O Último Segredo do Tempo – 3ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 24
Terrores Noturnos


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui vai o final de Night Terrors. Fiquem a vontade em comentar o que acharam do final. Feliz leitura!



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(...)

“Desculpem a interrupção, isso não vai mais acontecer. Então? Já abriram essa coisa?” Alex foi ao armário, mas foi impedido por gritos.

“Não, não, não, não, não!” Foi o Doutor quem gritou, surpreendendo até Rose. “Você não quer fazer isso.” Disse o Doutor.

“Por quê?” Perguntou Alex sem acreditar.

O Doutor hesitou em responder, mas precisava revelar a verdade. “Porque os monstros de George são reais.”

“Como é?” Alex perguntou intrigado e achando que o Doutor estava louco.

O Doutor, meio nervoso, se retirou e foi direto para a cozinha. Sem entender, Alex foi atrás dele e o encontrou vasculhando armários e pegando ingredientes para fazer chá.

“Você devia ser um profissional! Eu nunca vou fazê-lo dormir agora!” Alex acusou o Doutor. “Isso é tão irresponsável.”

“Não, Alex. Responsável, muito. Armário mau, armário não vazio.” O Doutor disse pegando três xícaras do armário.

“Quero que vá embora, por favor. Está piorando as coisas.” Pediu Alex.

“Você está se precipitando, Alex.” Rose apareceu na cozinha. “Eu conheço meu marido e tenho certeza que ele tem uma boa explicação sobre o que está acontecendo, não é?” Rose lançou um olhar para o Doutor para que ele tome providências que façam sentido.

O Doutor, no entanto, continuou fazendo chá. Demorou vários segundos até ele falar alguma coisa. “Eu não sou só um profissional. Eu sou o Doutor.” Ele disse encarando Alex.

“O que isso quer dizer?” Perguntou Alex impaciente.

“Que eu vim de longe, Alex. Muito longe. George mandou uma mensagem, um pedido de ajuda. O que está no armário é tão terrível, tão poderoso, que ele amplificou os medos de um garoto comum através das barreiras de tempo e espaço. Através das estrelas carmesins e silenciosas nebulosas saltitantes como oceanos em chamas. Através de impérios de vidros e civilizações de pensamento puro. E por um terrível e incrível universo de impossibilidades. Vê esses olhos? São olhos velhos. Mas, uma coisa eu posso dizer a você, Alex: monstros são reais.”

Alex ficou boquiaberto com o discurso impressionante do homem que está em sua frente. “Vocês não são do Serviço Social, não é?”

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“Enfim, nada como uma boa xícara de chá.” Disse o Doutor.

Os três adultos estavam na sala de estar bebendo chá, enquanto George tentava dormir mais uma vez. Alex parecia mais calmo.

“Nisso eu concordo.” Disse Rose saboreando seu chá. O Doutor sempre faz da maneira certa.

“E no que discorda?” Perguntou o Doutor de volta à Rose.

“Que devemos abrir o armário.”

“E como vamos descobrir o que acontece aqui?” O Senhor do Tempo perguntou a ela.

“Se vamos abrir o armário, então devíamos tirar o George do quarto, ou do apartamento.”

O Doutor pensou no que Rose disse. Ela tinha razão, mas o que estava acontecendo ali era mais além do que enfrentar monstros.

“Não se trata só de monstros. Se trata dos medos de George. Ele precisa estar presente e saber que é muito mais corajoso do que pensa.” O Doutor explicou.

Alex concordou com o Doutor e permitiu que abrisse o armário. Os três voltaram para o quarto de George e não era surpresa que o garoto ainda estava acordado.

O Doutor tomou posição à frente do armário e o destrancou devagar. Ele o abriu, esperando algo acontecer, porém, nada aconteceu. O Doutor estranhou, mas só tinha algumas roupas, alguns brinquedos e uma casa de bonecas.

“Eu não entendo. Tem que ser o armário.” Disse o Doutor confuso. “As leituras da chave de fenda sônica estavam...” O Doutor se interrompeu e, sem explicação, ele se retirou do quarto. Não demorou muito para ele voltar com o álbum de família nas mãos. “Qual a idade do George.” O Doutor voltou querendo saber.

“Bem, eu disse, ele fez oito anos.”

“Então, você lembra quando ele nasceu?”

“Claro que sim!”

O Doutor estendeu o álbum, apontando para uma das fotos na página. “Você e Claire, véspera de Natal de 2002, certo?”

“Sim. Duas semanas antes de George nascer.” Alex ainda não sabia qual era a intenção do Doutor, mas quem sabia?

“Fale-me sobre esse dia. Deve ter sido maravilhoso.” O Doutor pediu.

“Sim. Foi o melhor dia...” Alex se interrompeu com um branco em sua mente. Ele não sabia o que dizer.

Rose ficou muito intrigada e viu que Alex não tinha mais certeza do que estava falando.

“Alex, se concentra.” O Doutor voltou a falar e apontou para uma foto na próxima página. “Aqui é Claire com o George bebê, certo?” Alex concordou ficando bastante nervoso. “E aqui é uma foto antes do Natal. Veja, Claire não está grávida!”

“O que isso quer dizer, Doutor?” Perguntou Rose.

“Que Alex mentiu! Claire não estava grávida nessa época!”

“Claro que não! Claire não pode ter filhos!” Alex gritou exaltado, ficando confuso em seguida.

Rose e o Doutor ficaram surpresos, pois a explicação para esse pequeno mistério era bem simples: Claire não podia ter filhos. Alex se sentiu pressionado e, com isso, sua mente se abriu e pôde desfazer o filtro de percepção.

O Doutor pensou em várias possibilidades para o surgimento de George, mas precisava de mais informações. “Conte mais.”

“Nós tentamos de tudo. Ela estava desesperada e tentamos todos os tratamentos que podíamos pagar, mas Claire não pode ter filhos.” Alex contou e refletiu por algum tempo. “Como pude me esquecer disto?”

Os três adultos olharam para George. O garoto ficou quietinho observando tudo.

“Quem é você, George?” O Doutor perguntou.

George começou a piscar várias vezes – um dos tiques dele – e os brinquedos começaram a se mexer. A luz do abajur se acendeu e o armário se abriu. Tudo isso fez o George ficar ainda mais nervoso.

De repente, o Doutor, Rose e Alex sentiram serem puxados para o armário. Os adultos gritaram para o George parar, mas o garoto apenas repetia seu mantra quando está com medo: “Por favor, salve-me dos monstros. Por favor, salve-me dos monstros.”

Era a mesma mensagem que chegou ao papel psíquico como pedido de ajuda.

Rose foi a primeira a ser sugada para dentro do armário por estar mais perto. Depois foi o Doutor e Alex.

George abriu os olhos e viu que seu pai e os outros dois adultos não estavam mais lá. Ele havia sentido medo, mas agora ele se sentia confuso e sozinho.

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Em algum lugar da casa, Amy e Rory ainda exploravam lado a lado, mas Amy notou que seu marido estava começando a entrar em pânico.

“Rory, o que foi?” Amy perguntou a ele.

“Luzes, sinto falta das luzes. A gente não sente falta das coisas até que sumam, não é?”

“Você está entrando em pânico. Um pouco.”

“Sim, desculpe. Vou tentar...” Rory dizia, mas uma voz assustada surgiu do corredor próximo a eles.

Eles viram o dono da voz correndo até eles, pedindo socorro. Rory reconheceu aquele homem como sendo o síndico daquele prédio que investigavam com o Doutor. O nome dele era Purcell. O casal ficou horrorizado quando viram uma boneca de madeira – igual a que viram anteriormente – agarrar Purcell e transformá-lo em um boneco de madeira, semelhante a ela.

“Agora pode entrar em pânico.” Disse Amy.

Amy e Rory correram enquanto percebiam que as risadas vinham das bonecas. Eles se esconderam no cômodo mais próximo, segurando a porta com toda a força. Vendo que a porta não tinha tranca, Rory teve que bloquear a porta com um carretel gigante.

Eles se viram livres das bonecas, mas apenas por um breve tempo.

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O Doutor despertou em um salto e gritando por George. Rose acordou e rapidamente se levantou, ajudando Alex a se levantar também. Alex estava muito assustado e não conseguia acreditar que foi parar em uma sala de jantar.

Rose olhou em volta e notou estranheza em todos os objetos em cima da mesa. Ao pegar uma fruta do cesto, ela notou que era de madeira.

“Uma casa de boneca.” Rose disse já formando teorias em sua cabeça.

“Fomos parar no armário! Como pode ser maior aqui?” Perguntou Alex ignorando o que Rose disse.

“É mais comum do que pensa, na verdade.” Respondeu o Doutor sem notícias de George. “Rose está certa. É uma casa de boneca.”

“Uma casa de boneca?!”

“No armário tinha uma casa de boneca, não tinha?”

“Vá com calma, ok?” Pediu Alex.

“Frango de madeira! Xícaras, pires, pratos, facas, garfos, frutas, frango... tudo madeira.” O Doutor foi jogando os itens para o Alex enquanto os listava. “Ou estamos na casa de boneca, ou em um refúgio de cupins gigantes tentando ter uma vida melhor!”

“E como saímos daqui?” Perguntou Rose.

O Doutor ficou intrigado e pensou em uma resposta, mas não teve nenhuma.

De repente, Alex agarrou o Doutor pelas lapelas de seu casaco e exigiu respostas. “O que é George? Como pude esquecer que Claire não pode ter filhos? Como?”

“Filtro de percepção. Um superpoderoso.” O Doutor demonstrou calma e saiu das mãos de Alex. Ele precisava fazer com que Alex se acalmasse também e raciocinasse, e explicar a situação era o melhor caminho. “O filtro convenceu você e Claire. Trocou a memória de todos ao redor. Claire não pode ter filhos e algo respondeu a isso. O que pode fazer isso?”

“Pensei que fosse o expert!” Disse Alex.

O Doutor seguiu caminho por um corredor e entrou em outro cômodo com Rose e Alex o seguindo.

O Doutor suspirou antes de falar. “Olhos velhos. Eu vi muita coisa, mas é difícil se lembrar de tudo.” Ele ficou pensativo.

“O elevador.” Disse Alex.

“O que tem o elevador.” Perguntou Rose a ele.

“Ouçam! É o som que o elevador faz! George morre de medo disso!” Alex alertou ao casal e percebeu outra coisa típica de seu filho. “Cinco vezes.”

Curiosa, Rose se aproximou de Alex e observou cinco velas que chamaram a atenção dele. “O que são cinco vezes?” Ela perguntou.

“As luzes. É como os hábitos de George. Temos que ligar e desligar a luz cinco vezes.” Explicou Alex.

“Além de pôr no armário tudo que o assusta?”

“Sim, mas...” Alex se interrompeu ao lembrar que ele próprio estava no armário. Será que ele assustou George? Seu próprio filho?

“George não é um menino comum, sabemos disso. Então, tudo que o assusta, ele coloca aqui. Até estes pequenos rituais se tornaram parte disto.” O Doutor foi dizendo se aproximando de Alex e Rose. “Um repositório psíquico para todos os medos dele. Mas, o que é ele?”

Eles ouviram passos por trás deles. Ao olharem para trás, eles viram uma boneca de madeira em pé e olhando para eles.

O Doutor rapidamente pegou sua chave de fenda sônica e a usou. A boneca dava passos em direção a eles sem parar.

“Uma arma?! Você tem uma arma?!” Perguntou Alex surpreso com o objeto que o Doutor usava.

“Não é uma arma!” Respondeu o Doutor e viu que a chave de fenda era inútil. “Preciso inventar algo pra madeira! É embaraçoso!”

“Vamos por aqui!” Rose puxou o Doutor pelo braço e incentivou os rapazes a correrem.

Em outro corredor, o Doutor parou e deu uns tapas em sua própria testa. “Doutor idiota! Doutor estúpido! George é um Tenza. Claro que é!”

Alex encontrou uma tesoura gigante de plástico e a usou para barrar a boneca. Ele ouvia o que o Doutor dizia e lutava com a boneca ao mesmo tempo.

“O que quer dizer?” Perguntou Rose preocupada com a ameaça da boneca.

“Um cuco no ninho. Um Tenza. Milhões deles vagam pelo espaço e então caem em um lugar! Um jovem Tenza pode sentir o que os pais adotivos querem e assimilam perfeitamente.”

“George é um alienígena?” Perguntou Alex.

“Sim.”

Rose foi em busca de uma saída. E, ao abrir uma porta do outro lado da sala que estavam, ela deu de cara com uma outra boneca que a surpreendeu. O Doutor ouviu um grito de Rose e foi ajudá-la. A boneca empurrava a porta com força, mas os dois juntos a conseguiram fechar de volta.

O único caminho livre era pelas escadas.

Eles foram forçados a subirem as escadas quando as bonecas invadiram e partiram para o ataque. O Doutor tentava se concentrar mais sobre o George.

“George é o filho que sempre quiseram. Sentiu instintivamente e os seguiu, mas algo o assustou. Iniciou o ciclo do medo. É tudo instintivo. Subconsciente. Mas o que é?” O Doutor dizia enquanto pensava.

Rose e Alex se esforçavam para manterem as bonecas longe das escadas, mas elas não paravam. Para a surpresa deles, eles ouviram alguém no topo das escadas e viram que era o Rory sendo atacado por mais três bonecas de madeira.

“Rory!” Rose exclamou alegre. “Cadê Amy?”

Rory apontou para uma das bonecas que tinha o cabelo vermelho. “Nós fomos surpreendidos por duas bonecas e uma delas transformar a Amy em boneca também.” Ele disse.

O Doutor entendeu que só o George pode ajudá-los. “George!” O Doutor começou a gritar das escadas. “Você precisa me ouvir! Precisa encarar seus medos! Você precisa fazer isso agora! George, abra o armário! Você precisa acabar com isso agora!”

Tudo parecia perdido. As bonecas os cercavam e não tinham para onde correr.

De repente, as bonecas pararam e se viraram para onde um intruso apareceu. Era o George! Ele começou a encarar seus medos e abriu o armário e agora estava lá, na casa de bonecas.

“George! Você conseguiu!” Disse o Doutor alegre.

“Está tudo bem agora.” Rose disse, mas as bonecas começaram a descer as escadas e irem em direção ao George.

“Não, não, não!” O Doutor não ficou feliz quando as bonecas focaram em George. Ele tinha que ajudá-lo. “George, você criou este mundo e pode acabar com ele!” George apenas acenou que ‘não’. Então, o Doutor se concentrou em descobrir o que o está impedindo. Ele fechou os olhos e se lembrou. “É isso! Achou que estava sendo rejeitado.” O Doutor se virou para Alex. “O Tenza só quer ser aceito e achou que o estavam rejeitando.”

“Só precisávamos de ajuda!” Argumentou Alex.

“Mas George não sabe disso! Ele acha que não o querem.”

“Mas como podemos ficar com ele? Ele não é... humano.” Alex estava relutante em aceitar George como seu filho, mas, quando ele viu as bonecas cercando George e ouviu o grito dele por ajuda, Alex não quis saber e só pensou em protegê-lo.

Alex empurrou as bonecas que cercavam George e o abraçou emocionado.

“O que quer que seja, não importa o que faça, você é meu filho.” Alex assegurou e George relaxou em seus braços. “E eu nunca, nunca, vou abandonar você.”

Todas as bonecas pararam. O armário se abriu e uma luz brilhante iluminou tudo.

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Na manhã seguinte, todas as pessoas que foram vítimas e levadas para a casa de boneca acordaram no local onde foram atacados, como Amy e Rory. O casal abriu os olhos e se viu no elevador novamente como se nada tivesse acontecido.

Eles saíram do elevador muito confusos. Amy estava ainda mais confusa que Rory. “Eu era...?”

“Sim.” Rory logo confirmou para evitar falar do assunto estranho.

No apartamento, uma mulher aparece na cozinha. Ela estava totalmente admirada ao ver George feliz e sorridente, e ao mesmo tempo estava curiosa em saber quem eram aqueles dois estranhos. O homem de gravata borboleta fazia alguma gracinha e George e a mulher loira riam juntos. Alex fazia o café da manhã.

“Olá, você deve ser Claire!” O Doutor foi o primeiro a notar que a mulher tinha entrado.

Claire apenas confirmou com a cabeça, sem palavras para descrever a surpresa.

Rose se aproximou dela amigavelmente. “Olá, eu sou Rose e este é o Doutor e viemos aqui para ver George.”

“Está tudo resolvido.” Alex alegou.

“Simples assim?” Perguntou Claire mal acreditando no que via.

Depois de alguns minutos, o Doutor e Rose se despediram deles e Alex os acompanhou até a porta.

“Tem certeza que vocês precisam ir?” Perguntou Alex.

“Está tudo resolvido, Alex. Você ajeitou tudo.” Disse o Doutor.

“George é maravilhoso!” Rose elogiou. “E se adaptará perfeitamente, como o Doutor havia dito.”

“Talvez a gente volte na puberdade. É sempre uma época divertida.” O Doutor brincou enquanto seguiam o corredor do prédio.

Alex sorriu e ficou muito agradecido com o que fizeram e o que descobriram. Ele vai ser o melhor pai que George poderia imaginar e não interessa se era um Tenza.

O Doutor e Rose se encontraram com Amy e Rory na entrada do prédio – eles haviam usado as escadas dessa vez – e voltaram para a TARDIS.

“É muito bom voltar a ser carne e osso.” Disse Amy. “Mal posso esperar para esquecer.”

“Eu vi você ser transformada em boneca. Acho que fiquei mais traumatizado ainda.” Disse Rory.

“Uma xícara de chá sempre resolve. Por que não tomam um pouco e vão descansar?” Sugeriu Rose.

“Tem razão. Vamos, Rory!” Amy aceitou a sugestão vendo que realmente tinha necessidade de descansar. “Nem acredito que já é de manhã. Vou dormir o dia todo!”

O Doutor sempre era o último a se retirar, então Rose só tinha que esperar Amy e Rory saírem da sala de controle.

O Doutor sentiu uma inquietação vinda de sua esposa. “Rose, é impressão minha ou você queria que Rory e Amy saíssem da sala de controle? Quer falar alguma coisa?”

Rose não ficou surpresa com a sagacidade do Doutor. Esse homem descobre todos os mistérios que vê pela frente.

“Sim, eu quero falar uma coisa.” Disse Rose.

“Então, diga.”

“É sobre aquela conversa que você estava disposto a ter quando eu estivesse preparada.”

O Doutor ficou meio perdido. De qual conversa ela estava falando?

“Eu preciso ser mais específica?” Rose perguntou e o Doutor acenou que sim. “É sobre quando eu contei que achava que estava grávida, mas foi alarme falso.”

“Mas você realmente estava grávida.” Disse o Doutor.

“Só que eu já era Carne e não sabíamos disso.” Rose pensou com cuidado em suas próximas palavras. “Essa noite foi incrível! Eu me encantei com George e, em alguns momentos, me imaginei com meu próprio filho. Nosso filho.”

“Oh, entendi. George te inspirou a ter um filho.” O Doutor já descobriu onde Rose queria chegar.

“Quando Alex se lembrou, eu vi no olhar dele o sofrimento de não conseguir ter um filho. Eu fiquei triste e sei que você também ficou. Mas nós temos uma filha e isso é maravilhoso, não é?”

“Sim, é maravilhoso. Mas fico preocupado com os perigos que enfrentamos.”

“E quem não fica? Eu sei que nunca haverá um momento certo para termos filhos e é por isso que decidi ter pelo menos mais um agora.”

O Doutor ficou atônito, no mínimo surpreso. “Agora? Você quer dizer agora, agora?” O Doutor ajeitou sua gravata borboleta bem espantado. “Eu imaginei que você quisesse... hããã... esperar por mais um tempo. Quer dizer, nós praticamente acabamos de deixar River nas Irmãs do Cisma Infinito.”

“River é adulta e tem a linha do tempo contrária da nossa. Eu quero começar do começo. Eu quero tentar de novo. Você vai me apoiar?”

Rose sempre foi amorosa, determinada e disposta a tudo. O Doutor sempre a admirou desde o dia que a conheceu.

O Doutor sorriu antes de falar. “Rose Tyler, você sempre me surpreende. É claro que eu te apoio e estarei do seu lado. Se você quer um filho, então vamos ter um filho.”

Rose não conteve a felicidade e sorriu de orelha a orelha. Ela o abraçou forte e já começou a imaginar uma família com o Doutor.

O Doutor limpou a garganta. “Eu ouvi dizer que a prática faz a perfeição. O que acha?”

Rose riu do que ele disse. “Eu acho uma ótima ideia.”

O casal se beijou profundamente enquanto imaginavam um futuro próximo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O casal DoctorRose devem tentar ter outro filho ou não?



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