O par perfeito escrita por Cristabel Fraser


Capítulo 19
Tudo o que eu acredito


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos, espero que esteja tudo bem com vocês? Será que OPP está tão ruim assim? Somente recebi um comentário no capítulo passado, e devo até agradecer aqui a Gabi Neves pelo carinho. Obrigada Gabi.
OPP está no fim, faltam apenas três capítulos.
Espero que gostem do capítulo de hoje, como sempre escrevi com muito carinho...



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“Eu posso nunca encontrar uma resposta... Eu posso nunca encontrar a cura... Eu posso nunca arriscar outro amor... Oh, acredite em mim...”

(All I Believe In - The Magic Numbers)

♪♫♪♫♪♫♪♫

 

Estamos em dezembro, já podemos sentir o inverno no auge. Como prometido Effie e Prim estão me ajudando com alguns preparativos, referente ao casamento. Minha irmã tem se desdobrado entre a faculdade e me ajudar. Quanto a Annie e a Madge, as duas vêm se esforçando ao máximo. Elas conseguem resolver todo tipo de caso urgente, e outros, parecem fora de alcance, como o caso de Tresh Okeniyi. Ultimamente trabalham dia e noite atrás de provas para inocentá-lo, já que não obtiveram sucesso na preliminar e nem na petição de fiança.

E quem mais está sentindo o baque, com tudo isso é, Peeta. Ele anda dormindo mal e não tem se alimentado direito. Outro dia Finnick e Gale brincaram com ele, dizendo que estava com tensão pré-casamento.

— Cara relaxa um pouco. Que eu saiba, são as noivas que ficam nessa tensão toda.

Finnick não perdeu a oportunidade de dizer, o que deixou o loiro, mais tenso ainda. Como resultado, ele tem frequentado a academia do departamento com frequência, mais do que antes de começarmos a nos relacionar. Um outro agente comentou comigo que ele quase estourou o saco de areia e daí sim, me preocupei ainda mais.

— Gale, você viu o Peeta? Eu procurei na academia, mas não está lá. – Paro o moreno no corredor e ele dá de ombros.

— Nesse exato momento, ele está enfrentando o Boggs – argumenta, com um olhar preocupado e eu, corro até a sala do nosso chefe.

Paro na entrada e noto meu noivo vermelho ao falar exasperadamente.

— Boggs, eu o interroguei inúmeras vezes. Tresh disse que a namorada sempre usava uma corrente com um medalhão, que ele mesmo a presenteou. O detalhe é que, a Srta. Foxface nunca tirava esse tal medalhão. Quem a matou pode ter levado como troféu...

— Entendi, você estudou o perfil do assassino, mas deixaremos para o tribunal decidir. – Boggs mantém a postura séria.

— O tribunal irá sentencia-lo a pena de morte! – Peeta explode e é, nesse momento que entro.

— Acalme-se, agente. Eu ainda sou seu chefe aqui.

— Peeta... – Tento segurar amigavelmente seu braço, no entanto, ele se afasta bruscamente.

— Me deixa, Katniss!

— Está fora do caso, agente Mellark – anuncia nosso chefe, com a voz impaciente.

— O quê?

— Isso mesmo que ouviu. Está deixando seu lado emocional, atingir seu raciocínio lógico.

— Ele está sendo acusado, porque ninguém deu crédito ao que disse... ou talvez, não tem a cor da pele certa para um júri. – Boggs abre a boca, mas Peeta se adianta. – O senhor, melhor do que qualquer um, devia saber disso.

— Saber? E como você tem tanta certeza da inocência, agente? – inqueri ele, o fitando.

— Porque ele a amava de verdade. Ninguém mata a quem se ama.

— Seu argumento não faz diferença. Está fora do caso e se me desrespeitar mais uma vez, afasto você por um tempo do trabalho.

— Não fala sério – desafia Peeta, mantendo o contato visual.

— Tente me enfrentar novamente.

Peeta bufa e se retira sem me encarar, aliás, parece que me tornei invisível.

— Vou falar com ele, chefe – digo, constrangida pelo que acabei de presenciar.

— O que está acontecendo com ele? Mal o reconheço.

— Ele anda preocupado. Este caso o afetou bastante.

— Se quiser peça para ele conversar com o psicólogo do departamento.

— Falarei com ele, senhor. Obrigada.

Saio da sala e vou a procura de Peeta. Demoro pra achar seu paradeiro, mas o encontro na sala do Finnick.

— Tem que haver alguma pista, Finn.

— Desculpa cara, mas o assassino é profissional. Ele desligou as câmeras do prédio e só precisou desacordar o segurança, ao invés de mata-lo.

— Ah, por favor, não me diga que ainda está falando nisso? – Cruzo meus braços e Peeta continua a dar atenção ao Finnick. – Peeta, está me escutando?

— Katniss, agora não...

— E quando vai ser? – questiono ríspida. - Até agora não dei resposta ao locatário, onde possivelmente será o nosso casamento. E você parece não estar se importando com este detalhe – disparo, sem me importar com a presença do nosso amigo.

— Pensei que você poderia resolver isso.

— Pensou errado.

— Acho que vou pegar um café pra mim. – Nosso amigo disfarça e vai saindo de fininho.

— Finnick, este é seu espaço. Katniss e eu já estávamos de saída. – Peeta segura minha mão com uma força desnecessária e praticamente me arrasta dali.

— O que está acontecendo com você? Não estou reconhecendo o homem por quem me apaixonei – desabafo, sentindo meus olhos pinicarem.

— Esse cara não se encontra em casa no momento – expõe ele, com um olhar irreconhecível.

— Se ele não retornar, não quero me casar mais. – É só com essa minha sentença, que ele para de repente, e percebe o aperto de sua mão contra a minha. Ele afrouxa o aperto, respira fundo, passando a mão livre sobre seu cabelo, agora desgrenhado, e me fita como se estivesse sentindo dor.

— Eu sinto muito. Tenho agido como um idiota com você – admite, e só então, vejo seus ombros tensos, relaxarem.

— Um idiota detestável, devo dizer, mas também acabou de insultar nosso chefe, que sempre teve adoração por você. – O loiro parece ter acordado de um estado hipnótico. Ele pisca os olhos repetidamente e avança me tomando em seus braços.

— Eu sinto muito, meu amor. Será que pode me perdoar? – Seus olhos azuis me fitam com ternura, nem parece o mesmo de poucos instantes atrás.

— Se me prometer escrever o voto mais incrível, que nenhum noivo na face da terra, já declarou numa cerimônia de casamente, sim, eu te perdoo.

— Na verdade, já comecei a escre... – Não o deixo prosseguir e ataco seus lábios convidativos com um beijo voraz. – Que tal visitarmos o local, onde será nosso casamento? – sugere e rapidamente combino com o locatário.

 

✗✗✗

 

Faltava apenas uma semana para o natal. Annie queria me encontrar para contar algumas novidades e eu me encaminhava para seu escritório. Ainda eram 7h25. Fiquei de me encontrar com Peeta na confeitaria às 8h, para provarmos o bolo do nosso casamento.

— Ruiva, o que tinha de tão importante que não podia me contar pelo telefone? – Ela sorri e indica uma cadeira e me sento.

— Prima, quando será a segunda prova do vestido? – Madge adentra a sala principal e me estende uma xícara de café.

— Ainda nessa semana terei uma prova, pois Peeta e eu vamos para o Kansas.

— Vocês passarão o natal com os pais dele. Tinha me esquecido desse detalhe. – Ela dá um tapinha em sua testa.

— Posso contar as novidades? – Annie questiona, e volto minha atenção a ela.

— Estou curiosa, diga.

— Tresh Okeniyi, é inocente. Agora tenho provas suficientes.

— Como assim?

— Ontem a noite um cara chamado, Clyde Mardon, se entregou pra polícia na via I-84 chegando em Massachusetts.

— Mas que ligação tem com...?

— Ele confessou cada assassinato que cometeu, durante os últimos quinze anos. Nunca havia sido pego pela polícia, acredita?

— E por que ele se entregaria?

— Ele cansou de cometer os crimes e não ser pego. Fama, Katniss. Mardon obviamente queria, seus quinze minutos de fama como um dos serial killers mais perigosos. – Annie parecia bem animada com as descobertas.

— Você ficou sabendo cedo.

— Um policial que sabia que eu estava no caso me ligou. A promotoria está alarmada e um julgamento foi convocado para esta tarde. Pensei que você e o Peeta quisessem ir.

— Ele ficou bem envolvido neste caso. Estamos de folga. Vou falar com ele.

— Ótimo. Nos encontramos mais tarde, então. Tenho que preparar tudo até a hora da audiência.

Saio dali assim que me despeço das duas e pego um taxi, indo me encontrar com Peeta.

— Hmm... gostei desse. – Peeta degusta um pequeno pedaço do bolo que lhe ofereço na boca.

— Esse é de ameixa com nozes – explica o confeiteiro.

— O que acha, amor? – pergunta Peeta ainda lambendo os lábios.

— Percebi que esse foi o que você mais gostou – admito, levando mais uma garfada até sua boca.

— Você é perfeita, sabia? – Ele aproxima o rosto e me dá um selinho, acabo passando minha língua entre meus lábios, notando o sabor do bolo.

— Nem tão perfeita como você, senhor perfeição. – Sorrio enquanto ele revira os olhos.

— Não tenho sido nenhum senhor perfeição com você. Poderia estar me chamando de idiota lunático.

— Você me pediu desculpas e já te perdoei, lembra? Que noiva eu seria, se ficasse batendo na mesma tecla? – Ele torna a me beijar, mas dessa vez aprofunda o beijo. O confeiteiro pigarreia e percebo que desviamos nosso foco. – Escolhemos este aqui – declaro.

— E vai querer naquele modelo mesmo? – Seguimos o confeiteiro até o pequeno escritório para finalizarmos os detalhes.

Na hora do almoço, Peeta e eu conversamos sobre o que mais temos que providenciar. Acabo me lembrando da audiência e me adianto em contar as novidades que Annie me disse.

— Isso é sério, amor? – Peeta tem a voz emocionada.

— Sim, ela disse que deixará algumas novidades para contar no tribunal.

— Nossa, essa é uma boa notícia.

— Posso te perguntar algo?

— Claro que pode.

— Por que se afeiçoou tanto por esse rapaz?

— Na época do meu curso me deparei com um caso. Um homem de etnia negra. Camponês, alto e bem forte, foi condenado a pena de morte por ter sido encontrado com duas menininhas estupradas e mortas em seus braços aos arredores de uma fazenda, na divisa com o Canadá. Aquele caso me corroeu na época e quis saber mais, então comecei a procurar cada ligação. – Peeta suspira e noto sua mudança emocional. – As meninas foram violentadas e mortas por um capataz chamado Sanches, que trabalhava na tal fazenda e Kit, o homem que foi condenado a pena de morte, escutou os gritos e quando chegou ao local, o ordinário tinha fugido. Em desespero ele se ajoelhou e colheu as duas garotinhas para si, num ato como se quisesse operar algum tipo de milagre. E naquele momento, o xerife chegou o prendendo em seguida.

— Kit não conseguiu provar sua inocência e acabou pagando, por um crime que não cometeu – suponho e Peeta confirma.

— Câmera de gás. Alguns meses depois o desgraçado do Sanches cometeu o mesmo crime numa fazenda vizinha, mas foi pego e acabou confessando sobre os crimes anteriores. Ele também acabou sendo sentenciado a pena de morte. – Peeta finaliza com um outro suspiro. – Dessa época para cá, sempre fui cabreiro quanto a esse tipo de caso.

— Era por isso que estava inquieto e tendo pesadelos nos últimos meses? – ele assente com a cabeça. - Você é meu herói, amor. – Cubro minha mão por cima da sua e ele esboça um sorriso enviesado.

— Eu tento desvendar a verdade, apenas isso – ele desabafa.

Terminamos de comer a sobremesa e saímos dali indo em direção ao tribunal. Mostramos nossos distintivos ao guarda na entrada da sala jurídica e ele nos dá passagem. Meu noivo e eu nos acomodamos e à frente vejo Annie conversar com minha prima, talvez discutindo sobre o caso.

Os policiais entram com Tresh e a sessão inicia.

— Sr. Okeniyi, sua namorada, a Srta. Jacqueline Foxface sempre usava este medalhão? – Annie estende, o que me parece ser, uma imagem do objeto, enquanto interroga Tresh, que se encontra sentado atrás na tribuna.

— Sim, esse medalhão foi uma lembrança que minha mãe deixou para mim, antes de falecer. Dei de presente pra Jac em seu aniversário, há três anos.

— Meritíssimo, Clyde Mardon se entregou e confessou cada crime hediondo que cometeu. A polícia encontrou a corrente com o medalhão no carro dele. E ainda assim, meu cliente está sendo acusado de um crime, pelo qual não cometeu.

O pessoal da promotoria pede um intervalo. E o juiz decreta quinze minutos.

— Nem sempre o sistema é justo – comenta Peeta, ao meu lado.

— Com a confissão de Mardon, Annie já ganhou essa.

Comentamos alguns assuntos a mais e logo reinicia a audiência.

— Sra. Odair, dadas as atuais provas e confissões. Não há porquê este tribunal insistir que seu cliente seja condenado. Dito isto, nós oferecemos nossas condolências, Sr. Okeniyi. E retiro todas as acusações dirigidas ao senhor. – O juiz bate o martelo e Peeta se vira para mim com os olhos marejados. O abraço sentindo seu calor me acolher. Olho para frente e vejo Annie sorrir para Tresh e o abraçar em seguida.

Saímos do tribunal e esperamos Annie e minha prima. As duas conversam entre si e logo as convidamos para um café.

 

✗✗✗

 

A semana passa rápido e quando percebo, Peeta, eu e o casal Odair rumamos em direção ao Kansas, para a casa dos pais de Peeta.

— Está ansiosa, é? – questiona Peeta, ao perceber que não paro de estralar os dedos.

— É tão óbvio assim? – Acabamos por rir.

Annie e Finnick estão no banco de trás do carro dormindo.

Adentramos a estreita estrada que leva a fazenda dos Mellark. Paul e Martha já me contaram inúmeras histórias sobre a infância do meu noivo. E confessaram que na fase da adolescência, ele deu um pouquinho de trabalho, pois praticava motocross nos festivais que tinha tanto em Winfield, quanto nas cidades vizinhas. Em nossa última visita à fazenda, Peeta me levou no celeiro e me mostrou sua antiga moto, que estava coberta por uma lona. Ele perguntou se eu queria dar uma voltinha, e quando neguei com a cabeça riu dizendo que ela não funcionava mais, mas que a mantinha ali para caso um dia querer concertá-la.

— Martha, eles chegaram! – exclama Paul, meu sogro que carrega algumas lenhas em um carrinho de mão. Ele está de pé frente a varanda da casa.

Peeta estaciona o carro frente a faixada da casa antiga de madeira. E o casal no banco de trás acorda. O Mellark desce do carro e abraça o pai com carinho e carrega as lenhas para dentro.

— Paul... – Vou em sua direção e o abraço. Ele espalma suas mãos em minhas costas e acaricia. – Que saudades.

— Pois é, faz um tempão que vocês não vêm pra cá.

— Muita correria.

— Não sei como você e meu filho, aguentam aquela agitação de Nova York – comenta, ao me segurar pelos ombros.

— Acho que acostumamos, mas confesso que nós dois precisávamos de um lugar assim para nos acalmar.

— Paul, quanto tempo! – Finnick também o cumprimenta e assim tiramos nossa bagagem e os presentes do carro.

Ao adentrar a cozinha, noto Martha enxugar as mãos em um avental e logo vir ao meu encontro.

— Ah, querida, você chegou. – Nos apertamos em um acalorado abraço e beijo suas bochechas quentinhas.

— Já estava com saudades – confesso, e ela acaricia meu rosto.

— Eu queria ir lá fora receber vocês, mas Peeta não deixou, dizendo que eu pegaria um resfriado ou coisa pior.

— Ele tende a ser protetor assim mesmo – admito, e ele vem por trás da mãe e a abraça.

— Tenho muitos planos pra senhora e o papai – conta, beijando as bochechas rosadas dela.

— É mesmo? E quais planos seriam? – pergunta curiosa.

— Quero que vivam tempo suficiente para ver, Katniss e eu, providenciarmos netinhos pra vocês mimarem. – Sinto minhas bochechas pegarem fogo com esta constatação.

— Vou adorar ver cabelos loiros e castanhos correrem pela casa e pela fazenda, meu filho. – O sorriso no rosto de Martha só enaltece ainda mais o semblante feliz do filho. – Que tal vocês subirem pra se instalarem e depois descerem para o jantar? – ela sugere, e fazemos isso.

— Sei que já disse isso inúmeras vezes, mas seus pais são incríveis – digo, depositando minha nécessaire em cima da penteadeira. Sinto duas mãos firmes apertarem meus quadris. Peeta me vira de frente pra ele e fica um tempo percorrendo seus olhos por meu rosto. – Deixei Peeta Mellark sem palavras? – avalio ele, entortando os lábios em um sorriso carismático que me deixa mais encantada.

— Eu amo você – declara, tomando meu rosto para me beijar profundamente.

Descemos para jantar e ao passar pela sala da lareira, noto que a árvore de natal está sem os enfeites.

— As caixas estão embaixo da escada, aguardando todos nós montarmos a árvore. Achei que seria bom fazermos isso juntos. – Martha observa o quão, concentrada eu estava no pinheiro.

— Prim e eu, sempre ajudávamos ao papai a colocar os enfeites e luzinhas – comento, e ela acaricia meu rosto.

— É tão bom, quando vocês vêm nos visitar – ela admite, ao me abraçar.

— Adoro vir pra cá, Martha. Principalmente no verão.

Após o jantar, que estava como sempre maravilhoso, subimos para nossos respectivos quartos. Meu noivo e eu tomamos um rápido banho. Aproveitamos o calor da paixão que se instala, após inúmeros beijos calorosos, e trocas de carícias, aqui e ali, nos amamos intensamente. E devo admitir, nunca me canso de Peeta Mellark. Podemos fazer isso inúmeras vezes e sempre ele consegue me surpreender.

No outro dia, montamos a árvore e tiramos uma self bem anima frente a ela.

— Essa vai para o Twitter – brinca Finnick, mexendo no seu celular. – Opa, o Hawthorne já curtiu e ainda acaba de tuitar uma self deles, em Middletown.

— Ah, deixa eu ver. – Me aproximo do Odair olhando para a tela de seu celular, e vejo todos na casa da tia Maya, inclusive meu pai, Effie e Prim. – Que delícia.

— Nós também teremos um natal extraordinário. – Annie bate as mãos uma na outra, bem animada.

Nós mulheres passamos o dia na cozinha preparando a ceia, enquanto os homens vão atrás de lenha, dentre outros detalhezinhos.

— Neve... – falo, notando através da vidraça da cozinha, os flocos caindo gradativamente.

Nosso jantar de natal não poderia ser mais perfeito. Paul pede para Peeta fizer as honras e cortar o pernil.

— Annie, sua salada está uma delícia. – Martha saboreia.

— Obrigada, Sra. Mellark.

Assim que terminamos de jantar, vamos para a sala. Martha diz que nos servirá, a famosa gemada da vovó Nancy. Fazemos as trocas de presente e, Peeta e eu ganhamos, um suéter feito pela sua mãe. Os dois são idênticos, a não ser pelo tamanho que, logicamente o dele é maior que o meu. Paul dá para meu noivo, um relógio, que tinha sido de seu pai. O loiro se emociona ao se lembrar do avô. Dou a minha sogra, uma correntinha fina de ouro com apenas a letra M, em forma cursiva.

— Daqui um tempo, vou te presentear com os pingentes de menina ou de menino. – Dou uma piscada e ela abre um enorme sorriso ao me abraçar. E assim, passamos nosso natal em família.

Já no quarto Peeta me estende uma caixinha.

— Seu presente de natal.

— Outro? – Ele já me presenteou com um lindo vestido preto que, segundo ele é uma peça coringa. Modéstia à parte, o vestido tem um corte lindo e sei que ficará perfeito em meu corpo.

— Esse tem um significado maior. Eu e seu pai coordenamos – ele diz, me incentivando a abrir a pequena caixa e faço isso. Vejo um colar fino e como pingente, uma aliança. O encaro e ele nota minha pergunta silenciosa. – Seu pai disse que essa era a aliança de casamento que sua mãe usava. Ele quis que este presente fosse dele e meu, pra você, meu amor.

Sinto meus olhos pinicarem e uma trilha de lágrima desliza sobre meu rosto.

— É lindo... eu adorei, amor. – Peeta acaricia meu rosto secando as lágrimas.

— Quero que nosso amor seja como os dos nossos pais, Katniss.

— Tenho certeza de que seremos muito felizes.

Dá pra imaginar como encerramos nossa noite. Peeta é o homem perfeito pra mim.


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Notas finais do capítulo

Até mais pessoal...



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