A Garota do Futuro escrita por JosiAne


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá, até que não demorei muito né? Antes de começarem a leitura quero enfatizar umas coisas:
1- está fic se trata de uma história de amizade, o romance aqui fica em segundo plano.
2- para quem está preocupado, está fic é Olicity, mesmo que Oliver seja apenas mencionado no decorrer dela.
3- estamos chegando a reta final da fic e prometo que coisas como o que está acontecendo no futuro ou o que acontecerá com Tommy serão esclarecidos.

Boa leitura.



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— Eu não acho que ela vá acordar tão cedo. – Tommy anuncia da porta do quarto espantando os pensamentos sombrios de Felicity – Eu só queria entender o que ela estava fazendo em... – ele vacila tentando encontrar palavras adequadas que não levem a injurias – Em tal lugar. – Felicity o olha, cética enquanto ele senta-se na poltrona em frente ao sofá em que ela se encontra.
— Não me admira Thea chegar a este ponto. – ela exala suavemente tentando manter o controle das emoções.
— O que você quer dizer?
— Thea se sente sozinha, ouso dizer quase em um estado de depressão...
— Como isso é possível? – ele a corta abruptamente – Thea tem de tudo...
— Mas não tem o principal, a família dela. – ela se ajusta no sofá para estar frente a frente a Tommy – Pior do que estar só é se sentir só e Thea tem muitos motivos para isso, ela perdeu o pai e o irmão e de quebra a mãe e os amigos que se afastaram.
— Mas ela tem a mim. – ele murmura surpreso com a descoberta.
— Quantas vezes neste último ano você sentou com ela e procurou realmente saber como ela está? Como ela está lidando com a perda.
— Eu...
— Olha, acho que realmente isso não importa agora, cada um de vocês perdeu algo e cada um está lidando a sua maneira, Thea só não soube como lidar com a situação e seguiu um caminho tortuoso.
— Eu entendo o que quer dizer, no início não queria admitir, mas... – ele respira fundo desviando o olhar de Felicity – ela está se drogando não é. – afirma fechando as mãos em punhos reflexivamente – Eu deveria ter prestado mais atenção nela, eu prometi a Oliver que cuidaria dela e falhei. – leva o punho esquerdo a boca sufocando um gemido.
— Ei! – Felicity ajoelha-se a sua frente apoiando-se em suas pernas – Ainda há tempo, eu não sei o que houve com Thea, mas ela estava visivelmente melhor nas últimas semanas, ela teve uma recaída sim, mas não significa que está perdida. – aperta as mãos dele em conforto – Agora é com você.
— Tem razão. – assente lentamente retornando o olhar de Felicity – Eu amo aquela baixinha, não me perdoaria se acontecesse algo a ela.
— E ela te ama na mesma medida, o que é um ponto a favor.
— Como você sempre tem as palavras certas, hem! – arqueia a sobrancelha de brincadeira.
— Por que eu sou sensacional.
— Sim, e pouco modesta também. – solta um riso zombeteiro antes de puxá-la em seus braços – Obrigado, Thea e eu temos sorte de tê-la por perto.
— Amigos são para essas coisas. – diz aconchegando-se em seus braços, a sensação de segurança a confortando.
— Amigos. – ele repete em um sussurro, o sorriso morrendo nos lábios dando espaço a nostalgia.
~~
— Megan! Megan! – Felicity ouve um zumbido de um nome pelo qual sua mãe só a chamava quando queria lhe passar um sermão – Megan! – a sacudida em seu ombro a puxa da letargia de uma noite de sono agradável. Felicity abre os olhos encontrando o rosto quase infantil de Thea pairando sobre ela – Oi. – a menina cumprimenta incerta. – olhando a sua volta ainda um pouco atordoada da retirada abrupta de seu sono ela franze o cenho ao perceber onde está.
Caramba, como posso ter dormido em um sofá e ainda sim me sentir tão bem? Então ela se lembra da noite anterior, da conversa com Tommy e o quão agradável foi estar em seus braços, como ela se sentiu confortável e segura, corando ligeiramente ela balança a cabeça antes de voltar a atenção a Thea.
— Oi, Onde está Tommy?
— Eu não sei, você foi a única que encontrei aqui.
— Certo! – senta-se tentando desviar o foco de Tommy e o que teria acontecido com ele – Como está se sentindo?
A menina se afasta para sentar na poltrona e Felicity nota seu constrangimento.
— Thea? – chama fazendo a menina olhar para ela e rapidamente desviar o olhar – Você nos deixou muito preocupados.
— Me desculpe. – pede num leve sussurro – Eu vacilei de novo não é? Quebrei minha promessa e agora você está brava comigo.
Felicity pondera as palavras de Thea e ela quer abraçar e consolar a garota, mas seu lado racional e adulto não a deixa.
— Irritada é um eufemismo, Thea. Estou decepcionada. Eu entendo, realmente entendo seus medos e angústias, mas nós já havíamos conversado sobre isso e eu achei que tivéssemos chegado a um acordo de que não houvesse mais necessidade de recorrer a algo, tão... Tão... Destrutivo. – conclui, o tom de voz levemente alterado.
Pensar no que Thea vem fazendo a si mesma, destruindo sua inocência, seu corpo e ainda quase levando seus amigos, que a amam, consigo.
— Eu sinto muito, sinto muito. – a menina pede escondendo o rosto entre as mãos – Eu estava tão zangada e frustrada
— É bom que sinta muito mesmo. – Felicity diz com o coração despedaçado, mas num tom duro.
— Eu estava fora de mim e tenho fragmentada a noite passada em minha mente, mas eu sei que você e Tommy me tiraram daquele lugar, tenho consciência também do risco que correram e me sinto envergonhada por isso. – explica visivelmente furiosa, as lágrimas escorrendo por suas bochechas e ela não faz questão de esconder – estou tão irritada, irritada comigo mesma.
— Lá, lá... Não posso dizer que tá tudo bem, não ainda, mas vamos passar por isso sim? Essa foi uma lição Thea e espero que tenha aprendido algo com isso e que quando estiver triste, irritada ou até mesmo sufocada me procure, ou até mesmo Laurel ou Tommy se preferir.
— Tommy, suponho que deva falar com ele. – diz desanimada.
— Bem, você o deixou bastante preocupado.
— Deus! – ela levanta-se, passando as mãos no rosto olha para Felicity ainda envergonhada – Ele não vai pegar leve.
— Talvez sim, talvez não. Falei com ele e já adiantei um pouco as coisas, ele vai entender.
— Obrigada. Você é sempre maravilhosa pra mim e ainda sim eu te decepciono.
— Nós vamos superar isso. Agora – ela levanta-se se aproximando de Thea – Vamos comer, por que eu estou faminta e enquanto isso você me diz exatamente o que aconteceu ontem. – segue para a cozinha, parando na porta antes se virar para Thea logo atrás dela – E eu quero a verdade, TODA ELA. – diz lentamente.
Enquanto Felicity prepara sanduíches, suco e café, Thea separa torradas e goiabada e conta todas as partes do dia anterior, não querendo esconder nada ela explica como chegou ao local onde Felicity e Tommy a encontraram.
— Eu nunca tinha ido lá na verdade, sempre algum laranja me levava as balinha após eu falar por telefone com o gerente, como ele se intitula, mas dessa vez eu estava tão desesperada por algo mais forte que nem pensei, depois que tava lá simplesmente me apavorei. – sentando-se ela abaixa a cabeça sem coragem de olhar para Felicity.
— Eu sou uma tola mesmo, após nossa conversa, como uma boba apaixonada eu me desesperei por saber que nunca Tommy vai... Vai me querer. – balança a cabeça dando um leve sorriso irônico – Que idiota, chorando feito uma garotinha por causa de um cara e agindo de forma imatura só para se envergonhar diante dele.
— Você é uma garotinha Thea. – Felicity diz consternada – Não queira crescer antes do tempo e como disse você ainda vai encontrar um cara que vai te amar de volta.
— Eu sei, mas Tommy...
— Tommy é um homem que faria qualquer coisa por você, eu sei disso por que presenciei em primeira mão ontem, mas... – ela para sem saber mais o que dizer, tendo tentado tirar essa ideia de paixão da mente da garota ela acha que já esgotou a piscina de palavras – Você já pensou que talvez essa paixão não exista? Que os acontecimento do último ano a fizeram imaginar sentir algo que na verdade não passa de um amor fraternal?
— Eu sei o que sinto Megan. Não tô confundido nada.
— Mesmo? – Felicity indaga cética – Pelo que me disse você e seu irmão eram muito próximos, você o perdeu, mas Tommy, o melhor amigo continuou aqui...
— Por que você faz isso? – Thea inquire levemente perturbada – Por que você tá sempre rejeitando o que sinto.
— Eu apenas quero que seja feliz e você não está feliz, esse sentimento a está fazendo mal.
— Eu sei disso, mas eu não consigo apenas deixa pra lá, eu tentei tanto, até fiz piadas indicando que poderia acontecer algo entre vocês, mas não é fácil – ela começa a chorar novamente – não é.
— Eu sinto muito, sei muito bem como é amar e não ser amada de volta – diz lembrando-se de quando começou a perceber que amava Oliver, mas ele sempre a afastava – é por isso que espero que com minhas palavras passe a ver Tommy apenas como um amigo. – por que diferente dela que conseguiu ficar com Oliver depois de tudo, Thea nunca poderia ficar com Tommy, seja por que ele é seu irmão, seja por que ele acabará morrendo antes de realmente ver a menina como uma adulta.
— Me desculpe, me alterei novamente e sem motivo, você só quer me ajudar – limpa o rosto com a costa da mão antes de sorrir fracamente para Felicity –, eu vou tentar, eu prometo.
— Ótimo, agora coma.
Elas passam a comer em um silêncio confortável, cada uma presa em seus próprios pensamentos até que Thea levanta uma questão preocupante.
— Megan?
— Hmmm. – reponde sem olhar para a menina.
— Como você e Tommy conseguiram me tirar daquele lugar. – Felicity levanta a cabeça lentamente pensando na noite anterior.
— Eles apenas nos deixaram pega-la e sair.
— Assim, sem problema? – Thea indaga desconfiada.
— Bem, não exatamente... – faz uma pausa considerando se é sensato contar toda a história a menina – Tommy tinha uma arma e... – ela ouve Thea ofegar, mas não cessa seu conto – ele não hesitou em deixá-los saber, mas não acredito que tenha sido isso que os fez nos deixar sair ilesos, estavam em maior número e com certeza bem armados.
— Droga. – Thea sibila – eles não vão deixar por isso mesmo Megan.
— Eu não achei que não. – Felicity murmura preocupada.
~~
O restante do dia passou com Thea e Felicity evitando falar sobre o ocorrido do dia anterior, Thea por querer esquecer por alguns momentos o que ela passou a chamar de tolice, Felicity por achar que já falou tudo que tinha que falar, agora seria a vez de Tommy, que por sua vez ligara avisando que havia sido intimado pelo pai e estaria preso a empresa durante todo dia, podendo aparece apenas a noite. A ligação fazendo Felicity lebrar-se de seu emprego com certa saudade, ela sabia que depois de desaparecer por dois dias sem qualquer explicação, o trabalho no Big Belly Burg estaria fora de questão, suspirando ela se resignou a não pensar sobre isso.
A noite chegou e com ela, Felicity notou a ansiedade de Thea, ela tentou acalmar a menina procurando manter uma conversa leve que se estendeu por quase quatro horas até Thea não se aguentar mais de sono e se despedir pela noite. Felicity tentou não demonstrar, mas a demora de Tommy estava começando a preocupa-la, não sem razão, ela pensou quando uma batida frenética na porta a assustou e ela abriu com o coração na mão, a sua frente Barry Allen em seu alter ego, Flash com um Thomas Merlyn muito machucado em seus braços.


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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei um pouco de drama e pareceu bem exagerado da parte de Thea né, mas acreditem, eu trabalho com adolescentes e sei bem como eles podem ser chatos e exagerados quando enfiam algo na cabeça, principalmente quando se trata de paixão. E Thea é uma adolescente.

Me digam o que acharam, há teorias do que acham que vai acontecer? Compartilhem.



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