A Chantagem escrita por Kaline Bogard


Capítulo 2
Parte 02


Notas iniciais do capítulo

Olá!!

A principio vou postar semanalmente. Tenho mais uns capítulos digitados ♥ Não estão betados. Perdoem os erros e não me julgue por isso, a culpa é do corretor do Word, que anda conivente com meus equivocos xD

Boa leitura!



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— Blue Angel? — o estranho lançou a queima-roupa, referindo-se ao nick name que Hinata adotou.

 

— Sim! — Kiba respondeu num resmungou meio rosnado.

 

— Então, na verdade, você é um garoto se passando por mulher...?

 

—--

 

— Quê? — o outro não entendeu bem a insinuação.

— Você é a Blue Angel? Quer dizer que se passa por mulher nas redes sociais?

Finalmente a acusação fez sentido e Kiba corou de raiva. 

— Além de depravado, você é burro?! — rosnou — Claro que eu não sou a Blue Angel!! Estou aqui no lugar dela!

Na opinião de Kiba, a pessoa tinha que ser incrivelmente anormal pra confundir uma menina toda fofinha e delicada como a Hinata com ele, bem diferente em vários sentidos!

— Então essa conversa acaba aqui — o desconhecido afirmou com voz indiferente — Me dê um contato dela.

A exigência fez o sangue de Kiba ferver nas veias. Aquele cara era muito mais do que doente! Só podia ser um doido de pedra se acreditava conseguir tal informação simplesmente a pedindo.

— Vou te dar é tanta porrada na cara que esses óculos vão colar na sua fuça! — o menino ameaçou feroz, pronto para pôr as palavras em prática, abstraído do local em que estavam.

Pois o outro apenas ignorou a ameaça.  Levantou-se da cadeira e deu meia volta, se afastando com as mãos no bolso do casaco.

Kiba observou por alguns segundos, estarrecido.  Tal desfecho não estava em seu plano perfeito, cujo desempenho envolvia surrar o estranho e conseguir algumas fotos comprometedoras para ter com o que negociar se houvesse novas tentativas de chantagem.

— Oe! — exclamou ficando em pé — OE!!!

Sem receber resposta, apressou o passo e foi atrás do rapaz, costurando entre as mesas, sem medo de perde-lo de vista, já que ele não tinha se afastado demais. O som de vozes era alto o suficiente para inibir Kiba de tentar chamá-lo novamente.

— Espera! To falando com você! — reclamou assim que se aproximou o bastante, alcançando-o quando o estranho conseguiu sair da praça da alimentação, lugar em que o falatório não atrapalhava mais.

Foi ignorado de novo. Para surpresa de Kiba, o cara caminhou até um dos seguranças que vistoriava o shopping e apontou em sua direção.

— Essa criança está me incomodando — falou de forma pausada e clara, dando arrepios em Kiba pela acusação, que tinha lá seus motivos e justificativas.

— Onde estão seus pais? — o segurança olhou feio para o menino. Dando oportunidade para o chantagista virtual seguir em frente.

— Meus pais?! Eu já tenho dezessete anos! E não eu tava incomodando ninguém... — Kiba argumentou, meio desesperado. Via o rapaz se misturar aos clientes que passeavam por aquela ala, não podia perdê-lo de vista. Precisava conseguir alguma coisa desse encontro, ou a situação de Hinata pioraria a níveis insondáveis.

O segurança hesitou alguns segundos. Virou o rosto na outra direção, calculando a distância. Provavelmente deduziu que era o bastante para o queixoso ter escapado. E que o garoto a sua frente não parecia assim tão perigoso.

— Tudo bem, mas se tiver outra reclamação contra você terei que contatar algum responsável.

— Sim, senhor — Kiba concordou, cheio de falsa humildade. No fundo queria disparar dali e sair atrás do outro, para arrancar alguma coisa dele.

— Pode ir.

Não esperou que o funcionário repetisse.  Saiu andando como quem não quer nada, sem pressa. Até que se percebeu fora de vigilância; momento em que apressou o passo e quase correu. Só manteve o ritmo controlado para não esbarrar em alguém e ser taxado de baderneiro de novo.

Por sorte, encontrou seu motivo de interesse saindo da ala do shopping, pelo espaço de acesso a um dos estacionamentos. Se o homem tivesse vindo de carro, estava lascado!!

Meio ofegante, conseguiu chegar ao amplo pátio cheio de automóveis.  Não viu sinal de quem perseguia.

— Mas que... caralho!

Aguçou a audição em busca de algum motor de carro sendo ligado ou em movimentação. Captou vozes perto, mas nada que o interessasse. Caminhou por entre os veículos, decepcionado. Pelo jeito seu plano resultou num fracasso.

Ou não! Ao longe enxergou o esquisitão virtual, prestes a sair do estacionamento! O cara estava a pé! Sem hesitar, correu em direção à saída. Assim que ganhou a rua olhou de um lado para o outro. Lá estava ele, seguindo calmo pela calçada! Talvez ele morasse por perto, por isso estava a pé, vai saber. Uma justificativa plausível para o encontro ser marcado naquele shopping, afinal de contas.

Mais feliz e empolgado do que deveria se sentir, Kiba tomou a mesma direção, como um verdadeiro espião agiria! Manteve o passo controlado, acelerando apenas nas esquinas, pra não correr o risco de ser flagrado.

Seguiu na cola do outro por cinco ou seis quarteirões, até chegar a um bloco residencial de classe média muito tranquilo, numa localização oposta a que a casa de Kiba ficava. Com o coração aos saltos, escondido em uma esquina, assistiu seu alvo entrar em uma das casas! Uma habitação semelhante as demais, bem ao estilo das novas moradias de Konoha.

Tão logo a porta se fechou, Kiba olhou de um lado para o outro, certificando-se estar sozinho por ali e correu para subir numa das árvores que se erguiam ao longo da rua. Escolheu a que tinha copa mais fechada e oferecia o melhor esconderijo.

A adrenalina acalmou um pouco. Estava ali, empoleirado em uma árvore, espiando a casa de um depravado virtual. Do posto de observação, não podia enxergar dentro do local, mas... não era como se tivesse algum plano B na manga, só seguira um impulso.

Inuzuka Kiba tinha certeza que seu objetivo heroico seria alcançado ainda no shopping! A ideia brilhante acabou indo por água abaixo, sem que pudesse evitar. Pelo menos o esquisito não parecia perigoso. Embora as pessoas nem sempre demonstrassem o que realmente eram.

O que faria dali pra frente?

Sentiu outro impulso, um quase incontrolável de jogar pedras na janela daquele homem e quebrar o vidro! Okay, até Kiba sabia que algo tão infantil serviria de nada. E sabia que também não podia ficar encarapitado entre os galhos da árvore pra sempre!

Porém, a ideia de voltar pra casa de mãos abanando era triste! Teria que dizer pra Hinata sobre seu fracasso em protegê-la.  E o pior: se o homem estivesse entrando em contato naquele segundo com Hinata para exibir alguma coisa obscena por ter sido tapeado no encontro?!!

E se...

Os pensamentos com um início de pânico se interromperam. Kiba notou que a porta da residência que vigava se abriu.  O morador saiu, trancou-a e veio andando pela calçada calmamente.

Kiba congelou-se. Estava bem encoberto pela copa cerrada, mas se o inimigo erguesse a cabeça ao passar embaixo da árvore, o veria nitidamente!!

Por sorte tais temores resultaram infundados. O rapaz seguiu em frente sem dar acordo do secreto espião, avançou rua abaixo com passos ritmados até dobrar a esquina e desaparecer de vistas.

E só então Inuzuka Kiba respirou longa e despreocupadamente. Estava a salvo. Um dia perdido, em que metera os pés pelas mãos e voltaria sem nada para ajudar à Hinata. Pelo contrário, talvez tivesse piorado tudo!

Desanimado, saltou ágil para o chão, pronto para partir. Ainda lançou um último olhar na direção da casa daquele homem.

Foi então que notou um detalhe interessante.

Nova injeção de adrenalina disparou-lhe o coração afoito.

Uma janela do segundo andar estava aberta...


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Notas finais do capítulo

Isso vai dar ruim, sim ou com certeza...? Hehe

Gente, fanfic é fanfic. Realidade é outra coisa. Pelo amor dos deuses, se alguem fizer qualquer chantagem com você: vá a público, converse com outras pessoas. Não guarde segredos nem tente resolver sem ajuda :/ Não seja o Kiba ♥

Momento propaganda: amanhã tem capítulo novo de "A lei do amor". Pra quem gosta da temática ABO e mpreg, fica o convite:

https://fanfiction.com.br/historia/722032/A_Lei_do_Amor/

Até o próximo capítulo!



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