O Último Segredo do Tempo – 3ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 4
Entre Orfanatos e Foguetes


Notas iniciais do capítulo

E 2018? Como tá indo?
Estou deixando pra vocês este capítulo, que é bem movimentado e tem várias cenas nele! Ufa!



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O ‘astronauta’ havia levantado o visor antes do disparo revelando ser a garotinha que eles estavam procurando para ajudar. Era a última coisa que se lembravam.

 

Três meses depois, julho de 1969

No Vale dos Deuses, Utah...

Amy correu pelo deserto. Correu tão rápido quanto suas pernas permitiriam. Se tinha que parecer convincente, então ela teria que correr como se estivesse fugindo de Daleks. Ela correu pelo Vale dos Deuses em Utah e poderia até apreciar a vista se não fosse a situação em que estavam.

Ela foi encurralada pelos perseguidores quando chegou em um penhasco. Ela se virou e viu os dois carros que a encurralaram. Canton desceu de um dos carros e se aproximou de Amy.

“Senhorita Pond.” Ele disse.

“Canton.” Amy respondeu com sua voz exausta. “Isso é um saco para corpos?”

“Sim, é.” Canton sorriu e apontou sua arma para Amy. “Quem diria, não é?” E atirou.

Amy caiu no chão deixando à mostra os vários traços pretos em seu braço.

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Em Nova York...

River Song sempre tinha seu scanner em mãos. Ela correu pelo prédio ainda em construção quando ouviu um barulho. Ela se virou e os viu.

“Eu vejo vocês.” River desenhou outros dois riscos em seu braço sem tirar os olhos das duas criaturas em sua frente. “Eu vejo vocês.”

“Doutora Song!”

River se virou pro lado em que Canton a chamou. Instantaneamente, ela se esqueceu do viu segundos antes. Ela correu até a beira do prédio, Canton e outros agentes a encurralaram na beirada com armas apontadas.

“Acabou.” Canton avisou.

“Eles estão aqui, Canton! Em toda parte. A América está ocupada.”

“Você vem conosco, Dra. Song. Não tem saída.”

“Há sempre outra saída.” Com um sorriso nos lábios, River abriu os braços e se deixou cair do prédio. Eles estavam no quinquagésimo andar.

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Represa do Cânion Glen, Arizona...

Rose e Rory conseguiram chegar até à represa durante sua fuga. Em seguida, viram vários homens de preto cercando eles. Rose falava a si mesma que valera a pena. Ser colocada em um saco para corpos após levar um tiro de uma arma falsa é horrível e dá uma sensação de falta de ar, mas ela não poderia reclamar. Esses três meses de fuga valeram a pena. O Silêncio estava em todo lugar.

Primeiro Rory foi atingido, depois ela.

Rose ficou terrivelmente aliviada que sua gravidez era alarme falso. Três meses se passaram e nada de barriga aparecer, aliás, é o que ela pôde comparar com uma gestação humana. Já há muito com o que se preocupar.

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Área 51, Nevada...

Canton caminhava pelo vasto galpão reservado a apenas um prisioneiro. Ele passou por placas de avisos que pediam a não aproximação ao prisioneiro, mas, a verdade seja dita, essas placas não eram para ele. Canton caminhou até estar a cinco metros do homem amordaçado em uma cadeira e com correntes, o Doutor.

“Encontramos Amy Pond. Ela tinha marcas estranhas em seu braço.” Ele jogou umas fotografias tiradas pela perícia para que o Doutor visse as marcas.

“Por que não pergunta a ela?”

Canton seu um sorriso de satisfação e o Doutor baixou a cabeça sabendo o que significa.

“O mesmo aconteceu com River Song, Rory e sua amada esposa, Rose.” Dizia Canton. “Porém, Dra. Song preferiu pular do quinquagésimo andar a se entregar.”

“Eu diria que é uma liga de estrela anã de balanço zero. O material mais denso do Universo.” Disse o Doutor.

“Do que está falando?”

“Desses tijolos pretos que estão empilhando ao meu redor. Está construindo a prisão perfeita para mim.” O Doutor se virou para o Canton. “E ainda não será suficiente!”

Quando os pedreiros terminaram de empilhar os tijolos e montaram uma prisão sem janelas ao redor do Doutor, Canton deu o sinal para trazerem os três sacos de corpos que ele estava ansioso para mostrar ao Doutor.

Ao selar a porta, Canton se viu sozinho com o Doutor. “Nenhum som ou partícula pode atravessar esta porta. Então, ninguém pode nos ouvir.”

“Bom trabalho, Canton.” Disse o Doutor e rapidamente ele se levantou se livrando das correntes e amordaças que o prendiam na cadeira. Os sacos também se moveram, saindo deles Amy, Rory e Rose.

“Essas coisas deveriam ter alguns buracos de ar!” Reclamou Rory.

“Vocês estão bem?” Perguntou o Doutor.

“Estamos todos bem!” Disse Rose alongando seus braços.

 “Bom, já que não tem saída daqui, eles sabem que não vamos a lugar nenhum.” O Doutor se largou em algo que invisivelmente o segurou, a TARDIS. “Vamos?” Com um estalar de dedos, as portas da nave se abriram. Todos correram para dentro da nave.

“E quanto à Dra. Song?” Canton perguntou quando o Doutor fechou a porta atrás de si. “Eu sinto muito, mas ela mergulhou do alto de um prédio.”

“Não se preocupe! Ela sempre faz isso.”

“Eu vou preparar a piscina!” Anunciou Rose.

“Faça isso. Enquanto isso, vou apertar alguns botões.” O Doutor pôs umas coordenadas e puxou a alavanca.

River Song mergulhou em cheio na piscina, graças à precisão do Doutor na aterrissagem. Canton ficou muito impressionado.

Vários minutos depois, River se juntou ao grupo na sala do console.

“Sabemos que estão por toda parte e estão aqui há muito tempo. Mas ninguém sabe deles porque não conseguem lembrar.” Dizia o Doutor.

“E quanto aos dispositivos? Os nano-gravadores!?” Perguntou River.

“Estão funcionando bem.” Respondeu Rose. “Acabamos de testar com o Canton.”

O Doutor pegou mais um nano-gravador e foi até River. “Me dê sua mão.” Ele pediu. River mostrou sua mão e ele injetou o nano-gravador em sua palma.

“O nano-gravador se ajusta direto com o centro de fala de seu cérebro e é só ativarem quando verem a criatura. Daí, descrevam em voz alta exatamente o que estão vendo.” O Doutor explicou a todos.

“E então? O que faremos agora?” Rory Perguntou.

O Doutor lançou um sorriso, feliz com a pergunta. “Amy e Canton vão atrás da garota. Minha melhor pista é um orfanato perto do armazém. Vocês vão investigar lá e...”

“Por que um orfanato?” Perguntou Amy interrompendo o Doutor.

“Porque é o lugar mais fácil de raptar uma criança; onde não sentirão falta dela.” Ele explicou. “Enquanto isso, eu e Rose vamos à NASA invadir o Apollo 11...”

“Eu quero investigar a garota.” Disse Rose repentinamente.

“Desculpe, mas escutou quando eu disse ‘invadir o Apollo 11’? Por que iria investigar a garota?”

“Porque fiquei muito intrigada com essa garotinha. Ela pode ser uma peça-chave para esse mistério. Não sei por que, mas eu sinto isso.”

O Doutor pensou um pouco nas possibilidades. “Tudo bem, você vai com Amy e Canton, e eu vou invadir o Apollo 11 sozinho.”

Rose deu um sorriso de gratidão.

“E quanto a nós?” Perguntou River apontando pra ela mesma e Rory.

“Vocês vão ficar de vigia na TARDIS. Se eu for capturado, vão buscar o Presidente para me resgatar.”

“É altamente provável você ser capturado.” Disse Rory. “Afinal, é NASA!”

“Então estamos entendidos, certo? Vamos lá!” Disse o Doutor.

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Era uma noite chuvosa quando o detetive Canton, Rose e Amy foram ao orfanato indicado pelo Doutor.

Disfarçados de agentes do FBI (até porque Canton era realmente um agente), eles entraram no orfanato acompanhados pelo dr. Renfrew, que ficou curioso com a chegada dos agentes no meio da noite, mas não ofereceu resistência. Ao subirem as escadas do enorme instituto para o 1º andar, eles notaram pichações dizendo para caírem fora. Renfrew se desculpou por isso e se mostrou ser um homem muito confuso e nem sabia que estavam em 1969 e não em 1967.

“Meu escritório é por aqui.” Disse Renfrew guiando os agentes, porém, Canton pediu para as garotas olharem o resto do andar e ele lidaria com Renfrew.

Rose e Amy vasculharam os corredores e abriram várias portas de dormitórios. Aliás, eram dormitórios, pois os quartos estavam vazios e muito abandonados. Várias outras pichações para expulsar quem quer que fosse para lá faziam parte das paredes dos variados cômodos.

Elas se alternaram entre os quartos para cobrirem mais distância. Foi Rose que entrou no quarto mais intrigante de todos. O único que não estava vazio e tinha coisas que levam a crer que um órfão morava ali. Não qualquer um, mas uma menina.

Em uma das paredes havia uma escotilha que se abriu e um rosto de uma mulher de tapa-olho apareceu.

“Não, eu acho que ela só está sonhando.” A mulher misteriosa disse e fechou a escotilha.

Rose achou muito estranho e intrigante. Parecia que aquela mulher estava falando com alguém. Ela olhou ao redor, mas havia ninguém. Totalmente sem sentido. Quando Rose virou seu olhar pra parede, a escotilha havia sumido! Ela tateou a parede que estava lisa, como se ela tivesse imaginado aquilo.

Continuando a investigação, Rose viu livros, roupas, uma cama e várias fotos em cima da cômoda. Todas as fotos eram retratos da garotinha, algumas em preto e branco e algumas coloridas. Porém, apenas uma chamou mais atenção. Para sua grande surpresa, era ela mesma segurando um bebê enrolado em cobertores.

“Como pode ser eu?” Rose perguntou a si mesma. Seu coração palpitou mais rápido enquanto tentava descobrir como isso era possível.

“Rose Tyler.” Uma voz sibilou e ela sobressaltou deixando a fotografia cair de suas mãos.

O Silêncio entrou no quarto e tudo o que Rose pôde fazer foi gritar enquanto sentia a criatura pôr um saco em sua cabeça e a escuridão tomar de conta.

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Na NASA...

“Mais uma vez, senhor...” Dizia um dos seguranças que questionava o Doutor. “Como entrou no módulo de comando?”

“Já disse...” Respondia o Doutor entediado e sentado em uma cadeira. Um soldado o vigiava e o mantinha algemado. “Estou em uma missão secreta para o Presidente.”

“Se puder fazer o Presidente nos garantir isso, senhor, seria ótimo.”

Nesse mesmo instante, as portas se abriram e o próprio Presidente apareceu em pessoa, recebendo continências dos seguranças. Ele estava acompanhado de um rapaz de terno e uma mulher loira de cabelos cacheados.

“É o Sr. Gardner, certo? O chefe de segurança?” Disse o Presidente apertando a mão do tal Gardner e do outro segurança chamado Grant. “As esperanças e sonhos de milhões de americanos estão aqui no Cabo Kennedy. E agradeço a vocês por protegerem.” Os seguranças ficaram muito lisonjeados. “Agora, rapazes, esse homem ali, nome-código o Doutor, está fazendo um serviço para mim, pessoalmente.”

“Ele invadiu o Apollo 11.” Disse Grant.

“Tenho certeza que ele teve uma boa razão para isso.” O Presidente Nixon ainda viu resistência por parte dos seguranças. Não é culpa deles, é claro. “Devo lembrá-los que sou o Comandante-chefe.”

“Então acho que está tudo bem, senhor Presidente.” Disse Gardner e imediatamente soltaram o Doutor.

O Doutor se livrou das algemas e foi embora na TARDIS com o Presidente, River e Rory. Seu trabalho no Apollo 11 já estava feito.

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“Doutor, você precisa me contar o que estava fazendo no Apollo 11.” O Presidente Nixon disse depois que o Senhor do Tempo o levou de volta a seu escritório.

“Uma coisa. Uma coisa inteligente.” Respondeu o Doutor. “Precisa confiar em mim e em mais ninguém.”

“Doutor!” River chamou, sua voz cheia de desespero. “É o Canton! Ele disse que levaram a Rose.”

O Doutor não perdeu tempo e pulou na TARDIS logo em seguida, pilotando até o orfanato para encontrar sua Rose.


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