O Último Segredo do Tempo – 3ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 20
Vida Pregressa


Notas iniciais do capítulo

Olá! É com orgulho que posto este capítulo porque, para mim, é o MELHOR capitulo que já escrevi! Espero muito ansiosa pra saber se vocês vão concordar comigo ou não, mas saiba que eu escrevi com muito carinho e espero que aproveitem.



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Em Leadworth...

Um carro é dirigido com alta velocidade no campo de trigo. Dirigir em meio a um campo de trigo era coisa de louco, mas, para Amy e Rory, era necessidade.

“Tudo bem, vire a esquerda e rápido!” Instruiu Amy enquanto Rory dirigia.

Rory virou o volante e rapidamente mudaram de direção. Eles fizeram isso por vários minutos, rezando para que o plano funcionasse. Assim que pararam o carro, eles encontraram o Doutor e Rose de pé com a TARDIS logo atrás deles.

O Doutor levantou um jornal de Leadworth e apontou para a matéria principal que dizia: Círculos misteriosos em Leadworth.

“Sério?” O Doutor perguntou.

Na capa do jornal tinha a foto do desenho que Amy e Rory formaram. Eles conseguiram formar a palavra Doutor bem grande. Podem parecer loucos, mas o plano funcionou.

“Foi ideia da Amy.” Contou Rory.

“Eu me inspirei em um filme. E você nunca atende ao telefone.” Disse Amy.

Os quatro se aproximaram caminhando. Amy abraçou o Doutor primeiro e depois Rose.

“Você mudou de casaco.” Amy disse ao Doutor.

“Sim, eu estou experimentando um novo.” Ele disse.

“Na verdade, eu quero muito saber se vocês conseguiram encontrá-la. Encontraram Melody?” Amy perguntou aos seus amigos.

O Doutor olhou para Rose e ela respondeu: “Nós sabemos que um dia iremos encontrá-la, mas acho que ainda não é a hora.”

“Eu sinto muito.” Disse Amy triste.

“Não sinta. Ser viajante do tempo é complicado.” Contou o Doutor.

Rory, que ficou segurando o jornal, notou algo diferente na foto da primeira página. “Espere, aí! Quem fez isso aqui?”

O grupo viu na figura uma linha que corta a palavra Doutor. Amy e Rory não fizeram isso.

De repente, eles ouvem o som potente de um carro esporte em alta velocidade vindo na direção deles, sendo este a origem da linha que corta o nome Doutor. O carro veio acelerando pelo campo e o grupo gritou por suas vidas enquanto tentaram sair do caminho. O carro era um Corvette vermelho que quase atropelou o Doutor – fazendo ele se jogar ao chão – e parou ao lado da TARDIS.

A porta do motorista se abriu e saiu do carro uma jovem negra com o cabelo dreads, de vestido e casaco de couro. Ela olhou para baixo e viu o Doutor jogado no chão. “Já disseram que você é perigoso, mas não disseram que é engraçado.” Ela disse.

“Eu não acredito!” Rose exclama admirada. “Mels? É você?”

“Em carne e osso.”

Rose e a jovem chamada Mels se abraçaram.

“Faz tempo que não a vejo. Como chegou aqui?” Perguntou Rose.

“Eu segui seus novos amigos e achei você.” Mels respondeu.

“Onde conseguiu esse carro?” Perguntou Rory. “Parece o carro do Sr. Richards.”

“É meu.” Mels respondeu. Sons de sirene de polícia foram ouvidos à distância. “Mais ou menos.”

“Você roubou?!?” Questionou Rose. “Vai acabar na cadeia!”

“Desculpem, mas... Olá!” O Doutor, já de pé, chamou atenção de todos. “O Doutor não está entendendo. O Doutor está perdido.”

“Essa é Mels, minha amiga de infância.” Explicou Rose.

“Mas você já me falou de todos os seus amigos e não tinha nenhuma Mels.” Disse o Doutor.

“Bom, é que... hãã...” Rose ficou sem palavras.

“É que sou meio rebelde. Deve ser por isso.” Mels respondeu. “É a cabine telefônica?” Mels se aproximou da TARDIS e a admirou de perto. “Quer saber? Eu acho viagens no tempo algo brilhante!”

O Doutor ficou confuso. “O que você sabe sobre isso?”

Os sons das sirenes foram se aproximando e Mels ficou apreensiva. “Digamos que eu estou ficando sem tempo.” Mels pôs a mão dentro do casaco e sacou uma arma dele. Ela apontou diretamente para o Doutor.

“Mels, o que está fazendo?” Rose protestou, e Amy e Rory temiam que algo pior poderia acontecer.

“Preciso sair daqui agora!” Disse Mels.

“Mels, ele é meu marido!”

“Eu sei! O Doutor, não é?”

O Doutor manteve suas duas mãos levantadas em sinal de rendição. “Tem algum lugar em particular?”

“Bem, vamos ver... Você tem uma máquina do tempo, eu tenho uma arma... Mas que droga! Vamos matar Hitler!”

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Há muito tempo, em Londres...

Rose Tyler gostava de ir à escola. Aos seis anos de idade, ela já era campeã da medalha de bronze do time de ginástica.

Foi nessa mesma época que entrou uma aluna nova em sua turma. Elas sentaram lado a lado na sala de aula.

“Oi.” Sussurrou Rose à nova colega.

“Oi.” Ela sussurrou de volta, ambas não querendo chamar atenção da professora.

“Eu sou Rose e você?”

“Eu sou Melody, mas pode me chamar de Mels.”

Em dois anos na Jericho Street Junior School, elas se tornaram grandes amigas e andavam sempre juntas. Aos poucos, Mels foi mostrando ser muito inteligente e rebelde às vezes. Quer dizer, na maior parte do tempo.

“Mels?” Chamou a professora em meio à aula. “Não entendeu a questão? Eu perguntei o porquê do naufrágio do Titanic.”

“Porque o Doutor não o salvou!” Mels respondeu como se fosse óbvio. “Se não sabe nada do Doutor, você é estúpida!”

É claro que Mels foi direto para a diretoria.

Rose a esperou do lado de fora como uma boa amiga. “Por que você falou assim com a professora?” Questionou Rose à sua amiga.

“Porque ela é estúpida.”

“Mas eu também sei nada sobre esse doutor que você falou. Eu sou estúpida?”

“Não, você é diferente.”

Enquanto o tempo foi passando, Mels foi entrando em mais apuros. Todos na escola detestavam Mels, exceto Rose que continuava andando com ela.

“Então, Mels?” O professor havia feito uma pergunta e esperava pela resposta da garota. A turma era de adolescentes de 14 anos e ele era o professor mais entediante da escola.

Mels ficou de pé para responder. “O fato é que Hitler só chegou ao poder porque o Doutor não o impediu!”

Rose mais uma vez teria que esperá-la na porta da diretoria.

A verdade é que Mels era uma garota adotada e seus pais adotivos nunca estavam presentes por ela. Isso fez com que Rose sentisse um pouco de pena dela e, como melhor amiga, jurou estar presente em todos os momentos. Até mesmo na porta da cadeia.

Rose tirou Mels da cadeia pela primeira vez quando elas tinham 14 anos e agora elas tinham 16 anos e, dessa vez, foi a gota d’água.

“O que aconteceu, Mels?” Questionou Rose em seu quarto. Ela convidou Mels para passar a noite depois que a tirou da cadeia, já que os pais de Mels estavam viajando ou algo assim.

“Já era tarde, eu peguei o ônibus.” Mels se deitou na cama e ficou à vontade.

“Você roubou o ônibus e passou por dentro do Jardim Botânico!”

“Era um atalho. Mas eu devolvi o ônibus.” Disse Mels tranquilamente enquanto que Rose estava o oposto de tranquila.

Houve uma batida na porta. “Rose! Mels! O jantar fica pronto em cinco minutos!” Jackie gritou do lado de fora do quarto. “Não se atrasem!”

“Tudo bem, mãe!” Rose gritou de volta antes de voltar sua atenção para Mels. “Só não entendo por que você não pode agir como todo mundo!?! Como uma pessoa normal!?!”

“Eu não sei! Talvez eu precise do Doutor!” Disse Mels.

“Talvez precise mesmo! De um doutor psiquiatra!” Rose disse com raiva. “Keisha tem razão. Você vai acabar me encrencando também.”

“Keisha, Keisha, Keisha...” Mels falou em tom de zombeteira. “Você só fala com a Keisha porque tinha uma queda pelo irmão dela.”

“Eu não gosto mais dele, mas ela ainda é minha amiga. Foi ela que me apresentou ao Jimmy.” Contou Rose.

“Não acredito que você está falando com ele!” Mels expressou indignação.

“Eu falo com ele, sim! Falo com quem eu quiser!”

“Não deveria! Ele não é uma boa pessoa!”

“E você é? Quer saber, acho que está com ciúmes! Acho que você também tem uma queda pelo Jimmy e gostaria de estar com ele!” Exclamou Rose.

“Eu não! Não gosto dele!” Disse Mels. “Ele é mais velho que você e, até onde eu saiba, os relacionamentos dele não terminam bem.”

“Deus! Você está parecendo minha mãe!”

“Se você vai ficar com ele, então, eu não me responsabilizo pelo que possa acontecer.”

“Que seja!” Disse Rose. “Jimmy Stone é um cara legal, bonito e talentoso. Tenho certeza que ele e sua banda serão famosos!”

“Você está se iludindo. Devia esperar pra conhecer um homem muito melhor que ele. Que seja companheiro, carinhoso, amável e inteligente. Ou seja, um homem perfeito.” Sugeriu Mels.

Rose riu com deboche. “Não existe homem perfeito! Nem meu pai era perfeito. Ele era um empresário mal-sucedido.”

“Só estou te avisando. Você devia esperar pelo amor verdadeiro.”

“Você só tem 16 anos, o que sabe de amor verdadeiro?” Perguntou Rose.

“Só sei que não é o Jimmy Stone.”

“Talvez ele seja.” Rose disse com teimosia.

“Ok, eu desisto. Fique com quem você quiser.” Mels disse levantando suas mãos em rendição. “Talvez eu não esteja aqui quando se arrepender.”

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A TARDIS chacoalhou no ar.

“Você atirou!” O Doutor gritou desesperado. “Você atirou na minha TARDIS! Atirou nos controles!”

“Foi culpa sua!” Mels gritou de volta.

Muita fumaça saía dos controles e da parte cilíndrica.

“Como foi minha culpa?!?” Perguntou o Doutor tentando estabilizar a nave, sem sucesso.

“Você disse que as armas não funcionavam aqui! Disse que estávamos em um estado de trégua temporal!”

“Era uma mentira, sua idiota! Qualquer um poderia ver que era uma mentira!”

Por sorte, a TARDIS já havia se materializado na época desejada, mas ainda não tinha pousado quando tudo isso aconteceu.

Amy, Rory, Rose e Mels se seguravam com todas as forças porque a nave chacoalhava violentamente. Uma das piores turbulências de todas. O Doutor puxava alavancas enquanto a nave se aproximava do destino previamente selecionado. Ele olhou para a tela viu que estava se aproximando de um prédio.

“Segurem firme!!” O Doutor gritou para o grupo.

A TARDIS foi de encontro a uma janela e a atravessou, indo estacionar do outro lado da sala.

O Doutor foi o primeiro a sair da nave. “Fora, fora, fora! Todos para fora! Não inalem fumaça, fiquem longe!” Ele instruiu.

Rory, Amy, Rose e Mels saíram nessa ordem, cada um tampando seu nariz e tossindo a fumaça tóxica para fora dos pulmões.

“Onde estamos?” Perguntou Rory entre as tosses.

“Estamos em uma sala!” Respondeu o Doutor.

“Que sala?”

“Eu não sei! Eu não memorizei todas as salas do Universo. Estava de folga.”

A porta da TARDIS ficou aberta e muita fumaça saía dela. Mels ficou olhando para dentro da nave e o Doutor notou.

“Mels! Não entre aí! Fumaça ruim! Não respire!” Ele tomou a arma da mão dela à força, mesmo ela protestando. “Fumaça má e assassina! Saia daqui.” O Doutor fechou a porta da nave.

Mels, indignada, saiu de perto e deu a volta na sala.

Rory notou um homem deitado no chão e foi socorrê-lo. “Doutor, acho que este homem está ferido.”

“Será que nós o atropelamos?” Rose quis saber.

“Não, espere.” Disse Rory um pouco confuso com o estado do homem. “Ele está bem.”

O Doutor ainda segurava a arma e quis se livrar dela. E viu uma tigela de frutas em cima de uma mesa de escritório e pôs a arma lá. Logo, ele notou um homem uniformizado ficando de pé do outro lado da mesa.

“Olá! Desculpe, este é seu escritório? Tive um problema com meu veículo. A falha foi de ambos os lados, não vamos mais falar sobre...” O Doutor se interrompeu quando o homem se virou para ele. “...isso.”

Rose e os amigos ficaram boquiabertos como o Doutor ficou. Foram os três para o lado do Senhor do Tempo, Amy e Rory do lado esquerdo e Rose do lado direito. Mels ficou atrás, observando de longe. Estavam diante da presença de ninguém mais que Hitler.

“Este é...” Amy quis perguntar. “Isso é possível, Doutor?”

“Obrigado.” Hitler começou a dizer. “Quem quer que seja, acho que você salvou minha vida.”

“Acredite, foi um acidente.” Disse o Doutor.

Hitler recuperou sua compostura e viu a nave azul. “O que é isto?” Ele perguntou e foi analisar a coisa estranha de perto.

“Como salvamos a vida dele? Não podemos salvar Hitler.” Amy falou aos cochichos com o Doutor e Rose.

O Doutor se zangou mais uma vez e se voltou para Mels. “Viu só? Viagem no tempo! Nada sai como planejado!”

Mels rolou os olhos pra ele.

“Esta cabine...” Hitler voltou a falar. “O que é?”

“É uma cabine de telefone da polícia de Londres, na Inglaterra. Sim, Adolf, é verdade. A Inglaterra chegou!”

Hitler arregalou os olhos ao ver o homem que atentou sua vida se levantando. “Não! Detenha-o!”

Dessa vez, Hitler sacou sua arma e atirou várias vezes, até Rory o parar com um soco. Ao ver Hitler caído, Rory pegou a arma dele e apontou para o ditador.

“Fique quieto e cale a boca.”

Hitler ficou sem reação e se rendeu.

Amy e Rose foram ajudar o homem estranho a ficar de pé. “Você está bem?” Perguntou Amy.

“Sim, estou bem. Acho que ele errou.” O homem respondeu.

Rose notou um pouco de estranheza, pois Hitler atirou várias vezes para aquele homem e, mesmo assim, nada aconteceu com ele. O Doutor só escapou porque ele reagiu imediatamente e se abaixou para evitar em ser alvo dos tiros.

“Ele ia me matar!” Protestou Hitler.

“Rory, ponha Hitler dentro daquele armário!” Ordenou o Doutor.

“Certo. Colocando Hitler no armário.” Rory o levou ao armário e o trancou lá dentro.

O Doutor foi falar com o homem que tentou matar Hitler.

“Você está bem?” Perguntou o Doutor desconfiado, mas o homem desmaiou bem na frente dele.

“Acho que ele desmaiou.” Contou Rory.

“Sim, foi um desmaio. Um desmaio perfeito.” O Doutor estava muito desconfiado do que aconteceu.

Rose ficou curiosa ao ver o Doutor desconfiado, mas ela não teve tempo de pensar no assunto, pois notou sua amiga, Mels, agindo meio estranha.

“Mels, o que houve?” Rose perguntou a ela.

“Hitler...” Mels disse com suas mãos pressionando seu abdômen.

“O que tem ele?” Perguntou o Doutor.

“Péssimo atirador.”

Foi nesse momento que todos perceberam que ela estava sangrando no local em que pressionava. Ela, aos poucos, foi perdendo as forças e cambaleou até cair no chão. Todos correram para o lado dela e Rory aplicou seus conhecimentos de enfermagem para parar o sangramento.

“É ruim, Rory?” Perguntou Rose preocupada.

“Ela está perdendo muito sangue. Eu acho que alguns órgãos foram atingidos. Eu sinto muito.” Respondeu Rory.

“O que podemos fazer, Doutor? Ela é minha amiga!”

“Nós não podemos usar a TARDIS. E estamos em 1938...” O Doutor temeu pelo pior. Eles estavam em situação precária e ver Rose sofrer por uma amiga é a pior coisa que ele poderia passar. Mas, por algum motivo, ele sentiu uma conexão com a Mels e estava muito triste por ela também. Ele realmente não quer que ela morra.

“Mels, eu senti tanto sua falta.” Disse Rose com lágrimas nos olhos. “Eu fiquei arrasada quando você foi embora.”

“Eu também senti saudades.” Mels fechava os olhos com a fraqueza.

“É melhor mantê-la consciente.” Avisou Rory.

“Você está certo. Hey, Mels. Aguente firme.” Falou o Doutor.

Ela abriu os olhos. “Quando eu era pequena...” Mels começou a falar com dificuldade, mas o Doutor a incentivava a continuar falando. “...Eu sonhava em conhecer você.”

“Não sou o tipo de pessoa em que as pessoas sonham em conhecer. Mas, veja só, foi um sonho realizado! Que tal realizar outros, hein? Continue firme!”

“Eu também sonhava em ver meus pais biológicos juntos.” Mels estava cada vez mais fraca e sua voz falhava.

O Doutor pensou em uma forma de ajudar aquela garota. “Nós podemos fazer uma pesquisa e descobrir quem eles são, que tal? É só você ficar viva, entendeu?”

Mels juntou forças para dizer suas próximas palavras. “Não precisa se preocupar. Eu já realizei esse sonho também.”

“Sério?!” Rose ficou surpresa, embora ainda triste com a situação. “Como eles são?”

“Estou olhando pra eles.”

Quando o Doutor entendeu, ele percebeu que aquele momento era o mais esperado por ele e Rose desde Demon's Run. Mas, não era o que ele imaginava.

As mãos de Mels começaram a brilhar e a energia de regeneração​ deu a ela renovação de suas forças.

“O que está acontecendo?” Perguntou Amy. Ela e Rory nunca haviam presenciado uma regeneração, diferentemente de Rose que testemunhou o Doutor se regenerar três vezes.

“Para trás! Vão para trás!” O Doutor puxou os amigos para longe. Rose já sabia que tinha que manter distância por conta da explosão de energia.

Mels se levantou admirando o brilho dourado em suas mãos. “Da última vez que eu fiz isso, eu era uma criança no meio de Nova York.”

“Doutor, nos explique o que está acontecendo.” Pediu Amy.

“Senhores do Tempo não morrem, eles se regeneram. Mudam sua estrutura física para continuarem vivendo.” O Doutor explicou da forma mais simplificada possível.

“Então é assim que se chama? Senhor do Tempo?” Mels quis saber.

Rose ainda estava tentando entender a história de Mels. Antes, era sua amiga de infância e, agora, Mels disse que era sua filha. “Mas, eu a conheço desde criança. Ela não era uma Senhora do Tempo.”

“Sim, ela é e sempre foi.” Disse o Doutor. “Agora, diga-me: Mels é diminutivo de...?”

“Melody.” Respondeu Mels.

“Eu nomeei nossa filha com o nome dela.” Disse Rose.

“Você nomeou nossa filha com o nome da nossa filha.” O Doutor disse devagar para não gerar confusão.

Mas era tarde demais, já estavam todos confusos com o desenrolar dessa história.

“Demorei anos para encontrá-los e estou tão feliz que consegui.” Disse Mels. O brilho dourado da regeneração dela estava ficando cada vez mais forte. “Viram como tudo deu certo no final?”

O Doutor se lembrou do último encontro que teve com River Song, onde tudo foi revelado. “Bem, se você é Melody, significa que também é...”

“Cale a boca, pai! Estou me concentrando no tamanho do vestido!”

Mels fechou os olhos, abriu os braços e deixou a energia de regeneração fluir como uma explosão, passando por toda sua estrutura corpórea e mudando a aparência. Ela gritou quando a energia tomou de conta.

O Doutor já sabia exatamente o que ela estava passando, a dor que ela estava sentindo, mas era necessário para que ela vivesse. Ele sabia também que depois que terminar, ela não será mais a mesma.

Ela será diferente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? ^.^ Ainda tem mais duas partes para fechar este episódio.
Próximo capítulo: Vamos Matar Hitler.



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