O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 7
Apaixona-se


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meninas, espero que estejam bem e com muita saúde. Demorei né? E peço desculpas por isso, venho enfrentando um infortúnio que a maioria enfrenta. Meu notebook (ferramenta onde edito tudo relacionado as fics) resolveu me deixar na mão, consegui resolver, mas peço a compreensão de todas. Não gosto de demorar para atualizar, mas quando surge algo assim não tem como prever antes. Nosso casal foi atrapalhado por um certo Gale e vcs irão descobrir o que aconteceu. Quero agradecer a cada uma que vem comentando, favoritando e recomendando, vocês são demais e únicas... Jessi minha flor venho agradecer a recomendação maravilhosa que você ofereceu a OPP, nossaaaaa suas palavras (assim como as de cada uma quando recomendam) são profundas eu fico saboreando por dias e mais dias. Nossa se eu pudesse daria um abraço bem apertado em cada uma de vocês, mesmo assim pensem que realmente estou as abraçando, ok? E quero dedicar o capítulo de hoje a vc Jessi. Meninas espero que gostem...



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“Não desista de mim, amor... Quando eu tropeçar... Quando eu agir um pouco louco... Lembre-se o meu amor por você não vai desaparecer, não vai desaparecer, o mantenha em chamas...”

(Fall In Love - Barcelona)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

Eu não podia crer que estava fazendo isso. Logo eu, Katniss Everdeen que sempre procurei ser discreta em qualquer assunto estava aqui parada, atrás do palco de um clube de stripper e tudo por que? Porque Gale recebeu uma ligação de emergência.

Meus pensamentos retornam na noite de ontem em que Peeta e eu estávamos prontos para dar um passo a mais no nosso recente relacionamento.

 

Flashback on

 

— Gale, aconteceu alguma coisa? Calma... fala devagar. – Parecia se tratar de um assunto sério. Peeta tinha um vinco na testa. – Você tem certeza disso? Então espera que estamos indo até aí.

— O que aconteceu?

— Gale estava de plantão no departamento e recebeu um telefone de uma moça aparentemente desesperada. Ele disse que ela pedia socorro e que alguém estava atrás dela.

— Então vamos. – Comecei a me vestir e Peeta me encarava com as sobrancelhas erguidas. – O que foi?

— Nós dois... nós quase...

— Eu sei. Podemos terminar isso outra hora, agora o dever nos chama.

Quando nos aproximamos da Sétima com a Edgemont, avistei Gale andando de um lado para o outro.

— E aí Gale? – Peeta se apressa em perguntar.

— E aí que a garota morreu.

— Como assim? – perguntamos junto.

— Ela me deu as coordenadas de onde estava e a roupa que vestia, assim que me aproximei avistei a moça, e como um relâmpado um carro esportivo a atropelou.

— Isso é horrível.

— E o corpo, onde está? – Peeta questiona e Gale aponta para a próxima esquina.

— Já liguei para a emergência e informei ao departamento.

Uma hora depois recebemos a informação de que ela era uma dançarina de um clube de strippers e o caso basicamente foi arquivado, entretanto Gale ficou encasquetado com o acontecido.

— Gale, você ouviu o chefe. A garota não estudava, não tinha um emprego fixo e ainda foi encontrada naquele bairro. Parece meio obvio.

— Você não entende, Katniss... ela parecia estar com medo e sendo perseguida, ou ameaçada. Acredito que tem um mistério por trás disso.

— E o que você tem em mente?

— Você pode me ajudar a desvendar.

— Isso pode se virar contra nós e sermos punidos por desacatar uma ordem.

— Ninguém precisa saber... por favor me ajuda.

Gale tinha a mesma cara de quando me pedia algo impossível, a qual não conseguia negar.

— Que desculpa vou dar ao meu pai? Esse fim de semana é para eu jantar com ele.

— Diz que você teve uma emergência de trabalho...

— Sou uma péssima mentirosa, você sabe muito bem que meu pai não vai acreditar. E o Peeta, ele pode não gostar nada disso.

— Com o seu pai seja convincente, quanto ao Peeta, ele não precisa saber, pelo menos não agora. Sabe como é todo certinho em seguir regras...

— Ah, quer dizer que estamos quebrando as regras e o meu namorado não pode saber de nada?

Meu namorado, já está falando com desdém... eu vou te proteger e vamos conseguir desvendar isso.

Então foi assim que liguei para meu pai e após dez minutos de ligação ele se convenceu, ou quase isso, que eu não poderia estar presente. Não foi fácil persuadir Peeta de que não podíamos passar o sábado juntos, consequentemente surgiram algumas tarefas para ele no departamento e isso o ocuparia por um tempo.

— Aonde vamos, Gale?

Nós dois partimos para um destino desconhecido para mim.

— Você vai ver. - Logo estávamos em frente ao The Night’s Club. – Vamos? – Gale saiu do carro e eu o segui. – Katniss preciso que confie em mim.

— Confiar quanto ao que?

— Você é a nova dançarina...

— De jeito nenhum! – gritei com ele já dando alguns passos para trás.

— Katniss... se Finnick estiver certo, a pessoa que fez isso com a Alisson, já fez com outras.

— Como assim, se Finnick estiver certo?

— Ele fez uma rápida pesquisa pra mim e outras garotas sumiram do nada, e jamais foram vistas.

— Você quer me fazer de isca?

— Aqui só permitem entrada de homem. Vou me disfarçar de um playboy rico que frequenta este tipo de lugar. – Então Gale me mostra um cartão VIP do clube, e pelo visto apenas homens com muito dinheiro e alto patamar frequentava o clube. – Ficarei de olho em você, prometo. Finnick também está de olho em nós dois.

Mesmo não gostando nada da ideia, de me passar por uma stripper, dei um pseudônimo ao segurança da entrada dos “funcionários”. Tive um passe livre para um mundo totalmente diferente do meu. Nas araras espalhadas pelos camarins haviam uma variedade enorme de fantasias. Eu tinha que obter alguma pista sobre a tal Alisson Ramires, e foi o que fiz. Saí perguntando a algumas garotas, mas todas se esquivavam.

— Ei, novata o chefe quer falar com você. – Gelei quando uma mulher ruiva turbinada me guiou até o escritório que me deu medo.

— É verdade que você tentou carreira como modelo? – O homem de olhar frio perguntou assim que entrei.

— Sim, mas eles queriam alguém mais magra do que eu.

— Certo... recebi sua ficha e aqui consta que você trabalhou em um outro clube em Madri, e que era muito requisitada nas salas particulares. E posso notar por que... – Seus olhos que mais pareciam vidros me encararam dos pés à cabeça.

Não respondi e ele falou por mais alguns minutos antes de me liberar da sala que fedia a nicotina e outras químicas.

— Você é a novata, certo? – Uma das garotas perguntou quando eu me maquiava frente ao espelho.

— Sim, sou eu mesma.

— Bem, tenho a fantasia perfeita para sua estreia.

 

Flashback off

 

Olho mais uma vez para a tela do meu celular e vejo muitas ligações e mensagens do meu namorado. Não tinha atendido a nenhuma, sei que não conseguiria falar com ele, entretanto meu subconsciente me alertava que isso ainda ia dar merda.

Desvio meus olhos para meus pés pela décima vez e respiro profundamente.

— E agora, fazendo sua primeira apresentação... subindo ao palco o orgulho americano, Jennifer Banks.

Essa era minha deixa. Quase sentindo meu coração bater no cérebro atravesso o cortinado e adentro o palco espelhado.

Eu vestia uma minissaia de pregas azul marinho, um quepe e uma blusa curta estilo marinheiro. Sobre meu rosto um óculos escuro modelo aviador. Nos pés uma bota com cano longo vernizada de vermelho. Tentei incorporar uma figura sensual enquanto rebolava ao som de Don't Cha, das The Pussycat Dolls.

Lentamente tirei a blusa, logo em seguida a saia, o quepe e o óculos. Por baixo da roupa de marinheira eu vestia um tipo de sutiã nas cores da bandeira dos Estados Unidos e um micro shorts combinando. Caminhei até a barra de ferro e girei meu corpo sensualmente. Joguei a cabeça para trás e sacudi meus cabelos. Vasculhei entre os homens que assoviavam me encarando com desejo e avistei Gale.

— Eu com certeza faria continência — diz a mesma voz masculina que me apresentou.

Desci do palco e fui até ele e me sentei em seu colo como se lhe oferecesse algo.

— Descobriu alguma coisa?

— As garotas daqui parecem ter medo, não consegui nada e você?

— Finnick disse que um tal de Klaus Aronofsky foi visto várias vezes com diferentes jovens, isso soa estranho não soa?

— E se for um homem que gosta de variedade?

— Só que nesse caso as garotas não foram mais vistas.

— E esse cara está por aqui?

— Sim, Finnick conseguiu uma imagem... veja. – Gale me mostra a tela do celular e a foto do homem surge.

Corro meus olhos pelo local e avistei o sujeito.

— Encontrei.

— Certo, vai até ele e lhe ofereça uma dança particular...

— O que? Não-não vou fazer isso. – Arregalo meus olhos temendo toda a ideia.

— Estarei atrás de você, prometo. Vamos colocar esse canalha atrás das grades.

Ainda não convencida faço o que Gale disse e me dirijo até o homem, que já nota minha presença, e seu olhar sobre mim é depravada.

— Se você não viesse até mim, eu iria até você coração. – Percebo um embrulho se formar no meu estômago com o apelido. – Você foi incrível no palco.

— Gostaria de uma dança particular? – pergunto tentando disfarçar minha repulsa.

— Adoraria... – Percebo que seu sotaque é bem arrastado no “R”. Sem dizer mais nada ele segura minha mão me levando em uma direção oposta as das salas privadas.

— A sala é do outro lado.

— Eu sei, mas quero ter você por esta noite em outro lugar.

Engulo seco e olho para trás procurando por Gale. Ele está nos seguindo, mas bem discretamente. O homem envolve seu sobretudo em meus ombros, afinal eu usava pouca roupa. Ele me arrasta para fora do clube e uma limusine surge.

— Entre. – Por um momento eu hesito, mas ao ver Gale tomo coragem e entro no carro.

— Você tem um nome? – pergunto tentando transparecer mais sensualidade do que intimação.

— Klaus Tripper, meu anjo e você... posso chama-la de Jenny? – Percebo claramente ele estava mentindo.

— Pode me chamar de Jenny. – Então ele começa a passar as mãos em minhas pernas e só para disfarçar seguro em sua gravata e aproximo meu rosto do seu. – Sou uma dançarina e não prostituta.

— Mas posso te pagar US$ 50 mil, se topar ser minha diva por esta noite.

Sinto um nojo imenso ao escutar sua proposta. Literalmente eu estava traindo o meu namorado, e me sentia péssima por isso.

Que bela enrascada fui me meter.

— Pode pedir para seu motorista me deixar em algum ponto de taxi, de repente não estou me sentindo muito bem. – Me esquivo do homem e ele se aproxima mais de mim.

— Não vai a lugar algum, garota. Vou fazer com você o que eu quiser. – Após algum tempo dentro do carro em movimento, paramos frente a um enorme Plaza. – Jared, cuide daquele carro que nos seguiu desde que saímos do clube. – Cada músculo do meu corpo começou a tremer, sei que ele se referia ao Gale.

Passamos pela recepção sem sermos barrados e subimos um elevador particular que deu dentro de uma suíte luxuosa.

— Estou com sede.

— Vou preparar um drink para nós dois, enquanto isso tire sua roupa. – Seus olhos queimam minha pele. Meus olhos correm pelo local a procura de algo para me defender. Eu não dispunha de nenhuma arma.

— Eu já disse que não sou prostituta...

— Tire sua roupa, ou eu mesmo farei isso vagabunda! – grita se aproximando de mim. Dei dois passos para trás e ele continuou a vir pra cima de mim.

— Está bem, farei o que você quiser, mas realmente tenho sede. Pode ir preparando os drinks enquanto tiro minha roupa e te espero na cama.

— Quero que me espere sentada e totalmente nua. - Ele se retira e me empenho a vasculhar o local. Ao abrir uma porta do closet vejo vários vestidos com o mesmo modelo da garota morta. Todos eram dourados, de tamanhos diferentes e nada discretos. – O que está fazendo? Pedi para que tirasse a roupa! – Dou um pulo quando escuto sua voz e penso em uma rápida resposta.

— Eu queria fazer uma surpresa. Achei que um desses vestidos ficariam bem em mim.

Ele se aproxima de mim agarrando-me pelos braços e em minha defesa começo a revidar o golpeando.

— FBI parado!— Olho através da fresta do biombo e vislumbro a figura de Peeta antes de ser atingida na cabeça e perder a consciência.

 

✗✗✗

 

Abro meus olhos com dificuldade. É difícil se acostumar com a forte claridade, mas aos poucos consigo identificar onde estou.

Na enfermaria de um hospital.

— Ah, que bom que você acordou. – Gale surge em meu campo de visão. Ele tem o braço esquerdo enfaixado e seu olho direito está com um hematoma horrível.

— O que aconteceu? – Me apoio sobre meus cotovelos para sentar e meu amigo me ajuda com seu braço bom.

— Finnick estava rastreando nós dois, e eu tinha colocado uma escuta em você. Os seguranças do Aronofsky me abordaram e iniciamos uma briga. O Finn acionou a equipe que estava trabalhando nesse caso...

— Espere. Este caso não estava arquivado?

— Estava sim, mas eles reabriram assim que algumas informações, que nós dois não dispúnhamos, chegaram.

— E esse olho? – aponto para o roxo e ele dá de ombros.

— Apenas cortesia do seu namorado.

— Peeta fez isso?

— Pode nos deixar a sós, Hawthorne? – No mesmo instante o quarto é preenchido pela voz grave e nada cordial de Peeta. O moreno apenas ergue as sobrancelhas pra mim e se retira sem dizer mais nada.

— Peeta, e-eu...

— Você vai esperar que eu fale primeiro. – Ele não está sorrindo, ou sendo gentil como geralmente é. Não me oferece nenhum afeto e nem mesmo senta na ponta da cama e tenho que me contentar com isso. – Faz ideia de como fiquei preocupado? Nós recebemos uma única ordem, Katniss. Uma ordem e você não obedeceu. – Nunca tinha visto Peeta com um olhar tão reprovador como vejo agora. – Quando soube que Gale tinha te envolvido nessa teia, pensei que iria mata-lo quando o visse.

— Eu sinto muito...

— Sente muito? É isso que tem pra me dizer? – Peeta fechava os punhos firmemente, como se descarregasse toda sua ira. – Consegui que seu nome não saísse na primeira página do jornal de hoje. Imaginou o que seu pai diria sobre esse deslize?

— Quem você pensa que é, pra ficar dando sermões assim em mim? – Não aguento escutar tudo de boca calada. Levanto bruscamente da cama e cambaleio um pouco antes de obter meu equilíbrio.

— Acredito que sou seu namorado e alguém que se preocupa com você.

— Não preciso de nenhum homem segurando a minha mão!

— Deixa de ser orgulhosa e pense um pouco no risco que corria. – Ele se aproxima de mim e sinto meu corpo estremecer.

— Eu sei o risco que eu corria. Agora, imagine aquela garota indefesa tentando escapar daquele maníaco prepotente. – Sinto minha garganta se apertar e a pulsação aumentar. – E se ela tivesse alguém que se importasse com seu bem-estar? – Peeta puxa o ar e caminha até a janela. – Quando entrei para o FBI foi com um propósito. Ajudar quem fosse preciso. Combater o crime custe o que custar. Lá no fundo eu sabia que Gale e nem o Finnick iriam me deixar a mercê daquele crápula. – As lágrimas rolaram pelo meu rosto sem permissão. – Então... você não tem o direito de chegar aqui descarregando sua raiva em mim. Se você é meu namorado, deveria me abraçar e dizer que vai ficar tudo bem...

No mesmo instante ele se vira para mim com o semblante do rosto mudado e vem com os braços abertos e me aperta contra si.

 


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Notas finais do capítulo

Uiiiii senti uma DR no ar, ou foi impressão? Mas tbm pudera, Kat, o amor da vida do Peeta, quase sendo morta dentre outras coisas terríveis, mas no fim nosso herói salvou-a e depois daquela bronca básica e Gale com um olho roxo, Kat recebeu um confortável abraço do boy, ahhhhh como eu queria estar nesses braços, vcs tbm queriam? Bem esse banner tirei de uma série que sempre fui fã, e essa roupa é pra ilustrar como a Kat estava. Já estou concluindo o próximo capítulo e lá pra segunda ou terça já posto, ok? E já adiantando um spoiler terá participação da Jojo e sabem, é magia, confusão e cenas hilárias. Não percam. Bem se quiserem comentar sobre o capítulo de hoje ficarei feliz e honrada em ler e responder. Ótimo FDS a todos e nos vemos na segunda, ou terça... beijos.

Ps: Meninas uma leitora me enviou uma MP com uma sugestão de música para eu usar em um capítulo, eu com certeza irei usar quem tiver alguma sugestão pode me enviar nos comentários, ou por MP, ok? Quero que vocês participem.



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