A Guerra Contra Meus Sentimentos escrita por teffy-chan


Capítulo 7
Capítulo 7 - Origem




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"Sim, continuarei seguindo nesse caminho
Foi o que eu decidi
Sim, não espere nada de mim
Porque eu não sou você"

 

~~~~~X~~~~~X~~~~~

 

 

Piko corria de volta para casa, com as palavras de Len e Rin ainda em sua mente.

"Por que temos que fazer isso? Se os seus pais querem outro herdeiro, então por que eles mesmos simplesmente não geram outro filho?"

"Isso explica a história do casamento, mas, pensando bem, se eles querem que você e minha irmã se casem para… como vocês chamaram mesmo? 'Reproduzir'… e gerar outro herdeiro, então por que eles mesmos não têm outro filho?"

Piko era tão idiota. Como ele não tinha pensado nisso antes? Se tivesse um irmão, não teria que carregar sozinho o fardo de ser um herdeiro dos Shion. Não teria que se casar à força com sua amiga de infância. E não teria que reproduzir nada, coisa que ele definitivamente não queria. Céus, ele só tinha 14 anos, no que seus pais estavam pensando? Se queriam tanto assim outro herdeiro, então eles mesmos poderiam ter um! Sua mãe ainda era jovem, ela podia ter outros filhos. Piko tinha ouvido dizer que ela se casou quando tinha apenas 16 anos. Nessa época de guerras, ninguém se importa muito se duas pessoas apaixonadas se casam cedo demais. Querem apenas garantir que hajam outras pessoas para lutar em seu lugar caso os mais velhos morram nas batalhas.

Ele finalmente chegou em casa, mas não encontrou seus pais. Atravessou o pequeno espaço que chamavam de sala e vasculhou o resto do local, mas a casa estava vazia. Pensou em ir ao hospital procurá-los, já que os dois tinham o hábito de visitar as pessoas que se feriam nas batalhas, mas, assim que saiu de casa, ouviu vozes sussurrando nos fundos. Deu a volta na casa em silêncio e viu seus pais ali. Sua mãe estava parcialmente de costas e o cabelo comprido escondia seu rosto, então Piko não conseguia ver sua expressão facial, mas o tom de voz dela era bastante alegre. Ela estava com uma das mãos na barriga, e Kaito apoiava a mão sobre a dela. Ele exibia um largo e radiante sorriso que o garoto nunca tinha visto antes.

— Tem certeza, Miku? Certeza mesmo?
— Absoluta — ela respondeu pelo que devia ser a quarta vez — A Gumi confirmou. Já deve ter dois meses. Eu estou grávida, Kaito.
— Não acredito. Depois de todos esses anos tentando… — alegria e incredulidade se misturavam nos olhos azuis do homem — Finalmente, um filho nosso. Finalmente, Miku…
— Como assim "um filho de vocês"?

A voz despertou os dois para a realidade, e quando se viraram, viram Piko encarando-os. O garoto tinha saído de seu esconderijo e estava no mínimo chocado.

— Responda — Piko pediu, vendo que os dois permaneciam calados — Por que você disse "Finalmente um filho de vocês"? Eu sou um fracasso tão grande que nem sequer me consideram mais seu filho? Ou eu… realmente não sou filho de vocês…? — ele olhou de Kaito para Miku, que trocaram um olhar culpado, parecendo sem saber o que responder. Não era preciso uma resposta — Eu não sou filho de vocês… — o garoto repetiu mais para si mesmo — Vocês me adotaram?
— Hã, Piko… nós não queríamos que você descobrisse dessa forma… na verdade, não queríamos que você soubesse disso — Miku falou o mais gentilmente que pôde — Mas, sim, você tem razão. Nós te adotamos.

Piko sentiu um nó se formar em sua garganta. Sua cabeça girava enquanto ele tentava absorver a informação. Passou a vida toda sendo criado por aquelas pessoas que sempre foram tão rígidas com ele, sempre se esforçando para ser alguém que não era, sempre tentando agradá-los, e para quê? Aquelas pessoas não eram seus pais de verdade.

— Meus pais biológicos… onde estão…?
— Não estão mais aqui — Kaito falou em voz baixa, encarando os próprios pés. Parecia que não conseguia encarar o garoto — Você pertencia originalmente ao clã Utatane. Seus pais biológicos morreram em uma das batalhas. Sua mãe conseguiu voltar, mas muito ferida. Ela já estava grávida de você, mas insistiu em lutar assim mesmo… quando voltou, já estava a beira da morte. Gumi não pôde fazer nada por ela a não ser salvar seu filho.
— Na época, eu estava tentando engravidar, mas parecia que nós não conseguíamos ter filhos. Por isso adotamos você — Miku explicou — Precisávamos de um herdeiro, entende? E você era um bebê recém-nascido, seus pais tinham acabado de falecer, não havia ninguém para cuidar de você…
— Então todo mundo aqui sabe? Todos sabiam que eu sou adotado, menos eu? — o garoto perguntou, cerrando os punhos — A Gumi, a senhora Lily… o Len, a Rin… - ele acrescentou mais para si mesmo. Não era possível que os amigos soubessem de algo tão grave assim não tivessem contado… seria praticamente uma traição.
— A maioria sabe… mas não as crianças. Len e Rin, por exemplo, ainda eram bebês na época em que isso aconteceu. E nós pedimos para todos guardarem segredo sobre esse assunto, inclusive os pais deles, então não tem como eles saberem — Kaito respondeu. De alguma forma, aquilo parecia ter amenizado um pouco a dor em seu peito. Ao menos Len e Rin não tinham escondido um segredo tão grande dele.
— Piko, nós sentimos muito. Lamento não ter contado antes, mas achamos que seria melhor se você não soubesse — Miku aproximou-se dele para afagar seus cabelos, mas o garoto recuou e ela abaixou a mão, com um olhar triste — Piko… eu entendo que você esteja confuso com essa história, mas nós ainda somos sua família. Criamos você como se fosse nosso filho.
— Vocês só me pegaram para criar porque precisavam de um herdeiro — o garoto sibilou, sentindo lágrimas quentes começarem a brotar no canto dos olhos — Se já tivessem um filho na época, aposto como eu teria ido parar no abrigo, como aconteceu com o Oliver e todas as outras crianças que ficaram órfãs por causa dessa maldita guerra! Tantas crianças ficaram sem mãe, sem pai… algumas nem sobrenome tem, e por que vocês tiveram que escolher justo a mim? — ele elevou a voz algumas oitavas — Vocês exigiram tanto de mim durante todos os meus 14 anos de vida, e não importa o que eu fizesse, não importa o quanto eu me esforçasse, parece que nunca era bom o suficiente! Nunca conseguia deixar vocês orgulhosos! Bem, deixe eu dizer uma coisa: Não esperem mais que eu seja tão bom quanto vocês esperam que eu seja, porque eu não sou vocês! Vocês sempre encheram a boca para dizer para todo mundo que eu sou o único herdeiro do Shion, mas eu não sou! Não tenho o sangue dos Shion, e provavelmente é por isso que eu sou um completo inútil e covarde que odeia lutar!
— Piko… Piko, acalme-se — Miku ajoelhou-se diante do garoto, que a essa altura não conseguia mais conter as lágrimas de raiva e de dor por ter sido enganado durante a vida inteira. Ele puxava os cabelos prateados para a frente, como fazia quando estava muito nervoso — Você tem razão, nós exigimos demais de você. Mais do que você realmente poderia fazer com a sua visão desse jeito… — ela falou suavemente enquanto enxugava as lágrimas do filho com os dedos.
— Ah, então agora você acredita que eu não enxergo bem? — o garoto falou com sarcasmo, coisa que não combinava com ele.
— Nós já desconfiávamos, mas, quando você se queixou disso anos atrás, tivemos certeza — Kaito respondeu — Veja, você herdou a heterocromia do seu pai biológico. Seus cabelos tão claros para um adolescente… — ele passou a mão por uma mecha prateada do cabelo do filho — São como os dele. É hereditário. Foi justamente por isso que pedimos tanto para você se esforçar mais nos treinamentos, para que isso não te atrapalhasse nas batalhas reais. Não temos recursos para cuidar da sua visão, então a única opção que nos restava era fazer com que você se esforçasse o máximo possível, para que não tivesse o mesmo fim que o seu pai biológico…
— Então o fato de eu ter um olho verde, como o da minha mãe, e o outro azul, como o seu, é pura coincidência? — ele perguntou — Que conveniente. Assim podiam dizer que herdei alguma coisa de vocês — ele deu uma risada amarga — Mas acho que não precisam mais continuar com essa farsa de que "eu sou o único herdeiro do clã Shion, preciso me esforçar, ficar mais forte" e blá-blá-blá, não é? Vocês terão um herdeiro de verdade agora — ele olhava fixamente para a barriga de Miku, que colocou-se de pé ao notar isso.
— Piko, não é porque vamos ter um bebê que vamos te deixar de lado — ela se apressou a dizer — Significa que você vai ganhar um irmãozinho…
— Sabe, eu conversei com a Rin antes de vir para cá — ele a interrompeu, começando a andar de um lado para o outro — Ela teve a grande ideia de que, ao invés de nós dois nos casarmos tão cedo, seria muito mais prático vocês dois terem outro filho, afinal, já estão casados, apaixonados, e não têm quatorze anos de idade. Obrigado por adiantarem as coisas. À propósito, não vou mais me casar com a minha amiga de infância só para "reproduzir".
— Se você preferir outra garota…
— Eu não vou me casar com ninguém, só tenho quatorze anos! - Piko gritou, interrompendo o pai — E vocês já vão ter outro bebê, me deixem em paz!

Kaito ia dizer alguma coisa, mas calou-se ao ouvir o badalar de sinos ao longe. Quando não escutavam nenhuma explosão repentina, o barulho de sinos era o aviso de que o inimigo estava atacando de novo.

— Outro ataque? — Miku falou preocupada — Mas faz poucos dias desde a última batalha…
— Acho que é por isso mesmo — Kaito falou mais sério, reassumindo sua postura como líder da facção — Eles provavelmente acreditam que ainda não nos recuperamos completamente da última batalha e estão aproveitando para atacar, enquanto estamos em desvantagem.
— Bem, então temos que retribuir a altura. Afinal, eles também sofreram baixas durante a última batalha, então lutaremos de igual para igual — Miku fez menção de avançar para reunir os outros membros da facção, como sempre fazia, mas Kaito a segurou pelos ombros, detendo-a.
— Espere, Miku — ele pediu — Lembre-se de que você está grávida agora. É muito arriscado se juntar à batalha.
— Estou grávida, não doente — ela protestou — Posso muito bem lutar.
— Mas você precisa pensar no bebê — Kaito lembrou — Agora que teremos outro filho… — ele interrompeu-se e olhou ao redor, um tanto atordoado. Notou então que Piko não estava mais junto deles. O garoto já estava a alguns metros de distância e caminhava a passos firmes na direção da frente da casa, onde costumava ser o ponto de encontro para as pessoas se organizarem e distribuírem as armas — Piko! Ei, Piko! Aonde está indo?
— Aonde acha? Vamos ter outro ataque, certo? Estou indo lutar — o garoto respondeu sem olhar para trás.
— Mas você odeia quando é convocado para lutar — Miku lembrou, correndo atrás dele. O garoto tinha adentrado a casa e pego a cesta de doces envenenados que Miku sempre deixava pronta para alguma emergência, junto com os primeiros revólveres que encontrava no caminho, sem se importar com o tamanho ou modelo.
— E vocês não vivem dizendo que eu preciso ser mais forte e mais corajoso ao invés de servir como um mero informante enquanto enveneno crianças? Que preciso lutar uma batalha de verdade no campo de guerra? Bem, talvez seja a hora de tentar — o garoto rebateu. Ele parou de andar e virou-se para encarar os pais — Eu nasci fraco e medroso, odiando guerras. Talvez eu tenha herdado isso dos meus pais biológicos, mas acho que eu nunca vou saber, não é? Bom, essa é a chance de provar que eu posso fazer alguma diferença no campo de batalha. Que eu também posso lutar, como o Len, a Rin, e todos os outros. E, se eu não conseguir… bem, quem sabe posso ao menos morrer como um herói de guerra? Isso até que soa legal.

Ele deixou a casa, ignorando as pessoas agrupadas na entrada, onde costumavam se reunir para aguardar as ordens de Kaito e Miku. Atravessou o hospital apressadamente para cortar caminho até a rota mais próxima, quando ouviu uma voz familiar chamando seu nome:

— Piko? O que está acontecendo? Você está com uma cara estranha…

Por um instante ele desejou que fosse Len, mas ficou aliviado assim mesmo ao reconhecer o dono da voz. Virou-se para o lado e viu que Oliver finalmente tinha acordado. Os ferimentos no braço e na perna tinham sarado, mas ainda haviam bandagens escondendo um de seus olhos. Gumi estava certa, ele provavelmente nunca mais voltaria a enxergar com o olho esquerdo.

— Oliver — ele esboçou um fraco sorriso — Fico feliz que tenha acordado. Estamos sob ataque, então eu preciso ir agora. Conversamos melhor depois…
— Sem essa de "conversar depois" — Piko sentiu um aperto em seu pulso e viu Len segurando-o antes que ele pudesse dar meia-volta. Rin vinha correndo atrás dele, parecendo atordoada com alguma coisa — Você está horrível. O que aconteceu?
— Nada de mais. Só acabei de descobrir que fui adotado porque meus pais pensavam que não podiam ter filhos, daí pegaram o bebê de um casal que morreu na guerra, no caso eu, porque precisavam de um herdeiro. Só que deram o maior azar, porque eu sou um completo inútil míope que nem matar um pombo consegue, não é? — ele deu de ombros como se não se importasse com nada disso. Estava fingindo, é claro, mas ele mentia muito bem. Teve que aprender a mentir para viver essa vida falsa que lhe impuseram como um suposto herdeiro dos Shion. Mentiu a vida toda para crianças inocentes, para seus pais, fingindo que não se importava com o fato de nunca conseguir agradá-los… e sobre seus sentimentos por Len — Mas minha mãe acabou de descobrir que está grávida, então parece que eles podem ter filhos afinal, então não precisam mais de mim, não é? Eles vão ter um herdeiro legítimo com sangue dos Shion agora.
— Espera… o que? — Oliver levou a mão a cabeça — Eu acabei de acordar, minha cabeça está doendo com esse monte de informações que você falou de repente…
— Você foi adotado? — Len exclamou incrédulo.
— A sua mãe está grávida? — Rin indagou, igualmente pasma.
— Pois é — Piko confirmou — Aliás, acho que isso significa que não precisamos mais nos casar, Rin — ele observou — Fomos noivos durante, o que, meia hora? — ele perguntou incerto, e a garota deu de ombros — Eu diria que foi um prazer, mas estaria mentindo. Sem ofensas.
— Não ofendeu — ela respondeu — Lhe digo o mesmo. Sem ofensas.
— Não ofendeu — ele disse — Agora, se me dão licença, estou indo lá morrer na guerra — Piko afastou-se do grupo, na direção da rota mais próxima.
— Ei, ei, ei! — Len o segurou de novo, dessa vez puxando-o pela barra da camisa — Como assim, "morrer na guerra"? Você enlouqueceu?
— Bem, a minha mira é horrível, e eu só consigo lidar com crianças, então as chances de eu voltar vivo são mínimas — Piko argumentou — Eu estou cansado disso, Len. Passei a vida toda tentando agradar meus pais, me esforçando para me tornar alguém de quem eles teriam orgulho… para quê? Eles nem sequer são meus pais de verdade. Só ficam me dando ordens, exigindo coisas de mim… até com a Rin eles queriam que eu me casasse! — ele apontou para a garota.
— É sério que vocês vão se casar? — Oliver ergueu a única sobrancelha visível — Por quanto tempo eu estive inconsciente?
— Nós não vamos no casar! — Rin apressou-se a dizer.
— Mas e quanto aos seus amigos? E… — Len deu uma rápida olhada para Rin e Oliver, que falavam sobre o casamento que não ia acontecer e baixou a voz para que apenas Piko o escutasse — E quanto a tal pessoa que você gosta?
— Não importa. Nunca daria certo — Piko desviou o rosto para o lado — Eu preciso ir antes que meus pais me encontrem.
— Então eu vou com você — Len falou decidido.
— Len, você não precisa fazer isso…
— Se você é adotado, quer dizer que não é mais o único herdeiro do clã Shion, certo? Significa também que não vai mais ser o "protegido" de todo mundo, e que não pode mais mandar em mim — Len falou — Eu vou junto porque quero, e ponto final — ele ajeitou melhor a metralhadora e as pistolas que carregava, que Piko nem tinha notado até então. Len provavelmente já tinha sido convocado antes de encontrá-lo.
— Certo, não vou conseguir te convencer do contrário mesmo — Piko se rendeu — Vamos andando de uma vez.
— Meninos, esperem — Rin chamou. Ela estendeu as mãos para os dois, e bateu a palma da mão direita na mão de Len e a da mão esquerda na de Piko. Foi automático. Depois deram um soco, em cima, embaixo, depois bateram as palmas de novo e apertaram as mãos. O aperto de mão secreto que tinham inventado quando se conheceram e que sempre faziam antes de enfrentarem alguma batalha realmente perigosa, para dar sorte — Voltem vivos. Vocês dois.
— Vamos voltar. Não se preocupe — Len deu um rápido abraço na irmã.
— Até mais tarde, Rin — Piko forçou um sorriso, não tendo tanta certeza assim de que voltaria com vida — Len, se quer ir mesmo ir comigo, é melhor se apressar antes que meus pais nos encontrem — ele falou, se afastando do grupo.
— Len, espere — Oliver segurou a barra de sua camisa antes que o garoto seguisse Piko para fora do hospital.
— Oliver, eu sei que você quer ajudar, mas você acabou de acordar…
— Não é isso — ele interrompeu o garoto — A pessoa que nos atacou enquanto fugíamos no ataque anterior. Eu lembrei.

Len arregalou os olhos azuis. É verdade, Rin havia lhe contado que ela e Oliver tinham lidado com um especialista em bombas, mas apenas Oliver tinha visto quem era e quem sobreviveu ao último ataque. Só que o garoto permaneceu desacordado desde então, então eles nunca ficaram sabendo quem era.

— Meiko está morta — ele contou — Vi quando os pedaços do corpo dela voaram pelos ares… foi nojento — ele fez uma careta — É com o outro garoto que vocês precisam se preocupar.
— O outro menino que estava lá? — Rin perguntou duvidosa.
— Ryuto — Oliver falou — Ele é uma criança, mas é muito esperto e cruel. Parece ter uns sete anos, e se o Piko encontrá-lo, provavelmente vai tentar usar os doces contra ele. Não vai funcionar, Len. Aquele garoto é um sádico. Ele é especialista em todo o tipo de bombas. Por causa dele, meu olho… — ele levou a mão à cavidade ocular, que nunca mais voltaria a enxergar — Se encontrarem o Ryuto, fujam.
— Entendi — Len acenou com a cabeça — Obrigado pelo aviso, Oliver. Vou tomar cuidado e garantir que o Piko fique longe desse garoto, pode deixar — ele deu meia-volta e correu na mesma direção por onde Piko tinha ido.
— Acha que eles vão ficar bem? — Rin perguntou com a voz angustiada. Ela estava com a mão apoiada em cima do colchão duro, e Oliver a segurou para tranquilizá-la, quase que inconscientemente.
— Não sei… quem é mais forte, você ou o Len? — Oliver perguntou — Seja sincera.
— Somos gêmeos. E somos iguais até mesmo na capacidade de luta — ela respondeu.
— Então eles não têm a menor chance — Oliver sentenciou.


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Notas finais do capítulo

Olá meninos e meninas!
Cada capítulo um choque diferente nessa história, hein... por essa vocês não esperavam, admitam!
Mas falando sério, eu estava com sérias dúvidas se fazia o Piko ser adotado ou não desde antes de começar a escrever essa história. Sério, fiquei muito em dúvida mesmo! Mas acabei optando por ele ser adotado para ter essa mudança na personalidade dele, é um motivo para finalmente enfrentar os pais... e também por causa de algumas coisas que vão acontecer daqui a alguns capítulos, isso será muito importante XD
Ah, e vamos comemorar, porque o Oliver finalmente acordou! o/ Tadinho do menino, eu deixei ele inconsciente por tempo demais kkkkkkkkkkkkkk
Deixem reviews por favor e façam uma autora feliz!!! *-*



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