A Garota do Futuro escrita por JosiAne


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oie, mais de um mês depois estou de volta. Mil perdões pela demora excessiva, mês passado foi difícil e este está sendo pior, estou com um novo emprego e tentando me ajustar a isso e para completar estou com uma gripe que não quer mais me largar.

Obrigada a quem continua aqui, por seus elogios, de todas formas, comentários, acompanhamentos e favoritos. Espero que esse capítulo compense a demora.

Boa leitura.



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— Você tem certeza disso? – Felicity questiona Thea deixando-se arrastar para dentro do edifício envelhecido.

Ela já deveria saber que tendo uma Thea Queen de treze anos como amiga, sua rotina se tornaria mais agitada do que quando ela própria era adolescente. A menina não parava quieta. Ela deveria estar acostumada, mas não, ela ainda surpreende-se com as façanhas da menina e o fato de que em mais uma noite de folga que ela poderia estar enrolada em um cobertor quentinho em frente a TV e assistindo Chuck – aliás uma das coisas boas em voltar no tempo é que agora ela tem a chance de assistir as séries que ela sempre quis ver, mas que o tempo como estudante de TI no MIT e como hacktivista com o namorado que de seu super-herói pessoal se tornou vilão pessoal – ela foi persuadida a uma noite de garotas no apartamento de Laurel.  Noite de garotas! Ela bufa interiormente tentando decidir quem é mais louca, ela ou Laurel por permitir tal disparate.

— Absoluta. Laurel está animada com a nossa noite. – a menina sorrir para ela antes de entrarem no elevador – Além do mais Laurel está em divida comigo por ter me abandonado no casamento de mamãe. – dramatiza olhando-a de rabo de olho.

— Ah! – Felicity exclama fracamente entendendo tudo. Conhecendo Thea, ela não duvida que Laurel tenha sido chantageada.

Ela suspira ao chegarem ao que ela imagina ser a porta da morena. Pobre Laurel!

— Ei. – Laurel as cumprimenta, animada, e Felicity não consegue se impedir de levantar a sobrancelha inquisitivamente.

— Desculpe a demora, Megan até parece que tá fazendo um sacrifício quando tem que sair de casa. – Thea reclama adentrando no apartamento deixando Felicity do lado de fora.

A loira revira os olhos e Laurel rir das palhaçadas de Thea e da nova amiga.

— Entre Megan, seja bem vinda. – ela dá espaço para Felicity entrar e assim que fecha a porta sai para cozinha desculpando-se – Sentem-se, por favor, deixem-me apenas pegar os petiscos que preparei para nós.

Felicity senta-se dirigindo a atenção a Thea, de sobrancelha arqueada ela questiona a menina silenciosamente. Thea dá de ombros e sorrir jogando-se na poltrona.

Laurel retorna com os petiscos e os organiza na mesa de centro junto aos lanches que Felicity e Thea lhe entregam e senta-se ao lado da loira. Felicity observa Laurel e Thea sorrindo e fazendo brincadeiras tentando imaginar se alguma vez ela vira as duas tão relaxadas. Ela pensa que nunca estivera tão próxima de Laurel, a amizade das duas sempre conteve uma rachadura causada pelo passado da morena e Oliver e apesar da aproximação delas e de ter considerado-a uma amiga antes de sua perda repentina, ela nunca sentiu o vínculo que sentia com Thea ou mesmo com Sara. Ela se sente culpada por isso, assim resolve aproveitar o máximo da presença de Laurel, ser a amiga que ela queria ter sido quando teve a chance.

De repente ela se dá conta que estar aqui e agora, nessa época, tão distante de Oliver e dos amigos que ela tanto considera não, seja uma coisa ruim afinal, é a segunda chance que ela está tendo para ser amiga, para dar a Laurel, The e até Tommy a amizade que eles perderam com o sumiço de Oliver. Ela nunca poderá substituir Oliver, mas certamente é capaz de ser o alicerce de que tanto necessitam.

— Está tudo bem Megan? – ela vira-se abruptamente para Thea, sorrir e balança a cabeça afirmativamente.

A menina oferece um meio sorriso antes de estreitar os olhos para o que Laurel diz.

— Sonhando com certo moreno de olhos azuis? – Laurel brinca.

Ela percebe que tanto quanto ela, Thea também apaga o sorriso do rosto, tentando entender a mudança repentina da garota ela repete sua própria pergunta.

— Está tudo bem Thea? – a garota se remexe na poltrona, dá de ombros e pega o prato com batatas fritas.

— Erm... É isso? Você estava pensando em Tommy? – desvia a atenção para Felicity.

— Não... – Felicity responde com cautela – Por quê? Há algum problema se estivesse?

— Eu só estava curiosa, você sempre deixou claro que Tommy é apenas um amigo. – fala com a boca meio cheia de batatas, ambas Felicity e Laurel fazendo careta com a falta de modos da menina.

— E repito minha afirmação, não tenho esse tipo de interesse em Tommy.

— E você acha que ele tem em você? – pergunta baixinho fazendo as duas estranharem seu comportamento.

Laurel abre a boca surpresa, ligando os pontos do repentino interesse de Thea com suas perguntas aparentemente inocentes.

— Ho oh! – ela engasga olhando abismada para a menina – Não me diga que está apaixonada por Tommy?

— O QUE? – Felicity grita quase pulando do sofá – Thea e Laurel olham-na em choque – Não me...

— Por que voc...

Felicity e Thea param encarando-se. Felicity respira devagar tentando controlar os pensamentos agitados. Thea não pode apaixonar-se pelo próprio irmão. Não pode. Não pode. Calma Felicity, isso não significa nada. – Não significa nada. – murmura fazendo-se ouvir.

— Por que você está agindo assim? – Thea indaga, uma carranca se formando no rosto – Você acabou de dizer que não tem interesse no Tommy.

— Isso está errado Thea. Tão errado. Tão fodidamente errado.

— Mega! Que palavra feia. – Laurel crítica, mas ela não dá atenção.

— Thea, você percebe que Tommy é um homem e você apenas uma criança? – ela tenta argumentar, como ela pode fazer a menina perceber que não pode se apaixonar por Tommy sem revelar a verdade?

— Eu não sou uma criança. – a garota empina o nariz, desafiadora.

— Hrem hrem! – Laurel arranha a garganta antes de começar a rir, pondo a mão na boca ela tenta se controlar – Desculpe Thea, mas tecnicamente você é uma criança.

— Eu não sou uma criança. – ela levanta-se e bate o pé infantilmente, Laurel alarga o sorriso e os cantos dos lábios de Felicity sobem involuntariamente – Parem de rir agora. – exige efusivamente fazendo-as estancaram – Eu não sou uma criança, sim eu gosto de Tommy está bem. – admite ao voltar-se a sentar – Mas eu sei que ele não olharia para mim dessa forma. – funga ligeiramente.

— Oh! Thea. – Felicity faz menção de ir até ela, mas ela a para com um levantar de braços.

— Não, eu não preciso da sua pena. – olha para o alto limpando os olhos rapidamente – Droga...

— Thea... – Laurel adverte por seu linguajar.

— Que merda Laurel, pare com esse moralismo todo. Merda, merda, merda – repete olhando para a morena – não era assim que deveria ser essa noite, era para nos divertimos, noite das meninas, lembram?

— Eu nunca imaginei que você nutrisse esse tipo de sentimento por Tommy. – Felicity fala tristemente.

— Eu também não. – Thea olha para ela – Eu achei que era apenas admiração, mas desde... Desde o casamento de mamãe que não paro de pensar nele. Quando dançamos juntos, ele me fez me sentir tão bem, era como se fossemos apenas eu e ele, foi tão bom. – fala com um brilho nos olhos, um que Felicity só vira quando a menina olhava e falava de Roy.

— Oh, meu santo Google, Thea, você não po...

— Sim, eu sei que não posso, eu já disse que sei que ele nunca olhará para mim dessa forma, ele já pensa em outra e eu não tenho a menor chance. – Felicity sente a tristeza na voz da garota e tem vontade de consolá-la e dizer como ela é linda e que qualquer cara teria muita sorte em receber suas atenções, até mesmo Tommy, mas ela não pode fazer isso, não pode dar esperanças a amiga, Tommy é inalcançável para ela, de todas as maneiras.

Olhando de Laurel para Felicity, Thea continua – Antes eu achava que ele estava apaixonado por você Laurel. – aponta para a morena que ofega ligeiramente – Talvez ele até estivesse antes, mas agora eu vejo como ele olha para Megan, é de admiração. Quando ele está perto de você – olha para Felicity – ele se acende como uma árvore de Natal.

— Não diga tolices menina. – Felicity nega.

— Você só não ver por que não quer. O que é uma pena, Tommy é bom e gentil e você não deveria se prender a um namorado que nem sabe se voltará a ver. – Felicity olha incrédula para Thea, não querendo acreditar que a menina mexeu com seu ponto fraco. Ela não diria isso se soubesse quem é meu namorado. Diz a si mesma, tentando não se ofender com as palavras ditas em um momento de tensão – Eu – Thea se levanta novamente – Só preciso de um momento sozinha para me recompor, não quero estragar a nossa noite. – sai apressadamente para a cozinha.

Felicity sente o olhar pesado de Laurel em cima dela e acha difícil encarar a morena.

— Você acha que ela tá certa? – Laurel pergunta e ela finalmente a encara, confusa – Quero dizer, Tommy, ele estava apaixonado por mim?

— Você quer me dizer que nunca percebeu? – indaga estranhando tal inocência vindo de Laurel.

— Não, bem, teve um tempo que eu achei que sim, mas ele nunca fez nenhum avanço então eu apenas supus que era coisa da minha imaginação.

— Ele é o melhor amigo do seu namor... digo, do seu ex-namorado Laurel, como você acha que ele teria tal pretensão com tão pouco tempo após a morte do outro?

— Então você acha que ele poderia em algum momento se declarar.

— Provavelmente sim. – Com certeza. Pensa com o coração apertado quando se dá conta que sua presença acabara por mudar o futuro.

— Mas não mais. – Laurel murmura mais para si que para Felicity – Agora é por você que ele está apaixonado. – respira fundo antes de olhar para Felicity – Confesso que me sinto aliviada por isso.

— O que?

— Eu gosto de Tommy, mas não sei se nós dois juntos funcionaríamos, acho que Oliver sempre estaria entre nós. – Felicity engole a seco tentando entender as implicações que as palavras de Laurel acarretam. Eu gosto de Tommy.

— Você o ama?

— Se com o ama você quer dizer se eu tenho sentimentos românticos por ele, não, mas também não nego que o acho atraente e que em alguns momentos fiquei balançada com nossa aproximação, mas há muito que nos afasta.

Será que esse é o fim, para algo que nem começou? Ela pensa aflita. Ó senhor, eu fiz isso? Eu acabei de destruir um relacionamento. Encolhe-se por dentro com o sentimento de culpa. Agora Tommy e Laurel nunca vão estar juntos... E... E... Ela arregala os olhos com o insight repentino.  Oliver vai voltar. Tommy e Laurel não vão estar juntos. Oliver e Laurel vão retomar o relacionamento. Tommy e Oliver nunca vão se afastar. E... Meu Deus... Tommy nunca vai morrer e Oliver nunca vai se sentir culpado e ele nunca vai se afastar de Laurel e... E eu nunca vou ter Oliver. De repente ela começa a hiperventilar. Vagamente ela ouve a voz de Laurel. Apenas um zumbido fraco. Ela se levanta e sai sem prestar atenção onde está indo. Sem dar atenção as vozes atrás dela.

— Céus, eu estraguei tudo. – fala apreensiva, andando pela rua mal iluminada – Eu acabei de foder com minha própria vida. – passa a mão pelo cabelo irritando o couro cabeludo – Eu acabei de estragar a merda do meu futuro. – ela tem vontade de gritar e soltar todos os piores palavrões conhecidos, sentindo-se estupida por não ter previsto que aproximar-se de Thea, e Laurel e principalmente Tommy poderia fazer com que tudo mudasse – Como eu, tão inteligente, fui tão ingênua? – de repente ela começa a rir, há tempo que ela não fazia isso, que ria quando ficava nervosa – Eu estraguei tudo, estraguei a noite de garotas. – balança a cabeça por pensar em algo tão fútil, tão sem importância. – Estraguei a porra da linha do tempo como Barry. – e ela rir, ela sabe que tá agindo como uma maluca ao rir no meio da rua, mas não consegue se controlar – Barry teria orgulho de mim agora. – limpa uma lágrima solitária que aparece seguida de uma gargalhada.


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Notas finais do capítulo

Calma gente, apesar do que parece, são apenas devaneios de Felicity, ela pode ser bem exagerada em suas suposições as vezes, para não dar spoiler, apenas digo, nada é o que parece.

Me deem sua opinião, o que estão achando? Quais suas teorias para o futuro? Felicity e sua viagem no tempo mudaram alguma coisa no futuro?

Beijos e até mais.



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