A Chantagem escrita por Kaline Bogard


Capítulo 3
Parte 03


Notas iniciais do capítulo

Hello...it's me... :D seu pior pesadelo. Mentira, né, nem tanto. Sou um sonho oloko.

Sérião. Manda nudes aí senão vazo que vocês estão lendo fanfic yaoi na interwebs ò.ó/ Hohohohohoo foi mal, só to entrando no personagem. Alguém caiu...?

Vai que...?

Boa leitura.

Tentei um suspensezinho, mas sou meio fail nisso. Acho que deu ruim. Até mais!! :D



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Foi então que notou um detalhe interessante.

Nova injeção de adrenalina disparou-lhe o coração afoito.

 Uma janela do segundo andar estava aberta...

—--

Na escola costumavam provocar Kiba chamando-o de “cara de cachorro”, por seu jeito impulsivo e meio selvagem. Mas ali, naquela tarde morosa de sábado, ele mostrou que tinha ligação ainda maior com os felinos, pois escalou para o segundo andar da casa com a agilidade de um gato. Ou de um ninja.

Em questão de segundos aterrissava silencioso dentro de um quarto, aproveitando para observar rapidamente a rua, em busca da garantia que ninguém assistiu tal invasão.

Não viu nada suspeito.

Engoliu em seco, levando a mão ao peito e apertou o coração. As batidas eram tão fortes, que sentia dificuldade de respirar. Não era como se estivesse acostumado a invadir casas por aí! Era a primeira vez que fazia algo de tal proporção. E tão arriscado.

Não podia perder tempo!

Ignorando a pontinha de medo e o coração acelerado, olhou em volta.  Estava em um quarto.  Notou a grande cama de casal, coberta com uma colcha branca meticulosamente esticada.  Havia também um guarda-roupas de bom tamanho, dois criados-mudos e uma cômoda.

A primeira coisa que fez foi correr para vasculhar a cômoda. Abriu as gavetas, vendo nada além de pilhas de roupas organizadas com primor. Camisas na primeira, camisetas na segunda, blusas de botão na terceira, bermudas na última.

Impaciente, Kiba mexeu de leve nas peças, procurando algo indevido no fundo das gavetas. Não encontrou nada.

Meio decepcionado chegou a levar a mão ao bolso da bermuda e tocou o celular de Hinata. Mas o deixou ali. Tirar foto de roupa arrumada não ia ajudar a resolver o problema!

Largou a cômoda de lado e foi analisar o guarda-roupas.  Pois deparou-se com uma arrumação ainda mais impressionante. Nos cabides viu conjuntos sociais organizados por cor. Por cor!! E nas pequenas gavetas deparou-se com meias enfileiradinhas. E cuecas.

Essa última descoberta o fez ficar com o rosto quente e corado. Sentiu-se meio depravado por vasculhar as roupas intimas de um desconhecido, mesmo na intenção de ajudar uma amiga.

Reuniu coragem para enfiar a mão no meio das peças e tatear o fundo da gaveta, sem descobrir nada! Teve cuidado para arrumar tudo do jeito que estava, e não dar margem pra nenhuma desconfiança por parte do dono da casa.

Olhou rápido nas gavetas do criado-mudo. Uma estava vazia. Na outra encontrou um livro com título em inglês, que sequer conseguiu ler. E um par de óculos para leitura.

Frustrado e sentindo a urgência da situação aumentar, arriscou-se a sair do quarto. Passou pela porta aberta e viu-se num corredor estreito.  Apressado, foi fuçar na primeira porta ao lado.  Era outro quarto, aparentemente de hóspedes. Havia uma cama de solteiro e um guarda-roupas menor, que comprovou estar vazio.

Saiu dali depressa e foi para a primeira porta do lado oposto. Banheiro. Um cômodo não muito grande, que não lhe despertou a atenção. Tirar foto de sabonete seria inútil!

A porta seguinte era mais interessante: dava acesso a um pequeno escritório. Duas das paredes estavam cobertas por estantes cheias de livros.  Kiba caminhou até lá, talvez se descobrisse algum livro de pornografia... quem sabe de pedofilia, já que o dono da casa parecia gostar de meninas mais novas do que ele.  Se bem que... não tinha certeza da idade do homem. Não pudera ver seu rosto direito!

Espiar nos livros foi decepcionante. Muitos tinham título em inglês e pareciam assunto técnico. Outros eram a respeito de literatura e história japonesa. Tudo muito tedioso, obrigado.

Havia ainda uma escrivaninha organizada.

Ali colheu informações uteis. Ele descobriu algumas correspondências enfileiradas por data, todas destinadas a um tal de Aburame Shino. Com toda certeza do mundo era o nome daquele homem.

Os olhos argutos caíram sobre o notebook aberto. Quais as chances de conseguir ligar o computador e ele estar sem uma senha...? Se houvesse alguma coisa proibida na vida daquele Aburame Shino, estaria armazenado ali?

Acabou por desistir de investigar o notebook. Estava naquela casa a pelo menos dez minutos. O morador poderia voltar a qualquer instante. Era mais do que sua coragem permitia ficar por ali

Voltou para o corredor. Rapidamente considerou os riscos de investigar o andar de baixo, mas logo desistiu. A casa era de uma limpeza e organização invejável. Não havia poeira maculando os móveis, nada (absolutamente nada) fora do lugar. Tudo era de uma impessoalidade impressionante. E assustadora.

Estava com sorte até o momento. Era melhor manter assim...

Foi o que Kiba pensou antes de voltar para o quarto principal e se aproximar da janela aberta. De cantinho analisou a rua deserta, esperou um carro terminar de passar a rua e saltou com agilidade.

Enquanto caminhava para longe da casa, deu-se conta da camisa colando nas costas suadas de nervoso.  As mãos também tremiam de leve. Os lábios estavam tão secos, como se desidratasse no meio do deserto escaldante. Sinais que se somavam as pernas bambas e ao coração acelerado, que descompassava a respiração ofegante. Quanta adrenalina!

Quanta ousadia...

Tinha mesmo invadido a casa de um depravado virtual esquisitão e saído ileso! Ainda que sem nenhuma prova que ajudasse a proteger Hinata.

— Aposto que ele limpa tudo pra evitar DNA — sussurrou pensativo — Criminosos tentam pensar a frente da polícia. Esse cara não ia deixar rastro mesmo... acho. Pelo menos eu tentei!

Suspirou. Tinha combinado passar pela casa de Hinata depois que resolvesse tudo, para devolver o celular da amiga. Pensou que estaria cheio de fotos comprometedoras, agora teria que explicar seu fracasso e pensar em outra solução.

Voltou a pé até o shopping, percurso que o ajudou a se acalmar. De lá pegou um ônibus que o levou para perto do bairro de elite em que os Hyuuga moravam. Não costumava ir lá, já que os membros daquela família eram extremamente severos com as pessoas que recebiam. Mas naquele caso não havia outra opção.

Pois ao chegar na frente da imensa residência (que parecia coisa de cinema e sempre o impressionava) foi rapidamente atendido pela própria Hinata, que avisou pelo interfone que sairia na rua. Com certeza ela estava a espera dele!

— Kiba kun! — Hinata o cumprimentou assim que saiu pelo grande portão eletrônico.

— Vim trazer seu celular — o garoto foi dizendo desanimado, enquanto puxava o aparelho do bolso. Tinha tentado pensar em explicações para o plano fracassado, mas nada vinha a sua mente além da verdade: sua ineficácia como amigo!

— Obrigada, Kiba kun — ela pegou o celular com as duas mãos e reverenciou de leve — Vi pelo computador que o homem parou de seguir meu perfil. E me mandou um pedido de desculpas em PVT.

— Ah, que bom.  Eu... o quê?!

— Sim. Ele disse que posso ficar despreocupada, que nunca mais essa situação irá se repetir.

— Sério...?

— Hn. Mas... prometo que vou tentar falar com meus pais. Não quero que outro homem suspeito se aproxime e me ameace. E não quero que você tenha que ir me defender. É muito perigoso.

— Então deu tudo certo? Eu nem consegui tirar fotos suspeitas dele!

Hinata balançou a cabeça de leve. Estava feliz em saber que tudo terminaria bem, que seu amigo Kiba não correu risco nem se machucou ou machucou outra pessoa. E o melhor: as chantagens iam parar.

— Obrigada, Kiba kun.

O garoto estufou o peito, satisfeito consigo próprio. Oras, nerds esquisitões não costumavam ser assim tão valentes, não? Talvez Aburame Shino fosse um covarde que só sabia agir graças à camuflagem do anonimato. E ao ser confrontado, fugiu!

Se soubesse disso nem teria invadido a casa dele. Mas como adivinharia?

Pelo menos se sentia um verdadeiro herói, daqueles que salvam as pessoas que precisam. E agora a vida voltaria ao normal.

Evidentemente não podia ter se enganado mais.


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Notas finais do capítulo

Hohohohohohohohohohohohohohohohoho

Até quinta ♥



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