The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 4
Perversão.




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Garcia se considerava forte o suficiente para aguentar qualquer coisa que precisasse. Bem, ela achava isso. Depois de ser baleada por Jason Clarke Battle ela perdeu metade da confiança. Ela sabia o quão era arriscado ficar sozinha, em sites de jogos e sair com um desconhecido, mas Morgan não estaria com ela todas as horas de sua vida e ela precisava de uma companhia que não tivesse álcool ou cafeína na formula.

Quando ela acordou no cativeiro ela não sabia que já havia se passado uma semana inteira. A cabeça zumbindo e girando, ela não se lembrava de absolutamente nada depois que sentia alguém a agarrar por trás. Ela tentou se mover, mas havia correntes em seus pulsos e seu espaço era limitado. Aquilo era uma espécie de quarto branco de sanatório. Havia um tipo de borracha nas paredes.

Ela levantou o quanto pode, mas se sentou imediatamente quando a porta se abriu.

—Ora. Vejo que a nossa gatinha está enfim acordada. – Sam falou quando entrou no quarto.

— Sam. – Disse Penelope. – O que diabos está acontecendo?

— Eu te sequestrei. – Respondeu Sam. – Simples assim. Sem rodeios ou falsas esperanças.

— Porque você de todas as pessoas faria uma coisa dessas? – Penelope não acreditava naquilo.

— Pare e pense algumas coisas, Penny. – Falou Sam.

— Penelope. – Ela o corrigiu. – Penelope Garcia.

— Você adorava quando eu te chamava de Penny, lembra? – Perguntou Sam, tirando algo de uma bolsa em cima de uma espécie de mesa do quarto.

— Bem. Isso é no passado. – Respondeu Penelope. -  E eu tenho certeza que seus planos são nefastos o suficiente para me torturar.

— Eu quero lhe causar o máximo de dor. – Falou Sam. – Isso é muito nefasto?

— Talvez para você. – Respondeu Penelope.

Ela recebeu o primeiro golpe. Um tapa na cara com fora suficiente para ela ver algumas estrelas pela cabeça.

— Isso foi nefasto demais. – Garcia sabia que ela estava com dor, mas não podia mostrar a Sam.

Ele então começou a chutar o estômago, o tronco e as pernas com extrema precisão. Penélope sentiu as lágrimas caírem de seus olhos, mas a luta não a deixou.

Ela ficou inconsciente por alguns segundos depois dele parar com as agressões. Ele sabia que teria que se controlar o suficiente para mantê-la por mais alguns dias antes que pudesse matá-la como era o planejado.

— Me diga Lord das Trevas. – Penelope tentou se apoiar, mas estava tonta demais. – Quanto tempo estou aqui?

Sam se virou com um sorriso sacana no rosto.

— Uma semana. – Respondeu Sam. – Sua equipe está lhe procurando esse tempo inteiro e eles nem sabem por onde começar.

— Porque envolveu Strauss nisso? – Penelope perguntou.

— Ela não aceitou de início. – Sam se sentou um pouco. – Então eu sequestrei os filhos dela e a fim cooperar por falta de opção.

— Eles vão descobrir. – Gritou Penelope tentando se soltar das correntes.

— Quando você sair daqui, talvez será num caixão. – Falou Sam.

Ele se aproximou com uma agulha e a enfiou no braço de Penelope, não sem uma resistência da parte dela.

— Precisa repousar. – Falou Sam. – Um médico virá ver as suas feridas.

— Ele vai contar. – Falou antes de apagar.

— Ele vai morrer. – Falou Sam para uma Penelope já totalmente apagada. – Ele morrerá e você também.

Sam fechou a porta do lugar onde Penelope estava. Ela estava espalhada pelo chão, inconsciente.

Garcia começou a sonhar. As coisas não eram tão claras no começo, mas com o passar do tempo ela conseguiu distinguir onde estava afinal.

Era um cemitério lindo e todo colorido na medida do possível. Havia uma multidão mais a acima do cemitério e Garcia foi ate lá. Ela conseguiu reconhecer Hotchner e David de costas e também Derek. Ela passou por eles sem ser notada por nenhum deles. Ela viu Reid em uma cadeira. Esse parecia muito abalado. JJ segurava a mão de Spencer enquanto Blake apenas ficava em silêncio.

Emily estava lá também. Ela tentava chamar a atenção dos agentes, mas nenhum a notou.

—Santo inferno. – Falou Garcia.

Ela se virou e chegou mais perto do caixão todo decorado e colorido. Ela notou a foto em cima dele e se reconheceu de imediato.

— Mas eu ainda não morri. – Ela falou.

— Eu sei. – Disse uma voz feminina colocando sua mão no ombro dela. – Quer ver como aconteceu?

Garcia se virou para a mulher que conversava com ela.

— Quem é você? – Perguntou Garcia. – Eu não te conheço.

— Na verdade você já me viu uma vez ou outra. – Respondeu a garota.

— Eu acho que não. – Falou Garcia.

— Bem. Você não participa de situações em campo. – Falou a voz.

— Não quanto eu gostaria na verdade. – Falou Garcia.

— Eu fui uma vítima. – Falou a garota. – Um dos últimos casos do Agente Gideon. Na verdade, eu fui vítima duas vezes. Na segunda vez eu não tive sorte.

— Roberta Bryant. – Falou Garcia reconhecendo a garota.

— É bom finalmente conhecê-la. – Falou Roberta. – Agora porque não me acompanha e veremos o que deu errado?

— E eu vou gostar? – Perguntou Penelope.

— A morte não é uma coisa legal de se viver duas vezes. – Respondeu Roberta. – A minha foi tranquila, mesmo do jeito que foi. Primeiro você sente que está no escuro e nunca vai sair de lá, mas depois quando começa a luz você reconsidera.

Penelope saiu do sonho. O efeito do medicamento havia passado e quando viu Sam a sua frente ela desejou ter continuado no sonho.

— O que você quer de mim? – Perguntou Penelope, aborrecida para Sam.

— Respostas, Penny. – Respondeu Sam pegando queixo de Penelope com força. – Sobre coisas que eu nunca entendi sobre o FBI e com certeza sobre você.

— Eu nunca vou falar sobre meus colegas. – Falou Penelope.

— Por isso escolhi a melhor seleção de drogas que o dinheiro vivo pode pagar para arrancar de você. – Sam tirou da bolsa alguns vidros grandes. – Lembra daquele dia na sua casa?

— Eu acho que prefiro esquecer. – Respondeu Penelope.

— Ok. – Falou Sam. – Mas eu precise que se lembre ok? – Sam colocou um acesso em Penelope. – Tudo o que passara pelas suas veias agora é uma combinação de drogas potentes para fazer você falar alguma coisa.

— Eu pelo menos vou dormir? – Perguntou Penelope.

— Eu digo que você vai dormir? – Sam respondeu com uma pergunta. – Na verdade a coisa que pode acontecer é você esquecer como se respira. Isso parece bem chato, né?

— Eu vou morrer se não puder respirar, você sabe disso, certo? – Falou Penelope.

— Você vai ter um pouco de ar de máquina se or necessário. – Sam ligou uma máquina de monitoramento. – E talvez ser mantida viva por isso.

— Sabe que eu nunca vou falar nada sobre eles, certo? – Falou Penelope.

— Eu achei que tivesse sido bem claro quando a isso. – Sam aumentou a passagem do liquido azul.

Ela não teria outra opção. Mas ela queria ter.

— Vamos começar, querida? – Perguntou Sam.


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