O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 6
Resposta


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oieeeee estou de volta com mais um capítulo fresquinho e em agradecimento a querida Viviane Eve que lindamente recomendou OPP. Vivi minha flor eu adorei cada palavra, parecia que eu estava lendo uma poesia rss, eu ofereço esse capítulo a você. Não posso deixar de continuar agradecendo a cada uma de vocês leitoras que sempre tão condescendentes vêm dando a OPP e a mim um retorno maravilhoso, isso me deixa muito feliz e emocionada meninas. Aqueles que curtiram a aparição da Jojo preparem-se pois muitas surpresas estão por vir em OPP aguardem... vamos ao capítulo de hoje... boa leitura.



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 “Eu serei a resposta no fim da linha... Se isso ocupar minha vida inteira, eu não vou parar, eu não abaixarei a cabeça. Tudo vai valer a pena, valerá a pena no final. Porque eu só posso te dizer o que eu sei... Que eu preciso de você na minha vida. E quando as estrelas pararem de queimar... Você vai continuar brilhando...”

(Answer - Sarah Mclachlan)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

O sangue respingado no meu colete à prova de balas, era a prova real de toda a adrenalina que eu vinha sentindo durante os primeiros meses do ano. Acabamos de enfrentar uma gangue comandada pelo chefão do crime que não conseguíamos de forma alguma pegá-lo. Quem imaginava que pertencer ao FBI era sinal de todas causas resolvidas, estava totalmente e redondamente errado. Nem tudo conseguíamos resolver da noite para o dia. Há casos que exigiam um pouco mais de tática.

— Você está bem, moça? – Peeta ainda ofegante pela adrenalina do momento, me carrega até uma ambulância, exagero da parte dele, entretanto permiti que ele me erguesse em seus fortes e torneados braços.

— Não quebrei a perna, Peeta. Estou bem – asseguro pela milésima vez, mas ele insiste dando-me toda sua atenção.

— Paramédico, certifique-se que essa moça esteja em bom estado de saúde.

— Sim, agente.

Sou colocada na maca da ambulância com todo o cuidado do mundo e logo o rapaz inicia os procedimentos.

— Peeta! – grito e no mesmo instante ele se vira com seu belo sorriso. – Seu ombro – aponto para o local ensanguentado.

— Ficarei bem, moça. Vou lá dentro ver se têm mais civis. – Sorrio cinicamente pra ele.

— Mula teimosa – digo entredentes e gemo no momento em que o paramédico aperta minha perna direita, local onde o bandido sanguinário me golpeou.

— Vou precisar de ver sua perna. – Reviro os olhos e assinto com a cabeça. Ele rasga minha calça até certa altura e apalpa pelo local em que fui atingida. – A senhorita teve uma lesão, mas não chegou fraturar. Vou aplicar uma injeção e lhe darei alguns analgésicos, mas precisará passar em um especialista caso a dor persista. – Ele aplica a injeção e depois me entrega uma bolsa de gelo para colocar em cima do hematoma.

Pouco tempo depois avisto Peeta e Gale acompanhando alguns civis na saída do prédio da empresa que fora invadida pela tal gangue.

— Os bandidos vivos estão sendo levado para o departamento, e serão interrogados – comenta Peeta ao se aproximar. - E aí, como se sente?

— Ficando meio grogue por conta dos medicamentos, mas vou sobreviver.

— Quando chegarmos ao departamento, vai descansar.

— Agora deixe-me ver esse ombro, agente. – O mesmo paramédico que cuidava de mim, faz um sinal para que Peeta sentasse na ambulância para ser examinado. Ele tirou o colete e a camisa que se encontravam ensanguentadas na parte superior do lado esquerdo entre o ombro e o pescoço. – Um pedaço da bala se alojou aqui, rapaz. – Um frio toma conta de minha espinha. O tiro poderia tê-lo matado. Peeta serrou os dentes enquanto o paramédico limpava o local, devia estar ardendo muito, penso eu. Com uma pinça o homem tirou o pequeno fragmento, em seguida fez uma sutura discreta e o medicou também. – Pronto, acredito que os dois estão liberados.

Caminhamos de encontro com Gale para pegarmos carona com ele. Peeta me amparava com seu lado bom do braço durante o trajeto.

— Nossa, vocês dois estão péssimos. – Gale nos analisa atentamente. – E aí pernuda?

— Pernuda, é? Vai ver quando eu estiver com a perna boa e dar um chute no seu traseiro – ameaço e ele levanta as mãos em rendição.

— Em minha defesa, ninguém mandou que a senhorita seguisse esse daí até o lado da pancadaria.

— E você acha que iria impedi-la de saborear toda a diversão? – Peeta anuncia antes que eu falasse qualquer coisa.

— Com a Catnip, ninguém se atreve a protestar nada.

Lanço um sorriso nada sútil e assim que aproximamos do carro noto meu estado, que no mínimo, está deplorável. Meus cabelos altamente desgrenhados, minha pele se encontrava encardida e com alguns hematomas, sem contar minha calça rasgada até a coxa.

— Nossa, por que não me avisaram que estou parecendo um zumbi do Resident Evil?

— E acabarmos mortos por suas mãos? Ah, ‘tô fora, Catnip.

— Bem, se isso te serve de consolo, pra mim você continua linda e encantadora. – Estremeço com as palavras sussurradas pelo loiro próximo ao meu pescoço.

— Se comporte – repreendo-o.

 

✗✗✗

 

Quase todos no departamento desconfiava que algo estava rolando entre eu e o Conquistador, foi assim que Cato o chamou outro dia. Não podia negar que esconder o rubor em meu rosto e meus lábios inchados toda vez que nós dois desaparecíamos, não estava sendo nada fácil. Peeta era perfeito em todas as atitudes, mas não chegava a ser um bobo idiota. Ele aproveitava para apertar minha cintura e colar meu corpo ao dele quando nos escondíamos em um intervalo e outro. Não trocamos juras de amor, mas cada atitude do loiro me deixava de pernas bambas e com as famosas asas de borboletas revoando em meu estômago.

Ele iniciou uma mania de sempre tomarmos nosso café da manhã juntos do DONUTS e a cada manhã me entregava um botão de rosa vermelha. Parecia até que eu estava criando expectativa demais, mas adorava cada mimo seu. Não era nada forçado, o loiro simplesmente parecia ler a minha mente.

— Katniss, preciso falar com você agora mesmo. – Gale surge do nada quando acabo de sair da sala de arquivos.

— Estou com um pouco de pressa.

— Pressa de encontrar seu namoradinho, é? – desdenha, paro rapidamente e giro meus calcanhares para encarar aquele com mais de um metro e oitenta de beleza. E minha vontade é de quebrar a cara dele.

— Ele não é meu namoradinho, ‘tá legal?

— Vamos ter essa conversa em outro local, venha! – Gale segura meu pulso e quando percebo estamos dentro do almoxarifado.

— Belo lugar pra termos uma conversa – ironizo.

— Bem, você e Peeta devem estar bem familiarizados com este e outros locais escondidos, né?

— O que você quer, Gale? – ralho fechando minhas mãos.

— Calma, estou em missão de paz, é sério. – Ele me lança um risinho teatral. – Você e o Mellark estão se pegando? Não que isso seja da minha conta, mas...

— E não é da sua conta e de ninguém.

— Não estou aqui para atirar pedras, é só que... fiquei curioso. Vocês dois são notícia de primeira página aqui dentro do departamento. – Gale gesticula as mãos como se estivesse contando uma velha e boa história, ele sempre faz isso quando está empolgado. – Eu já desconfiava há um tempão, mas nunca quis me intrometer até porque nós dois...

— Gale já resolvemos nosso passado, não foi? Te perdoei e retomamos nossa antiga amizade.

— Eu sei que sim. Só queria te dizer que fico feliz por vocês dois. Peeta é um cara decente, na verdade, chega até ser meticuloso nesse aspecto. Ele não fará com você o que eu fiz. – O moreno dá de ombros com um semblante já um pouco mais entristecido.

— E você e a Madge? Já conversou com ela?

— Se ‘tá de zoeira com a minha cara, né? Sua prima é mais marrenta do que você... Cristo! E põem marrenta nisso. – Ele bate com a mão na testa demonstrando uma falsa indignação, ou nem tão falsa assim. – Como conseguem morar juntas sem colocar o prédio inteiro abaixo?

— Nós somos unhas e carnes. Quase nunca brigamos, mas... quer uma dica?

— Hã...?

— Ela adora morangos. Talvez consiga conquista-la com morangos.

— Você não acha estranho, eu e ela?

— Até que vocês formam um casal engraçadinho, mas ouça-me Hawthorne, se magoar minha prima, não importa o motivo, juro que corto suas bolas e dou para os cãezinhos famintos lá do prédio que residimos, fui bem clara? – Aproximo meu rosto do seu ameaçadoramente.

— Mais claras que as gotas de chuva que caem lá fora.

— Com licença, mas tenho que voltar ao trabalho.

Jamais revelaria ao meu amigo que Madge tem uma quedinha por ele. Não queria inflar seu ego, apesar de perceber que Gale parece ter amadurecido muito durante os anos. Desde que Peeta havia me contado que ele se arrependia de ter feito tudo o que fez “com uma antiga namorada” - nesse caso comigo - comecei a instigar minha prima. Ela acabou me revelando que o moreno era o tipo de um guerreiro, daqueles o qual assistimos nas séries medievais, que são galãs e tudo mais. Percebi um brilho diferente no semblante da loira, e talvez só não me revelasse mais, por ter presenciado meu martírio no passado e por ele ser meu ex. Ainda assim contei a ela tudo o que Peeta havia me falado e Madge chegou até se compadecer, mas não dava o braço a torcer.

Internamente desejava que não precisasse de um empurrãozinho meu, mas se for preciso, farei esta caridade.

— Estou ansioso pelo nosso jantar – sobressalto e instintivamente coloco a mão sobre meu peito, sinto meu coração disparar com a repentina materialização do loiro a minha frente.

— Que susto!

— Estava tão concentrada com esse vinco de brava entre as sobrancelhas, que resolvi lembra-la do nosso jantar de hoje a noite. Hoje é sexta, lembra?

— Sim, eu me lembro. – Peeta iniciou um ritual de toda sexta-feira a noite sairmos em um programa diferente como: ir ao cinema, ao boliche, assistir um jogo de basquete no Madison Square Garden, ou até mesmo comprarmos a melhor pizza de Nova York e irmos até o mirante observarmos as estrelas. Eram esses pequenos gestos que me ateavam ainda mais a ele.

— Então, daqui a pouco encerra nosso expediente e passo na sua casa às sete pra te pegar, pode ser?

— Está bem.

— Estou ansioso, moça. – Ele se afasta lentamente andando de costas para a direção que se encaminhava e acaba por trombar em nosso chefe. – Desculpe, senhor.

— O que está acontecendo com um dos meus melhores agentes, hein? – Boggs encara o loiro com um sorriso amigável, o deixando sem graça.

 

✗✗✗

 

Ao entrar em casa corro desesperadamente para o quarto a procura de algo para vestir. Madge escuta o barulho que faço e logo está sentada sobre minha cama me ajudando com alguns palpites.

— Hum... vai com esse vermelho – ela aponta para o cabide que seguro na mão esquerda.

— Mas este preto não é mais discreto?

— Pare de ser assim tão certinha, Everdeen. Você e o Peeta já passaram da fase de primeiro encontro. Você tem que causar presença, sabe...

— O que quer dizer? – Pendo minha cabeça para o lado sem compreende-la.

— Ah, você sabe... dar uns pega de verdade nele, tipo irem pra cama...

— Madge!

— O que? Vai me dizer que se sente casta e intocável quando está ao lado daquele Santo Graal?

— Nós nem namorados somos e nunca ultrapassamos os limites. Peeta, é muito respeitador, as vezes – digo lembrando dos muitos beijos roubados, tanto quando treinávamos, quanto nas repentinas fugas que dávamos quando surgia a oportunidade.

— Ficou vermelha só em divagar nas fugas de vocês... ah, para prima!

— Você venceu, vou com o vermelho se isso te fazer fechar a boquinha. – Corro para o banheiro e tomo um rápido, porém um bem tomado banho. Saio enrolada na toalha e Madge está com um secador, uma prancha e uma escova modeladora de cachos em mãos. Olho em cima da cama e noto várias maquiagens e meu vestido já com um Scarpin preto ao lado para eu usar nos pés. – Prima, já disse que você é demais?

— Hoje ainda não.

— Então digo, você é demais.

Me troco rapidamente com os olhos no relógio enquanto Madge faz sua mágica com meu cabelo e maquiagem. Quando me olho no espelho sinto-me estranhamente sensual e gosto do resultado que ela fez com meus cabelos. Eles caem como cascatas sobre meus ombros, estão leves e sedosos.

— Ui, a campainha. – Ela solta um suspiro como se fosse o par dela que havia chegado. – Você abre a porta – ela declara e eu concordo sentindo as borboletas se remexerem em meu estômago.

— Estou nervosa, e não é a primeira vez que vamos sair – desabafo sentindo certo pressentimento.

— É porque está apaixonada – esclarece dando um empurrãozinho em mim.

— Não quero parecer ansiosa.

— Deixe de ser boba. Ele venera você, e tenho certeza que nem percebe sua ansiedade já que fica com aquela cara de cãozinho abandonado quando te vê.

— Madge, acho que Peeta não é o único que fica assim.

— Não começa, Everdeen.

Rumo até a porta e antes de abri-la passo as mãos suadas sobre meu vestido e abro a porta para dar de cara com um enorme buque de rosas vermelhas.

— Pra você, moça bonita.

— Elas são lindas e cheirosas. – Inalo o aroma das flores e me sinto extasiada.

— Uau... – Peeta me olha por inteira e fico sem graça, mas não deixo de observar o quão elegante está. – Você está maravilhosa.

— Obrigada, e você parece que vai a uma entrega do Oscar.

— Exagerei?

— Não, está muito bonito.

— Antes que eu perca a cabeça e faça algo imoral, que tal irmos agora? Nossa reserva é para às sete e meia.

Vou até a cozinha apenas para colocar as flores em um vaso com água e pegar minha bolsa. Durante o trajeto até o restaurante vamos conversando frivolidades. Em dado momento perguntamos um ao outro sobre nossas famílias e acabo por lembrar que nesse fim de semana irei até Boston jantar com meu pai, Effie e Prim.

Chegamos até um restaurante italiano e logo Peeta entrega as chaves ao manobrista. Já tinha comentado com ele que eu adorava massas e prometeu me trazer no Ornella Vanoni.

Peeta fala de nossas reservas e logo o atendente nos encaminha até nossa mesa. O loiro puxa a cadeira para eu sentar e logo toma minha mão na sua e começa a brincar com meus dedos.

— Aqui é lindo – comento notando a bela decoração e a música ambiente.

— E você, o deixa ainda mais belo.

— Peeta...

— Katniss, antes de iniciarmos nosso jantar quero lhe perguntar algo.

O que ele iria propor? Meu coração que há pouco tinha se acalmado tornava a se acelerar.

— Pergunte. – Foi a resposta mais óbvia e tosta que consegui pronunciar.

— Bem, já estamos indo com calma há pelo menos uns cinco meses e devo confessar que além de encantado, me apaixono por você dia após dia, desde nosso primeiro contato na Van quando insistentemente você quis cuidar dos meus ferimentos. Dito isso, aceita ser minha namorada? – Sinto minhas mãos suarem e ao mesmo tempo tremer. Quero dizer alguma coisa, ou pelo menos que estou sentindo o mesmo, mas nada sai. – Olhe, não precisa me responder agora. Só gostaria que pensasse a respeito, pois quero muito apresenta-la aos meus pais...

— Sim, eu aceito ser sua namorada. – Solto de uma vez, sem pestanejar.

Ele não diz nada a princípio, mas seu sorriso estampado em seu belo rosto só aumenta em tamanho e proporção.

— Oh, Katniss... – Ele aproxima o rosto do meu apenas para beijar castamente meus lábios. – Você me enlouquece, moça.

— Antes de tudo, preciso que você saiba de algumas coisas.

— Com licença, mas já fizeram os pedidos? – pergunta o garçom nos interrompendo.

— Ainda não, mas... – Peeta segura o menu e seus olhos percorrem por ele. – Acho que vou querer, ravióli com molho à bolonhesa.

— E a senhorita?

— O mesmo que ele.

— Pra bebermos, pode trazer um vinho do porto. Obrigado. – Peeta pede e logo o garçom sai nos deixando a sós. – O que dizia?

— Tem algo que eu quero que saiba antes de iniciarmos o relacionamento. – Peeta apoia os cotovelos sobre a mesa e me olha aguardando eu falar. – A antiga namorada que o Gale se arrepende de ter magoada, sou eu.

Ele parece surpreso, mas disfarça bem a postura.

— Namoraram por quanto tempo? - Conto a ele toda nossa história e digo o quanto foi constrangedor ter que trabalhar com Gale e que já havíamos resolvido nosso impasse. – Se fosse eu no lugar dele nunca teria me perdoado também. Agora entendo a relutância dele em criar vínculos – ele comenta mais para si. – Sabe, várias garotas já quiserem namorar sério com ele, mas nunca o fez. As mulheres achavam que era por ele querer levar uma vida leviana de galinha, mas eu convivia o suficiente para saber que não era assim.

— Pelo que pude notar, ele amadureceu muito, mas ainda ficou com essa marca de que me feriu ao ponto de não poder se dar uma chance.

— Bem, não vou dizer que estou inteiramente triste por vocês dois não ter dado certo, se fosse esse o caso nunca teria tido a chance de ser seu namorado. – Peeta segura minhas mãos por cima da mesa e acaricia elas.

— Não está chateado por ele ser meu ex?

— Se eu disser que não você acreditaria? – Ele sorri enquanto franze o rosto.

Nossos pratos chegam e ao saborear a massa, sinto que virará meu novo vício. Bebemos o vinho e conversamos um pouco sobre nossa infância e Peeta me revela que tinha muitos amigos e que Delly era sua melhor amiga e vizinha. Confesso que me senti um pouco incomodada nesta parte da história, mas ele discorre o relato dizendo que o relacionamento dos dois se desgastou, pois quando ele tinha tempo livre ela só queria saber de trabalho.

— Nunca pensaram em se casar? – Não sei como tive coragem de perguntar isso, mas ele não pareceu incomodado de responder.

— Quando mais jovens pensávamos sim, mas ela não queria formar uma família. Dizia sentir pânico só em pensar em carregar uma criança no ventre. E bem, que homem nesse mundo que não quer ser pai? Mas e você, pretende ser mãe algum dia?

— Tenho vontade sim de ser mãe, mas penso muito na figura paterna que oferecerei a criança. Meu pai foi e, é um super pai, mesmo com a carga horária puxada no trabalho, ele sempre foi presente em nossas vidas e na vida da minha mãe até ela nos deixar.

— Como eles se conheceram? – Peeta me pergunta com empolgação.

— Como você sabe, ela era enfermeira e em um dia agitado o hospital recebeu vários feridos por uma bomba que fora detonada em um armazém. Meu pai não quis esperar o esquadrão antibombas e entrou para tentar resgatar os reféns que eram mantidos lá dentro, mas a bomba explodiu e bem... ele se feriu bastante e logo minha mãe foi cuidar dele, isso já no hospital. Ele conta que retornou várias vezes para que ela refizesse os curativos e nesse meio tempo pediu o telefone dela e começaram a sair. Quando ele deu por si, já estavam frente ao um juiz de paz se casando.

A enfermeira que cuidou do herói... – ele divaga. - É uma bela história.

— E os seus pais?

— Meu pai era o segundo filho de um fazendeiro da região. Minha mãe era filha de um renomado advogado que só pensava em coisas grandes para o futuro dela. Em um festival de colheita, os dois se conheceram em uma das barracas que meu pai expunha alguns tipos de flores, frutas e legumes. Ele foi logo oferendo um girassol que ela adorou e sorriu agradecendo. Logo os dois estavam caminhando juntos pelas barracas rindo e contando histórias um para o outro, mas tinha um valentão que gostava da minha mãe e quis se fazer de bonzão e acabou assediando ela. meu pai o enfrentou e acabou ganhando um olho roxo e mais afeto dela. Mas a história não termina aí. O pai da minha mãe a mandou para fazer faculdade de direito em outra cidade, mas ela não quis concluir e voltou. Os dois também tiveram um namoro rápido e se casaram sem o consentimento dos meus avós maternos. Minha vó só pensava em reuniões de clubes e se socializar com os mais ricos. Nessa época meu avô paterno era morto, mas a mãe do meu pai deu todo apoio para que se casassem e os ajudou até quando pôde. Depois que meus pais se estabilizaram na fazenda, foi a vez deles cuidaram de vovó até seus últimos dias, e nessa época eu ainda era um garotinho.

— Que linda e emocionante a história de seus pais, Peeta. – Ele me conta que tem muito mais detalhes, mas que deixará para outro momento.

Após a sobremesa Peeta pagou a conta, e assim que saímos do restaurante com os dedos de nossas mãos entrelaçados uma forte chuva caía.

— Quer ir pra minha casa? – pergunta arqueando as sobrancelhas sugestivamente.

O que de mal tem nisso Katniss? Vocês dois agora são oficialmente namorados e podem ter uma ardente noite. Cala a boca consciência.

— Bem...

— Estou sendo precipitado, né? Me desculpe.

— Não, está não. Eu quero ir com você, afinal seu apartamento não é nenhuma novidade pra mim, não é? – Tento quebrar o pequeno desconforto e creio que alcancei meu objetivo.

— Você conhece apenas no quesito de nos encontrarmos com nosso grupo de amigos para algumas eventualidades e também de compartilhar meu sofá quando nós dois fazemos maratonas com meus DVDs de séries e documentários... – Ele deixa no ar com um sorrisinho presunçoso.

— Inacreditável, é o que você é.

Assim que chegamos em seu apartamento tiro meus saltos e os chutos em um canto qualquer. Nossas bocas se encontram sedentas uma na outra. Suas mãos ganham vida sobre meu corpo e um calor infernal se apodera de mim. Arranco seu terno, sua gravata e em seguida sua camisa e lá estão minhas mãos passeando por seu peitoral torneado.

— Ah, meu Deus! – exclama Peeta, ele nos guia até a sala e nos afunda no sofá. – Santo Cristo. Minha Nossa Senhora. Jesus, como chegamos a isso? – Ele ainda não tinha tirado meu vestido, mas acredito que cogitava isso. – Preciso de uma bebida. – Repentinamente e claramente apavorado, ele se levanta de cima de mim deixando-me em total falta de ar e vai em busca da tal bebida. Ele retorna com dois copos pela metade e me oferece. Pego de sua mão e bebo de uma vez. – Me desculpe...

— Está tudo bem, não tem o que desculpar.

— Onde paramos mesmo? – Ele também toma o restante de sua bebida e volta a investir em mim, e desta vez suas ágeis mãos vão para minhas costas no zíper do meu vestido. O ajudo a tirar de meu corpo e quando ele o lança para outro sofá seus olhos queimam sobre meu corpo. – Você é incrivelmente linda, Katniss.

— Se continuar a falar e me olhar assim, vou morrer de tanta vergonha – desabafo e ele ri de mim.

— Adoro deixar você constrangida. – E quando percebo ele desafivelar a calça o toque do seu celular nos faz quase cair do sofá. – Droga!

— Quem poderia ser?

— Não faço ideia, mas juro que mataria o indivíduo se pudesse.

— Atende pode ser importante. – Aos resmungos ele se levanta e vai a procura do aparelho. Me sento no sofá encolhendo minhas pernas e sentando sobre elas.

— Gale, aconteceu alguma coisa? Calma... fala devagar.

 


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Notas finais do capítulo

E aí moçada, gostaram do capítulo? Bem esse banner coloquei fazendo menção ao jantar que os dois tiveram... daqui em diante tentarei postar um banner no final de cada capítulo... em emoção por aí moçada hahahahahahaha... tenham todos um ótimo domingo e uma semana melhor ainda, nos vemos me breve, beijos minhas divas.



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