Minha Vida não é Nada sem Você escrita por Letícia Silveira


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

NÃO É AVISO, GALERA! É CAPÍTULO MESMO!
Fazia tempo que eu não postava tão rápido, né?
Me empolguei hoje! :D
Acabei por postar "Isso É Amor?" e me virei para escrever o cap daqui.
O capítulo 25, este aqui, é pequeno; mas, na programação, ele não seria muito grande. Estou contente com o resultado e espero que gostem.
Próxima fic a ser atualizada será Dulce Pecado. Depois Isso É Amor. Broken Glass está em HIATUS por falta de co-autora. As demais eu apenas beto ou compartilho com co-autoras. :)
Beijoos ♥
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P.s.: aproveitem essa semana que eu estou no pique do carnaval... kkkkkkk



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- Percebo que, dessa vez, estávamos certo, caros irmãos. - Aro murmurou fitando Caius e Marcus. Soltou a mão gélida de Renesmee e fitou-a com asco.

Edward já estava ciente dos atos de Renesmee, portanto sabia que a guerra era iminente. Fitou Bella sentindo-a com raiva, mesmo sem poder ler os seus pensamentos. Mas não podia deixá-la sentir raiva da própria filha com o depoimento que escutaria. Não, ele não podia deixá-la fazê-lo.

Imediatamente, uma ideia um pouco absurda cruzou em sua mente; por mais que, mesmo assim, fosse machucar o coração de sua mulher. Porém ele nunca prometera ser perfeito, o que não lhe causaria uma decepção tão grande à Isabella quanto seria caso Renesmee fizesse-o.

Determinado e com aperto no coração, sem saber como aquilo acabaria, rumou um passo à frente, prestes a mudar o rumo daquele combate.

 - CAPÍTULO 25

- Edward. - Bella sibilou, sentindo o seu escudo fraquejar em certas áreas, pois eram muitas pessoas necessitando de proteção. Seu marido avançando com a camada do seu poder não a ajudava.

- Deixe-me ir. - Pediu ele sem conseguir fitá-la diretamente nos olhos. Depois disso, provavelmente, ela não olharia mais para ele. Dizer adeus aos seus olhos castanhos era como desfazer-se de um vício alimentado há anos. Isabella continuou envolvendo-o com o escudo, com medo de ele machucar-se. - Por favor.

Ouvindo-o pedir tão sofridamente, deixou-o libertar-se. Concentrou-se em sua filha, Renesmee, que se encontrava próxima a ela, tremendo e com o coração acelerado. O instinto protetor de mãe de Bella dizia-lhe para protegê-la, para não a abandonar, para cuidá-la. No entanto, a sua mente perguntava-se por que ela precisava de proteger sua menina quando o seu marido estava caminhando em direção ao inimigo?

Alternou olhares entre Edward e Renesmee, observando a expressão temerosa da filha e a determinada do marido. Ela perguntava-se por que eles pareciam guardar um segredo entre si.

Logo, o olhar atento de Bella foi atraído pelo sorriso matreiro de Aro Volturi. Ela sentiu um asco em sua garganta ao vê-lo sorrir tão falsamente. Como alguém poderia ser tão hipócrita?, indagava-se.

- Sabe, eu poderia esquecer os nossos inoportunos com a bela adição que Renesmee Cullen faria ao nosso clã. Aliás, ela tornou-se uma mulher estonteante! - Elogiou Aro, analisando as formas proporcionais do corpo de Renesmee.

Com tal "elogio", Bella não aguentou e rosnou guturalmente, assim como Jacob. Ambos sentiram o seu estômago revirar ao imaginar o "sanguessuga caquético", como pensara o lobo, próximo à sua amada.

Edward apressou-se e deu sua mão para Aro segurar. Poderia dividir todos os seus momentos felizes, porém a coisa mais importante era repartir o seu plano com o líder do clã italiano. Loucura? Realmente era! Contar com a ajuda de Aro Volturi para seguir com o seu plano poderia acabar em tragédia.

Aro leu a mente de Edward, observando os momentos da descoberta de Renesmee por outro ângulo. Ele fizera os Cullens sofrer muito, mas não era o bastante. Não aceitou o plano do pai da híbrida: render-se e dizer que ele havia transformado crianças para imortais, pois ele queria receber a culpa para que Renesmee saísse ilesa.

Após um longo riso, cheio de ironia, Aro murmurou:

- Os Cullens estão com golpes cada vez mais baixos. Primeiro a filha querendo me passar a perna, e agora o pai!

Bella franziu o cenho, entortando a sua cabeça em direção aos vampiros do outro lado da campina.

- Por favor, Aro. Eu lhe imploro. Não é culpa dela. - Sussurrou Edward, prevendo limitar a audição apenas a Aro.

- O que aconteceu? - Ouviu-se ecoar a voz de Bella em pleno desespero.

Aro deliciou-se mais uma vez com o desespero do clã que se dizia ser uma família. Eles, realmente, eram uma vergonha para o mundo vampírico: desafiavam a si mesmos em uma dieta "vegetariana", viviam como coelhos agrupados, conviviam com humanos que deveriam ser sua comida e eram aliados de lobos gigantescos, parentes de filhos da lua. Como ele pensara: patético.

Finalmente, ele poderia acabar com aquela "família". Seria uma pena desfazer-se de muitos ali, pois a preciosidade dos poderes naquele clã era muito vasta. Estava em êxtase, porém, por ter uma desculpa para destroçá-los. Depois da vergonha que pagou perante as suas testemunhas em seu último encontro, precisava de vingar-se.

- Por que não perguntas à tua filha, cara Isabella?

O sorriso de escárnio de Aro Volturi alertou-a para não o fazer. Provavelmente, era apenas uma desculpa do vampiro para amedrontá-la, pensou ela.

Todavia, assim que se virou em direção à sua pequena, viu-a tremendo, com os olhos arregalados, rezando mentalmente para que acordasse de tal pesadelo. Não, pela primeira vez, os vampiros de olhos vermelhos vivo não faziam parte de sua fantasia. Realidade conseguia ser uma palavra muito forte para ela às vezes.

- Perdeste a voz, Nessie? - Aro perguntou-lhe, fazendo-a termer dos pés à cabeça.

Seus pelos do braço arrepiaram-se; mas, dessa vez, não fora devido ao frio. Ouvi-lo dizer melosamente o seu apelido, fruto da lida de suas memórias, aumentou-lhe a sensação de nojo em seu corpo. Ela não se sentia suja apenas pelo que fizera, mas por ter de ouvir tais coisas de Aro e saber que o mesmo estava certo.

- E-Eu juro que eu não queria tê-lo feito. - Desabou sobre o chão, ajoelhando-se e curvando as costas, escondendo o rosto com suas mãos e seus cabelos. Sentia-se envergonhada por estar fazendo tudo aquilo na frente das pessoas que confiaram nela, que entregariam a sua vida e a de seus parceiros na mão de vampiros sádicos para protegê-la.

As lágrimas, logo, molhavam-lhe a cara e causavam-lhe uma sensação de impureza. Resultavam no grudar do cabelo no rosto que, então, percebeu o início de uma leve chuva.

O pingar de gotículas da água camuflava-se com o seu choro. Renesmee não sabia se deveria encará-los, mas decidiu fazê-lo. Seu rosto inchado não amoleceu o coração duro e sem emoção de Aro.

- Perdoe-me, Aro. Nunca havia sido informada das leis vampíricas impostas por vós, muito menos sobre o preço a ser pago. Eu apenas imploro-te o teu perdão! - Exclamou ela, sentindo suas pernas fraquejarem, fazendo-a agradecer por estar sobre a relva que a natureza esbanjava.

- Cara Cullen, era para eu estar emocionado com tal discurso? Nós, Volturis, não perdoamos. 

- Eu fui movida pelo desejo! Por favor, não culpe a minha família por algo que eles nem sabiam! Pode matar-me, mas deixe-os a salvo. - Fora o suficiente para a Alcateia e os vampiros aliados dos Cullen revoltarem-se. O que poderia ser tão ruim a ponto de fazê-la render assim?, indagavam-se movidos pela curiosidade.

Mesmo sem entender o que aquilo queria dizer, Jacob apavorou-se com o pensamento de um mundo sem Renesmee. Passar dias sem senti-la protegida em seus braços, sem o aconchego de sua temperatura ou sem a sua voz melodiosa, era demais para ele. Imagine então viver sem ela para sempre? A dúvida não hesitava em sua mente: caso isso acontecesse, iria matar-se em seguida.

Os demais lobos recuaram com a força do pensamento de Jacob, que não alterou a sua posição perante tal pensamento. Renesmee era o seu fundo, e, se ela fosse embora, ele também iria. Porém, a partir daquele momento, ele estava ainda mais decidido a guerrear com os Volturis. Precisava de manter Renesmee viva, nem que ele morresse para isso.

- Matar-te-ei? É isso que pensas? - Voltou a soltar um riso debochado, tratando de explicar os seus motivos para tal enfrentamento: - Os Cullens acabaram por desafiar a nossa raça, queridos amigos. - Declarou ele, virando-se em direção ao seu clã. - Renesmee Cullen tratou de, escondida da família, cuidar de uma criança imortal, sedenta por sede, sedenta por morte! - Exclamou extasiado com a situação.

Os murmúrios entre o clã Cullen e Denali, assim como o das Amazonas, ocuparam o ambiente da campina. Todos encontravam-se incrédulos, pois essa regra não era infrigida há anos. Por isso, era uma das leis mais sagradas aos vampiros; pois todos concordavam o quão perigosas poderiam ser as crianças imortais. Não crescer nunca, nem saciar a sede eram coisas impactantes na sociedade de monstros sanguinários.

Os olhos de Renesmee marejaram já iniciando-se novamente a costumeira coçeira. A descrença e os olhares tortos de seus amigos e familiares machucavam-na internamente. Claro que ela estava errada e sabia disso, todavia ver a face decepcionada de sua mãe aumentava a sua ferida.

- Vejo que devemos tomar uma decisão, mestre. - Distraiu-se com a voz de Alec, que aparentava serenidade enquanto fitava ao clã inimigo.

- Alec, Alec, vamos deixar a menina se esclarescer. Renesmee, - Aro retornou a sua atenção à híbrida - o que você estava pensando ao contradizer a maior lei de nossa espécie?

Ela respirou fundo, evitando fitar quem encontrava-se próximo a ela, como tia Rosalie, tia Alice (provavelmente, decepcionada por não ter visto nada daquilo) e Jacob... Não poderia mais chorar caso quisesse clarear a mente de todos ali. Através de uma boa convera, talvez invertesse o destino fatídico que lhes aguardava.

- Sabe, eu realmente gostaria de me desculpar. Entendo e sei o quanto estou errada, mas vocês são vampiras. - Murmurou ela, fitando a todas as mulheres em pé na clareira, inclusive as inimigas. Seu olhar, por fim, parou em Leah; que bufou irritada. - E transmorfa. Aposto que sabem qual é a dor que sentimos quando descobrimos que nunca mais poderemos ter um filho. - Ela limpou o resto das lágrimas que marcavam o seu rosto com as costas da mão; para, então, prosseguir: - Sentimo-nos impotentes, é decepcionante. Saber que não carregaremos o nosso próprio bebê em nossos braços, que não acordaremos de madrugada para alimentá-lo de nosso seio, que não teremos com quem compartilhar o laço da maternidade, que não esperaremos nove meses esculando como será a carinha de nosso bebê... Que nunca escutaremos uma voz de sinos capaz de nos enfeitiçar; ou, um choro capaz de nos enlouquecer! - Uma pequena risada foi-se ouvida da híbrida. - Enfim, nunca teremos uma miniatura de um joelho.

Deu-se silêncio na clareira, com muitos pensamentos perturbando Edward. Ele subestimara a dor que a prepotência poderia causar, pois todas as fêmeas daquele local estava culpando-se internamente... Inclusive Jane, o que fê-lo arregalar os olhos de surpresa.

- Eu descobri há poucas semanas que eu não poderia ter filho. Aparentemente, o meu útero é como o de vocês: congelado. Não tenho um ciclo de ovulação. No mesmo dia, coincidentemente, encontrei um menino perdido na floresta. O seu choro angelicial chamou-me a atenção, e, quando vi, já estava tocando-lhe a face alva. Era dura como mármore, mas não me importei: seus olhos, mesmo tendo a coloração vermelha viva, eram carinhosos. Não me mordeu, não riu e parou de chorar. Foi um momento apenas nosso: meu e do Matheus.

Seu depoimento poderia ter acabado; a diversão de Aro não, entretanto. Ele começou a rir e a bater palmas enquanto Caius fitava-o seriamente, repreendendo-o pela atitude tão infantil de seu, praticamente, irmão.

- Belo discurso, querida Renesmee. Pena que suas palavras não valem absolutamente nada: você apenas mentiu desde que chegou nessa casa.

Ele virou-se, então, aos Cullens; observando as mais diversas expressões, que combinavam em apenas uma coisa: na dor. Todos possuíam os rostos contorcidos na mais pura e crua dor, inclusive Carlisle que não se redimia a ela há anos. Os lobos liam os sentimentos obscuros de Jacob, que iam desde raiva à descrença, sem nunca conseguir abandonar o enorme amor que ele alimentava de Renesmee. Desde que a reencontrara, não havia almadiçoado o imprinting; mas, naquele momento, não havia nada mais oportuno. Os transmorfos acabavam por abaixar as orelhas, impressionados com a enxurrada de informações e pensamentos de Jacob Black.

- Vejo que, mesmo sofrendo, os teus familiares não gostariam de ver-te morta. Realmente, o desperdício de tua morte seria imensurável. - Ele tocou na mão de Marcus e Caius, assentindo em seguida ao ver a decisão conjunta. - Por isso, em nome da Guarda Volturi, pergunto-te: entre a morte e a junção à nós, qual gostarias?

Renesmee fitou a todos os seus amados. Não aguentaria o olhar de decepção direcionado a si: a culpa era demais para ela. Porém ser morta fora algo que ela sempre abobinara: temia o fim como ninguém. O que deveria fazer: entregar-se como uma covarde ou enfrentar a morte?

- Você está certo, Jacob! - Comemorou Edward, retirando-a de seus pensamentos. - Aro, sinto lhe dizer, mas não haverá matança hoje. - O seu sorriso torto preencheu o seu rosto; e Isabella, imediatamente, percebeu que aquillo não era uma causa perdida.


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Notas finais do capítulo

GENTE, ANTES FOI ALARME FALSO DA TENTATIVA DO EDWARD! MAS ELE TENTOU PELO MENOS!
VAMOS VER SE, DESSA VEZ, DÁ CERTO ")
Well, próximo cap tem o fim da luta. E FALTAM APENAS 3 CAPS E O EPÍLOGO PARA O FINAL DA FIC. Mas há um cap bem longo pela frente, para andarem as coisas.
Entonces, espero que tenham gostado e que o prazo de quatro dias tenha agradado a todos.
Beijoos :*
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