Minha Vida não é Nada sem Você escrita por Letícia Silveira


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

E aí, galera?
Well, recebi apenas 8 comentários de 73 leitores; mas não vou deixar esses pouquinhos leitores na mão.Eu só queria pedir uma coisa: acabarmos a fic com 800 reviews *-* Que tal termos essa meta? :)
Bora ler? Beijos ♥
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P.s.: sobre o imprinting gerar filhos, é apenas uma suposição. :) Mas vamos ler para ver o que vai acontecer.



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– Por isso, em nome da Guarda Volturi, pergunto-te: entre a morte e a junção à nós, qual gostarias?

Renesmee fitou a todos os seus amados. Não aguentaria o olhar de decepção direcionado a si: a culpa era demais para ela. Porém ser morta fora algo que ela sempre abobinara: temia o fim como ninguém. O que deveria fazer: entregar-se como uma covarde ou enfrentar a morte?

– Você está certo, Jacob! - Comemorou Edward, retirando-a de seus pensamentos. - Aro, sinto lhe dizer, mas não haverá matança hoje. - O seu sorriso torto preencheu o seu rosto; e Isabella, imediatamente, percebeu que aquillo não era uma causa perdida.

CAPÍTULO 26

– Estimado Edward, qual seria a solução para evitarmos tal desoportuno? - Perguntou com um tom curioso em sua voz, escondendo a ironia e raiva que guardava internamente.

– Pai, não precisa fazer loucuras. Eu já sei o que eu quero, o que eu mereço. - Interrompeu Renesmee, fitando seriamente o belo homem de cabelos dourados. O ódio que a consumiu assim que pronunciou tais palavras era imensurável: - a morte. Eu mereço morrer, podem me matar. - A vergonha e a dor que sentia apenas sossegariam através de um descanso de mente, conciência e corpo.

Bastou a manifestação de Renesmee para Félix fitar o seu mestre, correndo em meros segundos até a híbrida e agarrando o pescoço da moça. Uma posição letal, tão mortal e banalmente humana.

– Que pena, pequena Renesmee. - Lamentou Aro. - Serias um grande incremento em nosso grupo, como eu comentara antes.

A menina ignorou os comentários irônicos do vampiro sádico e apenas fitou um estático lobo avermelhado que a encarava de volta. Amor, paixão e dor encontravam-se ali. Ele aceitara, finalmente, que não poderia culpá-la por uma lei estúpida de sanguessugas; quando, na verdade, ela estava apenas saciando uma fantasia sua: a de ser mãe. Sentiu uma enorme lágrima, do tamanho de uma bola de golfe, escapar de seu olho ao vê-la tão indefesa enquanto ele permanecia imóvel. Suas patas não conseguiam mover-se: era como se o seu coração diminuísse o ritmo, e ele desfalecesse junto a ela.

– Aro, ouça primeiro o que eu tenho a dizer! - Implorou Edward, estendendo os braços em uma tentativa inútil de alcançar a filha e protegê-la. Seu timbre agudo explicava o seu desespero.

– Félix. - Pediu Aro, sinalizando com a mão para ele parar.

– Você não pode culpá-la! - Exclamou o vampiro de madeixas douradas. - Jacob pensou certo: ela não transformou o menino, e apenas o transformador de crianças imortais é condenado. Não podem desmembrar uma inocente!

O silêncio instalou-se rapidamente assim como a chuva esvaiu-se. Permanecendo molhados e estáticos, nenhum corpo atrevia-se a concordar ou descordar. Os Volturis, com dois vampiros adicionados, provavelmente, venceriam o combate devido aos seus poderes. Não poderiam atestar algo, apenas Edward tivera tal coragem para salvar um dos seus motivos para viver: a sua filha. Sem ela, seria incompleto; e era provavelmente assim que Renesmee sentia-se.

Aro, após ouvir o relato, encostou levemente a sua mão na de Caius. Em seguida, fê-lo na de Marcus. Internamente, todos revoltaram-se; afinal, eram os líderes da sociedade vampírica após terem regido as leis de convivência mútua. Marcus, porém, vira o forte contato que aquela família possuía; e que procurariam testemunhas após terem matado uma inocente.

Não podiam fazê-lo: acusar sem provas apenas para seu deleito pessoal. Aro, entretanto, não queria matá-la desde o início; pois seria interessante tê-la causando ilusões nos demais vampiros. Ele vira que ela poderia utilizar o seu poder como o de Zafrina, montando quadros e imagens, aprisionando a pessoa lá. Era necessário, todavia, de um contato pessoal; que poderia ser aprimorado com o tempo.

– Chegamos a uma decisão conjunta, com dois votos a favor e um contra. - O contra, claramente, era de Caius; que alimentava um ódio crescente da aliaça entre os vampiros e os lobisomens, mesmo não sendo filhos da Lua.

Edward não pôde deixar de estampar um sorriso, avisando a todos que o pior já havia passado. Félix, porém, não retirava os seus braços do pescoço de Renesmee.

– A pequena Cullen será inocentada, pois o verdadeiro culpado deve ser morto. E vamos atrás dele imediatamente. Mas, primeiramente, eu preciso da criança e o local de sua localização.

Félix largou Renesmee e chutou-a por trás, deixando-a cair de cara sobre a grama molhada. Ela deitou-se, recolhendo-se com dor e passando mentalmente ao seu pai aonde Matheus estava e aonde fora encontrado. Não teria coragem de dizê-lo em voz alta: seria como confessar o maior crime de sua vida. Não que ela achasse Matheus o seu pecado: ela nunca se arrependera de tê-lo cuidado. Todavia, entregá-lo e condená-lo eram coisas demais para a menina. Não conseguiria fazê-lo, mas era isso ou a sua família e seus amigos, que estiveram esperando-lhe esse tempo todo, seriam afetados.

– Retiramo-nos sem causar prejuízos e esperamos sigilo sobre o nosso encontro. Não queremos dissipar as informações sobre a nossa estadia nos Estados Unidos. É algo passageiro. - Aro suspirou, cansado (caso o cansaço pudesse atingir um vampiro) e rendido. - Enfim, foi ótimo revê-los, caros amigos. Sinto-me muito mal por Renesmee não poder procriar: está claro que um ser incrível surgiria dela e Jacob.

Ouviu-se um rugido vindo do lobo para o qual ele virou-se.

– Caso queiram se juntar a nós, podem vir. Seriam peças raras de nosso clã. Isso os inclue, caros Cullens. Alice, Edward, Bella... Renesmee. - Completou pairando os seus olhos vívidos na híbrida, que ainda encontrava-se deitada sob o céu nublado.

– Se um dia nos interessarmos, te diremos. - Concordou o pai da meia vampira, sereno. Sabia do turbilhão de sentimentos que se apossava de Renesmee, porém ela precisava de arrepender-se para aprender as consequências de seus segredos ocultos. Compartilhar e repartir sempre era a coisa mais honesta a fazer-se.

Em um leve andar, os Volturis começaram a sua retirada lenta, dirigindo-se ao norte, aonde encontrava-se Matheus.

– Ganhamos? - Perguntou, euforicamente, Tânia; recebendo um olhar duro de Edward.

– Olhe a sua sobrinha. - Assim que ela fê-lo, arrependeu-se de tal ato. A dor na face de Renesmee era palpável, pois encontrava-se retraída em uma careta sofrida com lágrimas jorrando de seus olhos.

– Ó, querida! - Exclamou Esme, aproximando-se com pesar da neta.

Tocou-lhe a face aguada e viu-a fitando fixamente o horizonte, por onde os Volturis partiram. O que a machucava era o fato de terem levado a melhor parte de sua vida junto: aquele quem ela considerava ser o seu filho. Já havia formado um grande vínculo com aquele bebê mesmo com o convívio sendo limitado.

– D-Desculpe. - Sussurrou ela com a voz entrecortada, sem forças.

Seu pai pegou-a no colo, assentindo a Jacob após ouvir uma mensagem muda em sua mente. Enquanto alguns transformos comemoravam, como os novos, Collin e Brady; os outros preocupavam-se com a filha de Isabella, que se encontrava aos nervos igualmente.

Apesar da dúvida perante Renesmee, seus sentimentos não haviam mudado quanto a ela. Seria sempre a pequena e sensível Nessie, que estava aproveitando agora os momentos com a sua família. Devido ao inoportuno primeiro evento com os Volturis, tivera a sua infância perdida. Não conseguira vingar-se dessa vez e ainda perdera um de seus bens mais valiosos: Matheus.


O tempo, entretanto, passou; aliviando a sua dor lentamente. Não se esvaíra por completo, mas diminuíra a ponto dela conseguir erguer-se da cama: coisa que ela não fazia durante esses três dias. Jacob não parava de segui-la, procurando reconfortá-la com carinhos. Normalmente, fitava-a e secava suas lágrimas; que escorriam silenciosamente enquanto ela via nada em especial, apenas a parede branca encontrava-se à sua frente.

– Matheus era um nome bíblico, Jake. Ele não era alguém do mal. Senão, já teria me atacado. Afinal, eu tenho sangue humano também. - Murmurava ela sem olhá-lo, dando diversas pausas e suspirando continuamente.

– Sabe, Ness, - procurava mudar de assunto - hoje pensei em ir à La Push. Gostaria de ir? É bom sair da cama um pouquinho... Sabe como é: sacudir o esqueleto! - Disse algo bem antiquado apenas para fazê-la rir e conseguiu, escutando um leve e rouco soar de sua boca em uma risada anasalada.

Ela pensou claramente sobre isso, resultando na decisão de retirar-se de casa para esparecer. Precisava de novos ares e, vendo os seus queridos amigos, talvez fizesse-o.

Jacob saiu do quarto deixando-a arrumar-se enquanto Edward pedia-lhe para terem uma conversa séria. Caminhando alguns metros para longe da casa principal, o vampiro dirigiu-se ao lobo com um olhar triste, cansado, exausto. Iniciou-se dizendo que entendia a dor de Renesmee; pois, caso visse-a morrer, provavelmente morreria junto. Jacob assentiu, sabendo que faria o mesmo.

Edward deu continuidade ao seu discurso, porém Jacob pediu-lhe para ser mais específico.

– Nós temos que passar algum ensinamento à Ness. Não podemos deixá-la cuidar de outra criança assim! Temos de recuperar a confiança que tínhamos nela. Por isso, te peço para ignorá-la por agora; seja mais frio, calculista, aproveitando que ela tenha melhorado.

O rosto de Jacob contorceu-se em uma careta de espanto. Nunca imaginaria Edward Cullen pedindo-lhe para maltratar verbalmente a sua filha. O Alfa balançou a cabeça negativamente, demonstrando um sorriso de escárnio em seguida.

– Eu não vou fazer o que você me pede, sanguessuga. Não depois de tudo que ela passou.

– Jacob, eu só estou te pedindo para tratá-la menos como a afetada; e, mais como a culpada. Ela tem de pedir desculpas; na verdade, implorá-las. Só assim aprenderá a lição.

Uma risada rouca ecoou do corpo másculo e moreno enquanto arrancava alguns fios de cabelo com força.

– É impossível eu machucá-la, Edward. Eu não conseguiria, nem se quisesse!

– Falta força de vontade. Consiga-o e prometo não me intrometer no seu possível relacionamento com a minha filha. - As palavras contraíram a sua boca; mas, pelo menos, saíram (mesmo que dolorosamente).

Jacob permanecia a balançar a cabeça, não consentindo. Seria ótimo - na verdade, perfeito - se Edward não lhes ditasse quando e aonde poderiam fazer o que quisessem. Por mais que ainda não tivessem voltado, logo ele conquistá-la-ia; ele sabia disso. Com sua confiança e presunção acompanhando-o, ele resolveu aceitar, pois ela não deveria chatear-se por alguns atos. Mais tarde, ele recompensá-la-ia.

– Tudo bem, eu aceito esse trato louco aí.

– Eu sabia que iria.

– Alice? - Perguntou Jacob, erguendo uma sobrancelha ao fitar o homem parado à sua frente.

– Como se ela conseguisse prever o seu futuro, cachorro. - Brincou Edward com o apelido, dando um leve soco em seu ombro. - Foram apenas longos e tristes anos de convivência.

– Claro, claro. - Aquela resposta tão Jacob descontraíra o clima, todavia o vampiro de madeixas loiras continuava a imaginar o quanto arrepender-se-ia por deixar a sua filha sem limites com o transmorfo. Mal sabia ele que talvez eles não se entendessem tão cedo.



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Notas finais do capítulo

Obs.: a tia Steph não deixou claro sobre a lei das crianças imortais em Eclipse; mas eu a compreendi assim.
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O capítulo ficou pequeno porque era para ter acabado com os Volturis saindo da batalha, mas ia ficar com mil palavras. Daí eu já acrescentei coisas do cap 27, o próximo.
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E NÃO ODEIEM O EDINHO! Tadinho, quer apenas ensinar a filha... E o Jacob entrando nessa não vai prestar!!!
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Espero não demorar com o próximo cap também.
Agora faltam apenas dois capítulos que serão razoavelmente grandes: o capítulo 27 e o 28. Depois teremos o Epílogo :DD E o John e a Leah aparecerão mais daí (;
Beijooocas :*