The replicator. escrita por Any Sciuto


Capítulo 11
Truth or Consequence




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Quando a equipe fechou o caso em que estavam eles se sentiram doentes. Doentes de raiva por ter que concluir o caso enquanto Penelope estava na mão de dois psicopatas. Eles concluíram que Sam se juntou a algum lixo que fugiu da cadeia com ele. Isso significava que eles tinham que eliminar prisioneiros.

Como Hotch previu o diretor do presidio se arrependeu de não ter informado sobre a fuga de prisioneiros para o FBI. Ouvir as alegações de um homem de cinquenta anos deixou Hotch irritado. Ele ordenaria um pelotão de fuzilamento para o homem se tivesse poder.

Ele por sua vez deu os arquivos dos presos fugitivos. Ele disse que se soubesse que iria dar nisso ele teria entregado no mesmo dia da fuga. Hotch apenas deu um olhar de " Você não faz idéia da merda que você fez, cara."

— Espero que isso sirva no tribunal. – Hotch falou.

— Tribuna? – O homem perguntou.

— Você escondeu informações do FBI. – Falou Hotch. – Não e como se você fosse sair daqui para viver uma vida normal.

— Eu vou ser preso? – Ele perguntou.

— Sim. – Hotch respondeu e saiu da sala.

Hotch deu um suspiro com as fichas nas mãos. Ele se encolheu quando pensou no que Penelope estava passando. Qualquer deles seria um pesadelo para uma pessoa comum e até mesmo um agente federal então para ela que já havia passado por uma coisa dessa antes seria pior.

Penelope finalmente acordou da sedação. Era a terceira vez em dois dias que ela entrava e saia da consciência e ela ainda estava na mesma posição com as roupas no lugar. Eles não a tinham tocado ainda o que era uma boa coisa, mas ela sabia que uma hora ou outra iria acontecer.

Floyd e Sam entraram na sala com algo pontiagudo nas mãos. Eram um par brilhante e rosa. Pareciam ser sob medida para ela.

— Nem tente fugir. – Falou Sam. – Vai ser pior para você docinho.

Sam tirou uma das mãos e colocou sobre o aparelho e pressionou o outro lado fazendo os pulsos dela soltarem sangue. Ela reprimiu o choro de dor sabendo que seria pior se ela gritasse. Quando Sam colocou o outro no pulso que faltava, o suspiro foi a solução para não deixar o grito sair.

— Apenas seja forte Penelope. – Ela dizia para si mesma.

Aquelas coisas tinham um imã que as juntava quando aproximadas.

— Vou soltar suas pernas, docinho. – Falou Sam. – Se tentar fugir vai piorar para o seu lado. Entendeu? – Falou Sam.

— Aham. – Ela conseguiu responder com uma voz tremula.

Ele destrancou suas pernas e colocou uma faca nas suas costas quando ele a puxou para cima.

— Vá até o centro. – Ele a instruiu.

Ela foi espirando fundo e com medo.

— Se você tivesse me valorizado quanto devia teria sido totalmente diferente. – Sam falou.

— Era uma relação disfuncional, movida por ciúmes e falsas declarações de amor. – Falou Penelope.

— Especialistas dizem que a melhor maneira de mostrar que uma pessoa ama a outra é com ciúme e declarações de amor.  Mesma que falsas. – Falou Sam. – Eu te dei tanto e você simplesmente terminou comigo para ficar com seu chefe.

— O agente Hotchner e eu apenas ficamos uma noite. – Falou Penelope. – E foi um erro.

— Mas você gostou não foi? – Perguntou Sam. – Pare aqui.

Ela ficou sob uma elevação e ele pegou seus pulsos e os ergueu.

— Durante o tempo em que fiquei preso eu tive acesso a uma revista de masoquismo. – Falou Sam virando Penelope para si. – Achei algumas coisas interessantes. E quando vi que nosso amigo Floyd era meu novo colega de cela, eu realmente fiquei feliz.

— "Nosso"? – Penelope perguntou. – Ele pode ser seu amigo, mas definitivamente meu não é.

— Isso porque a gente nunca teve o prazer de se conhecer. – Falou Floyd se aproximando. – A minha razão de estar aqui é que eu posso me vingar da sua equipe maldita tirando a maravilhosa deusa deles.

— Devo me preparar para ficar sem minhas pernas e dedos? – Ela perguntou. – Ou vou ter um pentagrama gravado no meu peito como você fez com suas vítimas?

— Nada tão ousado, mas definitivamente original. – Floyd Respondeu.

— Então eu te agradeço por não cotar minhas pernas nem gravar um pentagrama no meu peito. – Penelope disse irônica.

— Não seja debochada. – Sam deu uma bofetada em Penelope. – Agora segure suas mãos altas gatinha.

Ela não obedeceu e ficou encarando ele. Ele por sua vez pegou e ergueu os braços dela e os ergueu.

— Você é tão gentil. – Ela falou.

— Isso vai mudar. – Sam pegou o gancho e colocou em uma das argolas dos "punhos" como ele chamou.

Ele foi até uma alavanca e o gancho começou a subir. Ela começou a subir lentamente.

— Acho que eu vou perder a tarde de compras com JJ. – Ela falou para Sam.

— Talvez. – Ele falou com deboche.

Ele rasgou a parte de trás da camisa dela. E começou a acariciar. Ela congelou.

— Hora da brincadeira. – Falaram os dois homens.

Alex Blake era a única a ficar calma. Era estranho ela não estar sofrendo pelo sequestro de Penelope. Por fora ela ostentava a calma de um buda, mas por dentro ela estava assustada. Mesmo que ela e Penelope não fossem exatamente Best Friends Forever ela sabia o quanto Penelope Garcia significava para aquela equipe.

Ela havia lido a ficha dela quando se conheceram e achou interessante o quão especial aquela garota de roupas coloridas na sua frente tinha feito e tudo de bom que ela havia conquistado. Ela leu sobre o tiro, sobre o quanto assustador havia sido naquela época e como ela superou.

Mas ela não poderia deixar ser pega sofrendo. Ela tinha que ser forte pela equipe naquele momento. Quanto Sam pegou Penelope a primeira vez ela não havia participado 100% da investigação por não saber o que fazer. Então ela foi dar aulas para se distrair de tudo isso.

A equipe estava reunida na sala de reuniões. Hotch pediu que eles se reunissem lá para pensar sobre qual passo dar em seguida. E sobre o que fazer para que eles não perdessem a sanidade diante de tudo isso.

Hotch foi o primeiro a se levantar depois de terminar a reunião. Ele foi para sua sala e encontrou a pasta do caso Penelope como estava escrito na etiqueta da frente. Ele abriu a pasta pronto para ver as fotos do primeiro sequestro. Fazia mais de um mês que ele não via aquela pasta. Já tinha se horrorizado com elas a primeira vez não achou que ele teria que rever elas outra vez.

Ele estudou cada lesão fotografada daquela vez. Ele tentou estudar para ver se conseguia ver algo sobre como ele reagiria dessa vez.

— Ela vai ficar bem. – Ele repetia para si mesmo. – Ela vai ficar bem e vai voltar para nós.

Ele não dormia há dois dias. Ele se deitou no sofá do escritório e fechou os olhos. Ele pegou no sono. O corpo precisava daquele descanso. Ele começou a sonhar.

Hotch acordou num quarto de hospital. Ele estava na poltrona ao lado de uma cama com alguém nela. Ele ficou com medo de ver quem era, mas respirou fundo e levantou.

Ele olhou para a mulher loira na cama cheia de tubos e fios conectados. Um médico entrou no quarto.

— Eu sinto muito agente. – Falou o médico. – O resultado do exame encefálico dela chegou e eu não tenho boas notícias. Ela teve danos permanentes e não temos como reverter.

— O que realmente isso quer dizer? – Perguntou Hotchner.

— Ela se foi. – Falou o médico. – E não tem nenhuma chance de ela voltar.

Hotch olhou assustado para sua garota na cama. Ela tinha ido. Ele não sabia ao certo como ou o que aconteceu para ela aparecer ali, mas não havia sido nada de bom.

Hotch deu um grito quando acordou no sofá do escritório. Já eram quase nove da manhã. Ele havia pegado no sono três da manhã com a pasta nas mãos.

— É só um sonho. – Ele falou. – Apenas isso.

Ele levantou e tirou a muda de roupa que tinha em uma mochila e foi para um dos chuveiros. Ali ele chorou baio, com lagrimas misturadas com a água que caia.

— Eu tenho que encontrá-la. – Falou Hotch.

Ele vestiu a roupa mais leve do que a outra. E providenciou um café.

Penelope estava amarrada naquele gancho. Ela não tinha noção há quanto tempo ela estava ali. Os braços estavam machucando ela, mas as costas pareciam estar queimadas. Bem, ela não tinha certeza do que havia acontecido com elas e nem tinha certeza se queria.

Eles finalmente a desceram do gancho. Sam tirou os punhos de metal dela e ela realmente agradeceu por isso. Floyd parecia o que menos participava da brincadeira.

— Eu pensei que tínhamos combinado um pouco para cada um. – Falou Floyd.

— Tortura. – Falou Sam. – Não vou deixar você cortar pedaços dela.

— Está com pena dela? – Perguntou Floyd. – Essa vadia só ferrou com você.

— A gente combinou sem cortes. – Sam estava cada vez mais nervoso.

— Eu só fiquei olhando praticamente até agora. – Falou Floyd. – Eu quero participar mais.

Sam colocou Penelope numa maca de hospital. Ela entrava e saia da consciência várias vezes. Suas costas ardiam e já concordava que uma morte seria menos dolorosa naquele momento.

Nos primeiros dois dias a equipe andou em círculos indo de casa abandonada para casa abandonada, seguindo basicamente pistas falsas. Eles não tinham certeza de para onde eles a tinham levado. O apartamento foi periciado e depois lacrado como cena de crime. Acharam sinais de luta, a arma Taser que Hotch deu a ela no chão, como se ela tivesse lutado para pegar, cadeiras jogadas ao chão e a porta parecia meia quebrada.

— Para fazer isso com a porta tem que ser alguém muito forte. – Disse Rossi. – Algo que Sam não é.

— Então ele achou algum capanga? – Perguntou Hotch.

— Talvez dois. – Rossi falou. – Ela não foi sem uma boa luta. Então precisaram de dois para domina-la.

 – Ela tentou pegar a Taser da mesa. Eles a impedem, a amarram, colocam um pano na boca, talvez apontem uma arma para ela calar a boca até o veículo. – Hotch começou a imaginar a cena. – Talvez deem uma bofetada nela para ela se comportar.

Hotch parou com uma expressão de horror.

— Talvez a ameacem dizendo que se ela não cooperar eles virão atrás da equipe. Ela se vê no dever de impedir isso. – Hotch respirou. – E eles a levam para algum longe o suficiente e deixam pistas falsas para a gente andar em círculos.

— Eu não gosto desse cenário. – Falou Rossi.

Hotch parou por um momento.

— Lembra quando ela foi sequestrada a primeira vez? – Hotch falou de repente.

— Sim. Porque? – Perguntou Rossi.

— Havia sinais de luta aqui no apartamento, mas ela foi levada na casa da Strauss. – Falou Hotch. – Eu deixei aquilo para trás quando a resgatamos, mas agora me veio à mente.

— Acha que era uma distração? – Perguntou Rossi.   

— O relatório comprovou que ela havia sido levada daqui, mas nunca soubemos realmente o que aconteceu aqui. – Respondeu Hotch. – Preciso olhar o relatório antigo de novo. Deixamos algo passar.

Rossi e Hotch fecharam a porta do apartamento prometendo consertar a porta antes que Penelope voltasse.

Eles chegaram a UAC e Hotch foi direto para o relatório antigo.

— Algo que deixamos passar. – Ele repetiu para si mesmo. Ele abriu a pasta e começou a passar as fotos. – Eu sabia que havia algo errado.


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