The replicator. escrita por Any Sciuto
Hotch e Morgan entraram no armazém. Hotch olhou para a mulher amarrada na cadeira, totalmente molhada. Ele correu para seu lado.
— Penelope. – Ele falou. Ela não respondeu ao seu chamado. – Deus. Acorde.
— Deveríamos chamar uma ambulância. – Reid falou se juntando aos dois homens. – Ela parece ter uma contusão na face e ela está respirando com dificuldade.
— Diga que ela vai ficar bem. – Pediu Hotch. – Diga que pelo menos podemos quebras a cadeira para soltar ela.
— Fique à vontade. – Disse Morgan. – Afinal você é o chefe aqui.
Hotch quebrou a cadeira com cuidado para não machucar Penelope e a pegou quando ela caiu depois dele terminar com a cadeira.
Penelope retornou à consciência e viu Hotch a sua frente.
— Eu posso sentir você. – Ela falou.
— Apenas descanse. – Hotch falou. – Poupe seu esforço.
— Onde ela está? – Perguntou Penelope. – Onde está Helena?
— Está com JJ e Prentiss. – Respondeu Hotch. – Ela é você em tudo. As bochechinhas rosadas, os olhos, o cabelo loirinho.
— Você cuidou dela esse tempo, Aaron? – Perguntou Penelope.
— Nunca desgrudei dela. – Falou Hotch. – Eu queria ter esperado para colocar o nome, mas a chamar de bebê parecia errado.
Penelope levantou o braço e colocou um dedo nos lábios de Hotch.
— Não se culpe. – Ela falou. – Eu teria escolhido Helena também.
Hotch apenas sorriu. Reid estava pedindo uma ambulância enquanto Morgan e Rossi procuraram pelo prédio. Eles foram até a casa e votaram cinco minutos depois com Ariella algemada.
— Ariella. – Hotch olhou para a mulher em pé a sua frente. – Gostou da sua pulseira nova?
— Elas não são do meu tamanho. – Falou Ariella.
— Melhor ir se acostumando com elas. – Hotch olhou para Penelope adormecida em seus braços.
Demoraria mais dez minutos para a ambulância chegar naquele lugar.
— Se eu tivesse mais tempo com sua namorada talvez eu descobrisse quem matou Chazz. – Falou Ariella.
— Então é disso que se trata? – Hotch perguntou. – Se vingar por aquele pilantra?
— Ele morreu e deixou meu filho sem pai. – Falou Ariella. – Eu não deixei ele vir ao mundo para viver sem um pai.
— Poderia ter trazido ao mundo e formado uma família com ele. – Falou Morgan.
— Eu tentei consertar a minha vida. – Falou Ariella. – Não consegui sem o Chazz.
— Você diz o amar tanto, mas tirou o filho dele. – Disse Hotch passando Penelope para Morgan. – Isso mostra que você é uma ressentida e frustrada.
— Você não me conhece Agente Hotchner. – Disse Ariella. – Nunca vou parar a menos que eu esteja em um caixão.
— Posso providenciar isso. – Rossi falou. – Eu posso simplesmente atirar e dizer que foi em legitima defesa. Meus colegas vão testemunhar a meu favor.
— Eu acho que não será necessário. – Falou Hotch. – Certo Ariella?
— É claro. – Ela falou. – Eu vou voltar. Eu prometo. – Ariella gritou enquanto era levada por uma equipe federal.
— Estarei pronto para esse dia. – Hotch falou. – Todos estaremos.
Penelope fez um check-up e foi liberada para voltar para casa. Hotch a levou diretamente para casa onde JJ e Emily esperavam com Helena. Hotch vendou Penelope e a conduziu pelo apartamento.
O cheiro de talco inundou as narinas dela e ela percebeu que estava no quarto que ela e Hotch haviam montado para a bebê.
— Ela está aqui. – Hotch posicionou Penelope de olhos fechados em frente a Helena que estava no berço. – Pode abrir.
Penelope abriu os olhos e olhou para a bebezinha dormindo no berço.
— Deus. Ela é linda. – Penelope nem pegou a garotinha dormindo. – Ela é tão perfeita.
Hotch puxou Penelope para a poltrona ao lado do bercinho.
— Podemos passar a noite aqui só vendo ela dormir. – Falou Hotch.
— Podemos mesmo? – Ela perguntou.
— Sim. – Hotch respondeu. – Nós podemos.
— Então vamos fazer isso. – Penelope falou. – Eu perdi tanto tempo.
Hotch limpou uma lagrima dos olhos de Penelope.
— Vamos recuperar cada segundo. – Ele respondeu.
— E eu queria ter amamentado ela. – Penelope falou. – Um dos meus maiores sonhos.
— Nesse caso, - Hotch a puxou para mais um beijo. – Deveríamos tentar fazer outro bebê.
— Agora não. – Ela falou. – Vou cuidar dessa anjinha e depois podemos pensar em uma irmãzinha ou irmãozinho para ela.
— Estamos indo. – Falou JJ.
— Desculpa JJ. – Falou Penelope dando um abraço nela. – Eu realmente precisava ficar aqui.
— Eu entendo Pen. – Falou JJ. – Um filho é uma coisa tão linda que a gente só quer proteger. E depois do que você passou é a coisa certa.
— Você vai ser ótima mãe, Penelope. – Falou Emily.
— Espero que sim. – Falou Penelope.
Helena se mexeu e Penelope correu para o lado da menina.
— Você já é uma boa mãe, Pen. – Falou JJ.
Penelope sorriu enquanto JJ e Emily saíram deixando o casal juntos.
— Nem acredito que perdi duas semanas. – Falou Penelope.
— Eu cuidei dela muito bem. – Falou Hotch passando as mãos pelos cabelos de Penelope. – Nunca pensei que isso fosse acontecer. Jack foi um bom irmão e cuidou junto.
— Nem consigo imaginar o que você passou. – Ela estava triste.
— Foi difícil. – Falou Hotch. – Mas você voltou para mim e para ela. É o que importa.
Hotch puxou Penelope para a cama instalada ao lado da poltrona.
— Morgan montou essa cama pequena para mim sempre ficar do lado dela enquanto estávamos aqui. – Falou Hotch. – Você pode dormir aqui se quiser.
— Mas e você? – Penelope ficou triste.
— Eu estarei aqui na poltrona, vendo as minhas duas garotinhas dormindo. – Ele falou.
— Eu não mereço um homem assim. – Penelope falou.
— Não. – Ele falou. – Merece alguém que vai te amar a vida toda igual eu farei. – Hotch deu um beijo em Penelope.
— Mesmo depois de tudo você me ama. – Penelope estava confusa. – Porque?
— Porque eu descobri o amor verdadeiro. – Respondeu Hotch. – De novo om você, mas dessa vez um amor puro e todo colorido.
Penelope corou. Ela se lembrou das últimas coisas que sua mãe disse antes de morrer no acidente.
— Encontre um homem que te ame, que te trate como uma rainha e case-se com ele.
Ela adormeceu sob os olhares de Hotch.
— Minhas duas garotas. – Ele pensou. – Minha rainha E minha princesinha.
Quando o dia amanheceu Penelope acordou com o cheiro de café vindo da cozinha. Ela olhou para a filha, mas não viu Aaron na poltrona. Ela acordou assustada. Ele apareceu com uma bandeja de café e frutas e uma rosa vermelha em um vaso.
— Café? – Hotch perguntou.
— Eu não estou amamentando então sim. – Penelope falou.
— Sabe o que podemos fazer hoje? – Perguntou Aaron.
— O que? – Penelope perguntou.
— Podemos ir batizar Helena. – Hotch falou olhando para Helena.
— Você chama nossos amigos? – Penelope perguntou.
— Eles já estão de sobre aviso. – Falou Hotch. – Eles sabem que quando você voltasse para casa a gente iria batiza-la.
— Então ligue para eles e os chame. – Falou Penelope. – Vou colocar uma roupa melhor.
— Eu já estou pronto. – Hotch foi ao armário e tirou um cabide com um saco cobrindo um vestido. – Comprei isso na semana passada.
— Porque? – Penelope perguntou.
— Fui comprar roupas para Helena e vi esse vestido aqui lá. – Ele abriu o saco que cobria o vestido. – E achei que talvez você gostaria de usar no batizado.
O vestido era todo branco. Bem adequado a ocasião. As contas presas a ele formavam um "P" e um "A" justamente as iniciais deles.
— Você mandou colocar as contas? – Penelope perguntou.
— Especialmente para você. – Ele respondeu. – Coloque e veja como fica. Depois eu te ajudo a arrumar Helena e vamos para a igreja.
Hotch se aproximou de Penelope e deu um beijo.
— As minhas duas garotas especiais. – Ele falou e se afastou.
Penelope estava muito feliz e isso foi reforçado quando ela colocou o vestido. Ela amou o jeito como ele foi feito. Hotch tinha bom gosto para roupas.
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