Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 13
PERCY - No meio do frio do inverno


Notas iniciais do capítulo

olha o cap 13 saindo na sexta feira XD
sexta feira 2... mas ok...
um pouco de Percabeth pra vcs! divirtam-se e comentem! XD



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PERCY

Eu e os outros estávamos no chalé de Apolo e aquele bando de gente querendo saber o que estava acontecendo já estava me deixando com dor de cabeça. Claramente, o fato de ter levado um soco na cara (bem forte, admito) também não estava ajudando muito. Sadie, Nico e Will ainda não tinham aparecido, mas eu já os via se aproximando do chalé. Enquanto eu tomava um remédio para dor de cabeça que um dos filhos de Apolo me dava, olhei para Annabeth que estava deitada numa cama que tinha o encosto sutilmente levantado enquanto se deliciava com ambrosia. Olhamo-nos e ela abriu um sorriso fraco. Eu me levantei da cadeira onde me colocaram praticamente de castigo e me sentei do lado dela na cama.

— Hey. Está se sentindo melhor já? – perguntei enquanto passava o braço por trás da cabeça dela e ela deitava sobre ele.

— Bem melhor. Ambrosia é realmente bem milagrosa – ela disse enquanto eu acariciava sua cabeça levemente.

— Isso me lembra... – eu disse enfiando a mão em meu bolso e tirando de lá um dracma e botando em sua mão – Você ganhou.

Ela riu e apertou o dracma em sua mão antes de colocá-lo em seu próprio bolso e então me dar um beijo na bochecha. O beijo dela foi melhor do que qualquer remédio de dor de cabeça que alguém naquele chalé pudesse me dar. Ela se aconchegou em mim e eu fiquei bem duro e desconfortável tentando deixar que ela pudesse ficar numa posição boa.

Quando eu já ia fechando os olhos para aproveitar o momento, escuto que alguma briguinha estava acontecendo na entrada do chalé.

— Não acredito nisso! – disse uma voz de garota. Eu abri os olhos e vi que era Drew, a ex-conselheira do chalé de Afrodite que olhava agora para Sadie.

— Essa deveria ser a minha fala – respondia Sadie. Ambas estavam com os olhos arregalados, o que supus significar que as duas se conheciam.

— Vocês se conhecem? – eu perguntei já que a cama em que estávamos não era assim tão longe da entrada e as pessoas tinham começado a se afastar da entrada do chalé depois de muita insistência de Quíron. Um dos poucos que ficaram, além dos filhos de Apolo, era Drew.

— Vamos para a mesma escola – respondeu Sadie.

— Argh. Não acredito que vou ter que te aturar aqui também. Já não basta te aturar na escola? – disse Drew.

— Argh, fiquem quietas vocês duas. Quero dormir - reclamou Annabeth em meu ombro se abraçando ao meu corpo como um travesseiro, mas foi totalmente ignorada.

— Também não estou muito animada com isso – disse Sadie com o olhar frio – Agora, se me der licença, tenho coisas mais importantes para fazer do que me preocupar com você.

Sadie se virou com raiva e foi ajudar a cuidar de Carter que estava parecendo precisar de vários cuidados. Drew pode ser irritante às vezes, arrogante, rude, narcisista, um tanto tirana, desagradável... Tá. Acho que já deu pra entender... Mas ela ao menos notou que Carter parecia numa situação muito ruim. Dessa forma, ela se virou para o lado oposto jogando o cabelo no ar como se estivesse num comercial de shampoo e foi embora parecendo que se sentia andando numa daquelas passarelas para supermodelos.

Como tudo finalmente pareceu ficar mais calmo no chalé de Apolo, eu aproveitei e caí no sono com Annabeth em meu ombro. Era um descanso merecido. No entanto, dormimos pouco, não passou de uma breve soneca. Depois de duas horas e meia estávamos de pé e, graças à ambrosia, perfeitamente saudáveis. Ao sair do chalé de Apolo, notei que Carter ainda não parecia muito bem, mas estava de fato melhor. Pelo menos ele tinha fieis enfermeiros (incluindo Zia e Sadie) para cuidarem muito bem dele.

Mais tarde, Will veio falar comigo perguntando se eu ia ficar no acampamento ou iria voltar para Nova Iorque. Como disse que ia para Nova Iorque, ele pediu para que eu avisasse sua mãe que ele e Nico estavam bem no acampamento e que tentariam voltar no dia seguinte.

Como eu e Annabeth estávamos bem, agora nos preparávamos para voltar para Nova Iorque. Antes de irmos, no entanto, explicamos a nossa parte da história para Quíron já que antes no chalé de Apolo estava tudo uma completa bagunça.

— Não acha uma boa discutir sobre tudo isso que aconteceu hoje? – perguntei para Quíron enquanto me preparava com Annabeth para deixar o acampamento.

— Iremos. Mas podemos deixar para quando Carter estiver melhor também. Os filhos de Apolo me disseram que amanhã ele já deve acordar. Vocês já fizeram muita coisa desde que chegaram ao acampamento pela primeira vez – respondeu Quíron.

— Mas temos que discutir logo isso... Arrumar mais informações, entender quais são os objetivos deles. – ralhou Annabeth.

— Sim, mas não temos muitas informações – respondeu Quíron – Podem aproveitar um tempo em família que pedirei aos outros para que me expliquem a parte deles também.

— Juntar todas as informações – disse Annabeth afirmando com a cabeça apoiando a ideia.

— Além disso, pelo o que entendi de vocês falando... – disse Quíron soltando um suspiro – Egípcios, sumérios, hititas... Alguns dos monstros vocês reconheceram então temos um pouco de gregos também... E aquela vampira que não é vampira? Falei um pouco com Sean também e pelo o eu entendi por ele, temos os celtas no meio também.

— E eu já achava ruim quando só tinha que me preocupar com problemas gregos e romanos – eu reclamei bufando logo em seguida. Sério. Por que eu tinha que encarar tantos problemas na minha vida? Eu não podia ser uma adolescente normal que a maior das preocupações fosse espinhas e provas? Nossa... Não... Adolescente não.  Já fiz 18. Oficialmente adulto. Que horror, eu poderia ser preso! Acho que tenho que tomar mais cuidado antes de sair por aí correndo com uma espada grega mágica na mão. Vai que os humanos normais acabam enxergando algo tão perigoso quanto.

— A vampira? Dearg-Due ou algo assim. Ela é celta? – perguntou Annabeth não muito surpresa, como se esperasse por isso.

Quíron afirmou com a cabeça e cruzou os braços, pensativo. Mas logo suspirou.

— Agora vão. Não podem deixar duas mães preocupadas – respondeu Quíron se referindo à minha mãe e a de Will.

A viagem de volta para Nova Iorque foi bem rápida. Até porque, sem carros por perto, tivemos que pegar o Taxi da Danação Eterna. Trouxe-me memórias isso... Algumas boas, algumas ruins. Fez-me lembrar das aventuras quando eu era menor. Incrível como eu sempre me acho ferrado, mas a situação consegue piorar. Dessa vez tínhamos os dracmas para pagar já que era perto e felizmente chegamos vivos e inteiros em Nova Iorque. Avisamos a mãe de Will e a minha também e então pegamos o metrô para o Central Park. Annabeth queria tentar falar com a deusa que nos salvou no Museu de Arte.

— Olha... Eu acho que já fechou – eu disse grudando a cara na janela do mesmo tentando ver se tinha alguém dentro depois que tentamos por alguns vários minutos chamar Menvra – Vamos acabar é atraindo o guarda e aí temos que explicar porque dois jovens estão procurando uma deusa num museu de arte.

Ela bufou e se sentou no chão encostando as costas na parede.

— Hoje não é mesmo meu dia. Primeiro perco meu boné, e agora isso? – reclamou ela enquanto eu sentava ao lado dela.

— Perdeu seu boné? O da invisibilidade? – perguntei e ela afirmou com a cabeça.

— Deixei cair aqui no parque mais cedo.

 – Droga... - disse sem saber bem o que responder.

— E eu só... – disse ela olhando para o alto e suspirando – Queria saber o que está acontecendo. O que eles estão planejando? O que a agulha de Cleópatra tem haver? Porque juntar tantas mitologias? Eu odeio não saber das coisas.

— Deve ser de sangue essa última parte – eu disse.

Ela abriu um sorriso um pouco maior e então se levantou suspirando ao olhar ao redor dizendo:

— Vem, vamos procurar esse boné.

Não queria cortar as esperanças dela dizendo que achava que ele não devia estar mais por ali. No entanto, como um bom namorado, fiquei calado e fiz o que ela falou. Ligamos as luzes de nossos celulares, pois já estava escuro (não que usássemos os celulares com muita frequência, era perigoso e às vezes a magia os afetava e paravam de funcionar) e então começamos a procurar. Mas nada.

— Eu devo acabar achando mais tarde... Espero... Não é a primeira vez que algo assim acontece. – disse ela.

— Coincidentemente a outra vez foi quando Sadie estava no meio também – eu disse e ela revirou os olhos com um sorriso no rosto.

Ela olhou para mim e foi chegando mais perto de mim até ficar de frente para mim. Ela ficou me olhando bem nos olhos e estava tão perto que dava para sentir sua respiração. Annabeth pegou em minhas duas mãos e me deu um lento beijo nos lábios. Eu a correspondi, mas o beijo não durou tanto quanto eu queria. Pouco depois ela acabou se afastando e, devido à diferença de temperatura por causa do inverno, nossa respiração estava fazendo fumaça. Soltei uma das minhas mãos e toquei-lhe o pescoço a puxando para outro beijo. Mais longo e mais profundo. A mão dela que agora estava livre tocou o meu peitoral até que ela acabou soltando a outra mão também. Esta, ela usou para me abraçar ao redor do pescoço enquanto eu aproveitava que minha outra mão ficou livre para abraça-la ao redor da cintura.

Lembrou-me aquele beijo que dêmos na cama uns dias atrás só que agora mais fácil de abraçar ao mesmo tempo. Finalmente satisfeitos (ou quase), nos separamos novamente e nos olhamos nos olhos.

— Aproveitando que estamos sozinhos... – ela disse num mero sussurro e eu dei uma leve risada. Ela estava toda corada, estava linda. Adorava o jeito que as maçãs do rosto dela ficavam rosadas. Imagino que eu estivesse bem parecido.

— Sim.

— Vamos indo? Está ficando frio. – ela disse e eu afirmei com a cabeça já que parecia que as palavras tinham escapado de mim novamente.

Assim, demos as costas ao Central Park e pegamos o primeiro ônibus rumo à casa de minha mãe. Sentamo-nos lado a lado no ônibus e eu, exausto, deitei a cabeça no ombro dela enquanto ela ficava pesquisando alguma coisa usando a internet do celular. Estava bem focada e acho que fiquei com um pouco de ciúmes do celular, pois logo comecei a irritar ela um pouco mordendo o lóbulo da orelha dela.

— Para! – reclamou ela dando uma risada.

— Se der um bom motivo – eu disse agora ficando mais animado e puxando ela para mais perto de mim pela a cintura e alternando beijos na bochecha com mordidas na orelha.

— Por que eu achei mais coisa sobre Menvra. – disse ela tentando parar de rir.

— Como? – perguntei ficando levemente interessado e dando um beijo no topo da cabeça dela antes de parar de pegar no pé dela.

— Wikipédia. – disse ela como se fosse óbvio. O que eu admito, era.

— Ah...

— Diz aqui que ela é a deusa etrusca da arte, da guerra e da sabedoria. O nome dela provavelmente parece com o da versão romana de minha mãe, Minerva, porque ela foi meio que a base de Minerva.

— Pera... Pera... Primeira pergunta... Acho que me lembro de ter estudado os etruscos na escola, mas quem eram eles mesmo?

— Foram um povo que viveu onde hoje é a Itália, mais ou menos acima de onde hoje fica Florença e depois se expandindo até alcançar Roma, Nápoles e por pouco não chegando até Veneza. Depois de um tempo, seu território foi absorvido pelos romanos.

— Metade da Europa foi absorvida pelos romanos.

— Verdade. Outra pergunta?

— Como funciona? Se quando é deus grego e romano ele acaba tendo dupla personalidade, como funciona quando um deus serve de base para outro?

— Não me faça perguntas complicadas – respondeu suspirando.

Ficamos por um tempo pensando nisso e em outras coisas mais enquanto usávamos a internet (melhor invenção da humanidade) para procurar coisas sobre Zababa, Dearg-Due e Naunet também. Quando chegamos a minha casa, já estavam todos dormindo. Assim, entramos de fininho tentando não fazer nenhum barulho e fomos direto para meu quarto.

Já falei como Annabeth fica fofa de pijama? Bem, estou falando agora caso não tenha falado antes. Ela nem pareceu pensar duas vezes ao se enfiar embaixo dos cobertores comigo mais uma vez. Eu não liguei (inclusive, me orgulho em dizer que fiquei menos desesperado do que da primeira vez), simplesmente a abracei de volta em uma conchinha sentindo o cheiro gostoso que saia de seus cabelos e lentamente caíamos no sono.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado!
no próximo tem Carter e Zia. Como é o nome do ship deles? Tem Solangelo, tem Percabeth, tem Sanúbis.... como é Carter e Zia? Alguém sabe? :v queria saber


lembrando que, se for do interesse de vcs, tem a fic do Anúbis que se passa toda no Egito Antigo (o Anúbis ta pichototinho lá ainda. tá um baby cute de 4 aninhos. ownt meu deusu)
https://fanfiction.com.br/historia/750415/A_Morte_Das_Areias_do_Saara/



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