor vindo de Steve e Natasha trasbordando e enchendo a sala. E naquele momento ela amou a maldita arvore gigantesca e agradeceu por ter um namorado tão exagerado como Tony Stark.


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