Templários escrita por Whis


Capítulo 1
I - Divina Providência: Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Fala pessoal! Depois de muito tempo, voltei. Degustem!



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Havia naquele tempo paz e prosperidade. Bem, aos menos ao clero. Enquanto os sacerdotes estavam no topo da “cadeia alimentar”, no topo da pirâmide de autoridade, os pobres coitados estavam sofrendo pela miséria. No entanto, amor lhes mantinha vivo! Amor à Igreja, amor à Deus, amor à Virgem Maria, amor, amor, amor! Somente sobreviviam graças a esse sentimento indescritível que só pode ser exposto por quem já o sentiu.

E então, esse amor levou à necessidade de obter perdão e a Indulgência Plenária não se tinha todo dia. Por isso, quando houve a Cruzada, todos, exaltados, colocaram-se em combate para encherem-se do Divino Perdão.

A cruzada nada mais foi que um avanço militar liderado pelo Sumo Pontífice, o Papa, em busca de obter, como Estado Pontifício, Jerusalém – a Cidade Santa, afim de conquista-la da mão dos hereges muçulmanos e preserva-la debaixo do manto da Igreja.

Mas deixando, momentaneamente, a Cruzada de lado, vamos olhar, agora, para outro ponto de nossa era, ok? Esse amor infinito também trouxe a necessidade de esmagar os inimigos. Como disse Judas Macabeus, os inimigos deveriam cair e nunca mais se levantar. Começou, aí, a caça aos hereges!

No entanto, ao contrário do que imaginam, isso não partiu da Igreja: procedeu dos próprios leigos que, desgostosos, colocaram as bruxas em um patamar ainda mais miserável que o deles próprios: seriam, elas, agora, lenha para fogueiras. Fogueiras, essas, que iluminariam toda aquela era.

A Igreja agora estava tomada pela soberba e pela luxúria e, naturalmente, não se incomodavam com o poder absoluto na Europa. Quem se importaria, afinal? O Papa era um rei, os cardeais eram os príncipes, os bispos eram os duques e os presbíteros eram a corte. Mais poderosos que os déspotas, dominavam todos os cantos civilizados – e marchavam rumo a civilizar os incivilizados.

“Deus Vult!”, gritavam exacerbados! Exaltavam ao Senhor com tamanho furor que as tropas bárbaras tremiam de medo. Esse era o efeito da presença dos Templários: nada resistia à sua imensurável aura de guerra, que, aparentemente, banhada pelo próprio Arcanjo Miguel, impunha nos inimigos infiéis o mais profundo medo.

A conversão era pelo amor, sim. Mas a guerra dava uma notável forcinha. A guerra de fato não se justificava, seus intuitos também: mas os fiéis guerreiros cristãos jamais ligariam para isso, para moral ou ética. Ligavam, sim, em preservar a Cristandade e afugentar todo o mau que vinha do oriente.

A conversão viria de um jeito ou de outro. Do jeito fácil ou difícil, mas ela viria.

Medo é um fator importante em qualquer guerra: quem teme, perece e quem impõe medo, vence. É assim que acontece. Sempre foi e sempre será. Com Leônidas no Peloponeso, por sua infinita coragem venceu tantas tropas que somaram números incontáveis e, até mesmo, com Davi e sua vitória avassaladora contra o gigante Golias.

“Não deve haver medo entre os Cristãos. São os cristãos que devem impor medo”, era o que os déspotas diziam. Mas isso era justificado: a reconquista Ibérica tirou muitas vidas e a raiva e a vingança floresceram quando, enfim, a Igreja mostrou aos muçulmanos quem mandava ali. A mensagem era clara “A Igreja não irá recuar e, se continuarem aí, serão esmagados como insetos pertinentes”.

Assim foi a primeira e única cruzada. Depois disso, os infiéis jamais tentaram retomar aquela área de novo. E isso tem apenas um nome, ou melhor, um único e suficiente conceito: a Divina Providência.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se tiver um feedback legal, irei continua-la. 'u'

Até!



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