O Último Segredo do Tempo – 3ª temp. escrita por Srta Poirot
Notas iniciais do capítulo
Novo capítulo, galera! Esse foi mais rápido e mais fácil e é um capítulo que eu estava mais animada pra escrever! Espero que gostem, tanto quanto eu gostei.
Aproveitem!
“Depois descobrimos que não era o rei robô afinal de contas...” O Doutor estava contando ao Rory animadamente. “Era o verdadeiro. Felizmente, eu consegui colocar sua cabeça de volta.”
Nesse momento, Rose e Amy chegaram juntas da cozinha.
Rory, ainda sentado, perguntou a elas. “Vocês acreditam nisso?”
“Estávamos lá!” Responderam em uníssono.
“As luzes de advertência! Vou me livrar delas! Elas nunca param!” Gritou o Doutor do outro lado dos controles.
Rose suspirou. “Eu vou lá impedir que ele se livre das luzes de alerta.”
Amy acenou e se juntou ao Rory.
Quando Rose ia explicar ao Doutor a importância de eles terem luzes de alerta, uma batida na porta foi ouvida. Tipo, na porta da TARDIS, o que deixou todos surpresos.
“O que foi isso?” Amy quis saber.
“A porta.” Respondeu o Doutor cauteloso. “Alguém bateu na porta.”
“Certo... Estamos no espaço profundo.” Disse Rory.
“Muito, muito profundo.” O Doutor se aproximou devagar da porta. Quando bateram de novo na porta, o Doutor não esperou mais e abriu curioso. Um cubo brilhante flutuava em frente à TARDIS. “Vem cá, sua belezinha maravilhosa!”
O cubo entrou de uma vez e deu a volta nos controles, parando apenas quando atingiu o Doutor, derrubando-o.
“Uma caixa?!?” Exclamou Rory.
Rose correu para ajudar seu marido a se levantar, mas ele ficou de pé em um salto e a caixa estava em sua mão.
“Eu recebi um e-mail!” O Doutor disse alegre. Rapidamente ele foi ao console explicando o que era essa caixa. “Mensagens de emergência dos Senhores do Tempo. Embrulhamos pensamentos em recipientes psíquicos e os enviamos através do tempo e espaço. Há um Senhor do Tempo por aí e é um dos bons!”
“Você disse que não havia outro Senhor do Tempo.” Constatou Rory.
“No Universo não existe outro Senhor do Tempo! Mas não é para lá que vamos!” O Doutor digitou algumas coordenadas e entregou a caixa aos companheiros. “Veem esta cobra? A marca de Corsair! Camarada fantástico! Tinha uma tatuagem assim em cada regeneração! Não era ele mesmo sem a tatuagem.” O Doutor estava muito animado e esperançoso.
A TARDIS chacoalhou quase que violentamente e saiu faíscas dos controles.
“O que está acontecendo?” Perguntou Amy se segurando firme no console, assim como os outros.
“Estamos saindo do Universo!” Gritou o Doutor em meio ao caos.
“Como pode sair do Universo?!?”
“Com enorme dificuldade! Vou aliviar o peso da TARDIS para garantir impulsão!” O Doutor apertou alguns botões que liberava algumas salas de esportes que a TARDIS tinha.
Com isso, a nave foi impulsionada com força por uma passagem que levava a um asteroide solitário no meio do nada. A TARDIS estacionou no solo de repente e todos soltaram a respiração que estavam prendendo, aliviados por estarem vivos.
O Doutor olhou para Rose. “Estamos fora do Universo, onde nunca estivemos.”
“É seguro?” Ela perguntou.
“Perfeitamente.” Assim que o Doutor terminou de falar, as luzes da TARDIS se apagaram. “Oh, não, não, não... A energia está sendo drenada.” O Doutor acionava alguns botões tentando impedir, em vão. “Isso é impossível.”
“A alma da TARDIS desapareceu.” Disse Rose.
“E pra onde ela foi?”
Essa pergunta ninguém poderia responder, então a única coisa que poderiam fazer era sair e explorar. Procurar ajuda.
O Doutor abriu a porta e saiu primeiro, observando o ambiente hostil e escuro. O lugar era coberto por sucata e poucas luzes. Os outros saíram em seguida, também observando o lugar.
“Que tipo de lugar é esse? O ferro-velho no fim do Universo?” Perguntou Rory.
“Não é no fim do Universo; é fora dele.” Respondeu o Doutor.
Rory ainda estava confuso. “Como podemos estar fora? O Universo é tudo.”
“Imagine uma enorme bolha de sabão com aquelas bolhinhas no lado de fora.” O Doutor ia explicando enquanto caminhava de volta à TARDIS.
“Sim.”
“Não é nada parecido com isso.” O Doutor deixou Rory ainda confuso e agora frustrado. “Completamente sem energia! Olhem para ela!” O Doutor deu um tapinha na nave, que agora era só uma caixa azul.
“Espere. Estamos em uma minúscula bolha-universo colada numa bolha maior?” Perguntou Amy.
“Sim. Não! Mas se isso ajuda, sim.” O Doutor olhou para Rose. “Rose, você está muito quieta.”
Ela se virou para ele. “Você disse que era seguro. Mas, eu tenho um mau pressentimento e me sinto estranha aqui.”
“Talvez seja a gravidade.” O Doutor, para provar seu argumento, pegou uma pedra do chão e jogou para cima. “Não é a gravidade. É quase igual a da Terra. Então talvez seja a energia de fenda. Este lugar está cheio!”
“Vocês ouviram isso?” Perguntou Rory. “Parece que alguém está vindo.”
Na mesma hora, uma figura apareceu de uma das trilhas de ferro-velho. Quando veio para a luz, todos puderam ver que era um rapaz jovem, um adolescente. Ele estava tão surpreso quanto o Doutor e seus companheiros.
“Quem é você? E o que faz aqui?” Questionou o Doutor, que tomou a frente dos companheiros.
“Eu é que pergunto. O que fazem aqui? Isto é um planeta deserto.” Disse o rapaz. “Quer saber? Nada a ver eu perguntar isso. É óbvio que vocês são viajantes. Assim como eu, é claro.” Ele aproximou do Doutor como se fosse cochichar. “Eu ouvi vozes.”
“As nossas?”
“Não, outras vozes. Acho que tem mais gente por aqui. Eu estava explorando.”
“Três perguntas. Quem é você, como chegou aqui e por que está aqui?”
“São muitas perguntas.” Disse o rapaz. “Eu sou... hããn... Shawn Spencer e não importa como eu cheguei, mas provavelmente estou aqui pelo mesmo motivo que vocês.”
“Que motivo?” Perguntou Rory.
“O sinal.” O rapaz olhou para todos, mas nenhum teve uma reação de entendimento. “Não receberam um sinal? Tipo um pedido de socorro?”
Amy decidiu falar. “O Doutor recebeu um e-mail. Da forma mais estranha que já vi.”
“Ok.”
“Eu acho que você está mentindo. Tem cara que está mentindo.” Disse o Doutor.
“Em que parte?”
“Seu nome, por exemplo.” O Doutor estava muito desconfiado.
“Aah, é claro que estou mentindo meu nome. Eu vi esse nome – Shawn Spencer – em uma série de TV americana um pouco antiga. Ele é meu personagem favorito, a propósito.” Ele respondeu.
“E por que não me diz seu nome verdadeiro?” O Doutor o encarou, desafiando-o.
“Porque ninguém sai por aí revelando seu nome. Ou sai?” O rapaz disse, mas o Doutor continuou calado. “Ok.”
Rose viu toda conversa e decidiu interromper. “Sabe que lugar é esse?”
Ele olhou para ela com respeito. “Na verdade, não. Eu segui o sinal e parei aqui.”
“Eu sou Rose, estes são Amy e Rory, e esse aí é o Doutor.”
“Tá legal, vocês dizem os nomes, já entendi. Mas... O Doutor! Que interessante! Você também não utiliza seu nome verdadeiro!” Disse o rapaz.
“A questão não é essa!”
“Então me diga seu nome, que eu digo o meu. Até lá, me chame de Spencer.” Ele sorriu e olhou para todos. “Já que estou aqui, eu quero ajudar.”
“Ladrão! Ladrão!” Uma voz foi ouvida se aproximando, a de uma mulher gritando. “Ele é meu ladrão!”
Essa mulher estava de vestido longo de modelo antigo e veio correndo para o Doutor, agarrando-o e beijando-o. Todos ficaram boquiabertos. Mas ela não estava sozinha, outras duas pessoas veio atrás dela – um homem e uma mulher – dizendo que ela era perigosa. Na verdade, ela parecia mais louca do que perigosa.
Quando o Doutor, indignado, finalmente conseguiu afastá-la de perto, a mulher louca disse: “Olhe só pra você! Adeus! Não, não adeus. Qual é a palavra?”
Os dois estranhos a puxaram pra longe do Doutor antes que ela fosse agarrá-lo de novo. Eles pareciam envergonhados.
“Bem-vindos, desconhecidos. Que prazer. Sinto por essa pessoa louca.” Disse o homem.
“Por que ladrão? O que roubei?” Perguntou o Doutor arrumando seu cabelo no lugar.
“Eu, você vai me roubar! Não, você me roubou. Você está me roubando. Oh, o tempo é difícil, não é?” Ela respondeu.
“Lamentamos muito. Ela está enlouquecida.” Disse a segunda mulher. “Eles me chamam de Tia.”
“E eu sou o Tio.” Disse o homem.
“Eu não estou enlouquecida. Eu estou...” Ela tentou dizer, mas nenhuma palavra saía. “Eu estou... Tá na ponta da língua.”
“Eu não esperava por essa.” Disse o garoto Spencer. Rose estava do lado dele e não parecia feliz com essa estranha.
“Tive uma nova vontade de beijar. Vem cá, você!” A mulher pulou para cima do Doutor, mas ele desviou dela e saiu correndo para longe. Todo mundo gritou ‘não’ para aquela mulher, visto que o desespero do Doutor era grande. Rose, já sem paciência, interferiu na situação e ficou entre a mulher e seu marido.
“Fique longe dele! Já cansei de você!” Avisou Rose.
A mulher se aquietou e olhou para Rose. “Agora ele está irritado, não está? Ele ficará irritado. As caixas pequenas vão deixá-lo irritado.”
“Sou eu quem está irritada agora!”
“Espere! Pequenas o quê? Caixas?” O Doutor foi para o lado da Rose curioso com o que a mulher disse.
Ela soltou uma risada, mas parou de rir quando viu Rory. “Parece o cheiro de terra depois da chuva. A terra molhada.” Disse a ele.
“Mas eu não perguntei nada.” Disse Rory.
“Ainda não. Mas você vai.”
“Idris, você devia descansar.” Disse a Tia.
“Boa ideia! Vou ver se tenho um botão de desligar.” A mulher chamada Idris falou segundos antes de desmaiar, sendo amparada por Rory. Rory constatou que ela ainda respirava.
“Sobrinho?!?” O Tio chamou. “Leve a Idris para um lugar que ela não possa sair.”
Todos se surpreenderam com a presença de um Ood de olhos verdes brilhantes que ninguém havia notado.
“Olá!” Disse o Doutor amigável.
Amy e Rory se assustaram com a criatura. “Doutor, o que é isso?” Perguntou Amy.
“Está tudo bem. É um Ood! Oods são bons! Adoro os Oods. Olá, Ood!”
Spencer e Rory brincaram de imitar os tentáculos do Ood com os dedos, e Amy e Rose riram deles.
O Doutor se aproximou do Ood. “Você não pode falar? Entendi, está danificado. Posso?” O Ood acenou que sim e o Doutor abriu o globo branco de comunicação. “Deve estar na frequência errada.”
No momento em que o Doutor o consertou, várias vozes soaram por todo o lugar que estavam. Todas as vozes, de homens e mulheres, pediam socorro. Tem uma voz que dizia: “Se está ouvindo a mensagem, por favor, ajude-me! Envie um sinal para o Conselho Superior dos Senhores do Tempo em Gallifrey! Socorro! Eu ainda estou vivo! Eu estou em algum planeta rochoso!”
“Foi esse o sinal que captei! O pedido de socorro!” Disse Spencer.
“E isso foi o Ood falando?” Perguntou Rory.
“Não, não. Ele também captou o sinal. Ou sinais... Mas isso não é possível.” O Doutor começou a ficar agitado e Rose sabia que ele estava ansioso. “Quem mais está aqui? Diga-me! Mostre-me!” O Doutor exigiu ao Tio e à Tia.
“É só quem você vê.” Disse a Tia nervosa. “Só nós quatro e o Lar.”
“O Lar? O que é o Lar?”
“O Lar está ao nosso redor, queridinho. Está pisando nele! Este mundo! Gostaria de conhecê-lo?”
Todos os companheiros ficaram surpresos com a ideia de conhecer um mundo pessoalmente, mas o Doutor pareceu confiante e aceitou a proposta.
“Você tem certeza que quer segui-los?” Perguntou Rose. “Eles parecem suspeitos.”
“Rose, se há Senhores do Tempo em algum lugar, esta é minha chance de descobrir e encontrá-los. Mas prometo tomar cuidado, inclusive com Amy e Rory.”
“Tudo bem. Confio em você. E quanto ao...” Rose ia apontar para Spencer, mas ele havia sumido.
“Ele saiu por aí quando o Ood-alguma-coisa levou a Idris.” Explicou Amy.
“Deixem o garoto. Vamos conhecer esse asteroide.”
Eles quatro seguiram os dois moradores do asteroide por uma entrada que levava a uma sala mal iluminada. Mais sucata foi encontrada lá.
“Venham, venham, venham.” Chamou Tia. “Você pode ver o Lar e ele pode olhar pra você.”
O Doutor foi até uma área com uma grade no chão, e uma luz verde saía pela grade. “Estou vendo.” Ele disse. “Este asteroide é consciente.”
“Nós andamos em sua superfície, respiramos seu ar, comemos sua comida...” A Tia ia dizendo.
“E fazem a minha vontade!” Uma voz estronda saiu da boca do Tio e da Tia. Era como se eles tivessem entrado em transe e o asteroide os controlasse. “Vocês são bem-vindos, viajantes.”
“Então você é como um ouriço-do-mar? Superfície exterior dura e o interior grande, melequento e feio. Esse é você.”
“Você está correto, Senhor do Tempo.”
“Como este asteroide sabe disso?” Perguntou Rose.
“Muitos viajantes vieram pela fenda. Como a Tia, o Tio e o Sobrinho. Eu os conserto quando quebram.”
“Então não existem Senhores do Tempo aqui?” Perguntou o Doutor.
“Não mais. Mas já houve muitas TARDISes em minha superfície.”
“E não haverá mais nenhuma. Último Senhor do Tempo e última TARDIS.”
“É uma pena. Seu povo é tão amável. Fique aqui em segurança, Doutor.” O Tio e a Tia voltaram ao normal quando o Lar se calou.
“Não vamos ficar aqui, não é?” Perguntou Rory.
“Este planeta parece bem simpático. Literalmente. O que acha, Rose?”
“Se você diz.”
“Vamos, gangue. Hãããn... ver as paisagens!” O Doutor foi na frente. Ele passou por alguns corredores e ficou em alerta ao ouvir vozes.
Amy chamou Rose para uma conversa. “Ele nos contou o que ele fez ao próprio povo. Por que ele iria querer salvá-los agora?”
“Eles podem ser bons!” Respondeu Rose. “Se ele confia nesse Corsair, então devemos confiá-lo também.”
“Amy, preciso de sua ajuda.” Disse o Doutor mais a frente.
“Do que precisa?” Disse Amy prestativa.
“Minha chave de fenda sônica. Eu a deixei na TARDIS. Está no meu paletó.”
“Este é seu paletó.” Disse Rory.
“O meu outro paletó.”
“Tem dois desses?” Rory estava desconfiado.
“Pode deixar que vou buscar essa chave de fenda.” Falou Amy. “Um conselho: não fique emotivo. É quando você comete erros. Eu ligo quando chegar lá.” Ela disse ao Doutor e voltou pelo mesmo caminho.
“Rory, vá cuidar dela.” Ordenou o Doutor.
“Ok.” Rory seguiu Amy.
Enfim, Rose e o Doutor ficaram a sós para explorar por apenas alguns segundos, quando chegou correndo Spencer, o rapaz de nome falso. Ele parecia muito assustado.
“Vocês não vão acreditar no que eu encontrei!”
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que acharam? Quero muito saber a opinião de vocês.
Obs.: Shawn Spencer é personagem principal da série Psych.