Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 20
HAZEL - Um grupo de heróis bem diferente


Notas iniciais do capítulo

oi gente!! olha o capítulo novo saindo. Narrado pela linda da Hazel ♥
espero que vcs estejam gostando da fic, pq faço ela com muito amor e carinho. :3,

SPOILER!! ESSE CAPÍTULO CONTÉM SPOILER DE PROVAÇÃO DE APOLO : TUMBA DO TIRANO



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HAZEL

Eu suspirei e revirei os olhos ao ter a certeza de que estavam nos mandando (mais uma vez) para alguma missão suicida. E, como alguém que já morreu e então foi ressuscitada, a ideia de morrer de novo costumava me assustar um pouco. Claro que eu já tinha notado para o que estava sendo arrastada quando ainda estávamos em Nova Roma. Eu estava dormindo um dia quando tive um sonho estranho. Daqueles bem típicos de semideuses.

No sonho, eu começava caindo na escuridão, mas, estranhamente, eu não estava preocupada. Em seguida, eu caia nas águas cristalinas de algum rio, lago ou coisa do tipo. A água era boa e acalentava o coração. De repente, toda a água que me cercava subia rapidamente quase me carregando junto e me deixando toda descabelada. Embora tivesse sido um sonho, eu ainda tive que tossir e arrumar minhas roupas e cabelos depois que a água saiu voando inexplicavelmente. Enquanto eu ainda tentava me ajustar, notei que a escuridão a meu redor se dispersava e, embora a água tivesse ido embora voando, eu ainda flutuava como se estivesse na água e as coisas ao meu redor ainda pareciam estarem sendo vistas como que por debaixo d’água.

Ao olhar para a minha direita, enquanto a escuridão se dispersava, pude ver a imagem embaçada de um homem sobre um sofá bem grande, praticamente do tamanho de uma cama de casal. O sofá estava repleto de almofadas e cobertores também. Eu não podia ver muito do ambiente ao seu redor, mas era escuro, quase tanto quanto a escuridão que até então me rodeava. O homem tinha cabelo preto, pele escura e asas azuis com um leve tom de roxo. Seu rosto estava borrado demais para que eu notasse algo de relevante neste.

Notei que ao seu lado caminhava em minha direção um homem de terno de risca de giz, pele extremamente branca e cabelos negros. Ele parecia me fitar, mas parou a uns 5 metros de mim. Eu estava zonza demais e sonolenta demais para falar algo.

— Não acha que isso foi um pouco dramático? – perguntou o homem de terno, eu conhecia aquela voz, era meu pai.

— Me pareceu um jeito válido dado à situação... – comentou o homem no sofá bocejando longamente e se aconchegando dentre as várias cobertas e almofadas.

— Sei que não foi um jeito bom de te trazer até aqui. – disse Plutão – No entanto, pareceu o mais prático dadas as circunstâncias.

— Circunstâncias? – eu perguntei.

— Estava investigando os acontecimentos estranhos que estavam ocorrendo para cumprir minha parte de um acordo. – explicou meu pai – Dada a situação, decidir intervir e dar uma coisa para você e outra para seu irmão, Nico.

— Nico?

— Sim. O dele deve ser útil no que ele irá enfrentar.

— O que ganharei então?

— A informação que descobri nesse exato segundo. – disse Hades.

— Sim... informação... – disse o outro homem bocejando longamente – Minha mãe, Nyx, sumiu. Isso não é bom.

— Sua mãe... Você é... Somnus! Ou Hipnos. Deus do sono. Filho de Nox, ou Nyx na versão grega. Irmão gêmeo de Letus, Thanatos. – chutei. A imagem embaçada do deus pareceu ter afirmado com a cabeça enquanto abraçava um enorme travesseiro.

— Porque não chutou que eu seria Thanatos? – perguntou Somnus. Hipnos. Ai esses nomes gregos e romanos às vezes confundem a cabeça. Vou ficar com os romanos, ok?

— Acho que... bem... a imagem combinou mais. – respondi sem graça já que o cara estava largado quase dormindo - Algo aconteceu com Nox?

— Creio que foi o contrário. – disse Plutão - Ela provavelmente está com planos que podem ser perigosos. Considerando que até Júpiter a teme, o problema ficou ainda maior.

— O que ela pode querer? – perguntei.

— Essa informação ainda não obtive. – disse Plutão – No entanto, a verdadeira dimensão do problema está preocupando muitos deuses. Basicamente porque a dimensão deste parece ser cada vez maior. Sendo assim, consegui entrar em contato com um velho. Não temos tempo a perder. Vá para a Turquia o mais rápido que puder. Leve quem quiser com você, contanto que chegue à cidade de Amasra onde outros planos já estão em curso.

Depois disso, eu acordei e pulei da cama. Ao sair correndo atrás de Reyna para contar sobre o sonho (era bem oportuno ela estar por lá fazendo uma visita), esbarrei em Frank e contei para ele o sonho enquanto corria. Ao informar tudo que ocorreu a Reyna, ela prontamente arranjou um navio voador que estava sobrando e se juntou conosco na viagem até a Turquia. Claro que não seria legal tirar os dois pretores do Acampamento Júpiter assim do nada. Mas Frank insistiu em ir comigo e tudo parecia calmo em Nova Roma até. Me pergunto se esse jeitinho bonzinho do Frank tem haver com a fama de Canadenses serem extremamente bonzinhos.

Durante a viagem, tivemos problemas no caminho. Alguns monstros. Nada de muito novo. E agora estávamos em Asgard conhecendo deuses novos e semideuses novos e sendo enviados para novas missões preocupantes.

— Qual seria essa missão? – perguntou Reyna.

— Espere, senhor Odin, tenho algumas perguntas ainda se não for incomodo... – disse Sam.

— Desculpe, mas o tempo está corrido. Heimdall pode te explicar no caminho. Ainda dá tempo, Heimdall? – perguntou Odin olhando para Heimdall que estava à porta.

— Sim. Eles ainda estão procurando. Eu vejo. Afinal, não é em um lugar tão famoso e popular como o Central Park. – sugeriu Heimdall enquanto alguns serviçais botavam a comida sobre a mesa. Vinho, hidromel, pão, bolo, frutas, uma galinha inteira, um porco inteiro. Não sei como não tinha uma vaca inteira também. Eu não toquei em nada, estava muito nervosa com a situação. No entanto, tirando eu e Reyna, todos os outros comeram ao menos uma coisa. Frank então... começou a fazer a festa.

— Talvez por isso tenham demorado a encontrar – disse Freya.

— Certo. Voltando... – disse Odin – Perdi meus cachorros, Geri e Fleki. Vocês poderiam me ajudar a encontrar.

— Calma. Deixa-me ver se entendi. Tudo isso de gente, só por causa de dois cachorros? – perguntei.

— Dificilmente Geri e Fleki são “só” dois cachorros, certo? – perguntou a garota ruiva, Mallory enquanto arrancava a coxa de uma galinha.

— Não são meros bichinhos de estimação – explicou Mestiço – São cães de caça. Cães treinados para a guerra.

— Sim. Incluindo para o Ragnarök – disse Odin – A situação me faz notar que talvez seja uma boa ideia se preparar para ele visto que já é a segunda vez em menos de uma década que seu acontecimento parece eminente.

— Meu pai está fazendo algo outra vez? – perguntou Sam preocupada.

— Ainda não. – disse Freya – Não que saibamos pelo menos.

— Me perdi no meio do caminho – disse Alex – Onde o problema com seus cachorros se junta com o outro problema?

— Vocês verão – explicou Odin colocando com prazer uma uva na boca.

— É melhor eles irem logo. Ou não dará tempo – disse Heimdall.

— Ouviram. – disse Odin gesticulando com as mãos indicando que estávamos dispensados.

Não nos levaram direto para o caminho de volta apesar da pressa. Não. Mas também não foi um desvio muito grande. Levaram-nos para uma sala perto da que estávamos onde uma mulher esguia e de pele muito branca entregou para Sam um machado.

— Meu machado! Que alívio! Estava preocupada de ter que lutar sem ele – disse Sam.

— Nos certificamos de pegar para você – disse Heimdall – E tem outra coisa também.

Uma segunda mulher trouxe então uma espada simples e estendeu para Amir.

— Quê? Pra mim? – perguntou ele assustado.

— Sim. É bom ter uma dessas – explicou Heimdall.

— Por favor, não coloque Amir no meio disso tudo – pediu Sam com olhos pedintes.

— Sam, pelo menos é melhor do que ele ficar desprotegido – disse TJ – Pode ficar separado da batalha ou algo assim. Mas uma coisa é certa, é melhor do que nada.

Sam afirmou tristemente com a cabeça e Amir demorou alguns segundos para, com a mão trêmula, pegar no cabo de sua nova espada.

No caminho todo até a Bifrost, fomos conversando sobre várias coisas diferentes. Heimdal guiava nosso grupo enquanto Odin e Freya permaneceram na mansão dourada e prateada bebendo e comendo com uma calmaria que não combinava em nada com a situação. Embora conversássemos, o humor do grupo era diferente enquanto andávamos a passos apressados por Asgard.

— Não gosto dessa situação. Nem um pouco. –Frank disse.

— Eu também não. Não vejo o que isso tem haver com a fuga de Nox – eu completei.

— Só espero que saiamos vivos dessa – ele disse com o olhar pesado.

— Hey. Vai dar tudo certo. De quantos fins do mundo e situações apocalípticas e complicadas escapamos? – eu disse tentando animar meu namorado.

— Nunca contei – ele disse com uma leve risada.

— Parece que todos nós temos isso em comum, eim? – perguntou Alex ao ouvir nossa conversa.

— Ah... Hey... seu nome, era Alex né? – perguntei para ter certeza e.... ela? ele? Não sei. Confirmou com a cabeça.

— Muito legal conhecer outros semideuses não-nórdicos além da prima do Magnus e o namorado dela – disse Alex.

— Sério? Sua prima? – perguntei já que Magnus estava ao lado de Alex e ele afirmou com a cabeça.

— Ah, inclusive – disse Heimdall com a voz alta para que todos ouvissem – Isso foi um dos motivos pelo qual decidimos juntar vocês. Não lembro se já mencionei. Todos se conhecem de certa forma por causa de contatos e amigos. A prima de Magnus é a Annabeth.

E pronto. Ficamos surpresos e a conversa se seguiu sobre como todos se conheciam. No resto do caminho, Heimdall também explicou como foi complicado juntar tantos planos e pessoas aproveitando as datas e lugares. Anúbis já estava a uns dias em Asgard, Sam precisava falar com as deusas na Turquia e precisamos nos juntar. Então virou esse meio mundo de manipulações para que nos juntássemos para resgatarmos os cachorrinhos de Odin.

— Bem, é aqui que deixo vocês. Mas antes... uma foto! – disse Heimdall quando descemos da Bifrost e nos vimos no meio de uma área descampada com a grama seca embora mais além eu pudesse ver um estacionamento no horizonte. Ele tirou um pau-de-selfie sabe-se lá de onde e começou a reunir todos apressadamente para uma foto.

— Essa de novo não... – ouvi Reyna reclamar e ela não era a única que não parecia disposta para uma foto. O oposto disso era Alex que sorria para a câmera levantando dois dedos em cada mão.

— Finalmente consegui uma foto com ele... – disse Alex enquanto Heimdall e a Bifrost iam embora e nos deixavam sem meios de locomoção e sem pistas num lugar desconhecido.

— E aqui estamos nós... Sem locomoção, sem pistas, num lugar desconhecido, para mais uma missão estranha – disse Frank falando exatamente o que eu pensava.

— Vai dar tudo certo – eu disse gentilmente me esticando um pouco para dar um beijo na bochecha dele. Ele corou sem graça e eu também. Mas foi bom ver um sorriso mais relaxado aparecer em seu rosto.

— Ah, até tenho um barco no bolso, mas, pela falta d’água, acho que ele não vai ser muito útil no momento. – disse Magnus.

— Pera. No bolso? – perguntei meio perdida.

— Chamamos de Bananão – disse Mestiço todo orgulhoso cruzando os braços.

— Ok... – disse Reyna estranhando as duas informações, mas logo focando no que era de fato importante – Vamos até aqueles carros. Podemos ter alguma pista ao menos de onde estamos já que nada por aqui parece estar estranho até agora.

Todos concordamos com a ideia. Pensei em que lugar era com base no que tínhamos do clima. Estava um pouco frio, provavelmente a prova de que estávamos em algum lugar onde era inverno. No entanto, nada de neve. Inclusive, julgando as plantas que cresciam ao nosso redor, o clima parecia meio desértico. Especialmente quando começamos a ver umas palmeiras perto na beira da pista que passava ao lado do estacionamento.

Ao chegarmos ao estacionamento, notamos que a maioria dos carros eram vans e ônibus. Notamos uma coisa meio preocupante nas propagandas na lateral dos carros também:

— Que raios de idioma é esse? – perguntou Mallory.

— Hebraico – disse Anúbis, que eu já tinha esquecido que estava conosco. Tinha notado antes como Reyna olhou para ele. O cara era bonito mesmo, então o olhar era justificável.

— Me diz, por favor, que você fala Hebraico. – disse Mallory – Vocês não escravizavam os hebreus ou algo do tipo?

— Ouch – disse Frank.

— Não liguem... ela não tem um filtro muito bom para palavras. – disse Mestiço dando de ombros – Ela pode se mostrar uma pessoa maravilhosa depois que você passa pelo fato de que ela é uma pessoa horrível.

— Ei! Eu estou bem aqui! Idiota! – reclamou Mallory dando um soco no braço forte dele e ele se continha em rir de leve.

— Ahm... pulando essa parte... – disse Anúbis suspirando – Quanto ao hebraico... Meu hebraico está terrivelmente desatualizado e as letras cursivas são muito diferentes das letras de forma. Não tinha computadores quando aprendi hebraico então...

— Você não sabe letra de forma e essas provavelmente são as de forma. – Frank deduziu confirmou com a cabeça.

— Que países têm hebraico como língua oficial? – perguntou Magnus.

— Pensando rápido eim, Magnus? – disse Alex dando um soquinho de leve no braço dele enquanto exibia um sorriso no rosto.

— Israel – disse Amir.

— Acho que a Palestina também. Não tenho certeza. – completou Sam.

Olhamos ao redor do estacionamento, e além de árvores, a pista e um muro, não vimos nada de interessante.

— Ah! Calma. Tem algo aqui escrito com letras que são possíveis de se ler – disse TJ olhando para quatro cartazes, todos, um atrás do outro, eram muito parecidos. Cada um deles tinha uma foto bonita. Um tinha a foto de gêiser d’água, outro de uma taça de vinho na frente de uma piscina, outro de pinturas em exposição e outro tinha duas pilastras antigas. Entre as coisas ilegíveis em Hebraico, uma única palavra legível chamava a atenção – Caesarea.

— Nem sei o que é – eu disse e olhei para Frank e ele, ouvindo minha pergunta que não foi dita, balançou negativamente com a cabeça mostrando que nunca tinha ouvido falar também.

— Aquele lado parece ter mais construções – disse Reyna apontando para a direita -  Pode ser mais promissor seguir para aquele lado. Não vai adiantar ficarmos aqui parados.

Mal tínhamos dado cinco passos quando o chão tremeu fortemente como se o lugar estivesse sendo atingido por um terremoto.

 


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Notas finais do capítulo

momento propaganda de novo. To fazendo uma fic de romance do Anúbis e da Sadie (olha a viciada aqui kk) só que anos depois que termina essa fic. Ou seja, spoiler alert.
eis o link: https://fanfiction.com.br/historia/755771/O_amor_abencoado_pelo_Nilo/

sou melhor com treta do q com romance, então ela demora mais pra sair :/

enfim. obrigada por lerem e COMENTEM! Não sabem como me motiva. Nem que seja só um "continua".
to pensando no proximo cap ou no outro ser a Alex narrando, mas to com medo de n prestar ;~;



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