Minha Vida não é Nada sem Você escrita por Letícia Silveira


Capítulo 30
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

AWW, ESSE É O EPÍLOGO, O FIM D':
Para encurtar a nota, vou direto ao ponto:
Vou colocar aqui o nome de todos aqueles que, alguma vez, comentaram na fanfiction Minha Vida Não É Nada Sem VocÊ (aqueles que abandonaram a fic, ou não têm mais tempo para lê-la): wonderland_109, RCB, Bella12, Angel_Glare, Rafaela Raia, mah black, Nanda Melo, Manuca Ximenes, KTwilight, Carol_qf, Michelle Black, Manda_Cullen, GlauciaBlack, Bella13, vava, Mia Lautner, Bia Cullen Auguste, Rafa SRB, NeiaGirl (conta deletada), Carol Cullen, Mavi (deletou a conta também), CellaMadariaga, Pirulitoooooooo, ViviBlackCullen, MayGruber, Priscila_Ida, Sweet Cupcake, BellaA, CatiaTrindade65 (continando no prólogo), Eduarda_Pontes, Carooliina, Sarah Lautner, MilahLima, Tata_Tais, Kelly_KPC, Caramelinho_NBL, LuizaFellows, Rebecka (conta excluída), QueenJane, AmyEngels (conta excluída)².
TODAS ESSAS PESSOAS COMENTARAM NO PRÓLOGO E ALGUNS OUTROS CAPS DA FIC E NUNCA MAIS VOLTARAM.
Há muitas leitoras e escritoras queridas incluídas aí, mas o que eu posso fazer? Acho que a fic estava muito enjoativa, principalmente no período deprecivo pelo qual passei. Well, espero ter melhorado. Agradeço a todas elas; pois, graças a vocês, estou aqui e continuei com a fic. Os comentários iniciais e os finais são os mais importantes durante a fic. Os primeiro estimulam a continuar, e os últimos parabenizam pelo esforço, dando-nos uma sensação de missão cumprida!
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E É ASSIM QUE ESTOU ME SENTINDO: COMO SE EU HOUVESSE CUMPRIDO UMA MISSÃO. Talvez a mais árdua, cansativa e exaustiva que exista. Terminar uma fanfiction não é moleza, muitos podem comprovar. Para mim, essa é mais uma vitória; pois nunca pensei que, em algumas semanas, teria a fic concluída. Sempre imaginei meses, tanto que dei o prazo de um semestre. Mas não! Com reviews estimuladores de sete pessoas, consegui ir mais longe.
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OBRIGADO À:
- KATHERINE BLACK (chegou tarde, mas recomepensou com os reviews. Saiba que eu já te amo, amora!);
- JEH FONTI (sempre acompanhando o meu "trabalho", considero-a uma verdadeira amiga :D);
- NATH GARCIA (louca do jeito que é, me completa! somos duas chatas no twitter, MERMO! HSUAHSUAHSU');
- AMANDO (mesmo comentando pouco, com singelos reviews, deixou-me nas nuvens (= );
- DAN (tantos "parabéns pela fic" que eu estou pensando em colecioná-los! haha, adorei te conhecer, amore! Espero te ver nos meus trabalhos futuros ou, quem sabe, em uma recomendaçãozinha aqui nessa fic!);
- ALINICA (gaúcha e amável, conquista a todos ;D Adorei te conhecer também, pois é uma das leitores que eu tenho há mais tempo! Fielidade é contigo, né? ^^);
- PATY CAMARGO (louca e risonha são sinônimos pra Paty, né? HSUAHSAHSU' Talvez bipolar também por, uma hora, odiar o Edward e depois amá-lo e venerá-lo! HSUAHUSA' Te amo, loka ;*);
- e LUH BLACK (sendo uma das minhas leitoras mais recentes, posso te dizer que tu me encantaste! É incrível o modo como consegues ser fofa!!).
Com o meu coração chorando pela despedida, deixo com vocês o último capítulo da fanfic com o nome mais longo do mundo: Minha Vida Não É Nada Sem Você.
Obrigada a todos aqueles que comentaram ALGUMA VEZ na fic. Mas tenho agradecimentos especiais às minhas leitoras especiais que não me abandonaram. Agradeço às recomendações, por mais que eu não as receba faz um ano.
Beijos do fundo do meu core para as pessoas que mais estimo felicidade na minha vida. Aliás, minha vida não é nada sem vocêS, LEITORAS! :*



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Eles acabaram percebendo que aquele era apenas o início de uma era de muita felicidade, mesmo tendo de enfrentar muitas dificuldades. Afinal, a vida deveria ser aproveitada; e, com amor, tornava-se aquilo tudo ainda melhor.

EPÍLOGO

Sorrateiramente, Renesmee adentrou na festa; abraçando-se em torno de Jacob e movendo os seus corpos, agora colados, rapidamente. A festa havia transcorrido e encontrava-se no final - já era por volta das cinco da manhã.

John e Leah estavam saindo rumo à lua de mel, que seria nas águas cristalinas da Tailândia: um destino peculiar, assim como o casal de transmorfos.

Muitos estavam aplaudindo o belo casal enquanto eles entravam no carro decorado, incluindo Embry que possuía os seus braços ao redor de Roberta. Jacob gritou um "viva ao casal!", que fora repetido pelos demais em uma comemoração. Pelo menos assim, ninguém poderia contestar a sua presença na festa. Ao ter tal pensamento, agarrou Renesmee pela cintura e puxou-a contra o seu corpo, já sentindo o seu corpo aclamar pelo dela.

Acalme o seu amiguinho, Jake! Minha família ainda está aqui! Mandou-lhe através do seu dom, demonstrando o seu semblante sério. Não queria repartir muitas intimidades em frente dos familiares, pois eles não sabiam do ocorrido. Graças a Deus, Edward encontrava-se entretido demais nas ações de Isabella. Papai vai pirar quando descobrir..., pensou novamente a híbrida, compartilhando tal devaneio.

- Se lembra do que a Alice disse? Que ele havia permitido? - Perguntou o lobo, descrente que a namorada estivesse estressando-se por causa disso.

- Er, eu preciso conversar com vocês sobre isso. - Interrompeu-o Alice, aproximando-se de lugar algum e mordendo o lábio inferior. 

Jacob tremeu levemente, em um indício de ira apossando-se de seu corpo. Ele trincou o maxilar e fitou a pequena à sua frente, procurando manter a classe e a calma.

- Como assim? - Sua voz apenas transmitia o mesmo que o seu olhar: a raiva.

- Er, eu acho que a Ness não sabe ainda sobre o seu pacto com o Edward, Jake. - A fada prosseguiu, especulativa. Por não poder ver o futuro dos dois, sentia-se insegura sobre as possíveis ações do homem imprevisível. Pelo menos, não se via arrumando nenhuma decoração destroçada da festa. Estava relaxada quanto a isso até Renesmee pedir:

- Entáo vamos lá para fora, e você tratará de explicar-se, Jacob Black! Que "pacto" foi esse com o meu pai? - O seu tom transbordava fúria; mas, internamente, não conseguia zangar-se com ele.

- Bem, eu... O seu pai um "contrato" liberdade com você. - Confundiu-se nas palavras, não atingindo o resultado esperado. Com as sobrancelhas arqueadas, Renesmee apenas fitou-o; esperando por um resultado mais explícito, que veio aos poucos. - Eu e o seu pai, no dia que reatamos, conversamos. Ele me daria liberdade com você caso eu lhe ignorasse, que foi o que eu fiz. - Ela procurou manter-se firme perante tais palavras; entretanto, seus olhos marejaram diante de tal. Ele não o fizera por querer, afinal. - Mas ele não disse nada sobre o depois, então eu senti que cumpri o necessário. E o que isso tem demais, Alice?

A fadinha mordeu os lábios, uma mania incomum para vampiros. Ela não sabia como iniciar tal assunto delicado, pois sabia que Edward não aprovaria aquilo tudo.

- Bem, eu meio que menti para você, Jacob. O Edward não permitiu coisa alguma e ele vai, provavelmente, te matar. Então, se eu fosse você, sairia correndo dessa festa. Aproveite que ainda tem... Isso aí - apontou para a sua animação por debaixo das calças, ele parecia mais um adolescente com os hormônios à flor da pele - e corra para longe! Ele precisa esfriar a cabeça antes de fazer qualquer coisa com você.

Renesmee não se pronunciou, apenas permaneceu com os olhos arregalados de medo. Conhecendo o pai que tinha há meses, enlouqueceria pelo fato dela ter entregado-se sem estar casada. O fato de estar noiva, pelo menos, diminuía o impacto de tudo aquilo.

Jacob também permanecera como em seus tempos de menino, onde brincava de estátua com Quil e Embry. Naquela época, a inocência das crianças de seis anos cercava-os; protegendo-os da magia e do mundo afora. O pequeno Black nunca imaginaria que, um dia, estaria ali: noivo de uma meia vampira e genro de um vampiro, com o qual já competira pelo amor de uma mulher. Sua vida nunca fora muito normal, mas aquilo já era loucura demais! Ter de fugir como se estivesse com medo de Edward? Ele enfrentá-lo-ia, frente a frente.

- Alice, é ridículo eu sair com o rabo entre as pernas. Eu não temo o meu sogrinho, e ele pode fazer o que quiser comigo. Ele sabe que, qualquer coisa, machucará mais à Ness do que a mim. - Renesmee sorriu ao ver o quanto Jacob havia amadurecido; era incrível como ela conseguia distingui-lo do passado.

A vampira de décadas estampou um belo sorriso, procurando pelos lados para observar se Edward estava a cerca. Ao não encontrá-lo, deixou o casal à sós, pois eles mereciam acertar os últimos detalhes.

Juntando-se ao Jazz na pista de dança, divertiu-se ao som dos novos hits modernos, movendo o seu corpo franzino juntamente do de seu eterno namorado. Permaneciam na pista apenas os seres sobrenaturais, que não se rendiam ao sono. Porém, foi-se ouvido, uma hora depois de passos sincrozinados, estrondos do outro lado do salão; e, imediatamente, Alice soube do que se tratava.

Afobada, afastou-se de Jasper que logo sentiu a sua perturbação. Seguiu-a rumo ao estrondo e visualizou Jacob ajoelhado no chão com um imenso corte na extensão do seu rosto, próximo ao olho. Edward encontrava-se com os olhos negros, curvado em uma posição assombrosa, com os ombros projetados para a frente. Seu peito movia-se rapidamente pela respiração descompensada, movida pela fúria. O companheiro de Alice sentia tamanho ódio e tentava aplacá-lo inutilmente.

Renesmee, horrorizada com a cena, encontrava-se com a mão apoiada sobre o rosto da mãe enquanto os seus olhos marejavam. O seu coração implorava por socorro ao ver os dois homens que mais amava no mundo, os seus dois salvadores, brigando. E o pior: com ela sendo parte do motivo.

- Edward, pare! - Pediu Isabella, que permanecia com os pensamentos da filha em sua mente. - Olhe o que você está fazendo com a sua própria filha!

A exclamação fizera-o descurvar-se e fitar a filha horrorizada. Os seus olhos clarearam, e o poder de Jazz começou a fazer efeito em seu corpo. Ele permitiu relaxar-se e esfriar a sua mente, procurando esquecer a sua raiva de Jacob e ser o melhor para sua filha. Ela não merecia um pai ogro daqueles.

Depois de seu bebê ter sido roubado de seus braços, ele tinha de aproveitar o máximo tempo com ela, pois sabia que logo Jacob tirá-la-ia dele. Porém nunca imaginara que seria tão cedo. Rendeu-se, entretanto, a não machucar ainda mais o Jacob se isso significava a felicidade de sua filha. Ele deveria ter pensado antes de agir e culpava-se por não o ter feito.

- Desculpe, Ness! - Pediu ele, acariciando o rosto da filha, pois aproximara-se com sua velocidade vampírica.

Esta não respondeu-lhe, pois continuava a fitar o seu amado sangrando. Edward fitou-o também, lendo na mente de Renesmee toda a sua preocupação com o transmorfo. O primeiro retesou o rosto, prevendo que teria de fazer um pedido de desculpas àquele que odiava.

- J-Jake? - A voz de Renesmee ressoou nos ouvidos de todos que observavam àquela cena aparvalhados. Usando a sua maior velocidade, a híbrida aproximou-se do seu amor e espalhou beijos sobre a sua face, preocupada com o sangue que ele limpava com a mão direita. - Ai meu Deus, você está sangrando demais! Rápido, vô Carl, venha aqui! - Pediu ela, fitando os olhos de Jacob que estavam fixos no chão. Ele sabia que tinha errado ao preciptar-se de unir-se a ela ainda sem serem casados, mas qualquer coisa seria inútil contra o amor deles: era premetidato, destinado e certo.

- Ele vai se curar, Ness. E, Jacob, você está imensuravelmente certo. - A voz de Edward não a distraiu, porém Jacob ergueu o rosto para fitá-lo. As palavras que se seguiram saíram dolorosamente, mas ele sabia que era claramente verdade: - Me desculpe, cara.

O lobo limitou-se a sorrir, um sorriso debochado de quem ganhou algo. Nunca pensou que diria isso, não é, Edinho?, pensou direcionando-se a ele, que passou correndo por Jacob e deu-lhe um tapa na sua nuca.

Renesmee riu harmoniosamente, encantando a todos com o seu riso movido à lágrimas - naquele momento, de alegria. Sua felicidade preencheu a todos, que continuaram a comemorar aquele dia, que trouxera tantas novidades.

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- Esse é muito extravagante, Alice! – Reclamou Renesmee, chocada com a indecência do vestido de noiva escolhido por sua tia.

Esta esbugalhou os olhos, incrédula com a audácia da sobrinha. Como ela não reconhecia um vestido Channel? Não haveria noiva mais bela que ela.

- Cara Renesmee, - procurou tranqüilizar-se assim como a sua voz, - este modelito é o mais novo e reconhecido nas passarelas de Paris! Por favor, não me faça devolvê-lo. – Implorou, ainda com a veste em suas finas e gélidas mãos.

A híbrida não podia arriscar-se: o busto decotado e o vestido branco sendo curtos eram ultrajados demais. Quem diria que, um dia, vestimentas curtas para andar-se na Igreja seriam moda? Infelizmente, Jacob não a pediu em casamento antes; pois ela poderia evitar tal desoportuno.

- Tia, eu não posso usá-lo! Imagine todos me vendo entrar na Igreja de pernas de fora! Nem em uma missa pode-se ir assim! É vergonha demais para mim.

Alice revirou os olhos, formando um pequeno bico com os lábios finos e escarlates. Ela atuaria para ver se a menina não se arrependia e mudava de idéia. Tristeza era um sentimento fácil de fingir, mas difícil de enfrentar ao senti-lo.

- Não chore, tia Alice! – Pediu a pequena Cullen, aproximando-se da vampira e abraçando-a fortemente.

- Mas, Ness, eu escolhi... - Antes que a vampira pudesse continuar a sua frase, o celular de Renesmee tocara, salvando a segunda de uma enganação.

Esta atendeu à ligação afobadamente, rezando para que sua tia esquecesse o assunto e trocasse de vestido.

- Alô?

- Olá, Ness. Aqui é o seu avô Carlisle.

- Tudo bem, vô? - Animou-se com a ideia de que ele poderia tirá-la daquele inferno comandado pela Alice.

- Sim. Estou ligando para avisá-la que os seus exames já saíram. - O sorriso de Renesmee desfez-se no mesmo instantes, pois tais testes eram sobre a sua possibilidade ou não de geração de filhos. Através de alguns papéis, ela descobriria as causas de não conseguir engravidar devidamente.

- Ah, claro... - Não soube o que dizer, nervosa e mordendo o lábio como reações.

- Se puder vir agora mesmo para cá...

- Perfeito! - Exclamou inerrompendo-o, ansiosa para sair do antro que Alice montara.

Deixando a tia aparvalhada e confusa no atelier, Renesmee saiu em disparada em direção à floresta, rumando à casa do avô. Queria descobrir tais mistérios e livrar-se da tortura que a baixinha criara sob medida.

Chegando lá, invadiu-a rapidamente, dando um comprimento monossilábico aos parentes que repousavam no primeiro andar. Seu pai e Carlisle encontravam-se no segundo, no pequeno escritório médico improvisado. Eles estavam com faces sérias, incompreendíveis; e, por mais que Edward soubesse da preocupação da filha, não respondeu aos seus pensamentos. Estava centrado demais em suas análises para difundir qualquer outro pensamento.

- Pai, vô? E então? - Perguntou a pequena Cullen, sentando-se sobre o largo balcão de mármore e balançando freneticamente as pernas.

Eles entreolharam-se concentrados, sem saber quem iniciaria tal delicado assunto. Edward retesou a sua cara, demonstrando a sua dificuldade para pronunciar tal informação. Carlisle, então, aproximou-se da jovem e apoiou uma mão em seu ombro; consolando-a.

- Eu vou ser bem direto, filha, - chamou-a de uma forma descontraída, como costumava a chamar os seus respectivos pacientes. - Infelizmente, Ness, - em tal ponto, os olhos da menina começaram a lacrimejar. Ela sabia que o seu maior sonho era inconcebível. - A tese de Nahuel estava certa. O seu ovário ainda está congelado, e não podemos saber se ele descongelará. O seu endométrio, a parte liberada na menstruação, que abriga o bebê, não se manifestou ainda; infertilizando-a. Sinto muito, querida.

Os seus olhos já derramavam as grossas lágrimas, antes presas em seus mais profundos pensamentos. Ela tinha uma ideia de que isso, possivelmente, aconteceria; porém, a realidade não era algo fácil de lidar-se. A vida era para os guerreiros; a morte, para os desistentes; o início, para os capacitados; e o fim, aos negligentes.

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O Sol nebulava a sua visão, turvando-a. As cortinas da sacada esvoaçavam com o vento matinal, levando uma leve brisa entre elas, que arrepiava a híbrida. A sua fonte de calor não estava deitado ao seu lado como nas noites anteriores, o que a fez abraçar o travesseiro que abrigava o odor amadeirado dele. Ao fazê-lo, fitou a sua mão esquerda que repousava sobre a fronha, reluzindo um explêndido anel de brilhantes em seu dedo anular. Ela relembrou-se de seu casamento na beira da praia, onde unira-se ao homem de seus sonhos sob o olhar Divino, onde juntara-se para o resto da eternidade ao moreno de família simples, que lhe arrebatera o coração perturbado.

- Mamãe, mamãe! - A pequena adentrou ao quarto correndo em sua velocidade humana, o limite para ela.

Renesmee fingiu que dormia enquanto a menina pulava na cama e bagunçava os lençóis. Espalhando diversos beijos molhados pela extensão da face da mãe, viu-a entreabrir os olhos.

- Olá, amor.

- Mamã, papá já saiu. Eu "tô" sozinha em casa e queria um omelete! Daqueles com bacon, sabe? Só você sabe fazer.

A híbrida fitou a humana, observando os cabelos negros e olhos azuis cristalinos da pequena. Tão linda e delicada e apenas dela. Por mais que não fosse a sua filha de sangue e eles tivessem levado três anos para conseguirem a sua guarda, ela realizara o sonho de ser mãe. Maternidade não inclui uma barriga e um óvulo fecundado; mas sim, um amor crescente e uma proteção imensurável para com a criaça. Renesmee possuía ambos, dedicando-se à filha sempre que possível. Porém educá-la e torná-la uma pessoa boa eram tarefas difíceis, mas que estavam a concretizar-se.

Com um enorme sorriso, a meia vampira fitou a pequena e pediu-a para descer, que ela iria em seguida. Ergueu-se lentamente, espreguiçando-se e escutando o estralar de seus ossos. Ao ficar de pé, virou-se para arrumar os lençóis, deparando-se com uma pequena marca de sangue sobre o lençol de baixo.

Assustada, - pois, por mais que tivesse tido relações protegidas na noite passada com Jacob, não era previsto um sangramento, - direconou-se ao banheiro, erguendo a camisola e fitando o seu sexo. Pegou um papel higiênico e aplicou-o ali, vendo-o sangrar em tal local. Perturbou-se ainda mais com tal constatação e, sentada sobre a privada, tratou de ligar para o seu avô do celular móvel.

- Carlisle?

- Sim, é ele, pois não? - Perguntou a voz masculina do outro lado da linha.

Após ela ter casado-se e adotado uma criança, a sua família manteve-se mais afastada no vilarejo enquanto os, agora, Black viviam em La Push. Assim, o contato não era frequente; ocorrendo uma vez por quinzena.

- Vô, é a Ness. Está acontecendo uma coisa muito estranha. - A aflição na voz da neta despertou o interesse e preocupação do avô.

- Pode descrevê-la?

- É um sangramento, no, na... Na minha virilha, vô. Eu estou em pânico! Eu acordei e vi aquilo e...

- Calma, Ness. Acho que tenho ótimas notícias. - O tom manteve-se tranquilo, despertando a ira na mais nova.

- Ótimas notícias? E se eu estiver desenvolvendo uma doença rara ou algo do gênero?

- Não, Ness. O que está acontecendo com você é a menstruação. - Ela congelou imediatamente, dando espaço para ele continuar. - O seu ciclo uterino iniciou-se, ou seja, você poderá realizar o seu maior sonho: engravidar. Claro, haverá providências que você deve tomar; talvez a adoção da tabelinha seja um bom método para você administrar uma gravidez. Devido ao fato de você ser sexualmente ativa... - E apenas ouviu-se o bip do outro lado da linha, apertado em um impulso por ela. A estupefata híbrida encontrava-se, pois, em um rio de lágrimas silenciosas; que lhe caíam pela face de mármore em gotas delicadas, tanto quanto o assunto.

Ela pôs as mãos sobre ventre; imaginando a possibilidade de ter e abrigar um filho ali, futuramente. Sua emoção era indescritível; e nem para reparar na entrada abrupta de Jacob em casa e, posteriormente, no banheiro, fizera-a sair de seu próprio mundo. Ao contrário, servira como um impulso para a felicidade abrangente em seu peito aumentasse e, consequentemente, sua vida completasse-se.

Sua pequena Mariana - a sua filha adotada que seria amada como qualquer outro filho, independente de seu sangue -, seu Jacob e, naquele momento, a oportunidade de ter um filho eram as suas necessidades. Não tinha do que reclamar, do que repensar. 

Pois o coração, às vezes, erra propositalmente. Pois nós somos apenas vítimas do futuro, por isso temos de sofrer no presente. Pois tudo há um motivo, e a razão de Renesmee viver não era consolar Jacob ou adotar Mariana, mas sim vencer os desafios propostos pela vida e demonstrar a todos o quão importante é a persistência.

Não ter persistência significa não ter desafio, o que torna a vida sem graça, sem obstáculos; tornando-a plana, mas não plena. Felicidade é o que procuramos; sofrimento, eventualmente, é o que encontramos. Mas não devemos desistir, pois o nosso histórico torna-nos mais fortes, guerreiros, vencedores. E todo ganhador traz algo em troca: aquilo pelo qual batalhamos para ter, no caso, a felicidade.

Renesmee poderia ter muitos arrependimentos, mas, se eles levariam-na para aquele mesmo lugar, repeti-los-ia diversas vezes; pois, o errado às vezes leva-nos ao certo.


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Notas finais do capítulo

Meu coração lhes implora para que esta não seja a última vez a nos vermos.
Eu amei cada recadinho seu aqui, cada risada ou lágrima sua. Adorei a sua presença e a sua paciência por continuar insistindo nessa fanfic. Realmente gostei do seu compromisso, mesmo não comentando, mas acompanhando.
Espero que as leitoras fantasmas apareceram nesse último capítulo, juro que não brigarei com elas. É só dizer um "gostei!" ou "parabéns pela fic!", ou deixar uma recomendação. :)
Fiquei bem triste que não ganhei nenhuma...
Espero não os ter decepcionado com o EPÍLOGO! Espero que tenham ficado encantados com tal oportunidade.
Cuidem-se. :) Que o melhor chegue a ti.
Beijos ♥
-
OBS.: SE VOCÊ LEU E GOSTOU, DEIXE UMA RECOMENDAÇÃO (': Emocione-me e acredite: espalhará felicidade a alguém no mundo. Faça uma pobre autora sorrir. :D