Love in a snack bar. escrita por Renata


Capítulo 1
Everyone can Listen you Girls...


Notas iniciais do capítulo

Primeira vez que estou escrevendo sobre Percabeth.
Peço que desculpem qualquer erro que tenha no texto, porque eu não tenho ninguém que revise para mim e as vezes deixo passar bastante coisa. //enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/748740/chapter/1

— O príncipe encantado está aqui de novo. – Rachel disparou enquanto entrava na cozinha da lanchonete, um furacão ruivo.

Annabeth corou e olhou de relance para a porta enquanto ela fechava e conseguiu vê-lo sentado ali, na mesa em frente a porta, olhando pela mínima abertura. Ele sempre se sentava no mesmo lugar.

Seu nome era Percy. Ela descobriu isso meses atrás, em uma das primeiras vezes em que ele foi ali. O que ninguém realmente esperava é que ele passasse a visitar o estabelecimento todos os dias, faça chuva ou faça sol. E Annabeth sempre aguardava sua chegava. Olhar para os olhos verdes cor de mar, mesmo que de longe e por pouco tempo, já alegrava seu dia.

E, neste momento, Percy estava olhando de volta para ela.

— Quando vai falar com ele? – Rachel a cutucou quando não ganhou atenção dela.

— Eu já falei com ele – ela respondeu, tirando uma mecha de cabelo loiro da testa com o antebraço e voltou a trabalhar na massa de pão que estava em cima do balcão.

— Ah, por favor! – A ruiva ligou a torneira da pia com força só para demonstrar sua frustação. – “Aqui está seu pedido” e “bom apetite” não contam. Tem que chegar nele e falar “e aí, cremoso”.

Annabeth começou a rir e até Thalia, que estava nas prateleiras conferindo o estoque teve que acompanhar ela, os cabelos negros balançando conforme ela tentava segurar a gargalhada.

— Apenas não. – A loira disse depois que se cessaram os risos. – Além disso, – completou um pouquinho mais baixo – ele é bonito demais para estar sozinho e provavelmente tem uma namorada esperando em casa.

— Não tem – Thalia se intrometeu na conversa. – Já fiquei no caixa muitas vezes enquanto ele pagava e nunca vi nenhuma aliança. Aproveita, Anna – ela deu uma piscadinha para a amiga de longa data.

A porta da cozinha se abriu completamente e Will, o dono da lanchonete, parou no batente com ares de riso do rosto.

— Meninas, – ele começou com um sorriso – não sei se já repararam nisso, mas da para escutar nitidamente a conversa de vocês do outro lado da porta.

Os rostos das três ficaram imediatamente vermelhos e dispararam o olhar para fora da cozinha e encontraram um Percy corado sentado na mesa da janela. Ele também estava olhando para a cozinha e quase sorrindo, mas, no momento em que reparou que elas estavam olhando de volta, desviou o olhar e teve um interesse repentino pela toalha de mesa.

Os outros clientes também olhavam na direção da cozinha, dando risinhos, ignorando completamente que o moreno de olhos verdes sentado perto da janela era o “cremoso” em questão, para a sorte deste.

— Hey buddy – um moreno chegou na mesa e bateu no ombro de Percy, sentando-se na frente do mesmo. – Por que está tão vermelho?

~ • ~

Um tempo depois, Will pediu para Thalia ir ajuda-lo a colocar as decorações de Natal na lanchonete, mas, antes mesmo que começassem, Will deu um chute tão forte na prateleira de ferro que precisou ir embora. Então a morena teve que ficar subindo e descendo das escadas, ao mesmo tempo em que ficava no caixa. Tudo isso sentindo um olhar em suas costas.

— Thalia! – ela escutou uma vindo da cozinha no momento em que dava o troco para um cliente. Fechou a caixa registradora e foi em direção a voz.

— Oi?

— Leva o pedido do Percy! – Anna veio afobada para perto dela, a voz tão baixa que não passava de um sussurro. – Não vou conseguir encarar ele depois do que aconteceu.

Ela deu risada e foi em direção da bancada e pegou a bandeja com fritas e bacon.

— Fica de devendo essa.

Ela murmurou um “obrigada” e voltou ao que estava fazendo. Thalia passou com a bandeja pela porta e foi em direção à mesa da janela.

— Aqui está – ela disse e colocou o prato na frente dos garotos. Eles olharam de volta para ela e sorriram agradecendo. – E, Percy, – os olhos azuis dela brilharam de diversão ao encontrarem os verdes dele confusos – a Anna sai daqui a uma hora, pela porta dos fundos.

— Você conhece ela? – O amigo dele perguntou depois que Thalia saiu. Parecia incrédulo. – Não acredito que conheça uma garota bonita desse jeito.

— Cale a boca, Nico – Percy apenas respondeu.

~ • ~

O ar frio de dezembro fez ele se encolher dentro do casaco. Não sabia se era uma boa ideia esperar uma garota que ele nem conhecia. Mas se Thalia, que era amiga dela, havia dado essa dica para ele, talvez não tivesse tanto problema assim.

Um pouco depois uma cabeleira loira saiu pela porta e parou no momento em que viu ele ali.

— Oi! – ele disse timidamente. – Thalia me disse que você saia agora.

— Ah – ela corou. – Isso explica o sorrisinho que ela ficava dando sempre que me via. É... – ela começou e pigarreou. – Me desculpe por mais cedo, não fazíamos ideia de que dava para ouvir do lado de fora, mas isso não explica o fato de falarmos sobre alguém sem essa pessoa saber.

Percy achou bem fofo o fato de que ela se enrolava toda para falar e que enrolava a ponta do cabelo no dedo quando estava nervosa.

— Você disse que me achava bonito – ele também corou.

— Escutou isso também? – A loira abaixou a cabeça. A mente de Percy estava em disparada gritando “ela não negou, ela não negou!”. – Deve estar acostumado a ouvir isso o tempo todo.

— O que? Não! – Ele deu risada. – Só minha mãe me diz isso e ela não conta.

Até ela acabou rindo um pouco junto. Levantou os olhos cinzentos para ele e reuniu toda a coragem que tinha para dizer:

— Bem, é a verdade.

— Eu queria falar com você desde a primeira vez que vim aqui – ele confessou.

— Acho que está uns três meses atrasado. – O rubor finalmente começava a sair do rosto dela.

Ele bagunçou os cabelos, parecendo pensar.

— E se eu te levar amanhã no cinema? Para começar a compensar?

Annabeth deu um sorriso ao ver como ele ficava ainda mais bonito ao estar todo inseguro.

— Apenas para começar a compensar – ela concordou. – Sou Annabeth Chase, aliás. Mas pode me chamar de Anna. – Estendeu a mão.

Ele se adiantou e segurou a mão dela.

— Percy Jackson. Na verdade é Perseus, mas isso é nome de velho.

Ela deu de ombros e tossiu para disfarçar uma risadinha, pegando o celular do bolso da calça.

— Me passa seu número, aí combinamos tudo certinho por mensagem.

— Sem problemas. – Ele pegou o próprio celular e mostrou a tela para ela, dando um sorriso sem graça. – Nunca lembro meu número.

~ • ~

//bônus:

— Já peço desculpas por estar interrompendo vocês, – Thalia começou ao abrir a porta com o cotovelo, um objeto verde em uma mão e uma cadeira em outra – mas tenho que pendurar isso aqui.

Eles observaram enquanto a garota subia em cima da cadeira, ficava na ponta dos pés e enganchava o objeto em um prego que já estava ali.

— É um visgo – ela comentou ao descer para o chão. – Já sabem o que fazer – disse piscando.

— Não estamos nem embaixo dele, Lia – Annabeth reclamou, mas o sorriso já estava em seu rosto.

— Bem, se calcularmos que é um espaço aberto, acho que não tem necessidade de estar exatamente embaixo... – ela deu de ombros inocentemente.

— Eu acho que sua amiga tem razão. – Percy comentou simplesmente e se aproximou de Annabeth, pegou em seu queixo e trouxe o rosto para perto do seu, dando um beijo na bochecha dela.

— Minha missão aqui está cumprida. – Thalia pegou a cadeira e abriu a porta. – Vejo vocês depois.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Consentimento é tudo, aprendão xovens.
Espero que tenham gostado.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love in a snack bar." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.