Remember me escrita por Percy Potter


Capítulo 1
O início


Notas iniciais do capítulo

Capítulo inicial desta nova história, espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei de pensar sobre ele.



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 Algum de vocês já se sentiram vazios por dentro ? como se nada importasse, como se tudo que você fizesse não tenha sido planejado por você, como se todos sorrisses falsamente para você, onde ninguém realmente queira saber como foi seu fim de semana, o que você fará quando terminar a escola ou o que você está sentindo, como se tudo isso fosse uma farsa ?

 Bem, é assim que eu me sinto, não me levem a mal, não sou um suicida nem nada disso, são só uns pensamentos loucos que passam pela minha cabeça as vezes, como quando estou no chuveiro, ou um pouco antes de dormir, ou então na janela do ônibus... nossa, esse último é o rei dos pensamentos depressivos, principalmente em um da chuvoso, como hoje. Mas, apesar desse sentimento de solidão, eu gosto desses pensamentos, pois enquanto penso nessas coisas ruins, percebo o que é realmente bom, meus pais, que só gritam e me dão ordens, como se eu fosse um soldadinho, sem pensar em mim ou em como eu me sinto. E em meus amigos... bom, os meus 3 amigos pelo menos, não que eu ache ruim, só não tenho um exército de pessoas com quem e possa contar.

 Me sinto mal por eles quando penso assim, como se eu estivesse sendo mal agradecido por eles estarem comigo, mas é que eu não controlo minha mente, ás vezes, quase sempre, bate esses pensamentos loucos, de solidão.

 Me chamo Percy, tenho 17 e estou no último ano da Academia Yancy, pronto, não tem mais nada a dizer sobre mim, é assim, simples, não sou interessante, não sou engraçado, não sou esperto, não sou bonito, não sou popular, nem talentoso, nem atlético, nem... vocês entenderam, sou só o Percy, sem nada demais.

 Enfim, estava tendo esses pensamentos loucos novamente enquanto ia para a escola, o ônibus estava vazio, e eu me perdi tanto em pensamentos que perdi até do ponto. Foi estranho, assustador e ao mesmo tempo engraçado, do nada eu "despertei" e comecei a ver umas ruas diferentes, meu primeiro pensamento foi: Fudeu, onde eu estou ? vou ficar aqui pra sempre. Depois eu me "acalmei" e pedi informações ao cobrador, ao que parece, passei do meu ponto tem uns 30 minutos, esse é o lado bom, o ruim é que eu já estava atrasado e o Sr. Tântalo, que por sinal me odeia, já havia deixado bem claro que se eu me atrasa-se só mais um dia iria ficar 1 mês de detenção, um exagero né ? só por que as vezes tipo, 4 dias por semana, eu me atraso.

 Para melhorar o meu dia, fiquei quase 20 minutos no ponto esperando a droga do ônibus, (já mencionei que estava chovendo ?). Pensei em ir para casa, mas minha mãe está uma fera comigo por N razões, mas posso dar uma volta por ai e esperar até a hora de ir para casa, melhor não, o Sr. D, que também me odeia, iria ligar lá em casa para saber o que houve, vai por mim, isso já aconteceu antes. Então, resolvi que iria para a escola.

 

— Olha só quem resolveu aparecer, veio nadando foi sr. Jackson ? - disse o imbec... o professor Tântalo, quando eu finalmente cheguei na escola

— Desculpe pelo atraso senhor - eu disse entrando na sala enquanto os alunos riam, tiravam fotos e faziam piadas de mim, talvez eu estivesse um pouco sujo por cair após descer do ônibus e corer para a escola, eu já ia entrando quando Tântalo bloqueou meu caminho

— Não é para mim que você deve desculpas, vá falar com o Sr. D, e já leve isso para ele assinar, boa sorte na detenção, Percy - o jeito que ele disse meu nome me fez quase  vomitar, e isso que eu adoro meu nome, peguei o papel da detenção e me dirigi até a sala da diretoria, fui fervendo de raiva, ouvindo comentários dos alunos que passavam por mim.

 Subi até o 3° andar, que era o da diretoria e no topo da escada, havia uma garota descendo, vê-la me fez parar na hora, seu nome é Annabeth, ela é da sala da minha prima/melhor amiga Thália, e eu meio que sou afim dela, mas nunca contei para ninguém, eu apenas sempre fiquei a observando de longe, fiz isso durante 2 anos, não tenho coragem e muito menos confiança para tentar algo, e quando falo com ela meu coração parece que vai sair pela boca, é algo horrível, não recomendo para ninguém. Ela parou ao me ver também, e me observou curiosa, seus olhos cinzas fixados em mim, provavelmente no fato de eu estar molhado, coberto de lama e grama e agora, após vê-la, corado.

— Oi - eu disse e tive vontade de me jogar da escada no mesmo instante, ela iria rir de mim... e ela fez.

 Ela começou a rir, e eu sabia que já estava provavelmente totalmente vermelho, e mesmo naquela situação achei sua risada perfeita, mesmo com ela até mesmo engasgando de tanto rir, ela desceu até mim com os olhos brilhantes e um sorriso no rosto, é meio patético, mas me alegrei em ver que a deixei tão feliz, ela parou na minha frente e inclinou um pouco a cabeça de um modo fofo.

— Você está bem, Percy ? - ela disse

 Lembra como eu disse que odiei o modo como Tântalo disse eu nome ? com ela foi ao contrario, quero que ela diga meu nome assim para sempre.

— Estou ótimo, melhor impossível, e você ? - eu disse sarcástico e isso a faz rir novamente

— Foi mal, mas... o que houve ? - ela disse

— Me atrasei, perdi meu ponto, peguei chuva e cai - resumi para ela que deu um sorrisinho dessa vez apenas

— Você tem algas na cabeça - ela disse

— Que hilário

— Não, é sério - ela disse pegando algo que estava no meu cabelo e me mostrando, algas

— Que ótimo - eu disse - está encrencada ? - perguntei para mudar de assunto

— Como assim ?

— Acabou de sair da diretoria - eu disse e ela fez uma cara de espantada

— Ah Deus, desculpa Percy, mas tenho que ir, me esqueci que tenho que fazer uma coisa - ela disse e saiu correndo, me deixando plantado ali da escada, após um minuto encarando o nada, resolvi ir logo ver o Sr. D

 

Depois de quase 1 hora ouvindo gritos e xingamentos (que não me importei já que em nenhum ele acertou meu nome) o Sr. D me liberou me dando 1 mês de detenção, além de ficar até depois nas aulas, ainda teria que ajudar um grupo de trabalho comunitário, isso foi a pedido da minha mãe, que aposto que ira me xingar até umas horas.

— Cara, você realmente é azarado - disse Grover, um dos meus únicos e melhores amigos, que incluíam Nico e Thália, que eram meus primos

— Porque não voltou para casa ? - disse Nico

— E dizer o que para a Dona Sally ? me liberaram por bom comportamento ?

— E esse tal trabalho comunitário ? - perguntou Thália 

— Começo amanhã, mas tenho detenção hoje - disse suspirando

 

 ...

 

O resumo de ontem: IN-FER-NO, pareceu que cada minuto durava 10 na detenção, onde estava na sala eu, a valentona Clarisse e seu namorado Chris, me perturbando o dia todo, e mais um bando de esquisitos e delinquentes cujo eu nunca nem tinha visto na escola. Não que hoje tenha sido muito melhor, porém, hoje eu cheguei na hora, não fui xingado, apenas ignorado como sempre, tanto na aula normal quanto na detenção, e agora estou aqui, na droga de trabalho comunitário pintando uma droga de muro todo pinchado com palavras e letras que não faço a mínima ideia do que está escrito apenas me perguntando se foi uma gangue de médicos que veio aqui e resolveu vandalizar um pouco. 

 O trabalho durou 4 horas, 4 HORAS, e não vou receber nem um tustão por isso, apenas um bom trabalho dos outros ajudantes. Parece que eu tive a sorte de entrar na semana do pintor, onde iremos apenas pintar monumentos, muros e outras coisas pela cidade, oba! E nem vou falar o benheirinho público para nos limparmos e nos trocarmos.

 Na volta para casa resolvi ir caminhando um pouco, não queria chegar e casa e ouvir um serão da minha mãe sobre nada, andei bastante até chegar em uma lanchonete, não percebi que estava com fome até então, mas de repente, estava faminto, entrei lá e esperei até ser atendido.

— Boa noite senhor em que posso ajudá-lo ? - disse uma voz meio familiar enquanto eu olhava para a rua, ao me virar não sei quem teve a maior surpresa, se fui eu ao ver a garota que eu gosto ali, ou se foi Annabeth em me ver, a lanchonete ficava muito, muito distante da escola, e acho que ela não esperava alguém conhecido ir até ali

— P...Percy, o... que você... ? - ela tentava falar, ao menos o som saia da sua boca, a minha já não emitia ruído algum

— Ei, Chase, o que está fazendo ? pare de bater papo com os clientes e vá trabalhar - gritou a voz de um homem alto, forte e gordo surgindo de trás do balcão

— Desculpe-me senhor - ela disse saindo do transe e se virando novamente para mim - então... senhor, o qu...

— Annabeth, quer parar de me tratar assim - sorri para ela

— Por favor, finja que não me conhece, eu imploro - ela sussurrou - meu turno hoje acaba em 45 minutos, me espere - ela disse  e saiu, fiquei encarando até ela voltar corada e dizer - seu pedido senhor ?

 

— Não é algo para se envergonhar - eu disse quando ela finalmente acabou o expediente e começamos a caminhar para casa 

— Qual é Percy, uma garçonete de um estabelecimento que recebe nota 2 da vigilância sanitária, é horrível - ela disse

— 2 ? sério ? - eu disse enojado 

— Ah, relaxa, não tem ratos há... uns 2 dias, e a última barata que achamos hoje de manha já estava morta - ela disse e começou a gargalhar alto - olha a sua cara

— Isso não tem graça - eu disse embora estava rindo também, parecíamos dois loucos, andando na calçada rindo, brincando, correndo, caminhamos por um bom tempo, conversando sobre tudo

— Nunca esperei que você fosse me divertir tanto Jackson - disse Annabeth quando paramos em frente a um prédio há uns 4km do meu - bem, é aqui o meu apartamento

— Parece ser um ótimo lugar

— É sim, o problema é o dinheiro, por isso aquele emprego meia-boca 

— E seus pais ? - eu perguntei e ela travou por um instante

— É complicado

— E o que você fazia saindo da diretoria ontem ? - perguntei

— É complicado também - ela soriu

— Tem algo que não seja complicado em você srta. Chase ? - perguntei sorrindo de lado e ela deu um passo par frente, ficando bem próxima a mim e disse com nossos lábios quase colados

— Se tivesse, você não estaria tão interessado, certo  Jackson ? - ela disse e quando eu ia beijá-la ela se afastou e sorriu - até mais Cabeça de Algas

— Até... Sabidinha - eu disse meio que fazendo careta estranhando o nome, mas ela apensa sorriu e acenou para mim, entrando no prédio

 Até o caminho de casa fui pensando em várias coisas, porém , o que me surpreendeu é que não me senti vazio, e foi uma sensação incrível, havia algo nessa garota, algo que me fazia querer ser melhor, o problema é que não sei se consigo, porém, por ela, irei tentar levantar a cabeça e seguir lutando, um dia de cada vez, talvez, talvez as coisas começarão a dar certo daqui para frente.

 Isso somente o futuro saberá dizer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam ? esse capitulo serviu de prologo para a historia, para vcs conhecerem o percy, seus problemas, sua mente, como podem ver, ele precisa de algo para se agarrar, algo para seguir em frente, e isso é Annabeth... mas o que ele fara se ele perde-la ?
A historia comecaraa definitivamente no proximo, aguardem!