The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 15
Finally Happy?


Notas iniciais do capítulo

as coisas acabam dando errado antes do casamento de Hotch e Garcia, dando outra perspectiva sobre o sequestro de Penelope por Sam e revelando a verdadeira mente por trás do primeiro sequestro.



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Ela nunca havia sido mais feliz do que ela estava sendo naquele momento. Os sapatos brancos, o vestido rendado branco, o véu até o chão e o buque cheio de rosas vermelhas a fizeram suspirar quando ela foi comprar.

O casamento estava chegando. Depois de um ano. Ela precisava ainda aceitar algumas coisas. Apesar de estar bem outra vez e segura agora que Sam estava morto, ela teria que conviver com as cicatrizes daquele episódio duplo. A marca na perna era um lembrete direto da tortura que ela sofreu, ela tomava cuidado o máximo que podia.

Hotch sempre a buscava e levava para o trabalho. Jack estava contente com Penelope estar junto com seu pai e ficou muito animado quando eles anunciaram que tinham marcado a data da celebração. Hotch havia providenciado uma aliança bem moderna. A igreja estava decorada com flores amarelas e haviam pétalas de rosas vermelhas pelo chão até o altar.

Estava tudo pronto. Tudo daria certo e eles iriam passar um tempo em Miami como presente de casamento de Rossi. Ou quase dariam certos.

Havia alguém vigiando o casal nas últimas semanas. Tirava fotos de Garcia com Hotch enquanto eles almoçavam e tinha o convite feito para o casamento. Ele sabia a data e o que ela faria.

— Está tudo para a captura. – Falou o homem ao telefone. – Vai ser durante o trajeto da noiva. Soube que ela quis ir sozinha para a igreja para pensar em alguma coisa. Não senhora. Tenho certeza que a captura vai ser limpa e se tudo isso terminar logo eu posso ir comer com minhas filhas de noite. – Ele continuava na parada em frente ao carro que iria levar Penelope estava estacionado. – Ela nem vai saber de onde veio. Instalei um dispersor de clorofórmio no interior do carro. Na parte de trás, com a divisória e quando ela estiver totalmente erguida ele vai acionar sozinho. Vamos atacar o motorista e leva-la. Eles nem vão saber.

Ele viu Penelope saindo totalmente pronta.

— Ela está linda. – Falou o homem ao telefone. – Talvez você precise comprar alguma roupa para fazer isso. Esse vestido é meio desconfortável e ela pode ficar sem sapatos. Vou desligar. Te aviso quando ela estiver comigo e meus amigos.

O homem desligou o telefone e ligou o carro. Ele andou colado no outro lado e viu quando a divisória foi acionada. Era a deia para ele agir.

Ele fechou a limusine e deixou o motorista dormindo depois de uma injeção de um anestésico.

— Bons sonhos. – Ele riu. Ele colocou uma máscara e retirou Penelope inconsciente de trás do carro. Os amigos dele se aproximaram e a jogaram dentro da SUV com as mãos amarradas, assim como as pernas e uma fita na boca. – Tratem ela com carinho. Nossa chefe insiste nisso.

Hotch estava inquieto na igreja. Ele falou com Penelope a meia hora e ela dizia que estavam quase na igreja. Quanto mais ele ligava, mas ele ficava nervoso. A caixa de mensagens cheia das mensagens que a equipe deixou perguntando onde afinal ela estava. Quando Hotch viu Anderson entrando correndo na igreja indo direto para ele no altar com uma expressão de pavor ele sabia o que isso queria dizer.

— Senhor. – Falou Anderson. – Temos um problema.

— Qual o problema Anderson? – Perguntou Hotch. – Ela desistiu não?

— Receio que não senhor. – Respondeu Anderson.

— O que isso significa? – Perguntou Hotch.

— O carro que a trazia foi atacado antes que eles poderiam chegar aqui. – Respondeu Anderson.

— E quando foi isso? – Perguntou Hotch irritado.

— Cerca de trinta Minutos atrás. A polícia encontrou o motorista dormindo há dez minutos. – Respondeu Anderson.

— Ele está junto nessa. – Falou Hotch.

— Ele parecia drogado quando o acharam. – Respondeu Anderson. – Ele não soube explicar direito.

Hotch soltou a gravata e desceu do altar.

— Morgan, Reid, Blake e JJ. Temos uma emergência. – Falou Hotchner. – E você David tente fazer essas pessoas saírem sem muito fuzuê.

— O que está acontecendo? – Perguntou Blake. – Ela desistiu de casar?

—Ela foi...  – Hotch parou. – Ela foi levada no caminho para a igreja.

Morgan deu um olhar apavorado.

— Outra vez? – Perguntou Reid. – Qual o motivo agora?

— O motorista só consegue se lembrar de um cara. – Falou Hotch. – Ele disse que foi pego em uma fechada e que o cara o drogou. Quando ele acordou ela havia sumido e o vestido estava junto com os sapatos e o véu e o buque na parte de trás.

— Então eles trocaram as roupas dela. – Falou Morgan.

— Andar com uma pessoa em um vestido de noiva não é algo pouco chamativo. – Falou Reid. – Todo mundo para ver uma noiva passando. Então eles tiveram que achar um jeito.

— Ela provavelmente foi incapacitada com algo na parte de trás antes. – Falou Morgan.

— E uma mulher vestida de noiva seria notada mais facilmente. – Completou Reid.

— Isso. – Falou Morgan.

— Temos que descobrir quem fez isso e o porquê. – Falou Hotch.

 Rossi chegou depois de alguns minutos.

— O que você disse a eles? – Perguntou Hotch se referindo ao povo na igreja.

— Disse que ela foi chamada em quântico. – Respondeu Rossi. – Uma das senhoras ameaçou colocar o governo na justiça por obrigar uma funcionária a ir trabalhar e não deixar ela ir no próprio casamento. – Rossi estava nervoso. – Era isso ou falar que ela foi sequestrada por alguém que a gente nem sabe.

Penelope estava no carro, indo para um destino totalmente incerto. Diferente de Hotchner que estava pronto para atirar em qualquer coisa que ficasse entre ele e sua Baby Girl.

Ele sentiu o peito explodir em dor quando chegou a cena onde aconteceu tudo. Ele queria fugir, mas tinha que ficar e ajudar a encontra-la de qualquer jeito. Ele viu o vestido branco e rendado que JJ e Emily ajudaram a escolher durante uma das visitas de Emily. Ela não poderia estar no casamento por causa do bebê que ela esperava, mas prometeu ir depois que ela nascesse.

— Nem quero pensar em como a Emily vai reagir a isso. – Falou Rossi.

— Não deveríamos falar para ela. – Falou JJ.

— Penelope é amiga dela. – Retrucou Rossi.

— Ela está grávida de oito meses. – Falou JJ. – Ela nem ao menos pode ajudar.

— Ela precisa ao menos saber o que aconteceu. – Falou Hotch. – Ela provavelmente vai ficar sabendo do cancelamento do casamento.

— Acha mesmo? – Perguntou JJ.

— Provavelmente o portal de algum tabloide sensacionalista dizendo que uma das maiores técnicas do FBI desistiu de casar. – Falou Rossi. – E abandonou o pobre noivo no altar a mercê de fofocas. Eles nem ao menos vão procurar saber a realidade.

— Eu ligo então. – Falou JJ. – Ela precisa de um jeito melhor de saber sobre isso e eu sou a mais indicada.

— Com certeza é sim. – Falou Rossi.

JJ se afastou com o celular na mão. Ela discou o número de Emily e torceu para cair na caixa.

— Prentiss. – Emily atendeu. A bebe estava chutando muito naquele momento.

— Como você está? – Perguntou JJ.

— Há dias que eu literalmente quero ficar na cama apenas, vendo qualquer coisa na televisão, mas a vontade de ir ao banheiro toda hora dificulta isso. – Respondeu Emily. – Diga que está me ligando para falar sobre a torta de casamento, JJ.

— É algo bem mais complicado na verdade. – Falou JJ.

— Uhg! – Emily gemeu do outro lado. – Eu realmente não sei como você conseguia aguentar na sua gravidez.

JJ deu um risinho pelo telefone.

— O que é tão importante JJ? – Perguntou Emily. – Sua voz está séria.

— É sobre a Penelope. – Falou JJ.

— Não diga que ela desistiu de casar? – Falou Emily. – Eu bem me lembro quando Kevin queria pedi-la, mas ela ficou nervosa e eles acabaram terminando.

— Quem dera fosse fácil. – Falou JJ. – Ela foi levada no trajeto para a igreja.

Emily respirou fundo.

— O que esses caras acham? Eles atacam a Penelope por ser mais vulnerável que o resto, mas se esquecem que ela é uma pessoa humana. – Emily realmente ficou irada. – Então eles simplesmente a sequestram. Porque de certa forma ela é o coração da equipe. E das primeiras vezes foi por causa de uma coisa tão banal e agora isso parece ser sério.

— Foi sério para eles a levarem na ida ao casamento. – JJ estava triste. – Há quatro quadras da igreja e a gente só levou 30 minutos para descobrir.

— Quatro quadras? – Emily estava com dificuldade em se manter sentada. – Eles estão ousados.

— E como. – Retrucou JJ.

— Eu adoraria ajudar, mas Christy vai nascer em um mês e eu não posso viajar. – Emily lamentou. – Se eu puder fazer algo daqui é só pedir.

— Eu agradeço você por isso Emily. – Falou JJ.

JJ desligou e se aproximou dos outros agentes.

— Então? – Perguntou Hotch. – Porque tinha que ser hoje?

Rossi apenas olhou para baixo sem responder.

— O que foi David? – Perguntou Hotch.

— Está escrito: FARL BR. – Respondeu Rossi. – E uma empresa brasileira com conexões em um escândalo de corrupção. Eles levam pessoas clandestinamente para todos os países por um preço.

— Acha que eles vão leva-la para o Brasil? – Perguntou Hotch.

— Eu acho que sim. – Respondeu Rossi.

— A gente não tem jurisdição no Brasil. – Falou Hotch.

— Então ligue a Emily e peça para encontrar alguém no consulado brasileiro que possa nos dar um jeito nisso. – Respondeu Rossi.

— Eu sou o chefe aqui, David. – Falou Hotchner.

— Ok. – Falou JJ. – Estamos todos nervosos com isso, mas precisamos ter a cabeça fria.

— Desculpa. – Falou Rossi. – Não quero ficar de mal com você.

— Eu me excedi totalmente. – Falou Hotch. – A gente realmente precisa de toda a calma nisso. Talvez ela não tenha sido levada para o Brasil.

— Não faz sentido deixar isso aqui se ela não vai ser levada para lá. – Falou JJ.

— Talvez seja uma pista falsa. – Falou Rossi. – Eles tentando nos atrapalhar para irmos à direção errada de propósito.

Hotch olhou com tristeza para aquele papel. Ele viu a única pista ser descartada.

— Nós vamos acha-la. – Falou Rossi. – A gente sempre consegue.

Hotchner olhou para o céu e viu que já era de noite.

— Onde quer que ela esteja eu espero que ela esteja bem. – Falou Hotch.

Ele chegou em casa com os choros de Jack.

— Ei. – Hotch perguntou. – O que foi?

— Tia Jéssica disse que a Penelope foi sequestrada. – Respondeu Jack.

— É verdade filho. – Falou Hotch.

— Ela vai ficar bem, não vai? – Perguntou Jack.

— Vai sim. – Respondeu Hotch.

Ele abraçou o filho e depois de um banho ele foi para a cama. Sozinho. Apenas com a lembrança das noites que ele teve desde aquele pedido no hospital.


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