Jogos Vorazes e os amantes do D2 escrita por Clô


Capítulo 7
Capítulo 7




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Quando abro os olhos, observo o quarto e toco nos meus lábios e percebo que ele já deve ter ido para o seu quarto. Tomo um banho e faço uma trança raiz enorme, visto o uniforme que se encontra em cima da minha cama ele tem o número do meu distrito. Calço minhas botas pretas e me dirijo a mesa do café da manhã. Cato já se encontra lá com Brutos, ele percebe assim que entro no ambiente e me da um sorriso de canto, coro instantaneamente e respondo com um leve sorriso e Brutos se limita a olhar rapidamente para nós.

— junte-se a nós - Brutos me indica uma cadeira, a qual é está ao lado de Cato.

— hoje começa o primeiro dia de treinamento, muitos dos tributos não sabem fazer nada, então mostrem que vocês são muito bons e não desprezem como sobreviver, agora se alimentem, porque temos um grande dia pela frente - Brutos da uma garfada e nos comemos em silêncio, até que Brutos vai ao seu quarto. Cato se vira em minha direção e cola nossos lábios, foi um beijo rápido, mas o beijo dele é muito bom. Nos dirigimos ao centro de treinamento.

Há uma mulher falando como sobreviver, entretanto isso é uma das primeiras coisas que os carreiristas aprendem, não dou muito valor. Quando essa parte acaba, vamos direto para as armas, com preferência às minhas belas facas. Consigo acertar todos os alvos no centro e de todas as maneiras, as pessoas me observam com medo e admiração, não dou muita atenção e vejo que Cato está me observando com um riso no rosto

— gostou da bela performance? - digo sorrindo e brincando, ele mate palmas e assim que iria falar algo, uma voz desconhecida fala conosco

— você realmente é muito boa com as facas, temos alguém incrivelmente habilidosas com essas pequenas coisinhas afiadas, prazer Marvel, distrito 1- ele estende a mão com um sorriso no rosto.

— prazer Clove, mas todos sabem que você é do D1, está estampado em você - digo meia sonsa e Cato segura o riso. Uma menina loira se aproxima.

— prazer, Glimmer, arco e flecha - ela diz com um sorriso sedutor para Cato e eu levanto as sobrancelhas.

— prazer, Cato, espadas - ele diz

— todos os anos os carreiristas fazem alianças fortes entre eles, é um clássico dos Jogos, acredito que possamos conversar sobre isso - Marvel fala e se retira para treinar e eu faço o mesmo, porém Cato e a Glimmer ficam conversando. Treino até me sentir esgotada e me sento para observar os outros tributos. A Glimmer é uma negação com arcos e flechas, Marvel é muito bom com as lanças, vejo um menino negro forte, ele me observa constantemente, a uma menina pequena e ela é muito boa escalando, se a arena tiver árvores, talvez ela tenha chance, sou interrompida por Marvel que senta ao meu lado.

— cansou Clove? - Marvel é até legal

— treinei o suficiente, mas parece que sua parceira de distrito não é muito boa com arcos e flechas, mesmo sendo a sua especialidade - digo e ele ri

— ela tem um rostinho bonito, porém não é isso que irá fazê-la ganhar, vi que você foi voluntária, sua irmã? - ele pergunta

— não, ela só não teria chance de ganhar - digo indiferente

— também vi que houve uma voluntária no 12, isso me pareceu interessante é surpreendente

— Ela deve ser boa em algo, pq observa demais, realmente não sei - nesse momento o parceiro de distrito dela leva uma queda na rede e começamos rir. A menina do 12 balança a cabeça em sinal positivo e ele pega dois pesos de 45kg arremessa.

— parece que esse ano vai ser interessante, até o 12 tem tributos não são tão ruins como dos anos anteriores - digo e me retiro para treinar outras coisas. A hora do almoço chega e eu não espero Cato que está conversando com a Glimmer.

— Clove, já vai subir? Me espera, vamos juntos - Marvel larga as lanças e nos dirigimos aos elevadores.

— parece que a Glimmer e o Cato se deram super bem, ele é bem o tipo dela - dou um riso aguado e a porta do elevador abre no piso onde está o D1, nos despedimos e chego esfomeada no apartamento.

— como foi o treino hoje? - pergunta Brutos, que está sentado no sofá com um copo de café, me surpreendo que não é uma bebida.

— foi tudo normal, o D1 quer fazer uma aliança e os tributos não são tão ruins, na minha opinião, mas também não serão problemas - digo e me dirijo ao quarto, tomo um banho, faço um coque e coloco um vestido branco curto e solto. Assim que saio do quarto, me deparo com Cato.

— ei, porque não me esperou? - ele pergunta colando nossos corpos. Me desvencilho

— porque eu não queria atrapalhar e achei que subiria com a Glimmer

— não precisava subir sozinha e a Glimmer é como a maioria do D2, não me acrescenta em nada - nós rimos

— não subi só, subi com o Marvel - ele me olha estranho

— não fui muito com a cara dele, mas ele é bom em lanças e a Glimmer deve ser melhor em outra coisa, fora arco e flecha- vamos até a mesa do almoço e comemos contando sobre o treino.

— amanhã será o dia dos testes individuais - Brutos diz se espreguiçando depois de comer um bom prato de frutos do mar.

—o que iremos fazer? - pergunta Cato

— vocês vão mostrar as suas habilidades o melhor que puderem, quanto maior a nota que receberem, maior o patrocínio e o valor das apostas, agora à tarde é para vocês descansarem e não me perturbem, a Morpy teve alguns problemas à resolver depois do desfile, porém ela voltará hoje - Brutos se levanta e vai dormir e faço o mesmo até que alguém me puxa no corredor e entra no meu quarto. Seus lábios são rápidos e suas mãos também.

— você é muito linda - ele diz me beijando e passamos horas assim, depois que nossas bocas estavam dormentes, eu deito em seu peito.

— senti ciúmes do Marvel hoje - ele diz e vira o rosto com vergonha de admitir isso, eu abro um sorriso e dou um beijo nele

— não precisa ter ciúmes dele, e eu preciso ter da Glimmer? - pergunto olhando em seus olhos, eu nunca me abri tanto e tão rápido com alguém como Cato, ele conquistou de um jeito que eu não achava que era possível.

— claro que não, naquela noite, onde nos beijarmos pela primeira vez, achei que fosse só uma ficada, mas agora eu quando olho pra você, só quero te beijar - ele realmente estava com vergonha em falar aquilo para mim, então fiquei contornando seu abdômen pela camiseta branca colada que usava, e quando olho, ele está dormindo feito um anjo. Me levanto e vou beber um copo d’água.

— vocês não deveriam ter vindos juntos e estarem com isso aqui - me assunto com a voz de Brutos atrás de mim.

— eu sei que não, mas tudo foi tá rápido e sincero que não consegui evitar e agora estou presa junto com ele - precisava ter dito aquilo que me prendia.

— cuidado com isso, sei que é incrível o suficiente para lidar com isso - volto para o quarto, ele ainda está dormindo, tendo dormir e não consigo, saio escondido para treinar. Não há ninguém, tudo vazio e passo algumas horas descontando tudo o que eu sinto nos alvos, quando percebo já se passou horas e escureceu, decidi voltar.

Assim que entro, todos estão na sala

— onde você estava mocinha? - a voz irritante voltou, reviro os olhos

— estava treinando - dou de ombros e me dirijo para o banho. Não tenho fome e só quero deitar. Passo horas olhando o meu colar que o Noah me deu, sinto tanta falta do abraço da minha família, da Lola e até do jeitinho parafuso da Lily. Lágrima rolam pelo travesseiro e tento abafar o soluço.

— porque não foi jantar ? - Cato fala e eu não queria que ele me visse desse jeito.

— sai daqui - tento secar minhas lágrimas, mas parece que elas não queriam parar. Ele se aproxima e deita do meu lado, alisando meu cabelo.

— quer conversar? - ele pergunta de um jeito doce e calmo e balanço negativamente.

— criamos algo embaraçado demais e que é algo incrivelmente assustador para mim e que me deixa tão bem, só que ao invés de ter sido do jeito certo, estamos aqui, para entrar em uma arena que só um irá sair e eu não sinto a menor vontade de vencer sem você, eu nunca me senti assim em toda a minha vida - ele fala olhando para frente e depois me olha nos olhos

— se isso te conforta eu também não - eu digo e deito em seu peito e ele me da um beijo na testa. Acabo adormecendo ali, da melhor forma possível.

 

 


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