Jogos Vorazes e os amantes do D2 escrita por Clô


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

esse ficou maiorzinho



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Hoje é o dia da colheita. Pessoas ansiosas. Pessoas felizes. Pessoas confiantes. Pessoas sorrindo. Pessoas animadas. Pessoas que gostam da Capital.

Os jogos foram uma punição, por conta da revolta a 75 anos atrás, somos oprimidos. Os outros distritos passam fome e eles não tem nenhum beneficio da Capital. Aqui os jogos são esperados durante todo o ano, lá são detestados pela população. Aqui vencemos, lá perdemos; mas a realidade é, todos perdemos e o único que vence é: Snow.

Desde que aconteceu meu beijo com o Zac fico o evitando. Eu pensei que poderia sentir alguma coisa, mas não senti nada, talvez para ele também.

Coloco um vestido tradicional das colheitas do 2: branco com um decote não tão grande, um cintinho da cor do vestido e ele é m pouco rodado. Calço minha sapatilha e vou em direção ao quarto da Cath.

— Ei, está pronta ? – eu pergunto

— Só falta pentear meu cabelo

— Pode deixar que eu faço – pego a escova da sua mão e começo a pentear seu grande cabelo liso e castanho. Daqui a alguns dias é o meu aniversario faço 18 anos, fico pensando caso eu for sorteada ou Noah e Cath forem, seria terrível passar meu aniversario vendo – os na arena.

— Clove, está com medo de ser sorteada? Porque eu estou – perguntou Cath, quase chorando .

— Minha penúltima chance de ir, acredito que não. Mas você sentiu medo ano passado? – eu perguntei calma

— Senti, mas esse ano eu estou muito assustada – ele responde e vejo que já esta chorando.

— Ei Cath, você sempre foi uma das meninas mais fortes, quando segura seu arco vejo firmeza, então caso você for sorteada, eu me voluntario – eu digo e ela assente com a cabeça.

— Pronto, terminei seu cabelo. Vamos descer – antes de sair do quarto nos abraçamos.

— Ninguém vai para a arena – eu sussurro no seu ouvido e descemos.

Quando chegamos lá em baixo estavam todos: Papai, mamãe, Noah e Lily.

— Estavamos esperando vocês- disse Noah

— Eu só gostaria de falar que vocês são meus filhos e os amo muito então caso forem à arena, lembrem de duas coisas: voltem vivos e mostrem que são Servinas. – disse meu pai nos abraçando.

— Ninguém irá ser sorteado e próximo ano o Noah nem mais estará na colheita – disse Cath

— Espero que todos voltemos para casa, vamos – eu digo

Todos nos dirigimos a praça dou um último abraço em Lily e meus pais, e eles vão em outra direção. Vou tirar meu sangue e me deparo com Zac.

— Ei Clove, não te vi faz alguns dias – ele fala enquanto me da um abraço

— é pois é, eu tenho que tirar sangue – eu digo pois vejo o rosto de Noah em minha direção.

— Tudo bem, nos vemos daqui a pouco, no bar do Joe - ele fala e me dá um ultimo abraço me levantando no chão. Eu me dirijo a fila de tirar sangue.

— O que foi aquilo? Não sabia que era amiga do Zac, vocês andam se pegando por ai? Porque ele anda um pouco sumido – fala Noah desesperado

— Não, somos só conhecidos, erámos uma dupla na academia – eu falo com olhos arregalados e um pouco nervosa.

— Vou fingir que acredito – ele diz e se dirige ao grupo de meninos com 18 anos e eu das de 17.

Antes de ir me encontro com Cristian e Lola.

— Caramba Clove onde se meteu esse tempo todo? – Cristian fala enquanto me abraça

— Eu que tenho que pergunta a vocês? – eu digo sorrindo

— Eu estava organizando...- Lola recebe um chute de Cristian

— Eu tive que aturar o Cato a semana toda, sempre brigamos – ele levanta a camisa e vejo ,muitos hematomas

— Não acredito que aquele idiota fez isso – eu falo

— Pois é...mas você não falou o que fez a semana toda- ele falou, e eu não podia falar: ‘’Sai com o Zac e nos beijamos’’.

— Treinei...fiquei em casa- falei rápido

— Nós precisamos ir... já já nos encontramos - Lola me salva 

Quando estavam todos posicionados em seu grupo definido pela idade a colheita começou. Primeiro o vídeo falando e depois uma mulher da capital de verde apareceu e começou a falar:

— Bem vindos a septuagésima quarta edição dos Jogos Vorazes e que a sorte sempre esteja ao seu favor! Primeiro as damas. Ela meche e remexe no bolha de vidro e tira um papelzinho branco.

— Jenne Cou – uma menina com os olhos assustados, magra, pequena, branca como o papel, cabelos pretos e longos. Eu lembrava dela, sua mãe morava na ala pobre do distrito, vendia morangos e amoras para minha família, seu pai morreu a alguns anos atrás...ela já está morta, não tem chances... mas uma vitima dos jogos.

— Eu me voluntario – eu disse e não pensei na besteira que fiz.

— Ohhh...nós temos uma voluntária – ela disse batendo palmas, patético. Subo ao palco e vejo os olhos assustados dos meus irmãos, Lily e mamãe estão chorando, e eu não consigo decifrar o que se passa com meu pai.

— Como é o seu nome querida? – ela pergunta com aquela voz enjoada que me da náuseas.

— Clove Servina – minha voz sai ameaçadora.

— Agora vamos escolher o tributo masculino- novamente ela meche a bolha e o nome que sai...

— Zac Braff – ela fala e fico paralisada.

— Eu me voluntario – uma voz soa na multidão, na fila de 18, cabelos loiros e olhos azuis. Ele sobe ao palco. Vejo que Zac o estava xingando.

— Nome?

— Cato Stoll – ele fala tão firme quanto eu.

— Batam palmas para os tributos do distrito 2 – todos batem palmas e nos dirigimos a sala que receberemos visitas.

Espero a primeira visita, é dos meus pais.

— Oi minha filha – minha está chorando

— Oi mãe, tudo bem pare de chorar – eu digo, ela me abraça e pede que volte viva, bem e que me ama muito.

— Ei pequena quero um abraço – digo e Lily vem e me abraça

— Volta Clô, por favor amo muito você – ela fala, isso me partiu o coração ela só tem oito anos.

— Vou voltar princesa, vou voltar e comeremos muito bolo de chocolate com morangos – eu digo e a levanto do meu colo

— Minha filha, volte viva e mostre ser minha filha, filha de Richard Servina, faça um belo show nos jogos – ele diz e sussurra que me ama. Eles vão embora e quem entra é o Noah.

— Você só pode ser louca...eu sabia que estava certo, quando eu lhe chamava de louca, toda vez que atirava uma faca em mim ... sua louca, se voluntariou para que ? Não precisava ir Clove... Arrrg. – eu simplesmente estava rindo

— Para de rir idiota...- ele me abraça e eu começo a chorar. Noah é aquele irmão que você brinca, briga, mas você o ama tanto que seu coração é pequeno.

— Você é minha irmã... e na outra sala ao lado está um dos meus melhores amigos, eu espero que volte viva – ele me solta e me da um colar de ouro onde ele tem uma foto minha dele quando erámos bebês. Eu não sabia o que tinha dentro do colar e descobri. Chorei mais um pouco e infelizmente tínhamos que nos separar.

— Eu te amo maninha – ele beija minha testa

— eu também te amo, vou voltar viva e provar que sou uma Servina, - ele sorri e vai embora

A próxima pessoa é Janneti Cou, a mãe da menina a qual fui voluntária.

— Obrigada Clove, por fazer isso por mim , obrigada – ela me da um abraço mas continuo imóvel, e ela vai embora.

Lola entra parecendo um furacão.

— Você estragou tudo... estávamos preparando uma festa surpresa para você – ela diz irritada e triste

— Não morre ta? Você é minha melhor amiga, eu te amo , só não morre – ela diz e sai chorando muito da sala

Cristian entra.

— Oi

—Oi

— Não era para ter se voluntariado, porque fez isso? – ele pergunta enquanto cheira meus cabelos.

— Eu não sei

— Eu te amo – ele fala

— Eu também te amo, você é meu melhor amigo.

— Não assim – ele vem e gruda nossos lábios em um selinho, tenta algo mais, mas me afasto rapidamente. Estou bastante assustada. 

— não queria lhe assustar, mas me arrependeria se não fizesse isso - ele alisa meu rosto e fixa o olhar em mim 

— só volta viva, é tudo o que eu te peço - ele me abraça e em seguida alguém bate na porta 

Zac entra

— Eu só vim aqui falar uma coisa – ele fala bem calmo

— Pode falar – eu digo um pouco receosa pela sua presença

— Volta viva – ele diz e sorri

— Eu pensei que fosse torcer pelo seu amigo da sala ao lado.

— Não, porque a diferença entre você e ele, é que eu não estou apaixonado por ele – ele diz e tentar me beijar novamente

— o que foi? – ele pergunta

— Eu não sei se correspondo ao seu sentimento – eu digo

— Só precisa de um tempo para pensar – ele diz, mas um pacificador entra já pronto para me retirar 

As visitas acabaram e vamos em direção ao trem.


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Notas finais do capítulo

comentem, pfv



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