Estávamos em uma época pobre, totalmente sem recursos para uma qualidade de vida. Eu era muito pobre, trabalhava na carpintaria, e não ganhava nem para comer.

Uma das coisas que eu não podia reclamar era os meus dois melhores amigos: Caius e Marcus. Esses dois praticamente nasceram comigo, eram como irmãos, e eu tinha uma grande confiança neles.

Marcus além de ser amigo, era meu cunhado. Ele era casado com a minha irmã Didyme, uma garota muito bonita e feliz.

Morávamos na Itália, e existiam muitos mitos em relação a vampiros, seres que só saiam à noite para beber sangue. Por causa desse mito, tínhamos um toque de recolher.

Todos tinham muito medo desses vampiros nos atacasse. Acreditávamos que eles não atacavam de dia por queimarem no sol.

Marcus era o mais alegre, e compreensivo, sempre sabia dos nossos sentimentos. Eu achava incrível desabafar com ele, e principalmente contar segredos.

Caius era mais fechado, mesmo assim não deixava de ser um grande amigo. Eu gostava muito dele, mas eu queria saber o que ele pensava ao meu respeito.

Um dia, Marcus saiu bem cedo de casa, sem nos dizer aonde ia. Ele não era de fazer isso, e Didyme já estava aflita e preocupada.

Já tinha escurecido, e ele não tinha aparecido. Caius ficou preocupado e saiu, sem se importar com a noite. Ele também não voltou, eu não podia largá-los.

Saí apressado e muito atento, andei muito, estava escuro. Parecia que naquele breu tudo era diferente, as casas simplesmente se transformavam em monstros.

De longe avistei duas figuras, arrepiei, seriam esses os vampiros? Paralisei onde estava, as duas figuras me viram e vieram ao meu encontro. Senti muito medo, seria o meu fim? Como foi o de Caius e Marcus?

Quando olhei para os rostos, vi que eram meus amigos, normais como sempre.

 - Aro! – Gritou Caius. – Encontrei Marcus! – Corri ao encontro deles e os abracei.

Era um alivio saber que eles ainda estavam vivos. Agora o desafio era voltar são e salvo para casa.

Estávamos voltando rapidamente, não querendo abusar da sorte. Já víamos a vila quando algo me apunhalou pelas costas, me jogou no chão e me mordeu.

Senti uma dor forte de queimadura que parecia me consumir. Ela continuou durante um tempo, depois cessou. Provavelmente o que me atingiu foi os famosos vampiros.

Abri meus olhos e tudo estava escuro, mesmo assim eu via meus irmãos claramente do meu lado. Olhei para cima e percebi que estava num poço.

O que teria acontecido comigo? Pelas lendas, agora eu era um vampiro, um ser sedento de sangue. Meus amigos também eram. Não era justo o que fizeram.

Eu não sei exatamente por que passou isso pela minha cabeça, mas esses vampiros eram burros, nem preservavam seu segredo. Se um dia eu tivesse poder, os governaria.

Meus irmãos abriram os olhos, eu informei a eles o que éramos. Agora viveríamos de sangue humano? A resposta veio depois com uma queimação na garganta. Nós três saímos do poço rapidamente. Percebemos que na luz do sol brilhávamos como diamantes. As pessoas nos olhavam assustadas.

Olhei para aqueles olhos amedrontados e tive vontade de matá-los. Voei com meus irmãos em cada pescoço delicioso.

Uma coisa era incrível: eu podia ler a mente de minhas vitimas quando encostava nelas, era muito prazeroso isso.

Meus próprios familiares foram completamente assassinados. Tentei matar Didyme, mas Marcus me impediu.

Agora certamente eu iria dar um jeito de encobrir esses erros, eu iria criar regras para minha nova espécie. Eu iria governá-los, teria poder, riqueza...

Ninguém poderá me vencer.