A Garota do Futuro escrita por JosiAne


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, agradeço a Deuzalow e a LuizaChase por favoritem está fic e saibam que todos vocês minhas/meus leitores, independente de favoritarem ou não, são muito importantes para mim, sim eu escrevo para mim, mas se eu não escrevesse para vocês também eu não postaria né? Portanto, é por saber que vocês estão esperando por mais é que tenho ainda mais animo para escrever.

Eu quero agradecer também a Regina Merlyn Rhodes, algo que eu já deveria ter feito antes, mas acabo sempre esquecendo (foi mal amiga, tu sabe que te adoro né, sou apenas uma amiga desnaturada), obrigada Reh por todo apoio, a motivação e a ajuda quando peço um help, você é meu salva-vidas quando meu barco está a deriva rsrsrsr e não só aqui, mas em todas a minha outras fics, sempre dando a opinião sincera e ajudando com as ideias.

[Editado] A música cantada por Felicity na fic se chama London Bridge por Fergie.

Espero que curtam o capítulo, boa leitura.



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— How come every time you come around. My London London Bridge wanna go down.— Felicity canta com a voz desafinada enquanto anda de um lado para o outro da pequena lavanderia, remexendo o quadril sensualmente, ou pelo menos é o que ela tenta fazer parecer ser, o volume da música quase no último – Like London London London wanna go down. Like London London London be going down. — mexe os braços para cima e para baixo se voltando para o cesto de roupas sujas — How come every time you come around. My London London Bridge wanna go down.— repete abaixando-se e segurando na borda do cesto empina o bumbum e abaixa-o lentamente sem perder o rebolado – Like London London London wanna go down. Like London London London be going down. — canta em um tom mais alto e vira-se – Santo Google. – grita soltando as peças de roupa no chão e levando a mão ao coração ao perceber Tommy e Thea em pé, a menina com um grande sorriso no rosto e ele tentando não ri – Há quanto tempo vocês estão aí? – ela pergunta começando a ficar vermelha ao se dar conta que Tommy possa tê-la visto em altas performances.

— O quê? – Thea grita tentando sobrepor a voz acima da música que continua alta, enquanto Tommy retorna para dentro do apartamento.

— Eu perguntei há quanto tempo vocês estão aí? – tenta falar mais alto ao mesmo tempo em que tenta refazer-se do susto.

— Eu ainda não entendi. – Thea fala alto e se aproxima para que possa ouvi-la.

— Eu perguntei HÁ QUANTO ESTÃO AÍ? – ela grita repetindo a pergunta e põe a mão na boca instantaneamente ao perceber que a música parara e tudo o que se ouviu foi o som de sua voz.

— Desde o primeiro “How come every time you come around.” – é Tommy quem responde balançando ligeiramente o quadril e tentando conter a gargalhada, Felicity sente as bochechas esquentarem por ter sido pega em tal posição embaraçosa o que faz com que Thea caia na risada ao notar o tom vermelho nos rosto da loira.

— Veja Tommy, nós temos uma forte concorrente ao Grammy aqui. – a morena zomba.

— Thea! – Felicity grita constrangida e Thea ri ainda mais.

— Bom saber que eu posso fazê-la se divertir. – Thea gira os olhos ainda rindo, adorando brincar com Felicity perto de Tommy.

— Venha Megan, estou apenas brincando. Agora que tal aproveitarmos o lanche que eu trouxe. – Felicity franze o cenho e retira o celular do bolso para ver a hora.

— Minha nossa, já são treze e quatorze. – diz espantada – Espera! Você não deveria estar na escola agora?

— Deveria, mas eu saí mais cedo e pensei em fazer uma visita.

— Ah, bom, e você? – indaga Tommy ao passar por ele.

— Apenas dei uma carona a essa baixinha aqui. – explica bagunçando os cabelos de Thea que se afasta dele dando leves tapas em suas mãos – E pensei em subir para dar um oi. – complementa com um sutil sorriso, passando as mãos pelos cabelos – Agora, agora eu preciso voltar.

— Como assim? Não vai nos acompanhar? – Thea questiona pondo as mãos na cintura.

— Sinto muito baixinha, senhor Merlyn tem uma reunião importante e exige minha presença. – aclara fazendo uma careta.

— Fazer o quê se agora meu amigo resolveu ser responsável. – dá de ombros e Tommy balança a cabeça, divertido.

— Senhorita Cutler, nos vemos por aí. – aproxima-se de Felicity beijando-a no rosto desajeitadamente.

— Até mais senhor Merlyn. – ela rir bobamente olhando-o partir.

Ainda sentido o toque dos lábios de Tommy em seu rosto,             Felicity permanece parada, olhando para a porta que acabara de ser fechada. Ela desperta de seu devaneio e olha para Thea, que está a encará-la, um sorriso malicioso nos lábios.

— O quê?

— Você sabe, além de ser lindo, Tommy está solteiro... – a menina diz querendo ser casual.

— Não vá lá. – levanta a mão parando a menina.

— Por que não? Vocês fariam um bom par e não vejo nada que impeça de se conhecerem mais sabe. – diz seguindo Felicity que vai para a cozinha – Quer dizer, é óbvio que há uma diferença de idade entre vocês, mas nos dias de hoje quem liga para isso.

— Está me chamando de velha? – Felicity põe as mãos na ilha e encara a menina.

— O quê? Não, claro que não, é só que... que eu achei que fosse esse o motivo para você negar qualquer aproximação. – ela dá um sorriso nervoso.

— Eu não sou tão mais velha que ele assim, são o quê? Seis, sete anos? Então não, a idade não importa, o que importa é que – ela levanta a mão em punho – primeiro – aponta com o dedo indicador para o teto – eu não tenho esse tipo de interesse em Thomas, segundo – faz o mesmo gesto com o dedo médio – eu tenho um namorado.

— Oh! – Thea abre a boca surpresa – Eu nunca pensei nessa possibilidade. – e de repente ela abre mais os olhos como se tivesse tido um insight – Minha nossa Megan, eu sinto muito... – aproxima-se de Felicity abraçando-a de lado – Você sente muita falta dele?

— Todos os dias. – a loira responde aceitando o abraço e encostando o queixo na cabeça da outra.

— Me fala, como ele é? – Thea pede tentando animar Felicity. Senta-se na banqueta e abre as embalagens com sanduíches.

— Eu não acho que seja uma boa ideia. – por que ela sabe que seria muito doloroso, pensar em Oliver já é difícil o bastante, ela se desmancharia em lágrimas se tivesse que dá voz aos pensamentos.

— Tudo bem. – Thea anui vendo a expressão triste no rosto de Felicity – Agora, eu tenho um convite.

— Um convite. – Felicity a olha desconfiada.

— Um casamento. – diz animada.

— Um casamento?! – Felicity murmura estreitando os olhos.

— De minha mãe e Walter.

— Sua mãe e Walter. – repete sem empolgação.

— Dá para parar de repetir tudo o que eu digo. – Thea exclama exasperada.

— Sim, continue.

— Como eu já disse, o casamento é de minha mãe com Walter Steele, CEO da QC, acontecerá daqui a duas semanas e eu quero que você vá.

— Thea... – ela começa a se desculpar não querendo adentrar ainda mais no mundo de Thea e ter contato direto com o seu futuro. Ela já está envolvida demais.

— Por favor, Megan – a menina junta às mãos implorando –, eu preciso que você vá, preciso de alguém lá comigo.

— Eu não queria te decepcionar Thea – ela realmente lamenta –, mas eu não posso. Roxie não estará lá com você?

— Na próxima semana começam as férias de verão e Roxie sai em viagem com a mãe. Por favor, Megan. – ela implora e é como um cachorrinho que se perdeu do dono pedindo abrigo – Por favor.

Felicity suspira, ela sabe que nunca conseguirá negar nada a Thea – Tudo bem.

~’~

Felicity para em frente à prateleira repleta de embalagens de leite e suas variadas marcas, ela põe a mão no queixo analisando cada opção, como cada coisa que ela faz ou a cada compra, ela faz de forma analítica e com cuidado, uma das poucas atividades domésticas que sua mãe lhe ensinou muito bem, ela olha desde a data de validade ao teor de gordura ou teor qualquer mineral que o produto ofereça, além é claro do preço mais acessível, resultado de tempos de vacas magras para ela e a mãe quando o pai as abandonara. Distraída ela não percebe a morena aproximar-se.

— Senhorita Cutler?

Ela para com a mão no ar e vira-se lentamente para Laurel.

— O-olá, senhorita Lance. – força um sorriso – Que surpresa encontra-la aqui. – pega o litro de leite, coloca na cesta e ajeita o óculos.

— Oh, não por favor, não faço compras sempre, estou apenas praticando um hobbie. – Laurel rebate com uma onda de mão.

— Não foi isso que eu quiser, por favor, não me interprete mal, apenas estou surpresa em encontra-la, é isso. – ela apressa-se a explicar.

— Eu sei Cutler, tudo bem. – Laurel sorrir amigavelmente.

— Oh! Você está brincando?!

— Sim, eu estou brincando. – Laurel balança a cabeça com a ingenuidade de Felicity.

— Que bom, eu estava começando a me desesperar por começarmos tão mal. – esclarece sentindo-se mais confortável perto de Laurel.

— Bem, para que as coisas melhorem que tal um café?

Felicity considera o convite, ela sempre quis a chance de poder aproximar-se mais de Laurel, agora, ponderando essa repentina chance ela tem medo das mudanças que possa ocorrer no futuro. O futuro. Desde essa cruel viagem no tempo tudo o que ela pensa é no futuro e como ela pode prejudica-lo das diversas formas possíveis. Olhando para Laurel que a encara com expectativa ela decide esquecer o futuro por alguns momentos. O que mais pode acontecer?

— Tudo bem, mas se vamos fazer isso tem que me chamar de Megan.

— Então me chame de Laurel. – a morena diz sorrindo lembrando a Felicity de tempos que pareceram uma vida atrás, agora.

Compartilhar um tempo com Laurel não é tão difícil como Felicity esperava, a mulher mostra-se gentil e atenciosa e ela se pergunta onde foi parar essa Laurel, tão diferente da que ela conheceu. Ela pensa na perda de Sara e sabe que não foi apenas isso, aqui Laurel já perdera Sara, já perdera Oliver e está recomeçando sua vida. Talvez tenha sido justamente o contrário, o retorno de Oliver e depois de sua irmã que a fizeram lembrar-se do passado que procurou deixar para trás.

 Elas acabam falando sobre a faculdade e o quanto está se dedicando para ser tão boa advogada quanto o pai é como policial, ela fala de sua amizade com Thea e como ela vê a menina como uma irmã, mas ela não fala da própria irmã ou de Oliver, ela também evita falar de Tommy o que deixa Felicity intrigada. E então ela começa a fazer perguntas a Felicity, e ela percebe que a mulher não quis apenas ser gentil, ela quer informações, ela quer ter certeza sobre quem ela é, e Felicity não a culpa por isso, ela também teria cautela com uma estranha que aparece do nada e se torna repentinamente amiga de sua irmãzinha.

— Eu cresci em Vegas, e achei que seria bom um novo recomeço. – ela esclarece sem perder o contato visual com Laurel, após a morena a interrogar sobre os motivos de ter se mudado para Staling City.

— E como exatamente você e Thea se tornaram amigas? – ela respira fundo tentando lembrar a história que ela e Thea criaram,

— Foi tudo por acaso, tive a sorte de me deparar com Thea após perversamente ter sido assaltada e ela confiou em mim o bastante para me ajudar. – Felicity opta por uma resposta que satisfaça Laurel, mas que não deixe margens para que continue a questiona-la.

— Eu vejo. – Laurel assente e beberica o café antes de retomar o olhar a Felicity – Thea é realmente uma boa menina, às vezes um pouco ingênua, mas de bom coração. – a morena sorrir e Felicity pega a dica.

— Por todo o respeito que eu tenho a sua pessoa Laurel, eu vou dizer apenas uma vez, eu aprecio a sua preocupação pelo bem estar de Thea, eu também a quero muito bem e por isso entendo que só queira protegê-la, eu no seu lugar faria o mesmo, mas isso não significa que vou aceitar se insultada dessa forma. – ela para e retoma o fôlego – Pelo visto eu me enganei quando achei que poderíamos fazer isso dar certo – aponta entre a duas – pela Thea pelo menos e porque você me pareceu mais do que dizem por aí, uma garota fútil e arrogante, agora vejo que você não pensa o mesmo. – conclui, ela sente o rosto arder e sabe que está corada ao extremo, resultado de quando está envergonhada ou extremamente irritada.

Laurel balança a cabeça, após o que lhe pareceu horas de encará-la com lábios entreabertos, claramente abismada. Limpando a garganta a morena começa a justificar-se ruborizada.

— Eu nunca tive a intenção de insultá-la, como você bem pontuou, apenas quero cuidar de Thea, mas eu sei Megan... – ela pisca rapidamente – Por alguma razão desconhecida, eu sei que é uma boa pessoa, sinto muito se a ofendi e saiba que eu também quero ser sua amiga. – ela estende a mão em sinal de paz a Felicity que a aceita aliviada.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo saiu bem menor que os outros, eu tinha intenção de faze-lo maior, porém eu sempre termino o capítulo onde acho que deve parar, eu não costumo olhar se é grande ou pequeno, portanto o que eu tinha previsto inicialmente para este capítulo, resolvi deixar para o próximo.

Mas acho que valeu a espera né? Agora a pergunta que eu sei que muitas se faziam sobre qual o papel de Oliver aqui, foi respondida, sim eu não mudei nada, como muitas que já leu minhas fic já sabem, não sou Olicity, mas eu também não tenho nada contra o casal e resolvi manter assim, os dois ainda juntos.



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