Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 59
SAM - Resultado com uma incógnita


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAA!! Desculpa a demora, vocês podem n saber aí do outro lado da telinha, mas capítulos de luta são os mais difíceis de fazer kk hoje vamos para o capítulo da Sam mas, antes de qualquer coisa, eu quero deixar um avisinho rápido sobre o próximo livro do Apolo. sim, ele lança mês que vem aqui no Brasil! e eu tô super animada e preocupada. pq o tio Rick pode num piscar de olhos ressuscitar o Jason ou matar outra pessoa que eu já usei na fic kkk nesses dois casos, eu ainda não sei o que eu faria. Tenho algumas ideias na manga e tal né, mas não sei se vou precisar usar. Então, é só um aviso para que saibam que, quando o livro sair, é bem provável que eu demore um pouco pra postar pq eu vou ter q ler (mas geralmente termino os livros do Rick em no máximo 3 dias. se n fosse o trabalho eu terminava em 1).

E sim, eu quero botar a Meg e o Apolo aqui. Já teve gente pedindo acho que nos comentários daqui e nas divulgações do Facebook. Eu só não coloquei ainda pq estou preocupada com o desfecho dos livros do Apolo. Vamos ver no que dá, ainda tenho muita coisa planejada pra essa fic e, qualquer coisa, tenho um ponto para fazer eles aparecerem também caso eu taque o foda-se e desista de esperar o Rick. Enfim, já falei demais. bom capítulo pra vcs.



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SAM

Eu simplesmente não conseguia prestar atenção no que acontecia com a batalha dos outros. Eles estavam um pouco longe de nós e eu tinha também que me concentrar em minha própria batalha contra Tlaloc. Eu e Percy já estávamos lutando contra Tlaloc à algum tempo e agora eu torcia para acabar com o conflito que havia ficado pendente desde do avião.

Tenho que admitir que Percy era um ótimo parceiro de luta. Na verdade, ele de certa forma me lembrava Mestiço lutando. Claro, era um estilo de luta completamente diferente, mas a ferocidade no olhar era muito parecida. Depois de alguns golpes, acho que eu estava conseguindo intercalar meus golpes com o do Percy bem o suficiente.

Não tínhamos mais os chacais de névoa para nos ajudar, mas conseguimos deixar a luta numa situação na qual Tlaloc usava seu bastão que soltava faíscas de eletricidade para, horizontalmente, segurar o golpe que Percy tentava dar com sua espada. Eu aproveitei o fato de o deus asteca estar com as duas mãos ocupadas para, com meu machado, atacar fortemente as costas da perna esquerda dele na altura do joelho. Fico orgulhosa em dizer que ele resmungou de dor e seus joelhos fraquejaram o suficiente para que ele tivesse que parar a defesa contra o golpe de Percy.

Tudo aconteceu muito rápido. Eu e Percy íamos aproveitar a abertura criada quando, provavelmente prevendo isso, Tlaloc lançou raios ao seu redor como se ele fosse uma bomba de eletricidade. O ataque repentino me fez gritar e me afastar o mais rapidamente que eu pude enquanto ainda, para ter certeza, me transformei num pequeno beija flor. Pode não ter sido a ideia perfeita, claro, mas diante da velocidade de decisão que eu precisava ter, virar um alvo menor e que podia voar parecia uma boa opção por mais frágil que um beija flor pudesse ser. 

Sentindo meu, agora pequeno, corpo formigar por causa do choque, eu me forcei a olhar para a luta à uma distância mais segura. A ponta de minhas asas ardiam de um jeito enlouquecedor de tão forte que era a dor. Era como se estivessem queimadas. Eu olhei para Percy que, numa onda de sorte nada boa, havia se machucado não só por causa do choque, mas também porque teve o azar de aparentemente tropeçar numa escada velha de pedras. No momento em que olhei, ele parecia até não ter de fato caído escada abaixo, pois pareceu ter conseguido parar a queda ao se segurar no pequeno muro de pedras que servia como uma espécie de corrimão antigo, mas os dedos meio queimados e uma cara de dor mostravam que ele não tava 100%.

Lentamente, Tlaloc e Percy se levantavam. Ou melhor, Tlaloc tentava se levantar apoiado em seu bastão. Eu tenho muito orgulho em dizer que o joelho dele estava machucado demais para que ele conseguisse se levantar. Contudo, eu sabia que isso tinha chances de não durar tanto assim, pois logo ele poderia muito bem se curar já que ele era um deus e tudo mais. Mas ele não parecia muito afim de sequer tentar terminar de levantar, pois pude ver ele esticando a mão em direção a Percy e perceber que provavelmente um ataque estava chegando.

Na pressa de pensar em algum animal, qualquer animal, com presas bem grandes, a primeira coisa na qual pensei foi num leopardo. Talvez eu ainda estivesse um pouco alto demais, mas troquei para leopardo no meio da queda em direção ao braço de Tlaloc o mordendo com força impedindo seu ataque contra Percy. Eu senti meu crânio tremer e pinicar fortemente por causa de parte da eletricidade que acabou indo para mim enquanto também sentia meu corpo reclamar por causa de tantas transformações e do esforço físico da batalha.

— Valeu, Sam! - ouvi a voz de Percy em meio ao grito que Tlaloc deu.

Eu não podia exatamente ficar ali mordendo o braço de Tlaloc pra sempre. Afinal, ele podia facilmente me dar um choque mortal. Assim, eu me soltei dele e enquanto ele encarava o braço rasgado, voltei a minha forma normal e peguei meu machado que havia caído no chão no breve momento de tentativa de fuga em forma de beija-flor.

O tempo de eu fazer tudo isso foi o suficiente para Percy se aproximar de Tlaloc e atacar ele com um golpe em diagonal, de cima à baixo, com sua espada. Contudo, mesmo com o braço machucado, Tlaloc conseguiu segurar a espada de Percy com a mão enquanto tinha um olhar extremamente irritado no rosto.

— Uma coisa é perder para a filha de Zeus. - disse Tlaloc irritado, extremamente irritado, segurando Contra-corrente e finalmente ficando de pé perfeitamente enquanto seus ferimentos começavam a se curar mais rápido e eletricidade irradiava em seu corpo - Mas me recuso a perder para um filho de Poseidon e uma cria de Loki.

— Vai ver você tá fora de forma, cara. - disse Percy fazendo força em sua espada tentando tirar ela da mão do deus ou cortar-lhe a mão - E não se sinta mal, já lutei até com Ares quando era bem mais novo.

— Pff. Ares. - zombou Tlaloc - Eu sou a chuva, o raio, o trovão, o relâmpago!

— Ao menos do Ares eu já tinha ouvido falar antes dessa loucura toda. - eu disse enquanto mirava com meu machado o braço com o qual ele segurava a espada de Percy na tentativa de, não tão gentilmente assim, arrancar-lhe o braço fora.

Eu bem queria ter feito um estrago maior, mas pude ver que meu machado nem chegou a entrar 1 centímetro no braço do deus. Apesar de isso não ter sido o suficiente para fazer algum dano real, foi o suficiente para forçar Tlaloc a prestar atenção em outra coisa e, com isso, Percy pode manejar sua espada livremente. Rapidamente, nós dois começamos a trocar golpes rápidos contra Tlaloc que usava uma combinação de um bem trabalhado jogos de pés, raios e seu bastão para se esquivar ou contra-atacar. Não que ele achasse muito espaço para contra-atacar com o seu bastão, já que era dois contra um. Mas essa dificuldade não se aplicava para os raios dele.

Não conseguia parar de pensar em como talvez fosse melhor ter Thalia ali, pois ela com certeza poderia lidar com aqueles raios vindo pra cima da gente. Mas mesmo assim, segurei mais firmemente o meu machado e tentei acertar as pernas de Tlaloc já que Percy estava concentrado na parte de cima. Não deu muito certo. Porque, pra minha infelicidade, Tlaloc deu um longo pulo para trás se afastando bastante de nós.

Tlaloc então rapidamente ergueu seu bastão no ar e, pelo jeito que o objeto irradiava eletricidade, eu tenho certeza que ele pretendia lançar um novo ataque. No breve segundo que levamos para nos preparar para o ataque, ele começou a se abaixar como se fosse bater com o bastão dele no chão. Felizmente, ele não conseguiu terminar de fazer isso, pois uma flecha repentinamente acertou em cheio bem no ouvido dele.

Com uma cara de dor, o deus cambaleou um pouco. Eu nem podia imaginar qual era o tamanho da dor de ter uma flecha cravada em seu ouvido. Nem eu, nem Percy tínhamos tempo para checar de onde a flecha tinha vindo, tínhamos coisas mais importantes com o que lidar no momento. Isso era tanto verdade como Percy conseguiu ser mais rápido do que eu e vencer a distância que nos separava de Tlaloc. A surpresa do ataque e a flecha repentina foram ótimas combinações que permitiam com que Percy conseguisse ficar a espada dele no peito de Tlaloc. 

Eu também não fiquei muito para trás. Pois quando, se mexendo lentamente e com dor, Tlaloc ameaçou tentar fazer algo com Percy, eu rapidamente me aproximei e dessa vez eu consegui de fato dar uma forte machadada em seu braço. 

Ele gritou de dor enquanto Percy puxou sua espada de volta. Os golpes foram suficientes para fazer o deus cair no chão mais uma vez e, claro, nos encarar com cara de raiva.

— Malditos… - resmungava ele - Minha vingança vai ser… 

— Pra você conseguir se vingar, preferencialmente você tem que conseguir se levantar primeiro, cara. - zombou Percy.

— Precisa de outra flecha aí? - ouvi Will gritar para nós - Estou querendo economizar nelas se necessário.

Não sei se o Percy estava pensando na resposta para a pergunta, só sei que eu notei no exato momento em que o corpo de Tlaloc começou a irradiar eletricidade apesar de ele não conseguir se mover mais, ao menos não o suficiente para continuar a batalha. Mesmo com o machado já parecendo pesado em minhas mãos, eu soube que tinha que agir naquele exato momento, pois lembro de como Thalia descreveu a fuga de Tlaloc da outra vez. Assim, preparei a mais forte machadada que meus braços ainda tinham forças de fazer. O problema, foi que talvez aquilo não fosse uma tentativa de fuga por parte do Tlaloc.

No segundo que meu machado tocou na pele de Tlaloc, foi como se acontecesse uma explosão de eletricidade que empurrou tanto a mim como a Percy para longe do deus. Ambos caímos no chão e eu desmaiei.

Não sei por quanto tempo eu fiquei desacordada, só sei que a primeira coisa que me recebeu depois que voltei à mim, foi Will que parecia aliviado e ao mesmo tempo cansado.

— Ufa! Ainda bem que você acordou. - disse ele - Você também? Fala comigo. Se lembra de onde você está e tudo mais?

— T-To bem… - respondi com dificuldade enquanto sentia meu corpo pesado e ardendo, principalmente minhas mãos e meus pés - Ou suficientemente bem pelo menos.

— Ainda bem. - disse Will suspirando aliviado - Choques podem ser bem perigosos sabe? Podem até causar paradas respiratórias, arritmias cardíacas… e fazer um estrago danado com outras coisas que prefiro não mencionar. Como você se sente? Alguma dor em algum lugar? Acho que eu curei a maior parte das coisas. Basicamente curei o que era problemático ou tinha algum potencial para ser problemático. O resto foi na base da medicina mortal.

— Minhas mãos e pés ardem um pouco… como se estivessem queimando. Principalmente os dedos. - eu disse enquanto começava a me levantar achando que Will ia me impedir de me levantar mas, pelo contrário, ele apenas me ajudou a me sentar.

— Imaginei. - disse ele enquanto pegava uma garrafa d’água que estava logo ao seu lado e colocava na minha mão - Beba tudinho eim? Mas não precisa ter pressa.

Pegando a garrafa com cuidado com minhas mãos que tremiam um pouco, vi que elas estavam enfaixadas e, pelo o que eu sentia de dentro das ataduras, provavelmente Will tinha passado pomada em minhas mãos também. Eu bebi a água de muito bom grado enquanto Will ficava encarando a mim e ao Percy que estava logo ao lado já sentado e olhando com preocupação para mais além mas logo desviava o olhar para mim.

— Hey. Tudo bem? - perguntou Percy que também tinha um pouco de ataduras e partes do corpo com pomada.

— Acho que sim. - respondi - Obrigada, Will. Você sem dúvida parece cansado.

— Nada. - disse Will dando de ombros com um sorriso no rosto - É meu trabalho e responsabilidade. Mas por favor avisem se sentirem algo de estranho. Faria todo um exame com vocês dois mas… nos viramos com o que temos no momento. 

— Um médico exemplar. - comentei depois de um longo gole d’água.

— Aliás… Sam… - disse Will aos sussurros e, pelo o que eu notei, com muito tato - Eu… erm… não sei se é indelicado de mim avisar mas… seu hijab… ficou meio torto depois de tudo isso. Dá pra ver seu cabelo.

Eu corei por ter ficado meio sem graça e rapidamente deixei a garrafa d’água no chão e arrumei meu hijab. Com Magnus e os outros era uma coisa… mas… com tanta gente ali, era outra. Eu ainda tinha certa dificuldade de lembrar o nome de todas essas pessoas que estávamos conhecendo. 

— Obrigada. - eu disse depois de arrumar o hijab e então logo partindo pra um assunto mais delicado - O que aconteceu com Tlaloc? Ele fugiu ou vocês terminaram com ele?

— Ahm… eu não sei bem. - disse Will coçando a nuca - Ele… pareceu explodir como uma bomba de choque ou sei lá. Não sei se isso quer dizer que ele morreu por enquanto ou que ele fugiu.

— Pelo o que peguei até agora, ele parece adorar fugir no último segundo. Não seria tão surpreendente. - eu comentei.

— Agora, Doutor Solace - disse Percy voltando a olhar para onde ele olhava antes com preocupação - Será que eu poderia ir agora? Estou preocupado com o que vocês estão tramando ali. 

Ainda com a garrafa em minhas mãos, eu segui o olhar dele e entendi o motivo da preocupação dele. Ficou claro que nossa luta, somada ao desmaio, tinham demorado tempo o suficiente para que as outras lutas terminassem e algum plano começasse à ser montado.

Bem no meio da entrada para a longa, enorme e exuberante avenida cercada de construções antigas cheias de degraus, estava Annabeth que, junto com Rosa e Frank, rodeavam a deusa da saia de cobras que parecia desacordada no chão. Um pouco à direita, encostados contra um antigo muro de pedra, estava o resto do grupo. Alicia, Hazel e Nico pareciam bem mas cansados, principalmente Hazel que parecia se esforçar para não dormir. Por outro lado, alguém que já tinha desistido de lutar contra o sono, era Sadie. Ela estava sentada logo ao lado da Hazel dormindo enrolada no que parecia ser a jaqueta de Anúbis que estava sentado na frente dela falando alguma coisa com Nico.

Fomos nos aproximando calmamente do resto do pessoal enquanto eu notava o olhar que Frank constantemente lançava com preocupação para Hazel.

— Certeza que ela não deve acordar por enquanto? - perguntava Annabeth para Rosa.

— Ao menos por alguns minutos. - disse Rosa - Já usei veneno de Delphinium uma vez contra algum deus. É fraco demais pra matar eles, que seria a intenção certa do veneno, mas ao menos alguns minutos desacordada dá para garantir.

— Estou muito curioso para saber o que está acontecendo aqui. - disse Percy enquanto tentávamos entender o assunto da conversa.

— Conseguimos fazer Coatlicue ficar desacordada por provavelmente alguns minutos. - explicou Annabeth - Provavelmente o veneno de uma flor chamada Delphinium que Rosa usou tenha parte da responsabilidade por isso.

— E porquê não damos o golpe final nela aproveitando isso? - perguntei enquanto notei, com o canto do olho, Nico e Anúbis se juntando à nossa roda de conversa.

— Porquê Annabeth diz ter um plano. - disse Nico - Mas não sabemos se usamos ele.

— Ele tem muitas coisas que podem dar errado e é bem perigoso. - completou Annabeth.

— E desde quando fazemos algo que só tem como dar certo e é perfeitamente seguro? - perguntou Percy externando o que provavelmente todos ali pensavam também.


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Notas finais do capítulo

e n esqueçam de comentar ♥ sem vergonhas. adoro todos os comentários. inclusive aqueles que só tem uma ou duas palavras. admito q tenho medo das críticas kkk mas a recebo de braços abertos para que sempre tente melhorar a minha história.



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